Nascimento: 05 de abril de 1908 - em Massachussetts - USA

Morte: 06 de outubro de 1989 - em Neuilly-sur-Seine - França - em consequência de um derrame

Os olhos grandes, ostensivamente pintados e a pose de fumadora compulsiva, caracterizam a imagem de uma das maiores divas da constelação cinematográfica. De assassina e calculista até a mulher cinzenta e solteira Bette Davis conseguiu encarnar, com toda convicção, uma infinidade de identidades.

Uma mulher forte, determinada, independente, agressiva e desbocada, uma exceção dentre muitas outras atrizes. Também produziu filmes.

Seus pais se separaram quando ainda tinha 7 anos. Sua mãe encorajou seu interesse em atuar, levando-a para Nova York a fim de estudar arte dramática.

Sua estréia na Broadway se deu em 1929. Em 1930 fez seu primeiro teste na Universal, sabia que seria difícil pelo fato de o cinema americano estar saindo de mudo para sonoro. Os estúdios começaram a ficar mais rigorosos para descobrir novos talentos e ela foi uma das únicas que conseguiram quebrar o dogma que Hollywood criou, de que é preciso ser bonita para ser uma estrela. A Universal fez um contrato e Bette e sua mãe foram para Hollywood.

Assinou em 1932 com a Warner. Logo depois recebeu seu primeiro Oscar. Depois de um atrito com o chefão foi suspensa e emprestada à RKO. Quando voltou, recebeu seu segundo Oscar e este fato serviu como resposta a seu chefe pela suspensão.

Na 2ª Guerra Mundial Bette montou, em pleno campo de batalha, o Hollywood Canteen, onde os astros faziam apresentações beneficentes aos soldados americanos.

Em 1940 foi a primeira mulher a ser eleita Presidente da Academia, mas no ano seguinte, devido a divergências entre ela e os outros membros, renunciou.

Casamentos:
--Harmon Nelson - 1932/1939 - divorciada
--Arthur Farnsworth - 1940/1943 -morreu
--William Grant Sherry - 1945/1959 - divorciada - uma filha - Barbara Davis ( B.D.)
--Gary Merrill - 1950/1960 - divorciada -dois filhos adotivos - Michael e Margo

No início da década de 60, desempregada e precisando de dinheiro, mandou publicar em um jornal: "Atriz desempregada, ganhadora de 2 Oscars, com experiência teatral". Foi quando Robert Aldrich a convidou para fazer "O que terá acontecido a Baby Jane".

Em 1983 precisou submeter-se a uma mastectomia para retirar tumores cancerosos. Ainda convalescente, sofreu um derrame cerebral que lhe paralisou o lado esquerdo, embora sem afetar a fala ou a lucidez. Em recuperação, em 1985, sofreu um choque emocional, a filha única Barbara publicou o livro "My Mother's Keeper", uma obra cruel e insensível. Bette passou a ignorar a filha. A atriz então lançou sua 3ª autobiografia, que não é um livro amargo, mas que relembra seu glorioso passado, seus ex-maridos, o nascimento de B.D. e a adoção dos 2 filhos, um dos quais com retardamento mental. Ela retrata também as experiências como mãe, não tão dedicada como gostaria por causa do trabalho. Ela encerra o livro com uma carta aberta à filha dizendo que B.D. possuía uma imaginação fora do comum, por isso, talvez, tenha confundido a pessoa que aparecia nas telas com a mãe real. No final das contas o livro era uma flagrante falta de lealdade e agradecimento pela vida privilegiada que Bette lhe havia dado.

Fez mais de 100 filmes e recebeu 10 indicações para o Oscar, recebendo 2 deles.