Madre Teresa de Calcutá

Nasceu a 27 de agosto de 1910 em Skopje, Iugoslávia. Filha de comerciantes albaneses que moravam nesta cidade. Seu nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu.
Estudou numa escola estatal na atual Croácia. Ingressou na Congregação Mariana onde foi aperfeiçoando a formação cristã, ao mesmo tempo que tomava conhecimento da vida da Igreja e abria o coração às necessidades do mundo.
Em 1928 deixa sua cidade para ingressar na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, em Rathfarnham, perto de Dublin, na Irlanda.

Seu sonho era o trabalho missionário junto aos pobres na Índia. Foi enviada para Darjeeling, onde as Irmãs de Loreto possuíam um colégio. Ali, em 1931, faz a profissão religiosa, emitiu os votos de pobreza, castidade e obediência, tomando o nome de Teresa .A escolha deste nome foi com a intenção de se parecer com a humilde carmelita de Lisieux.

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Depois foi para Calcutá, passando para uma carreira docente, ensinando Geografia num colégio da Congregação.

Em 1946, viajando em um trem em que ia de Calcutá a Darjeeling para fazer um retiro, percebeu em seu interior uma chamada para que renunciasse a tudo e seguisse Cristo nos subúrbios, a fim de servi-lo entre os mais pobres dos pobres.

Já em 1948, depois de algumas tentativas, recebeu autorização de sua Madre Superiora, de seu Arcebispo e finalmente do Papa Pio XII para viver só, fora do claustro, tendo Deus como único protetor e guia, no meio dos mais pobres de Calcutá, deixando a Congregação, mas continuando religiosa sob a obediência de Arcebispo de Calcutá.

Fez então um breve curso de enfermagem que julgou necessário.

Em 1948 obteve a nacionalidade indiana. Tendo abandonado o hábito, comprou um sari branco, debruado de azul e colocou no ombro uma pequena cruz. Este passou a ser seu novo hábito, o vestido de uma modesta mulher indiana.

Começou a dar aulas às crianças, como também lições de higiene e de moral e ajudar pobres e enfermos. Fundou a Ordem das Missionárias da Caridade a partir de jovens ex-alunas que vinham com o desejo de dar tudo a Deus, despojando-se de seus bens e usando também o sari de algodão. Abriu numerosos centros de serviços, atendendo aos cegos, idosos, leprosos, aleijados e moribundos. Em outra cidade na Índia, construíram uma colônia para leprosos, chamada de "Cidade da Paz".

Em 1950 tornou-se Madre Superiora de sua própria ordem.

Em 1952 abre o lar infantil, Casa da Esperança, e inaugura o Lar para Moribundos. A partir desta data a sua congregação começa a expandir-se por toda Índia e por todo mundo.

O Lar dos Moribundos começou a partir de um espaço anexo a um santuário hindu à deusa Kali. Os hindus fizeram objeção à idéia de irmãs católicas se instalarem ali, mas a Madre recebia neste lar moribundos hindus, muçulmanos e católicos, porque achava que todos tinham que ter uma "morte bonita". Depois de algum tempo, um dos dirigentes dos hindus comentou, referindo-se a Madre: "Dentro do templo há uma deusa de pedra. No hospital há uma deusa viva".

Em 1965 a Congregação da Madre foi aprovada pela Santa Sé.
A partir de 1968 a Congregação estendeu-se por outras regiões: Itália, Austrália, Peru, Canadá, Bangladesh, Ceilão, etc.
Em 1970 as Missionárias da Caridade abrem a sua primeira casa em Londres e fixam aí o aspirantado e noviciado para a Europa e América.
Em 1981 inaugura em Berlim Oriental a primeira das suas fundações em países submetidos ao marxismo e anos mais tarde abre também uma casa na Rússia e em Cuba. Anos depois visita também a República Popular da China.
Em 1983, em Roma, sofre o primeiro ataque do coração..
Em 1987 envolve-se com a campanha de ajuda às vitimas da AIDS.
Em 1989 realiza um dos seus sonhos, abrir uma casa na Albânia, um dos países mais pobres do mundo.
Neste mesmo ano sofre o seu segundo ataque do coração.

Em 5 de setembro de 1997, em Calcutá, sofreu uma última parada cardíaca, foi a vez de ela poder encontrar-se com o Dono e Senhor da sua alma.

Uma de suas frases: "Ontem foi embora. Amanhã ainda não veio. Temos somente hoje, comecemos."

Prêmios recebidos:
-1971- Internacional da Paz João XXIII, dado pelo papa Paulo VI.
-1972- Nehru, por sua obra de compreensão internacional, recebido do governo hindu.
-1973- Templeton, recebido do Príncipe Phillip, duque de Edimburgo.
-1979- Nobel da Paz.

-1980- Jóia da Índia, a maior honraria civil de seu país de adoção.
-1985- Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração do país mais poderoso da terra, recebida das mãos do Presidente Reagan, na Casa Branca.
-1987- Medalha de Ouro do comitê soviético.

Beatificação:
Em 19 de outubro de 2003, Madre Teresa foi beatificada numa cerimônia presidida pelo Papa João Paulo II na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A grande admiração de João Paulo II por Madre Teresa o levou a não cumprir uma norma da Igreja de esperar 5 anos após a morte de um religioso para dar início ao processo de beatificação.
A vida, virtudes e fama de santidade foram investigadas pelos membros da Equipe de Investigações Diocesana. Os testemunhos duraram cerca de um ano. O Vaticano exige o reconhecimento de um milagre para que uma pessoa seja beatificada.
A segunda fase começou em 1 de março de 1999, 2 anos após a morte da Madre, quando o Papa deu seu beneplácito para que se iniciasse o processo.

Este tempo recorde também deverá acontecer na canonização da Madre.

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