ÁGUAS DE DESCANSO
 
Antônio estava mergulhado no trabalho.

Havia passado boa parte do dia no seu escritório de casa, perdido entre documentos, 
disquetes, pastas e planilhas.

O tempo parecia escoar muito mais rapidamente do que ele era capaz de trabalhar.

Já nervoso por ter ainda muito trabalho para concluir, ouviu umas batidinhas na porta 
e a voz de seu filhinho de cinco anos pedindo para entrar.

- Que você quer? - perguntou amistosamente, ao abrir a porta.

- Nada, não, pai - disse o menino abraçando as pernas do pai, o que o deixou sem 
graça.

- Como você está sozinho há tanto tempo, eu vim pra ficar juntinho de você.

E sem dizer mais nada, sentou-se em uma cadeira, onde permaneceu em silêncio, feliz 
por estar ao lado do pai observando-o trabalhar.


Autor não mencionado
Enviado por Meire - Novos Mensageiros


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