Duque de Caxias

Luiz Alves de Lima e Silva -  Patrono do Exército Brasileiro

Nasceu em 25 de agosto de 1803 na Fazenda Taquaraçu, em Porto da Estrela, na Província do Rio de Janeiro. Filho do Marechal Francisco de Lima e Silva e de Dona Mariana Cândida de Oliveira Belo. Filho, neto e irmão de militares.

Foi reconhecido Cadete aos 5 anos, em 22 de novembro de 1808, segundo o costume de época nas famílias militares, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar.

Em 1817, fez juramento à Bandeira.

D. Pedro proclama a Independência do Brasil e organiza no Campo de Sant`Ana, a Imperial Guarda de Honra e o Batalhão do Imperador, no qual o Tenente foi integrado e recebeu das mãos do Imperador D. Pedro I a Bandeira do Império recém-criado. Com o batalhão, Caxias parte para a Bahia, na campanha pela independência, quando pode revelar excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura, encerrada com a vitória em 1823.

Como Capitão, parte para a Guerra da Cisplatina (1825-1828), da qual regressa no posto de Major, recebendo também a insígnia de Cavaleiro da Ordem Rosa.

Em 6 de janeiro de 1833, no Rio de Janeiro, o Major Luiz Alves casava-se com a senhorita Ana Luiza de Loreto Carneiro Viana.

Em 1837, já promovido a Tenente-Coronel, é escolhido para pacificar a província do Maranhão, onde havia iniciado o movimento da Balaiada. Vencedor, recebeu em 1841 o título de Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro.

Em 1842, em São Paulo e Minas Gerais, começava a Revolução Liberal e Luiz Alves consegue restabelecer a paz, sendo promovido a Marechal de Campo.

Como Marechal de Campo, garantiu a unidade nacional ameaçada, acabando com a Guerra dos Farrapos (1835-1845) e com a Cabanagem no Pará.

Foi elevado a Conde e feito Senador pelo Rio Grande do Sul.

Participa da campanha contra Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina) (1851-1852).

Tenente-General e Marquês, ocupa o posto de Ministro da Guerra no Gabinete.

Em 1853, Luiz Alves adoece e segue para a estação de águas de Baependy. Regressa a corte. Falece o seu pai, o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

Em 1855, foi Ministro da Guerra e em 1856, Presidente do Conselho de Ministros.

Em 1862, pede exoneração do cargo de Ministro e no mesmo ano falece seu filho Luis.

Em 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe da Forças do Império em operação contra as tropas do Ditador Lopez, do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal-de-Exército, assumindo em 1867 o Comando Geral das Forças em Operações..

Segue-se uma série de vitórias, em Itororó (sua liderança atinge a plenitude e Caxias diz: “Sigam-me os que forem brasileiros”), em Tuiuti, em Avaí, em Lomas Valentinas, a rendição em Angustura e a entrada em Assunção, em 1869, quando considerou finda sua gloriosa jornada.  Pelos relevantes serviços na Guerra do Paraguai, o Imperador lhe concedeu o título de Duque em 1869. Caxias foi o único Duque brasileiro.

Em 1875, é nomeado, pela terceira vez, Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros.

Em 1878, Caxias recebeu o epíteto de “O Pacificador” por ter conseguido pacificar o Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Já com a idade avançada, Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, a Província do Rio de Janeiro, na Fazenda Santa Mônica, na estação ferroviária de Desengano, hoje, Juparaná, próximo a Vassouras.

No dia 7 de maio de 1880, fechava os olhos para sempre, aquele bravo militar e cidadão, que vivera no seio do Exército para a glória do próprio Exército. No dia seguinte, chegava em trem especial, na estação do Campo de Sant`Ana, o seu corpo vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal-de-Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas numerosas condecorações, as únicas de bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo conforme sua derradeira vontade.

A data de seu aniversário, 25 de agosto, passou a ser considerada como o Dia do Soldado.

O decreto do Governo Federal de 1962 imortalizou o nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro.

O sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou: “Caxiismo não é o conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os “Caxias” devem ser tanto paisanos como militares. O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele”...

Em uma justa homenagem, desde 1931, os Cadetes do Exército da Academia Militar das Agulhas Negras, portam como arma privativa, o Espadim de Caxias.

Caxias não gostava de assumir cargos políticos,  dizendo que era uma “pesada cruz” (expressão dele sobre política). 

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