Capítulo 1

Era um lugar enfumaçado, escuro e cheirava a maconha. Jéssica olhou para os lados e pensou que nunca deveria ter ido até ali. Mas agora ela tinha que enfrentar. Jéssica deu mais alguns passos e viu um rapaz desmaiado encostado num muro. Ela olhou bem para ele para certificar de que não era nenhum dos seus amigos. Ela começou a ficar com medo. Ela olhou mais uma vez para os lados e saiu correndo.

 

 

Jéssica chegou em casa assim que o relógio da sala deu uma da manhã. Os pais já estavam dormindo, portanto a casa estava escura e em silêncio. Ela atravessou a sala enorme com passos largos e subiu direto para o seu quarto e tomou uma ducha fria. A água estava mais gelada do que pensava, mas ajudou a passar a sensação de sujeira.

Vestiu um camisão de algodão cinza e desceu para a cozinha. Os cabelos molhados ainda estavam pingando quando chegou na cozinha. Ela percebeu um outra presença, a de uma mulher que parecia com ela em tudo, desde a cor dos cabelos até a personalidade.

— Paula, achei que você já estivesse dormindo.

— Sinto muito em desapontá-la— Paula segurava uma xícara de leite e evitava o olhar de Jéssica —É, sinto muito por não estar na cama a essa hora da noite, já que tenho de acordar às 5:30h da manhã para ir à escola.

Jéssica captou a ironia daquela mulher e ignorou-a virou as costas e foi pegar uma xícara de leite quente.

Paula olhou carinhosamente para a filha de15 anos enquanto depositava sua xícara na pia. Ela deu as costas para ir embora, mas não antes de receber uma última alfinetada de sua filha:

 

 

Jéssica chegou à escola atrasada como sempre e ficou retida na orientação. Escutou a mesma conversa da orientadora e quando bateu o sinal, deixou a orientadora falando sozinha e foi correndo para a sala.

Quando deu a hora do recreio, Catarina foi até a sala de Jéssica. Catarina e Jéssica se vestiam quase do mesmo jeito: roupas escuras , surradas e largas. Só que Catarina tinha um rosto completamente diferente: era quadrado com sobrancelhas bem próximas e uma boca fina. Ela, Catarina, estava no 2º ano do 2º grau, enquanto Jéssica estava no 1º ano.

Catarina se aproximou de Jéssica com um olhar interrogativo.

Jéssica foi atrás e segurou no braço da amiga:

— Esquece, não! O que ele falou de mim?

Bem na hora, Fábio as viu e se aproximou com todo o porte possível. Ele era do tipo bonitão que tinha um monte de garotas aos pés dele.

Jéssica levantou a mão para dar um tapa nele. Ele segurou sua mão e balançou a cabeça em sinal negativo.

Jéssica se livrou da mão dele e deu as costas para ele voltando para a sala, Catarina foi atrás dela pedindo desculpas para Fábio.

Ela estava tremendo de raiva e não quis escutar uma palavra de Catarina. O sinal tocou e ela foi direto para seu lugar e ao sentar olhou para a capa do caderno ao lado. Tinha um adesivo que dizia "Jesus te ama e eu também".

 

 

 

 

 

 

 

Isabella chegou a sala com a relação de corinhos para o próximo culto que Henrique tinha lhe dado. Quando se sentou, notou a garota ao lado com o rosto vermelho com se estivesse envergonhada e com raiva ao mesmo tempo. Ela a ignorou, e voltou a pensar no Henrique. Ele era o tipo de cara que toda menina que toda menina gostaria ser notado por ele. Ela era sua amiga, e nunca pensara nele de outra forma, mas no momento alguns pensamentos começaram a invadir sua mente.

No último horário era aula de filosofia. E a professora passou um trabalho com tema "Religião" em dupla para ser entregue em uma semana para complementar a nota do 3ºbimestre. Ela dividiu as duplas pela chamada:

Tudo bem, era isso que ela ia fazer então.