PROJETO
DE PESQUISA
DOCUMENTAÇÃO
E ESTUDO PRELIMINAR DOS MONUMENTOS MEGALÍTICOS DA ILHA DE SANTA CATARINA E ILHAS ADJACENTES
Adnir Antônio
Ramos
FLORIANÓPOLIS, OUTUBRO DE 2001.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
2. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICO-EMPÍRICA ........................................
5
3. OBJETIVOS ............................................................................................
11
3.1. GERAL ...................................................................................................
11
3.2. ESPECÍFICOS .......................................................................................
11
4. METODOLOGIA .....................................................................................
12
4.1. ESPECIFICAÇÃO
DO PROBLEMA ................................................... 12
4.1.1 PERGUNTAS DE PESQUISA
............................................................. 12
4.1.2. DEFINIÇÃO CONSTITUTIVA
E DEFINIÇÃO OPERACIONAL
DAS CATEGORIAS ANALÍTICAS EM ESTUDO .........................................
13
4.1.3. DEFINIÇÃO CONSTITUTIVA
DE TERMOS CONSIDERADOS
IMPORTANTES NO CONTEXTO DESTA PESQUISA ...............................
14
4.2. DELIMITAÇÃO DA
PESQUISA ............................................................14
4.2.1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
...................................................................14
4.2.2. DELIMITAÇÃO DA
PESQUISA ............................................................15
4.2.3. FONTES DE DADOS
............................................................................15
4.2.4. TRATAMENTO DOS
DADOS ..............................................................16
5. CRONOGRAMA FÍSICO
........................................................................17
6. ORÇAMENTO..........................................................................................18
7. BIBLIOGRAFIA
.......................................................................................19
1. INTRODUÇÃO
Em vários lugares da Terra existem pedras sobrepostas a outras - consideradas pela comunidade científica como monumentos megalíticos - que poderiam levar-nos a demonstrar quais seriam os conhecimentos astronômicos de nossos ancestrais (índios e homens da pré-história) em relação às estrelas e às constelações.
Em 1918, num
importante trabalho de investigação científica sobre a geologia catarinense,
o geólogo Major Rosa salientou que da Barra do Rio Itajaí até o Farol de
Santa Marta, em Laguna, existem pedras sobrepostas a outras sem que haja explicação para a forma como foram
trabalhadas geologicamente.
A partir de
1986 retomaram-se os estudos dessas pedras até então esquecidas pela comunidade
científica do Estado de Santa Catarina. Observando
constantemente os locais onde se encontram esses monumentos
megalíticos tem-se verificado os alinhamentos solsticiais e equinociais e
a configuração de constelações nessas pedras sobrepostas a outras.
Investigando
a literatura existente sobre os monumentos megalíticos verificou-se que eles
estão espalhados por quase todo o planeta. Várias ciências foram criadas
para se ocupar do fenômeno, como: Astronomia Neolítica, Astrologia pré-histórica,
Arqueologia Geodésica, Arqueologia Matemática e Arqueologia Astronômica. Portanto, é através dos mecanismos e métodos empregados
por essas áreas da ciência que se pretende fazer uma investigação nos monumentos
megalíticos localizados na Ilha de Santa Catarina.
Em se tratando
de ação planejada para a implantação do sistema de investigação, em que prevalece
a mudança (de comportamento, ação e atitudes) a coordenação de esforços,
em tese, só seria coerente, eficiente e eficaz através de formas de ação
que estejam estruturadas a partir de estudos científicos já em andamento.
É através
da compreensão do conhecimento que nossos ancestrais poderiam ter em relação
às estrelas e às constelações que podemos tornar esses monumentos megalíticos
protegidos da ação danificadora humana e contribuir para a produção de conhecimento
científico e cultural de modo global.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-EMPÍRICA
Teoricamente,
os monumentos megalíticos são materiais auxiliares aos estudos da arqueologia
e da astronomia, sobre os quais os cientistas procuram descrever o movimento
dos astros em relação a eles e a desvendar o pensamento que nossos ancestrais
procuraram deixar registrados nesses monumentos.
Muitos séculos
se passaram até que estudiosos e homens da ciência voltassem sua atenção
para essas pedras misteriosas, envoltas em lendas e superstições. Alguns
raros pioneiros delas trataram de maneira mais ou
menos ocasional, e somente no século XVIII surgiram os primeiros trabalhos
encarando o fenômeno de um ponto de vista científico. Foi
quando surgiu a tese, entre outras, por
“O s druidas
foram não apenas os sacerdotes dos povos Celtas na antiga Europa, mas também
foram detentores dos conhecimentos de cultura muito anteriores aos Celtas.
Estas culturas de povos pré-históricos, há mais de quatro milênios construíram
gigantescos monumentos de Stonehenge na Inglaterra e de Carnac na França,
entre muitos outros conjuntos de megálitos na Europa. Pesquisas recentes (Broadhurst, 1995) mostram que estes antigos sábios “interligaram
o céu com a terra” nos locais dos megálitos, pois em muitos destes pontos
há coincidência entre alinhamentos astronômicos e linhas de forte energia
telúrica. Os grandes blocos de pedras, notadamente de granito e outras pedras
com alto teor de quartzo, foram erguidas nestes locais em disposições diversas,
conforme os prováveis e também diferentes cerimoniais que se verificavam
em determinadas datas.
Esta pesquisa
também deverá, portanto, analisar eventuais linhas de energia telúricas junto
aos megálitos a estudar, em outros locais similares que denotem presença
humana na pré-história.
É fácil imaginar
os problemas de engenharia e organização implícitos na ereção vertical de
menires de
De outro lado,
a análise da orientação dos dolmens revelou que, pelo menos alguns deles,
são perfeitamente dirigidos no sentido dos solstícios e equinócios. Tal posição prevalece principalmente para os dolmens edificados
em colinas ou pontos elevados. No caso de dolmens
construídos em baixadas ou em vales parece que não houve a preocupação de
uma orientação determinada, embora muitos dolmens dessa categoria indiquem
os meridianos. Esses fatos foram constatados em dolmens
de toda a costa acidental da Europa, desde Portugal até a Inglaterra, ficando
evidenciado tratar-se de uma intenção manifestada e jamais de um acaso ou
coincidência.
Analisando
estes e outros aspectos da civilização megalítica, (Fernand Niel, apud Branco, 1971) , autor de notáveis tratados sobre o assunto,
escreveu em seu livro “Dolmens et Menhirs” que ela não é característica das
épocas neolíticas, calcolítica ou neolítica. Sobrepõe-se
a estas civilizações, apresentando diversos aspectos surpreendentes. Com efeito, os monumentos megalíticos, ou pelo menos vários
deles, atestam que seus construtores conheciam a arte de manejar pesos consideráveis,
sabiam contar, empregavam a alavanca, o plano inclinado, o fio de prumo e
provavelmente o nível. É possível que utilizassem
meios de elevar pesos que nos são desconhecidos. Tinham
conhecimento de geometria, conheciam os triângulos, os retângulos, os círculos
e as paralelas. Podiam desenhar ângulos retos e conheciam
as propriedades do triângulo “egípcio”. Conheciam
um método para dividir uma circunferência em certo número de partes iguais. Possuíam boas noções de astronomia e haviam elaborado
um calendário rudimentar e talvez se servissem do quadrante solar. Conheciam a navegação e haviam superado o estágio da navegação
de cabotagem. Sabiam construir embarcações capazes
de transportar dezenas de toneladas.
Tudo isso
ultrapassa de muito o que se sabe das sociedades primitivas e das civilizações neolíticas.
Estudando
as origens das civilizações megalíticas na Europa Ocidental, os especialistas
do Museu Arqueológico de Vannes defendem a tese de que ela provém do mundo
Egeu, iniciado
Mas novos
estudos arqueológicos estão constantemente ampliando a área e a antigüidade
dessas misteriosas civilizações.
Perto de Konya,
na Autóliz Turca, foi descoberta uma cidade (Catal Hoyük), que escritores
turcos pretendem seja uma cidade megalítica de 10 mil anos a.C. e dolmens
e menires localizados na Índia, na África, na Coréia, na Polinésia, no Peru,
no Colorado, vieram ampliar o mistério que envolve essas estranhas civilizações.
A existência
de uma importante civilização megalítica nas Américas alguns séculos ou milênios
antes de Cristo é fato amplamente conhecido Fernand
Niel refere-se a cromlechs que teriam sido encontrados no Colorado, nos EUA. Na Nicarágua e no Estado de Tabasco, no México, foram
encontrados importantes centros megalíticos. No Peru
foram localizados diversos centros. Na Argentina,
na província de Mendoza e Tucumán. E o mais importante
centro megalítico americano até agora conhecido, que é Tiahuanaco, na Bolívia.
Para S. Canal
Frau, apud Branco (1971), autor da “Prehistoire de L’Amerique”,
a civilização megalítica das Américas, que antecedeu de muito a civilização
dos incas, dos maias, dos chibchas e dos toltecas, teve sobre estas grande
influência. Canals Frau acha que a civilização megalítica
foi trazida para as Américas por correntes migratórias da Polinésia, onde
se encontram vários centros megalíticos de grande importância. Na sua opinião, também os megálitos da Ilha da Páscoa, na
costa do Chile, devem ser filiados a essa corrente cultural Polinésia americana.
Não é muito
o que se sabe sobre os megálitos no Brasil. Não obstante,
diversos achados importantes têm sido feitos:
Na Amazônia,
na região da Serra do Paraimá, Marcel Homet, pesquisador francês, localizou
diversos dolmens, menires e outros monumentos megalíticos que descreve com
detalhe em seu livro “Os Filhos do Sol”.
No Rio Grande
do Sul, na proximidade de Porto Alegre um grupo de arqueólogos encontrou
um templo megalítico dedicado ao culto religioso.
Na Bahia no
lugar chamado Riacho das Pontas na vertente do Rio
Verde Grande, Angione Costa registrou a existência de “extenso alinhamento
de pedras de cerca de
Recentemente
Maria Beltrão, diretora do Museu Nacional de Arqueologia do Rio de Janeiro,
juntamente com astrônomos, descobriu no interior da Bahia, a
No Nordeste
têm sido localizados monumentos megalíticos em diversos pontos. Alfredo Brandão registrou a existência de dolmens e menires
em diversas localidades, especialmente em Cimbres, A Lagoa de Baixo e Águas
Belas, em Pernambuco, e Viçosa e Sant’ana do Ipanema, em Alagoas.
Em Goiás,
descobriu-se o que se supõe serem muralhas soterradas, feitas de pedras hexagonais
aparentemente trabalhadas pelo homem e várias colunas de pedras sobrepostas,
formando uma linha de sentinelas perdidas em meio à vegetação.
Para explicar
o fenômeno da existência de tantos monumentos megalíticos e o conhecimento
de nossos ancestrais ao construírem esses monumentos, os cientistas
da astronomia megalítica vêem
duas explicações possíveis mas reconhecem ser difícil acreditar tanto em
uma como na outra. A primeira explicação é de que
poderia ter existido na terra, há cerca de 100 mil anos, uma civilização
tão avançada quanto a nossa e talvez até mais, a qual foi inteiramente destruída
por um terrível cataclismo de origem terrestre ou cósmica.
A segunda explicação, bastante mais compatível com a teoria da evolução,
é que nossos longínquos ancestrais houvessem evoluído lentamente durante
milhões de anos até o dia em que, talvez, há 100 mil anos eles fossem visitados
por seres superiores, vindos de outro mundo do espaço. Estes
lhes teriam ensinado os princípios básicos de toda a civilização, isto é,
a astronomia, matemática, metalurgia, agricultura, criação de animais e religião.
Os cientistas
da astrologia pré-histórica explicam que nossos ancestrais, após terem observado
o movimento do sol, da lua e dos planetas no céu, durante alguns milhares
de anos perceberam que certos eventos em sua existência primitiva pareciam
reproduzir-se regularmente, quando certos astros se encontravam acima de
sua cabeça, nas mesmas posições relativas. Foi esse
o princípio da astrologia pré-histórica que deveria dar nascimento às profecias
hebraicas, à astrologia medieval e à astronomia moderna.
Os cientistas
da arqueologia geodésica afirmam ser muito difícil para a ciência oficial
pretender que todas essas figuras geométricas, traçadas na superfície terrestre
por alinhamento de monumentos megalíticos muito antigos, sejam mero produto
do acaso. Ao contrário, muitos cientistas acreditam que nossos ancestrais longínquos
eram possuidores de dons psíquicos que foram perdendo no decorrer dos tempos
e já conhecessem a existência de correntes telúricas, campos magnéticos e
falhas geológicas na crosta terrestre, e que construíssem seus monumentos
nos pontos de interseção dessas diferentes linhas, desta maneira conseguindo
verdadeiros emissores de energia terrestre.
Os cientistas
da arqueologia matemática, entre eles Lívio Stichini, o primeiro a compreender
que alguns de nossos distantes ancestrais eram verdadeiros gênios em astronomia
e matemática, demonstram ser a teoria clássica segundo a qual a civilização
progride de maneira lenta e regular, uma doutrina teológica, inventada pelos
padres da igreja segundo a necessidade de causa, mas objetada por tudo quanto
se sabe no conhecimento científico e realizações técnicas de nossos ancestrais. Tais conhecimentos incluem, por exemplo, o da precessão
dos equinócios, cujo ciclo é de 25.920 anos, medidas essas que foram empregadas
no volume da grande pirâmide através dos fatores Õ e Æ, cujo volume foi
calculado em
No decorrer
dos últimos anos assistimos ao nascimento de uma nova forma de arqueologia,
não mais apenas baseada na idade, uso ou dimensões de monumentos antigos,
mas igualmente sobre sua orientação astronômica, que permite determinar os
astros e, por conseguinte, os deuses aos quais esses monumentos haviam sido
dedicados. Inversamente ao conhecer esses deuses ou
astros, esta nova arqueologia permite o cálculo das datas pelas quais haviam
sido alinhados sobre certos eixos do monumento, há alguns milhares de anos,
na ocasião dos solstícios ou equinócios e, em decorrência, determinar a exata
idade do monumento.
Para podermos demonstrar esses inacreditáveis conhecimentos de nossos ancestrais, precisamos descobrir o segredo de seus observatórios astronômicos, de seus calculadores de pedra e de seus alinhamentos de menires e dolmens. Pretendemos desenvolver nossas pesquisas aqui na Ilha Santa Catarina, cujos monumentos são desconhecidos das autoridades científicas das áreas correspondentes e contribuir para o desenvolvimento científico global cujas teorias estão sendo seriamente discutidas no início deste novo milênio.
Pretendemos
iniciar os estudos sobre os monumentos megalíticos em Florianópolis, por
ser essa a região onde existe maior concentração de monumentos megalíticos,
por ser a única cidade no mundo onde o centro da Via Láctea passa exatamente
por cima e por ser a única cidade no mundo onde o polo sul da galáxia passa
exatamente por cima (João
Steiner, UFSC, 3 de maio de 1996). Florianópolis é altamente
privilegiada para se fazer astronomia galáctica e extra-galáctica, por essa
relação com o pólo sul da galáxia.
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
- Cadastrar e estudar os monumentos megalíticos
existentes na Ilha de Santa Catarina e ilhas adjacentes.
3.2 ESPECÍFICOS
1.
Documentar todos os monumentos megalíticos encontrados
na Ilha de Santa Catarina e ilhas adjacentes.
2.
Classificar
os diferentes tipos de monumentos megalíticos.
3.
Catalogar
sistematicamente os monumentos megalíticos com etiquetas em seus locais.
4.
Estudar
em que tempo histórico foram esses monumentos megalíticos colocados na Ilha
de Santa Catarina e ilhas adjacentes.
5.
Fazer
uma analogia entre os monumentos megalíticos encontrados na Ilha Santa Catarina
e os encontrados em outros locais passíveis de estudo pela literatura disponível.
6.
Verificar
a relação entre a arte rupestre e os monumentos megalíticos do estado de
Santa Catarina.
7.
Estudar
que técnicas foram utilizadas para dispor os megálitos uns sobre os outros;
8.
Identificar
a relação dos megálitos entre si, com acidentes geográficos
e com os astros.
9.
Identificar
a relação homem-megálito.
10.Fazer intercâmbio de informações com outros
grupos de pesquisadores nessas áreas correspondentes.
4. METODOLOGIA
Com base nas considerações de fundamentação
teórico-empírica, o presente projeto de investigação visa identificar e estudar
o número de monumentos megalíticos na Ilha de Santa Catarina e ilhas adjacentes
dando-lhes a interpretação, as relações existentes, a forma, a origem e possivelmente
a época em que foram expostos.
4.1 Especificação do Problema
4.1.1 Perguntas de Pesquisa
1.
Teria havido uma “civilização megalítica”
2.
Seriam esses monumentos obra de um povo especial, empreendedor
e migrador que, em suas mudanças, teria erguido dolmens e menires por onde
passava?
3.
As
civilizações megalíticas existentes nos diversos continentes teriam sido
contemporâneas ou teriam uma origem comum?
4.
Teria
existido não uma raça ou uma civilização megalítica, mas sim uma religião
que teria sido transmitida a diversos povos por uma civilização superior
à dos navegadores?
5.
Em
que período, exatamente, floresceu a civilização megalítica e como ocorreu
seu desaparecimento?
6.
Qual
a relação entre a arte rupestre e os monumentos megalíticos do Estado de
Santa Catarina?
4.1.2 Definição Constituída
das Categorias Analíticas em Estudo
4.1.2.1 Monumentos
Megalíticos
A
expressão geral “Monumento Megalítico” origina-se do grego mega (grande) e litho (pedra)
e designa uma categoria de monumentos em pedra bruta ou ligeiramente trabalhada. Embora apresentem uma certa variedade em seu aspecto,
podem ser classificados em dois tipos principais: o
dólmen e o menir.
O dólmen, do bretão dol (mesa)
e men (pedra), é constituído de diversos
blocos de pedras erguidos e cobertos por outro horizontal.
O menir, do bretão men (pedra)
e hir (longa), consta de uma pedra simples
e de altura variável, fincada verticalmente sobre o solo ou sobre uma rocha.
4.1.2.2. Pedras
Sobrepostas
São monumentos megalíticos.
4.1.2.3. Formações Rochosas Naturais
Lugares usados
para prováveis cerimônias.
4.1.3 Definição Constitutiva de Termos Considerados
Importantes no Contexto da PesqUISA
4.1.3.1. Crenças:
Para alguns autores, os dolmens e os menires
estão ligados ao culto dos mortos. Os dolmens, segundo
eles, seriam túmulos reservados a certas personagens: chefes das tribos,
sacerdotes, mágicos e outros. E os menires estão ligados
à localização dos túmulos, numa espécie de monumentos votivos para o culto
solar agrícola da grande deusa.
Para outros,
os menires são representantes de um culto fálico, relacionado com a grande
deusa neolítica - a deusa da fecundidade - que presidia a tudo que se relacionava
com a vida, da fertilidade do solo ao nascimento das plantas, dos animais
e dos homens. É a própria terra, fonte de alimento
e benfeitoria da humanidade.
4.2 Delimitação da
Pesquisa
4.2.1 Área
de Abrangência
Esta pesquisa será desenvolvida inicialmente
na ilha de Santa Catarina, para, numa Segunda etapa, abranger o Estado de
Santa catarina, conforme os alinhamentos dos monumentos megalíticos.
Após um levantamento
total dos monumentos megalíticos catarinenses a pesquisa passará a uma terceira
fase em que serão estudados os megálitos de outros estados.
As observações
e documentação dos monumentos megalíticos será através de técnicas (estudo
através de radiespectrógrafo e estudos dos alinhamentos megalíticos) usadas
na áreas da astronomia neolítica e pré-histórica; e arqueologia geodésica, arqueologia matemática e arqueologia astronômica.
4.2.2. Delineamento
da Pesquisa
Esta pesquisa será do tipo observação. Será desenvolvida a partir de observações regulares da
lua, do sol e dos planetas no céu, durante dois anos, para saber até que
ponto nossos ancestrais percebiam que certos eventos em sua existência primitiva
reproduziam-se regularmente.
O sistema
de medida a ser aplicado nessa pesquisa será as medidas em metro depois transformadas
em pés e côvados e comparadas com as medidas de outros monumentos megalíticos estudados e medidos.
Deverão ser
observados também os cálculos matemáticos para determinar se nossos ancestrais
também calculavam períodos de tempo e de distância.
Os monumentos
megalíticos deverão ser posicionados nos mapas e posteriormente analisadas
sua orientação astronômica, que permitirá determinar a que astros esses monumentos
foram dedicados.
4.2.3. Fonte dos Dados
Os dados serão coletados nos seguintes tipos
de fontes:
4.2.3.1. Fontes primárias: as observações deverão ser feitas diretamente nos locais
onde se encontram os monumentos megalíticos, as observações deverão ser registradas
através de fatos, relatórios, filmagem e equipamentos de mensuração, máquinas
eletrônicas e computadores para facilitar a tabulação dos dados coletados.
4.2.3.2. Fontes secundárias: consulta
a documentos como: livros, revistas, relatórios e acesso à internet.
4.2.4. Tratamento
dos Dados
Por se tratar
de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, será utilizada a técnica de triangulação,
que se desenvolve de maneira dinâmica, em contínua retroalimentação entre
a coleta e a análise dos dados. Os dados quantitativos serão organizados
e interpretados a partir do uso de softwares como o Statistics
e o Statgraphics; os dados qualitativos serão organizados
e interpretados a partir de técnicas comparativas.
5. CRONOGRAMA FÍSICO
ATIVIDADES / BIMESTRE |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
Levantamento do número de
monumentos megalíticos |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Levantamento bibliográfico |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Observação direta |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Análise comparativa com outros
monumentos |
|
X |
|
X |
|
X |
Análise das
coordenadas geográficas através de GPS |
|
X |
|
X |
|
X |
Confecção de relatórios |
|
|
X |
|
|
X |
Apresentação da versão parcial |
|
|
X |
|
|
|
Conclusão final do trabalho |
|
|
|
|
X |
X |
Apresentação dos resultados |
|
|
|
|
|
X |
6.
ORÇAMENTOS
COMPOSIÇÃO
DE SALÁRIOS
NOME |
|
MENSAL BRUTO |
MÊS 1 |
MÊS 2 |
MÊS 3 |
MÊS 4 |
MÊS 5 |
MÊS 6 |
MÊS 7 |
MÊS 8 |
MÊS 9 |
MÊS 10 |
MÊS 11 |
MÊS 12 |
Responsável
técnico Coord./Antropólogo |
SAL ENC |
R$ 3.800,00 |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Assistente |
SAL ENC |
R$ l.500,00 |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Geólogo |
SAL ENC |
R$ 3.000,00 |
X |
X |
X |
X |
|
|
|
|
|
X |
|
|
Geógrafo |
SAL ENC |
R$ 3.000,00 |
X |
X |
X |
X |
|
|
|
|
|
X |
|
|
Arqueólogo |
SAL ENC |
R$ 3.000,00 |
X |
X |
X |
X |
|
|
|
|
|
X |
|
|
Radiestesista |
SAL ENC |
R$ 2.500,00 |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Equipe 2 observadores |
SAL ENC |
R$ 1.200,00 |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
Téc. Comput.
Gráfica |
SAL ENC |
R$ 3.500,00 |
|
|
|
|
|
|
|
|
X |
X |
X |
X |
Digitador/Aux.
Escrit. |
SAL ENC |
R$ 1.000,00 |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
TOTAL
GERAL |
|
R$ 179.000,00 |
EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTO |
MODELO |
FABRICANTE |
QUANT. |
CUSTO
UNIT. |
TOTAL |
||
Computador
pentium |
450 MHz |
|
1 |
R$ 2.500,00 |
R$ 2.500,00 |
||
Impressora |
Jato de Tinta |
HP |
1 |
R$ 800,00 |
R$ 800,00 |
||
Scanner |
Mesa |
SKY II / TCÊ |
1 |
R$ 300,00 |
R$ 300,00 |
||
Notebook |
250 MHz |
Toshiba |
1 |
|
|
||
Filmadora |
NV-RJ47 |
Panasonic |
1 |
R$ 1.455,00 |
R$ 1.455,00 |
||
Máquina fotográfica |
MF-30 |
Yashica |
2 |
R$ 39,90 |
R$ 78,00 |
||
Máquina foto
digital |
|
Kodak |
1 |
R$ 1.500,00 |
R$ 1.500,00 |
||
Televisão |
2083 BAV |
Toshiba |
1 |
R$ 429,00 |
R$ 429,00 |
||
Videocassete |
VR-788 |
Phillips |
1 |
R$ 449.00 |
R$ 449,00 |
||
Bússola. |
|
|
2 |
R$ 52,00 |
R$ 104,00 |
||
GPS GEODÉSICO |
RELIANCE |
ASHTECH |
1 |
R$15.000,00 |
R$15.000,00 |
||
Binóculo c/bússola
emb |
2 X 1000 |
|
1 |
R$ 500,00 |
R$ 500,00 |
||
Rádio espectográfico |
|
|
1 |
R$ 1.800,00 |
R$ 1.800,00 |
||
Clinômetro
c/trena |
30 X 100 |
|
|
R$ 600,00 |
R$ 600,00 |
||
Telefone linha fixo |
|
Telesc |
1 |
R$ 39,00 |
R$ 39,00 |
||
Aparelho fone/fax |
|
Panasonic |
1 |
R$ 700,00 |
R$ 700,00 |
||
Telefone Celular |
|
TIM |
1 |
R$ 25,00 |
R$ 25,00 |
||
Aparelho Celular |
|
Ericsson/Nokia |
1 |
R$ 300,00 |
R$ 300,00 |
||
|
TOTAL
GERAL |
R$ 76.578,00 |
|||||
SERVIÇOS DE TERCEIROS
PESSOAS/EMPRESAS |
ESPECIFICAÇÃO DO SERVIÇO |
CUSTOS |
||||||
|
1o.
TRIM. |
2O . TRIM. |
3o.
TRIM. |
4o.
TRIM. |
TOTAL |
|||
TPS 30
por Segundo |
Edição de vídeo |
R$ 1.500,00 |
R$ 1.500,00
|
R$ 1.500,00
|
R$ l.500,00 |
R$ 6.000,00
|
||
TPS 30
por Segundo |
Computação gráfica |
R$ 2.000,00 |
R$ 2.000,00 |
R$ 2.000,00 |
R$ 2.000,00 |
R$ 8.000,00 |
||
17 |
|
R$ 14.000,00 |
TRANSPORTE E DIÁRIAS
DISCRIMINAÇÃO |
COMBUSTÍVEL |
DIÁRIAS |
TOTAL |
||||
|
No.
|
PERCURSO |
VALOR TOTAL
(A) |
No.
|
VALOR |
VALOR TOTAL |
GERAL |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
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|
Florianópolis |
12 |
ida/volta |
R$ 360,00 |
60 |
R$ 100,00 |
R$ 6.000,00 |
R$ 6.360,00 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
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|
|
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|
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|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ilha do Arvoredo |
2 |
ida/volta |
R$ 400,00 |
10 |
R$ 100,00 |
R$ 1.000,00 |
R$ 1.400,00 |
Ilha das Aranhas |
2 |
ida/volta |
R$ 400,00 |
10 |
R$ 100,00 |
R$ 1.000,00 |
R$ 1.400,00 |
Ilha do Campeche |
3 |
ida
volta |
R$ 600,00 |
15 |
R$ 100,00 |
R$ 1.500,00 |
R$ 2.100,00 |
Ilha Moleque
do Sul |
2 |
ida/volta |
R$ 400,00 |
10 |
R$ 100,00 |
R$ 1.000,00 |
R$ 1.400,00 |
Ilhas Três
Irmãs |
2 |
ida/volta |
R$ 400,00 |
10 |
R$ 100,00 |
R$ 1.000,00 |
R$ 1.400,00 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
TOTAL GERAL |
|
R$ 8.200,00 |
|
R$ 51.000,00 |
R$
59. 200,00 |
MATERIAL
PERMANENTE / MÓVEIS
ESPECIFICAÇÃO |
FINALIDADE |
CUSTO UNITÁRIO |
QUANT. |
CUSTOS |
||||
|
1o.
TRIM. |
2o.
TRIM. |
3o.
TRIM. |
4o.
TRIM. |
TOTAL |
|||
R$ 800,00 |
1 |
R$ 2.400,00 |
R$ 2.400,00 |
R$ 2.400,00 |
R$ 2.400,00 |
R$ 9.600,00 |
||
Mesa 1,50x75x75 |
Serviços gerais |
R$ 238,00 |
2 |
x |
|
|
|
R$ 476,00 |
Mesa |
Reunião |
R$ 203,00 |
1 |
x |
|
|
|
R$ 203,00 |
Cadeiras/couro |
Mesa de reunião |
R$ 170,00 |
8 |
x |
|
|
|
R$ 1.360,00 |
Arquivo c/ 4 gav. |
Arquivar doc. |
R$ 2l9,00 |
1 |
x |
|
|
|
R$ 219,00 |
Arq. Pasta
suspensa |
Arquivar doc. |
R$ l74,00 |
1 |
x |
|
|
|
R$ 174,00
|
Mesa computador |
|
R$ 155,00 |
1 |
x |
|
|
|
R$ 155,00 |
Cadeira giratória |
|
R$ 180,00 |
3 |
x |
|
|
|
R$ 540,00 |
Ar condicionado |
12.000 BTUs |
R$ 1.200,00 |
1 |
x
|
|
|
|
R$ 1.200,00 |
Armário |
Equip. e Mat. Escr. |
R$ 192,00 |
1 |
x |
|
|
|
R$ 192,00 |
TOTAL
GERAL |
|
|
|
R$ 6.919,00 |
R$ 2.400,00 |
R$ 2.400,00 |
R$ 2.400,00 |
R$ 14.119,00 |
MATERIAL |
QUANT. |
CUSTO UNITÁRIO |
CUSTOS |
||||
|
1o.
TRIM. |
2o.
TRIM. |
3o.
TRIM. |
4o.
TRIM. |
TOTAL |
||
Resma de papel |
60 |
R$ 9,00 |
135,00 |
135,00 |
135,00 |
135,00 |
R$ 540,00 |
Filme para fotografia |
60 |
R$ 7,00 |
105,00 |
105,00 |
105,00 |
105,00 |
R$ 420,00 |
Filme para filmadora |
50 |
R$ 8,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
R$ 400,00 |
Softwares |
5 |
R$ 800,00 |
4.000,00 |
- |
- |
- |
R$ 4.000,00 |
Materiais Expediente |
diversos |
|
250,00 |
250,00 |
250,00 |
250,00 |
R$ 1.000,00 |
Mapas e fotos aéreas |
diversos |
|
5.000,00 |
- |
- |
- |
R$ 5.000,00 |
Despesas Manutenção |
|
R$ 1.500,00 |
4.500,00 |
4.500,00 |
4.500,00 |
4.500,00 |
R$ 18.000,00 |
Primeiros Socorros |
Diversos |
|
500,00 |
- |
- |
- |
R$ 500,00 |
Ferramentas de Campo |
Diversos |
|
1.000,00 |
- |
- |
- |
R$ 1.000,00 |
TOTAL |
|
|
15.590,00 |
5.090,00 |
5.090,00 |
5.090,00 |
R$ 30.860,00 |
19
TOTAL
GERAL DO PROJETO
R$ 381.757,00
6. BIBLIOGRAFIA
BELTRÃO, Maria. A astronomia do homem pré-histórico brasileiro.
Revista Geográfica Universal, s/n., s/v., out. 1991.
BRANCO, Renato Castelo. Pré-história brasileira:
fatos e lendas. São Paulo: Ed. Quatro Artes, 1971.
BROADHURST, Paul - Tintagel and
the Arthurian Mythos - Pendragon Press, Inglaterra, 1995
____________
The Sun and the Serpent - Pendragon Press, Inglaterra,
1989
COSTA, Angione. Introdução à Arqueologia
Brasileira. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1954.
CHATELAIN, Maurice. Em busca de nosso antepassado
cósmico. Rio de Janeiro: Record, 1981.
CHILDRESS, David Hatcher. Cidades Perdidas
e Antigo Mistério da América do Sul. São Paulo: Edições Siciliano, 1988.
ERVERDOSA, Carlos. Arqueologia Angolana. Lisboa:
Edições 70 Ltda., 1980.
FARIA, Francisco C. Pessoa. Os Astrônomos
pré-históricos do Ingá. s/l.: IBASA, 1987.
HURTAK, J.J. O Livro do Conhecimento: As
Chaves de Enoch. Califórnia: The Academy For Future Science,
1996.
LUCAS, Keler. A Arte Rupestre
____________ A Arte Rupestre no
Município de Florianópolis. Florianópolis: Ed. Rupestre, 1994.
MEN, Humbatz. Segredo da Religião: ciência
maia. São Paulo: Ed. Grand Ltda., 1986.
PIAZZA, Walter e PROUS, André. Documento pour pré-histórie du Brasil Meridional. Paris: Cahier
D’Arqueologie do Sul 4, 1980.
___________ Petróglifos da Ilha de Santa
Catarina e Ilhas adjacentes.
São Leopoldo: Edições do Instituto Anchietano de Pesquisa, 1969.
___________ Os sítios Arqueológicos do Planalto Catarinense. São Leopoldo:
Edição do Instituto Anchietano de Pesquisa, 1971.
___________ Sinalações Rupestres
______ Sítio Arqueológico do Pântano
do Sul. Florianópolis: Edições do Governo do Estado de Santa Catarina,
1984.
ROSA, José Vieira da. Rápido estudo sobre
a geognosia do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: Oficina da Imprensa
Oficial, 1918.
SAURAT, Denis. A religião dos gigantes
e a civilização dos insetos. Rio de Janeiro: Ed. Artenova, 1973.
SENET, André. O homem desconhece seus
antepassados. Belo Horizonte: Livraria Italiana Ltda, s/d.
RUBINGER, Marcos Magalhães. Pintura Rupestre
algo mais do que arte pré-histórica. Belo Horizonte: Interlivros, 1974.
SCHMITZ, Pedro Ignácio. Caçadores e Coletores
da Pré-história do Brasil. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisa,
1984.
TOVAR, Alódio. O Enigma de Paraúna.
Goiânia: Imery Publicações Ltda, 1986.
WEATHERALL, M. Método Científico. São Paulo: Edgard Blucher, 1972.
WILLIAMS, Raymond. O Povo da Montanhas Negras. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.