Unihipili e Memórias
Função principal
: Memórias
(no corpo, é um modelo de vibrações).
Motivação principal
:
Prazer
Memórias :
a
- Genética programada
b - Aprendida ou experencialà nível de camadas musculares.
Origem da memória
:
O Unihipili
não diferencia de onde vem a
memória; o que forma a memória é a intensidade da
experiência, isto é, o nível
de reação fisiológica que ocorreu durante a
vivência (quer nesta ou em outra
vida), por ação química e muscular dada pela
intensidade dos estímulos, quer
sejam mentais ou físicos, obedecendo a uma
programação genética própria da
espécie e adaptada a cada indivíduo. Cada sonho
básico de vida obedece
determinadas condições que propiciam o
desenvolvimento
fisiológico, psíquico e cultural do indivíduo.
Defeitos nas memórias:
a
- Tensão muscular à memória bloqueada
b - Havendo stress à sintomas e doenças.
Causas dos defeitos das memórias:
a
- Medo
b - Raiva
c - Culpa
Conseqüências das causas:
Sofrimento por medo, raiva e culpa devido a:
a
– Conservação de antigos
valores, estagnando a evolução, mas nem sempre o
crescimento.
b – Aumento dos conhecimentos,
reforçando os valores
introjetados nos antigos e atuais
padrões, sem
transformação dos mesmos, com crescimento intelectual.
c – Intelectualização
do
espiritualismo, padronizado em doutrinas religiosas e
científicas dogmáticas,
num misticismo ilusório e separatista que gera ansiedade por
distanciar-nos do
divino que há em nós.
d – Apego às posses em geral,
comandadas pelo
intelecto, senhor do mundo e das inseguranças. Embevecido com a
glória do poder
enriquece as memórias com os dados fornecidos no aprendizado
intelectual
distante das verdades divinas do homem.
e
– Esquecimento do corpo
como imagem-modelo espiritual de uma estrutura divina
extra-corpórea, captadora dos
desejos que propiciam o verdadeiro prazer,
sem ligação com o prazer gerado pelo sofrimento. A
apreensão desse modelo traz
alegria e paz
ao corpo que as vivencia e a graça do despertar espiritual.
f – Culpa por termos abandonado o
simples.
Complicamos a vida, estabelecendo tantos padrões que acabamos
nos afastando de
Deus. Exigimos tanto, esquecendo-nos que Ele só pede uma
fé do tamanho de um
grão de mostarda, suficiente para compreendermos a realidade da
simplicidade de
Suas leis. Nessa simplicidade, seríamos saudáveis
transeuntes de uma vida pacífica e
tranqüila, desapegados e sem posses, rumo ao
Infinito Ser na imagem e semelhança de Deus que
está dentro de nós.
g – Por não seguir o velho
aforismo “mens sana in corpore sano”. O
corpo é um guia na busca dos novos valores que nos
conduzirão a novos padrões,
mudando nosso viver, reformulando as memórias. Seu uso adequado
nos faz
desistir do sofrimento como modelo de prazer e compreensão.
Usando o corpo como
companheiro numa nova e ativa caminhada, redescobriremos o estar num aqui/agora cheio de prazer e alegria.
Deixemos os reconhecimentos mentais que
trazem
sofrimento e procuremos perceber como é simples sentir as
possibilidades oferecidas
pelo corpo. Exemplificaremos com um simples exercício que nos
mostra o que
poderemos fazer quando queremos reformas interiores reais.
Exercício :
“Lembre-se de algo
desagradável, concentre-se em suas lembranças e observe o
corpo, que fica cada
vez mais tenso e contraído. Sinta suas reações.
Desligue-se do estado anterior, solte o
corpo,
desligue-se dos problemas e aos poucos procure lembrar-se de algo
agradável,
alegre e vá novamente sentindo o corpo que vai se tornando leve
e relaxado dando-lhe uma sensação prazerosa.
Vamos mudar de direção
concentrando nossa atenção
numa focalização do Unihipili
com pensamentos que nos levam a sentir o quanto
ele é
importante e como podemos explorá-lo para vivermos bem e
adequadamente servindo
a nós mesmos. Isso acontece quando entramos num estado alterado
de percepção
que propicia o fluir mais livre das lembranças que estão
nas memórias que serão
captadas pelo uhane, dando-nos
a
oportunidade de vivenciá-las física e emocionalmente e
reformulá-las, criando
maior harmonia entre os dois espíritos ou aspectos.
O que aconteceu no exercício?
Simplesmente, houve
uma mudança
de foco.
As lembranças provocam
emoções que são energias mana
movimentando-se no corpo por um pensamento dirigido, que pode gerar
novas
ideações gerando novas memórias ou
reforçando as já existentes.
Modifica-se as emoções,
reformulando-se as memórias pela mudança da
focalização. Haverá mudança quando
conseguirmos um grau de focalização tal que nos mantenha
convictos da situação
desejada, não havendo nenhuma dúvida sobre o resultado.
Isso acontece quando
sentimos
despertar interiormente o Princípio (Makia)”[1].
Com o pensamento sem dúvida (paulele), que é o
resultado dessa
mudança de foco, surgem as
intenções embutidas nas
novas ações, que acontecem simplesmente como novas
propostas advindas de um
novo sentir, livre das análises. Ë o caso do
exercício acima.
Esta é uma maneira de dar ao Unihipili a oportunidade de
receber imagens energizadas de mana
que influirão nas memórias e conseqüentemente nas
ações. As
reações serão diferentes, os valores reformulados
e os padrões modificados,
facilitando as ligações do Unihipili com Aumakua. O Uhane se fortalece por
começar a
pensar de forma diferente, melhorando sua situação
dispersiva e conseguindo
focalizar e concentrar com mais facilidade. Com isso é capaz de captar
mensagens do Aumakua por
uma
linguagem surgida da harmonia dos três espíritos que ficam
mais livres e
capazes de perceber a teia aka,
à qual pertencem. É uma indicação
de que
não estamos mais separados como indivíduos, mas unidos
pela compreensão da
harmonia universal. Voltamos a ser crianças
de Tane,
redimidas pelas experiências de todos
os viveres através dos milênios.
Vencemos a morte; agora somos vidas tiradas da Água Viva.
Mecanismos de Ação das Memórias
Tem-se dito que as
memórias
estão no corpo humano em duas condições, de acordo
com suas origens; a memória
genética programada que forma o corpo em sua estrutura celular,
sendo responsável pela fisiologia de
cada ser em seu sonho básico
de vida; os músculos lisos caracterizam-na.
A memória
aprendida ou experiencial que se
desenvolve conforme o desenvolvimento
do corpo pelo amadurecimento do Sistema Nervoso Central e
Periférico;
encontra-se nos grupos musculares, onde são gravados os
ensinamentos e
experiências do dia a dia por toda a viagem da vida. O corpo
é um todo que propicia ações
dando-lhe uma noção e um
aprendizado de conjunto. A massa muscular quer seja lisa ou não,
não tem
capacidade de pensar, nem de gravar na memória, mas é o
veículo que funciona
como a imagem que recebe e transmite pelos cordões-aka,
as sensações, estímulos, idéias,
pensamentos e quando possível,
reflexões do uhane
com a colaboração do
unihipili, com “formas-pensamentos”
e emoções que chegam energizadas
pela mana-pensamento e são gravadas
no kino-aka
do unihipili, que em harmonia com o
kino-aka do uhane
são
capazes de equilibrar os fluxos energéticos, modificando as
lembranças gravadas
nas memórias, ou fazendo com que desapareçam dando lugar
ao surgimento de novas
lembranças trazidas de experiências de passados
longínquos e que precisam ser
gravadas para reformulações que conduzam às
mudanças do ser humano. Ai estão
os momentos, insights, satori, etc., que nada mais são do que
maneiras de
interpretar os fatos; em primeiro lugar, por serem imagens adquiridas
pelo
corpo que as transformam em substâncias energéticas com
poder modificador pela
função do uhane que
as pensou, e do unihipili que as
forneceu e as recebeu de volta,
reformuladas.
No início
é compreensível que
haja um crescimento que pode ser chamado de espiritual, quando o
intelecto tem
a grande função de procurar entender para adquirir
conhecimentos que aos poucos
passam a ser analisados de maneira diferente de antes, com resultados
fornecidos pelas memórias reformuladas.
Nessas
ações, se não há
reformulações e perdas de memórias, há um
acréscimo de energia-pensamento que
vai se estagnando, o que pode causar doenças, levando muitas
vezes à morte, que
é o resultado da desarmonia de situações atuais e
de passadas, propiciando-nos
a oportunidade de novos ciclos de experiências em novos sonhos
básicos de vida.
A
formação e reformulação das
memórias aprendidas se faz às custas da memória
genética programada que através
da fisiologia constitui o modelo corporal, base para o aprendizado que
se
inicia pelos instintos e desenvolve-se posteriormente pelas
decodificações
cerebrais de um corpo sadio, propiciando o desenvolvimento do uhane, gerando pela
imaginação e ideação,
pensamentos que, conduzidos nos cordões-aka vão
gravar
nas camadas musculares, os dados que constituirão as memórias experiências ou
aprendidas. Sem esse
guia fisiológico (memórias genéticas programadas),
torna-se impossível o
crescimento do sonho básico de vida. No final da vivência
da vida atual, as
memórias gravadas no corpo (imagem do kino-aka
do unihipili e uhane)
estão integralmente no unihipili
que
sustenta a permanência do uhane
junto a
ele.
Em Po
o unihipili com seu
conjunto de
memórias antigas e reformuladas concretiza no DNA o potencial
total do novo
individuo que inicia na concepção e vai crescendo e
evoluindo até a morte
física, formando mais um elo nessa extensa corrente reencarnatória,
com a orientação e coordenação do Aumakua
e pela atuação do uhane.
Reprisando e
concluindo, o
corpo é o repositório do resultado energético das
ações provocadas durante a
vida e que juntamente com as memórias, desencadeiam as
emoções, propiciando a
transferência dos resultados dados pelas experiências
reformuladas que passam
para o kino-aka do unihipili
em Po. Ele as usará
nas novas vidas com
sonhos básicos diferentes que conduzem a novos sonhares,
até conseguir se
libertar do grande depósito cármico
dado pelas
memórias, para que os espíritos ou aspectos evoluam e se
tornem pobres de
espírito e ricos de vida, num campo energético formado de
luz, promovendo a
recondução das “crianças de Tane” ao reino das
imagens puras, onde seremos a imagem e semelhança do Criador Pai/Mãe.
O crescimento pelo
conhecimento
é necessário para que se possa mais tarde ter-se a
analise criativa que conduz
à reflexão, quando se conclui que ninguém se
conhece porque as memórias são
constantemente reformuladas ou não mais existem, propiciando a
aproximação da
grande meta que é: EU SOU.
Sebastião de Melo