SERENO
Vivia eu, por intermináveis
momentos
das palavras que tão bem
ornavas,
devaneios, desvarios, sentimentos
diretamente em meu ser, sussurravas.
Eis que surge a inércia da
razão
a iluminar o doce da penumbra amante,
de soslaio, dissolve-se a sedução
inimiga sórdida, vil e inconstante.
Mas se desagrada-te em meu existir
meu jeito estranho de amar
milhões de estrelas ainda
haverão de sorrir
quando a lua tristonha fugar.
E eu, sereno e grisalho,
chorarei por tua ausência.
Tal gota, fria, de orvalho
das noites de minha querência!
À alguém,
cujo amor,...
teima em ludibriar