O PARADOXO DA ALGEMA
(Mister KRocK)

A mulher submissa nem sempre sabe que é submissa.

A mulher submissa é envolvida por determinados padrões de comportamento exigidos pela sociedade, que nem sempre condizem com as suas vontades.

E a mulher submissa se vê em seu dia a dia, quase que obrigada a agir ou falar como o homem.

Mas no fundo, ela quer apenas ser ela mesma.

E na intimidade, o dilema sobre como se portar para curtir o prazer (o seu e o do outro), traz a indecisão entre ser a mulher forte, aceita socialmente, que não se deixa tocar facilmente, que não se dobra perante o homem, e a mulher que se entrega, que se dá e se sente livre para exercitar sua feminilidade, nos braços de um macho dominante.

É claro que isso não se aplicaria às colegas mulheres Dominadoras, mas para as submissas, tudo o que precisam é de um guia, um mentor, um tutor que as coloque em posição de serem levadas ao interior de sua própria natureza, onde podem sentir-se confortavelmente guiadas em sua submissão.

Para a mulher submissa, acredito eu, estar ligada a um macho dominante a quem ela possa confiar, a liberta de todas as convenções sociais, de toda indecisão sobre si mesma, de todas as amarras psicológicas e emocionais que não a deixam, no seu dia a dia, sentir-se feminina.

Esse é o paradoxo. Na algema, na coleira, na corda, enfim, no sentir-se entregue e vulnerável, a mulher submissa encontra a liberdade para ser ela mesma.

É ali que ela encontra o espaço para movimentar-se emocionalmente entre seus desejos, e com uma pequena ajuda da iniciativa masculina, poder sentir-se livre do resto do mundo... e em sua posição submissa, feminina e frágil, poder sentir-se verdaderiamente mulher.

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