TU POEMA

Tu poema.

Que buscas o indevassável

dos porões da alma.

Que exprimes o inusitado,

quando as bocas preferem calar.

Tu que és poema!

Que queres luares iluminados,

tal qual faróis no mar revolto,

das revoltosas paixões.

Cujos mares navegamos.

A esmo, na eternidade

da breve vida que nos é dada.

Tu que és

simplesmente poema!

descompromissado das coisas sérias;

dos sérios seres ceguetas,

que não vêem a estrela que brilha,

senão como um astro luminoso,...

uma massa de pedras e gases apenas.

Ainda bem que és poema!

E como tal,...

Me empresta teu sonhar,

tua lágrima e teu melhor despertar.

Empresta-me o prazer

o gozo e o deleite,

o amar e o querer,

que eu quero poetizar

toda esta vida obscura.

 


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