Periodos

 

  

Períodos no Japão

Pré-história Japão

Pontos obscuros e incertezas cercam o povoamento do Japão e a origem de seu povo. Os estudos e pesquisas mais recentes indicam que o povo japonês resulta da miscigenação de diversas raças, como amarelos mongóis, brancos vindo do norte, morenos da Polinésia e outros. No decorrer dos milênios, a miscigenação se completa, apresentando uma população étnica praticamente homogênea, assim como uma cultura nativa.

Quanto ao povoamento, há controvérsias. Alguns arqueólogos afirmam que o Japão foi habitado pela primeira vez há cerca de cem mil anos atrás, quando ainda era uma parte de terra da Ásia. Outros garantem que o povoamento se deu por volta de dez a trinta mil anos atrás, através de estreitos com a Coréia e áreas próximas.

Ao contrário do que muita gente pensa, a origem do povo japonês não é a China. A língua, o governo e as crenças religiosas diferiam em pontos básicos quando estes dois países se encontraram pela primeira vez, o que prova a anulação dessa teoria.

Fósseis humanos e instrumentos de pedras desenterrados daquela época revelam como este povo antigo viveu caçando e colhendo na idade da pedra lascada. O período anterior a dez mil anos atrás é conhecido por pré-cerâmico. O período Jomon (por volta de 8.000 a 300 a.C) é caracterizado pela fabricação de utensílios de pedra refinados, desenvolvimento de técnicas de caça avançadas (uso do arco e flecha) e a produção de recipientes de barro para guardar comida e cozinhar, conhecidos por cerâmica Jomon, que deu nome ao período. Por volta de 300 a.C a agricultura (principalmente a plantação de arroz) e as técnicas com metais foram introduzidas do continente asiático. Este período, por volta de 300 a.C a 300 d.C é chamado de Yayoi devido ao nome da técnica de cerâmica usada na época e à cultura então vigente.

A pré-história japonesa durou muito tempo em relação à seus vizinhos asiáticos; só terminou no século VI quando, através de contatos culturais com a Coréia, chega ao país a escrita chinesa de ideogramas (kanji), o budismo e confucionismo, que exerceram duradoura influência no povo nipônico, que dura até hoje.

Período antigo (250-710)


O relevo acidentado e variado dividiu o país, desde o início, em numerosas pequenas localidades regionais, com dialetos e características próprias.

Por volta de 250 d.C., cavaleiros vindos da Mongólia invadiram o Japão, e não demoraram em assumir o controle do país, tornando-se então a aristocracia.

 Uma das famílias de nobres, sobrepondo-se sobre as demais, afirmou pertencer a uma origem divina para se firmar no poder. O primeiro membro da família teria sido neto de Amaterasu, a deusa do sol, segundo a mitologia japonesa.

Descendente dessa família, Jimmu Tenno, foi o lendário primeiro imperador do Japão. Estabeleceu a dinastia Yamato e, gradualmente, reuniu todas as pequenas localidades em um único Estado.

A classe dominante japonesa do início do Estado Yamato é formada por proprietários de terras que formam clãs, chamados de uji. Cada uji era formado por elementos de um mesmo ancestral em comum, e possuía uma população trabalhadora formada por diversos grupos profissionais, especializados em determinadas tarefas. Cada grupo profissional recebe o nome de "be". O maior deles era o grupo que cultivava arroz, chamado de tabe ou tanabe. Além desse havia o grupo dos pescadores (ukaibe), tecelões (hatoribe) e arqueiros (yugebe) entre outros.

Os uji lutavam entre si e faziam alianças mediantes casamentos, ao que tudo indica. Recebiam títulos, de acordo com sua função no estado Yamato, chamados de kabane. Por causa disso, alguns estudiosos chamam o regime governamental da época de uji-kabane.

Imensos túmulos construídos em áreas próximas a Yamato refletem o tamanho do poder da dinastia. Alguns deles tem áreas tão grandes quanto aquelas das pirâmides do Egito.

A adoção do termo "tenno" (imperador) pelos governantes data do início do século VII. O príncipe Shotoku Taishi, que governava por sua tia, Imperatriz Suiko, restringiu o poder dos grandes ujis e decretou uma série de normas no ano de 604. Trata-se da primeira constituição do Japão, composta por 17 artigos, com o objetivo de fortalecer a unificação do Estado.

Com a morte de Shotoku, em 622, teve início um período de guerras civis. A era que vai de 593 a 628 é conhecido como período Asuka. Os conflitos terminam quando, em 645, o poderoso clã Soga é aniquilado pelos seus adversários, a organização centralizada do estado, proposta por Shotoku, reflete-se novamente na reforma Taika de 645, empreendida pelo imperador Kotoku. Estabeleceu-se o sistema de governo então vigente na China, dinastia dos Tang: todas as terras e a população ficariam sujeitas ao governo central, a monarquia absoluta, e todos os camponeses seriam obrigados a pagar impostos.

 

Período Nara (710-787)

 

Esse período caracteriza-se sobretudo pela grande influência civilizadora da China, e marca o auge do poder do estado burocrático. No ano 710, os japoneses construíram uma nova cidade; uma cópia de Changan, a capital da dinastia chinesa de Tang. A capital imperial transferiu-se de Asuka para a Nara, a nova cidade.

Durante este período, devido ao apoio do governo e do imperador Shomu, o Budismo prosperou e a cultura chinesa se difundiu e foi amplamente assimilada pelos japoneses. A escrita chinesa (kanji) foi adaptada à língua nipônica, e já era muito usada. Muitos templos foram construídos nessa época; verdadeiros exemplos da bela arquitetura e estilo refinado oriental. A arte estava em evidência, assim como a literatura.

O regime uji-kabane (de clãs e grande proprietários) entra em decadência, e em seu lugar estabelece-se o regime Ritsuriô: ritsu tem o sentido de código penal, e riô os códigos administrativo e civil.

 

Período Heian (794-1192)


Devido à crescente influência dos monges budistas no governo, o imperador Kammu resolve romper de vez os laços entre o governo e o Budismo. A capital é transferida novamente, de Nara para Heian, que posteriormente vem a ser chamada de Kyoto.

Na fase inicial do período Heian, surgem os saburais, ou servidores do palácio. A estes funcionários eram dados serviços de caráter civil e, posteriormente, militar. Historiadores afirmam que aí se encontra uma das origens dos samurais, embora ainda não constituíssem uma classe.

Durante esse período, o país atravessa um período de longa paz. Com exceção da região de Honshu, ainda não pacificada, praticamente não existia a necessidade de força militar para estabelecimento da ordem. Enquanto isso, o Budismo aos poucos se difundiu no país, conquistando também a classe dos aristocratas.

Sob o comando do clã Fujiwara, durante o século X o Japão experimenta rápido desenvolvimento de sua cultura nativa. É criado o sistema silabário de escrita japonês (kana), composto por 46 signos básicos. Assim, os japoneses não necessitariam mais do complexo sistema de escrita chinês, criando uma literatura ágil e original. Escrito por Murasaki Shikibu nesse período, O Conto de Genji (Genji Monogatari) é considerado a primeira novela do mundo.
Já na metade desse período, a execução normal da administração local tornou-se cada vez mais difícil, devido ao descaso dos nobres da corte com as províncias e assuntos administrativos em geral.

Não podendo confiar no governo central para seu apoio, as famílias provinciais mais poderosas fortaleciam seu poder militar com camponeses, que eram recrutados como guerreiros, para prover as necessidades de segurança e policiais. Essa transferência do poder militar, do governo central às várias províncias, proporcionou um grande desenvolvimento da classe guerreira provincial nos séculos X e XI, que viria a tornar-se, posteriormente, a classe dos samurais.

Em 939 a corte se alarma com a notícia de que Taira Masakado, líder guerreiro e chefe do clã dos Taira (ou Heike), havia conquistado à força das armas oito províncias e se proclamado o novo imperador do Japão. Para deter a revolta do clã dos Taira, o governo envia o general Fujiwara Tadafumi no comando de um poderoso exército. Entretanto, ele é morto e suas forças recebem várias baixas, devido aos líderes locais que simpatizavam com a atuação dos Taira.
Paralelamente a tudo isso, ascendia também o clã dos Minamoto (ou Genji), descendente de certa linhagem imperial, promovendo campanhas de conquista ao norte de Honshu.

As famílias Fujiwara, da aristocracia tradicional, e os clãs Taira e Minamoto, representando a nova classe, dominam então o cenário histórico durante séculos, que é marcado por sucessivos confrontos armados entre os séculos XI e XII, período em que o samurai passa a assumir importante papel na história do Japão.

Nos distúrbios de Hogen (1156) e Heiji (1159), os Taira vencem os Minamoto e conquistam o poder, sob o comando de Taira Kiyomori. Kiyomori foi o primeiro samurai a ocupar posição de liderança no governo.
Praticando arbitrariedades e abusando do poder, o governo Taira logo se tornou odiado por todos. Assim, sua ascensão não durou mais do que duas décadas. Nesse meio tempo o clã Minamoto se recuperava e juntava forças. Até que estourou a última guerra civil do período, que durou cinco anos, e terminou na famosa batalha naval de Dannou, no ano 1185. Nesse choque o clã Taira é derrotado, com a morte de todos os seus principais líderes. Sobe ao poder Minamoto Yoritomo, marcando o final do período.

Período Kamakura (1192-1333)


Após a derrota do clã Taira, Minamoto Yoritomo, é nomeado xogun (ditador militar) pelo imperador. Assim, a Corte imperial passou a ter apenas um poder virtual. Na prática, os verdadeiros detentores do poder passaram a ser os samurais, através do regime militar conhecido por xogunato, ou bakufu.

O primeiro xogunato, inaugurado por Minamoto Yoritomo, ficou conhecido como Kamakura Bakufu. Isso porque a sede administrativa foi transferida novamente, desta vez para Kamakura, uma vila litoral ao leste do Japão.

O xogun passou a ter o poder de nomear os seus próprios vassalos para administradores (jito) e protetores das províncias (shugo). Nesse período, inicia-se o chamado feudalismo japonês. Os administradores e protetores de províncias nomeados pelo xogun posteriormente ficam conhecidos por daimyô, ou senhores feudais.

Assim, o xogunato caracteriza-se por uma forma de governo baseada nas regras de conduta dos samurais. O bushidô, o caminho do guerreiro, ou código de ética dos samurais, começa a ser formado nesse período. A noção de lealdade já é bem evidente, tanto a lealdade ao xogun, quanto aos senhores feudais (daymiô). Os samurais passam a ser os guardiões do novo regime, exercendo tanto funções civis, como a cobrança de impostos dos camponeses, como militares e de proteção.

A linhagem direta dos Minamoto acaba com a morte de Yoritomo e posteriormente de seus dois filhos. O poder efetivo passa então para a regência do clã Hojo.

Em 1232, HojoYasutoki proclama a primeira legislação samuraica, composta por 51 artigos. Goseibai Shikimoku, como ficou conhecida, foi o primeiro código de leis feudais do país.

Durante esse período o Japão vivenciou relativa prosperidade e crescimento econômico. A população cresceu, e novas cidades surgiram. Novas técnicas agrícolas foram adotadas pelos camponeses, aumentando a produção. O excedente era comerciado com a China, assim como vários outros produtos manufaturados e novas culturas (como a soja e o chá).

Junto com a ampliação do comércio com a China, foram assimilados novos aspectos culturais, tais quais o consumo do chá e o Zen Budismo . Esse último foi amplamente aceito pela classe dos samurais, pois não dependia de rituais e era considerado um instrumento para o aperfeiçoamento pessoal.

No ano de 1220, não muito longe dali, ascendia no poder um dos maiores conquistadores do mundo. Trata-se de Genghis Khan, rei da Mongólia, que em pouco tempo conquista toda a China pela força das armas e de seu afiado senso de estratégia militar. As forças de seu exército estendem-se desde a Coréia até a Europa Oriental, dominando quase todo o continente asiático.
Kublai Khan, neto de Genghis Khan decide, em ousada manobra, conquistar todo o território do Japão para ampliar os seus domínios, acreditando ser um país rico em recursos naturais. Em 1274, Kublai envia um exército de 40 mil homens à baía de Hakata. Os samurais lutam com extrema bravura em defesa do território nacional, mas, assim mesmo, a superioridade numérica e bélica dos mongóis supera a defesa dos japoneses. Foi então que aconteceu o imprevisto: durante uma noite de descanso dos mongóis, um poderoso furacão afunda várias de suas embarcações, causando grandes baixas ao exército. Os samurais então aproveitam a oportunidade para expulsar de vez os invasores.

Após a primeira tentativa de invasão de Kublai Khan, o xogunato arma suas defesas e se prepara para um futuro ataque, que não demorou em chegar. Em 1281 os exércitos mongóis invadem novamente o Japão, desta vez contando com um exército de mais de 140 mil homens, desembarcando no litoral de Hakata. Os combates duram cerca de dois meses quando, milagrosamente, um violento tufão varre o litoral de Kyushu, forçando os navios de Kublai Khan a se retirarem com o que sobrou da esquadra.

Assim, o Japão por duas vezes derrotou a Mongólia, inimigo superior em número e armamento, com seus valentes guerreiros samurais e contando com a ajuda da fúria da natureza. Os tufões vitais para a vitória japonesa ficaram conhecidos por "kamikaze", ou vento divino, e fizeram os japoneses acreditarem que eram protegidos pelos deuses. Além disso, a vitória sobre os mongóis foi muito importante para o surgimento de um forte sentimento nacionalista.

Entretanto, devido aos grandes gastos com a defesa do país, o xogunato foi incapaz de recompensar devidamente os guerreiros que lutaram contra os inimigos. Isso porque os conflitos foram travados no próprio território, não havendo espólios de guerras a serem distribuídos. Dessa forma, o Kamakura Bakufu acabou por perder a confiança dos samurais.

 

Período Muromachi (1338-1573)

Com o governo de Kamakura em decadência, não faltaram inimigos desejosos de novos soberanos. O imperador Godaigo então, com a ajuda da classe guerreira, planeja sucessivos golpes para retomar o poder. Após muitos conflitos e tentativas fracassadas, finalmente no ano 1333 obtém êxito. A família Hojo e todos os seus familiares e vassalos morrem em guerras ou praticando o harakiri, ao constatarem a derrota. Esse episódio fica conhecido com Restauração de Kemmu.

Ao subir ao poder, o imperador vai contra a corrente histórica da evolução: tenta restaurar o antigo regime imperial, Ritsuriô, que já havia sido descartado e superado. Além disso, na premiação dos vassalos que o ajudaram a derrotar o xogunato, Godaigo comete visíveis injustiças, como tomar propriedades de outros samurais.

Nessa situação, o líder samurai Ashikaga Takauji vira-se contra o imperador e força-o a escapar para Yoshino, sul de Kyoto. Takauji estabelece um novo imperador e usa o seu poder para, em 1338, se nomear o novo xogun. A base do xogunato Muramachi ou Ashikaga foi estabelecida em Kyoto.
Assim as duas Cortes, a de Yoshino no Sul e a de Kyoto no Norte, se hostilizam violentamente, com conflitos armados por 57 anos. Durante o governo de Ashikaga Yoshimitsu (1368-1408), Gokameyama, o então imperador de Yoshino, é forçado a ceder o poder à Corte do Norte em 1393. Dessa forma acaba a rivalidade entre as duas facções e completa-se a organização do xogunato dos Ashikaga. O xogunato passa então a atuar como o governo central. Entretanto, o poder efetivo restringiu-se mais às províncias centrais, perdendo a influência com o passar do tempo.

A economia desse período, bem como o cultivo da soja e do chá, desenvolve-se bastante. Novas técnicas agrícolas aumentam a produtividade e o comércio se expande. Isso provoca o desenvolvimento de mercados, cidades e novas classes sociais. No decorrer da Guerra das Duas Cortes, os antigos governadores militares (shugo) evoluem e transformam-se em poderosos líderes guerreiros locais. Esses chefes ficam conhecidos por daymiô, que ao pé da letra significa "grande proprietário", ou simplesmente senhor feudal. Os daymiô passam a contratar guerreiros locais para a formação de seus próprios exércitos. Esses samurais tornam-se vassalos dos senhores feudais, tendo que servi-los em troca de pagamentos e proteção.

A liberdade que o governo central deu aos senhores feudais os fez tornarem-se autônomos e verdadeiros reis em seus territórios, embora que teoricamente subordinados ao xogun. Dessa forma, passam a disputar territórios entre si. Os mais ambiciosos e habilidosos passam a controlar diversas províncias, causando por conseqüência a redução do poder do xogunato.

Com a crescente decadência do poder central, e o desinteresse do oitavo xogun pela política, irrompe a chamada Rebelião de Onin em 1467, marcando o começo do período das sangrentas guerras interfeudais. Os secretários de Estado Hosokawa e Yamana, que já se desentendiam, recorrem às armas pela supremacia do poder. As duas facções contam com samurais do próprio xogunato e camponeses contratados para juntar-se às forças. Em lugar de uma recompensa, estes ganhavam o direito de incendiar e pilhar cidades. O palco do conflito foi Kyoto, a capital, que em poucos anos encontra-se completamente destruída e em ruínas.

Assim estava estabelecido o caos, e a lei do mais forte. Traições tornavam-se comuns até mesmo entre senhores e vassalos, baixando em muito a moral dos samurais. Camponeses organizavam revoltas contra o xogun, que agora não passava de um simples daimyo. Com a descentralização do feudalismo nipônico é destruída a antiga ordem, e iniciada uma época de conflitos, riscos e incertezas. A Guerra de Onin durou mais de cem anos, com sucessivas tentativas de poderosos daimyo em reunificar o território nipônico, que passou a ser, então, um conjunto de províncias autônomas.

Apesar dos incessantes conflitos que caracterizaram essa época, a arte japonesa desenvolveu-se bastante. O estilo arquitetônico, as pinturas (particularmente influenciadas pelo Zen-budismo), poesias e canções dessa época remontam significativo florescimento cultural. A cerimônia do chá (Chanoyu) e a arte de arranjar flores (Ikebana) desenvolveram-se bastante nessa época. O teatro é sofisticado com o surgimento do dramático Nô e Kyogen (intervalos cômicos destinados a aliviar a tensão do Nô). Juntos com o Kabuki, surgido posteriormente, o Nô e o Kyogen são as formas teatrais mais representativas do Japão, ainda nos dias de hoje.

Em 1543, pela primeira vez o Japão tem contato com o mundo ocidental. Um navio português desembarca na ilha de Tanegashima, no sul do Japão. Com ele vinham centenas de mosquetes, as primeiras armas de fogo a serem introduzidas no Japão. No começo os samurais desprezaram tais armas, pois foram consideradas uma tática covarde: não era mais necessário o combate corpo-a-corpo para se derrotar o inimigo. Com o tempo, entretanto, a tecnologia supera a tradição e as armas passam a ser fabricadas em diversos pontos do país. Em 1549, o jesuíta Francisco Xavier introduz o Cristianismo no Japão. O Catolicismo obtém relativo êxito no oeste do Japão, e junto com ele o comércio com países europeus. Como os portugueses e demais europeus que chegaram ao Japão não tinham os mesmos hábitos higiênicos dos nipônicos, como o hábito de tomar banho, possuíam aparência estranha e sempre desembarcavam ao sul do país, ficaram conhecidos como "Bárbaros do Sul"(Nanbanjin).

 

Período Azuchi-Momoyama (1573-1603)


Com a influência do xogunato reduzida a praticamente nada, muitas foram as tentativas fracassadas de poderosos daimyo em unificar o Japão sobre o próprio poder. O perspicaz general Oda Nobunaga foi o primeiro a obter sucesso.

Nobunaga conseguiu o controle da província de Owari em 1559. Localizado estrategicamente, consegue tomar a capital sob seu poder em 1568, acabando de vez com os últimos vestígios do enfraquecido xogunato Muromachi e restaurando o poder da corte imperial sob seu próprio apoio.

Estabelecido em Kyoto continua a eliminar os seus adversários. Entre eles estavam algumas facções budistas militares, especialmente a seita Ikko, que havia se tornado poderosa em diversas províncias. Nobunaga então destrói completamente o monastério Enryakuji, próximo a Kyoto, em 1571, e continua lutando contra a seita Ikko até 1580.

Nos conflitos contra o clã Takeda, um de seus principais rivais, Nobunaga triunfou empregando a nova tecnologia dos mosquetes. Durante a batalha de Nagashino, em 1575, seus exércitos venceram uma poderosa cavalaria samurai empregando armas de fogo, destruindo por completo o clã Takeda.

Em 1582, Oda Nobunaga é assassinado por um de seus próprios vassalos, Akechi, que aproveita a situação para tomar o castelo Azuchi. Após isso o general Tokugawa Hideyoshi, que lutava por Nobunaga, age rapidamente e derrota Akechi, assumindo o controle. Hideyoshi então continua os esforços de Nobunaga pela unificação. Conquista as províncias do norte e Shikoku em 1583, e Kyushu em 1587. Finalmente, em 1590, derrota a família Hojo e reúne todo o Japão sob o seu controle.

Para não perder mais o poder, Hideyoshi adotou uma série de medidas. Destruiu vários castelos, construídos durante o período das guerras civis. Estabeleceu uma clara distinção entre os samurais e as demais classes, proibindo-os de trabalharem como lavradores. Em 1588 confiscou todas as armas dos camponeses e de instituições religiosas, na chamada "Caça às Espadas". Em 1590 faz um levantamento das propriedades dos senhores feudais em função da produtividade de arroz. No mesmo ano recenseou a população e conclui as obras do seu castelo em Osaka.

Após a unificação o Japão torna-se um país muito mais pacífico, acabando por fim as guerras interfeudais. Há um aumento na concentração da população nas cidades, o que serve para aumentar o comércio e a cultura urbana.

Empolgado com o sucesso na unificação do país, Hideyoshi por duas vezes tenta conquistar a Coréia. Contudo, as duas tentativas fracassam. Em 1598 as forças japonesas deixam a Coréia. Nesse mesmo ano, Tokugawa Hideyoshi morre.

 

Período Edo (1603-1868)


Tokugawa Ieyasu, um dos mais inteligentes partidários de Nobunaga, tornou-se o homem mais poderoso do Japão após a morte de Hideyoshi em 1598. Contra as suas próprias promessas, ele virou-se contra o herdeiro de Hideyoshi, o jovem Hideyori, para tornar-se o centro do poder do país.

Na batalha de Sekigahara, em 1600, Tokugawa Ieyasu derrota os seguidores de Hideyori e alguns outros rivais, ganhando assim o total controle do Japão. Em 1603 foi nomeado pelo imperador o novo xogun, estabelecendo o seu governo na crescente cidade Edo, atual Tóquio.

A sociedade foi por ele rigidamente dividida em quatro classes: samurais, camponeses, artesões e comerciantes. Aos membros dessas classes, não era permitida a troca de status social. O rude sistema de administração dos samurais adquire notável desenvolvimento e eficiência, e marca o auge do feudalismo japonês. Ieyasu distribui os feudos obtidos na unificação entre os seus mais fiéis vassalos. Entretanto, os novos daimyo agora passam a ser atrelados ao governo central. Esse novo sistema manteve o poder nas mãos dos Tokugawa por mais de 250 anos, em um período bem mais tranqüilo que os anteriores, sem mais guerras interfeudais, que ficou conhecido também por "A Idade da Paz Ininterrupta".

Após a destruição do clã Toyotomi e a captura do castelo de Osaka em 1615, Ieyasu e seus sucessores praticamente não tiveram mais rivais. Assim, os samurais passaram a se dedicar não somente ao treinamento marcial, mas também à filosofia, literatura, caligrafia e cerimônia do chá. Nesta época de paz destacou-se o samurai Miyamoto Musashi; um guerreiro de grande disciplina e praticantes do Zen-budismo.

Em 1614, Ieyasu força a perseguição ao Cristianismo. Isso porque com o crescente avanço da religião Católica entre os japoneses (inclusive daimyo), o governo começa a temer que os convertidos passem a apresentar uma ameaça à ordem. Soma-se a isso a influência da Holanda, que estabelecia comércio com o Japão e era protestante, e o conflito com as outras religiões já existentes.

Em 1633 o governo exige que todos os japoneses renunciem ao Cristianismo, e para isso proíbe a entrada de jesuítas e navios portugueses ao Japão, assim como a saída de japoneses ao exterior. O xogunato passou a acreditar que as atividades missionárias dos jesuítas dissimulavam uma conquista política.

Dessa forma, em 1639 a já iniciada política de isolamento se completa: agora apenas o comércio com a Holanda e China é mantido, através do porto de Nagasaki. Este passa a ser o único contato do Japão com o mundo exterior.

Apesar do isolamento, o comércio e a agricultura não param de crescer. Especialmente na era Genroku (1688-1703), em que a cultura popular floresce. O desenvolvimento comercial fez com que o poder econômico da classe mercantil ultrapassasse até o da classe dos samurais. A partir daí surgiu o peculiar teatro kabuki, o mais popular do Japão, como forma de protesto dos mercadores contra as classes dominantes. Paralelamente ao surgimento dessa nova modalidade teatral, a arte da pintura em madeira, conhecida por ukiyo-e, também se destaca nesta época.

Em 1760 o banimento da literatura estrangeira é cancelado, e diversos ensinamentos são importados da China e da Holanda. Nessa época os escolares passam a estudar ciências ocidentais, tais quais a medicina e a astronomia, através da língua holandesa.

Na segunda metade do século XVIII o xogunato constatou que cada vez mais os seus rendimentos, baseados em tarifas sobre a produtividade do arroz, eram insuficientes para cobrir todas as despesas. Para resolver este problema o governo aumentou as taxas de impostos sobre os camponeses, o que provocou diversas rebeliões. Assim começou a surgir entre o povo o desejo de um reforma política.

Quase simultaneamente, surgiam novas pressões exteriores à abertura do Japão ao mundo ocidental. Mais precisamente no final do século XVIII, quando a Rússia tentou estabelecer contatos comerciais com o Japão sem sucesso. Finalmente, em 1853 os Estados Unidos forçam o governo Tokugawa a abrir um limitado número de portos para o comércio internacional.

Devido a diversos fatores, dentro e fora do país, o xogunato dos Tokugawa por fim reconheceu que a abertura do Japão era inevitável; o seu adiamento só traria mais problemas. Com a Revolução Industrial do Ocidente, apenas uma radical mudança na política interna faria com que o país pudesse se igualar em poder aos ocidentais. Isso fez com que o Japão estabelecesse tratados de amizade com os Estados Unidos e outros países ocidentais, para logo começar a comerciar com eles.

Nessa época surgiram em todo o país várias críticas ao governo central, que supostamente estaria se rendendo à força militar estrangeira. Apesar disso, na grande tensão política em que o país se encontrava, o xogunato, os daimyo e os samurais preferiram evitar uma nova guerra civil e uniram-se sob a autoridade da corte imperial para assegurar a ordem e unificação do Estado.

 

Período Meiji (1868-1912)


Em 1868 a era Tokugawa chega ao fim com a restauração de Meiji. O imperador Meiji move-se de Kyoto para Tóquio, que se torna a nova capital, tendo lá o seu poder imperial restaurado. O poder político do xogunato dos Tokugawa, já enfraquecido, foi transferido para as mãos de um pequeno grupo de nobres e samurais.

Como outras nações asiáticas subjugadas, o Japão foi obrigado a assinar tratados com as potências ocidentais. Esses tratados garantiam aos ocidentais vantagens legais e econômicas sobre o Japão. Para ganhar independência em relação aos Estados Unidos e Europa, o governo Meiji adotou uma série de medidas, praticamente em todas as áreas, para que o Japão pudesse se tornar uma nação rica e respeitada.

O novo governo planejava tornar o Japão um país democrático, com igualdade entre o seu povo. As diferenças sociais entre as classes do período Tokugawa foram gradualmente desaparecendo. Conseqüentemente, os samurais foram os maiores perdedores da reforma social, uma vez que perdem todos os seus privilégios com a extinção de sua classe. As reformas também incluíram uma constituição e a liberdade religiosa em 1873.

Para estabelecer o novo governo, os senhores feudais (daimyo) tiveram que ceder todas as suas terras ao imperador. Isso foi feito em 1870 e seguido da reconstrução dos campos em prefeituras.

A educação foi reformulada primeiro segundo o sistema francês, depois segundo o alemão. Entre essas reformas estava a introdução da educação compulsória.

Depois de uma ou duas décadas de intensiva ocidentalização, uma onda de sentimentos nacionalistas e conservadores toma espaço: princípios do confucionismo e xintoísmo são incrivelmente enfatizados e ensinados nas instituições educacionais.

Fortalecer o setor militar foi, com certeza, uma máxima prioridade do Japão em uma era de imperialismo europeu e americano. Para isso, modernizou o seu exército e marinha.

Para transformar a economia agrária do Japão feudal em uma moderna economia industrial, muitos estudantes japoneses foram mandados ao exterior para aprender as ciências e linguagens do ocidente, bem como as mais avançadas técnicas de industrialização. Enquanto isso, especialistas estrangeiros eram trazidos para o país. As linhas de comunicação e transporte foram melhoradas com largos investimentos governamentais. Além disso, o governo direcionou suporte e estimulou o crescimento das indústrias e dos negócios.

Os largos gastos provocaram uma crise por volta de 1880, que foi seguida por uma reforma no sistema financeiro e o estabelecimento do Banco do Japão. A indústria têxtil cresceu rapidamente e tornou-se a maior indústria japonesa até a Segunda Guerra Mundial. As condições de trabalho nas primeiras fábricas, como em todo o mundo ocidental, eram extremamente precárias. Mas o desenvolvimento de movimentos socialistas e liberais foram rapidamente suprimidos pelo governo central, que temiam maiores tumultos prejudicionais à marcha progressista.

No setor político, o Japão recebeu a sua primeira constituição ao estilo europeu em 1889. A Câmara dos Comuns garantiu a participação popular.
Conflitos de interesses na Coréia entre o país e a China causaram a Guerra Sino-Japonesa, entre 1894 e 1895. O Japão ganhou a guerra e anexou Taiwan, mas foi forçado pelas potências ocidentais a retornar os territórios. Essa ação fez com que o exército e a marinha nipônicos intensificassem os seus armamentos.

Novo conflito de interesses na Coréia e na Manchúria, desta vez entre a Rússia e o Japão, levaram à Guerra Russo-Japonesa entre 1904 e 1905.O exército japonês também venceu esta guerra, ganhando territórios e finalmente algum respeito internacional. O Japão aumentou a sua influência na Coréia e finalmente a anexou completamente em 1910. Esses sucessos provocaram no povo japonês um sentimento ainda maior de nacionalismo.

Em 1912 o imperador Meiji morre e sua era chega ao fim, tendo como resultado de tantas reformas um estado moderno e centralizado: o Japão como a maior e mais forte potência militar do continente asiático.

 

O Japão e as Guerras Mundiais (1914-1945)


O imperador Meiji é sucedido pelo seu filho Taisho. Durante a era Taisho, o poder político passa gradualmente da oligarquia para o parlamento e partidos democratas.

Na Primeira Guerra Mundial o Japão participou ao lado dos Aliados, de acordo com tratados assinados com a Inglaterra. Mas sua atuação restringiu-se apenas a lutas contra colônias alemãs no leste asiático.

Durante a Conferência de Paz de Paris, em 1919, o Japão obteve a posse de todas as ilhas do Pacífico, ao norte do Equador, antes pertencentes à Alemanha. A proposta japonesa de "igualdade racial" foi rejeitada pelos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. A discriminação racial sobre o povo japonês sempre existiu e foi o principal motivo para a deterioração das relações entre Ocidente e Japão.

Após a guerra, a situação econômica piorou. Em 1923, um grande terremoto destruiu Tóquio, a capital. A grande depressão mundial de 1929 só serviu para aumentar a crise.

Durante a década de trinta a população atingiu a marca dos 65 milhões, duplicando em menos de um século. Com o agravamento da crise econômica, boa parte da população japonesa foi condenada à fome e à miséria. Diante dessa situação, setores militares ultranacionalistas defenderam a idéia de que apenas uma expansão territorial poderia amparar o excedente demográfico. Assim, contra a vontade do imperador Hiroito, os militares conseguiram quase o controle completo do governo.

Não demorou para que o Japão seguisse o exemplo das potências ocidentais e obrigasse a China a assinar tratados econômicos e políticos injustos. Em 1931 o exército japonês invade a Manchúria, tornando o país uma espécie de Estado fantoche. No mesmo ano, forças aéreas bombardeiam Shangai.

Em 1933, o Japão retira-se da Liga das Nações por ter sido muito criticado pelas suas ações na China. A Manchúria havia se tornado para o Japão a base para o império que pretendia firmar na Ásia.

Em Julho de 1937 explode a segunda Guerra Sino-Japonesa. As forças japonesas ocuparam quase todo o litoral da China, praticando severas atrocidades contra a população local. Todavia, o governo Chinês não se rendeu, e a guerra continuou em menor escala até 1945.

O próximo passo da expansão japonesa era o sudeste asiático, o que incluía a libertação das colônias ocidentais. Em 1940 o Japão ocupou o Vietnã e firmou pactos com a Alemanha e Itália. Essas ações intensificaram o conflito com os Estados Unidos e a Inglaterra, que reagiram com um boicote no abastecimento de petróleo. Isso fez com que o Japão capturasse as refinarias da Indonésia e arriscasse entrar numa guerra contra essas duas potências.

Em 7 de Dezembro de 1941, os japoneses lançam um ataque surpresa à base militar americana Pearl Harbor, no Havaí, e a vários outros pontos no Pacífico. Isso fez com que os Estados Unidos entrassem na Segunda Guerra Mundial. Nos seis meses seguintes as tropas japonesas conquistaram quase a totalidade do Sudeste Asiático e do Pacífico.

Entretanto, a partir de 1942 as forças Aliadas começaram a ganhar a guerra. A partir de então, os territórios ocupados pelo Japão foram gradualmente recuperados. Diante dessa situação, os japoneses apelaram para o uso dos kamikases: pilotos suicidas que se jogavam sobre as bases inimigas carregados de explosivos. Esse termo faz alusão aos tufões que salvaram o Japão há centenas de anos atrás do domínio mongol, e significa "Vento Divino".

Em 1944 o Japão sofreu ataques aéreos intensivos. No dia 1o de Abril, tropas norte-americanas desembarcaram em Okinawa. As forças Aliadas requeriam a rendição incondicional do Japão que, no entanto, resistia a se render sob tais termos. No segundo semestre as negociações para o término da guerra já estavam bem adiantadas.

Em 6 de Agosto de 1945 os Estados Unidos lançam uma bomba atômica sobre Hiroxima, e como se não bastasse, três dias depois lança outra sobre Nagasaki. Isso forçou a decisão do imperador Showa de finalmente aceitar a capitulação sem impor condições. Em 2 de Setembro os Aliados recebem a notícia da rendição incondicional do Japão.

A guerra deixou mais de 1.800.000 mortos só no Japão; 40% de suas cidades foram destruídas e a economia completamente arrasada.

 O Japão Pós-Guerra (1945...)

Ao final da II Guerra Mundial, o Japão estava devastado. Todas as grandes cidades (exceto Kyoto), as indústrias e as linhas de transporte foram severamente danificadas. As sobras da máquina de guerra japonesa foram destruídas. Cerca de 500 oficiais militares cometeram suicídio logo após a rendição incondicional, e centenas de outros foram executados por cometerem crimes de guerra.

O país perdera todos os territórios conquistados desde 1894. As ilhas Ryukyu, incluindo Okinawa, foram controladas pelos Estados Unidos, enquanto que as ilhas Kurile, ao norte, foram ocupadas pela União Soviética. A escassez de suprimentos continuou ainda por vários anos. Afinal, a população havia crescido mais que 2,4 vezes em relação ao começo do período Meiji, contando com 85 milhões de pessoas.

O Japão permaneceu ocupado pelos Aliados por quase sete anos após a sua rendição. As autoridades de ocupação, lideradas pelos Estados Unidos através do general Mac Arthur, realizaram diversas reformas políticas e sociais e proclamaram uma nova constituição em 1947, que negava ao estado o direito de reconstruir uma força militar e resolver impasses internacionais através da guerra.

As mulheres ganham o direito de votar e os trabalhadores de se organizarem e fazerem greves.

Pela nova constituição, o imperador perde todo o seu poder político e militar, passando a ser considerado meramente um símbolo do estado. O sistema de aristocracia foi abolido e em seu lugar entrou em vigor uma espécie de monarquia constitucional sob o controle de um parlamento. O primeiro ministro, chefe do executivo, deveria ser escolhido pelos membros da Dieta.

As relações exteriores, completamente interrompidas durante o período de ocupação americana, só foram readquiridas a partir de 1951. Neste ano o Japão assina o Tratado de São Francisco, que lhe dá o direito de resolver seus assuntos estrangeiros e lhe devolve sua soberania. Todavia, o veto à manutenção de um exército é mantido. Além disso, o Japão é obrigado a pagar indenizações aos países vizinhos agredidos por ele durante a guerra.
Uma das maiores preocupações do povo e dos líderes japoneses a partir daí era a reabilitação econômica do país. Com o apoio dos Estados Unidos e de outros países, o Japão integra-se a várias organizações internacionais.

Inicialmente houve um período de instabilidade, mas com a Guerra da Coréia (1950-1953) o Japão tem a oportunidade de reconstruir sua economia nacional. Na década de 60, com o apoio dos acordos comerciais, o Japão torna-se uma das principais potências econômicas e políticas, suficientemente forte para competir com as maiores potências mundiais.

Com a Guerra Fria, os EUA posicionam mais tropas no Japão e estimulam a perseguição aos comunistas e a criação de forças para autodefesa. Essas idéias foram bem-vindas pelos conservadores, mas causaram protestos e insatisfação das classes populares, dos comunistas e socialistas.

Em 1969 os americanos abandonam cerca 50 bases militares lá instaladas, devolvendo Okinawa três anos mais tarde. Paralelamente aos esforços de fortalecer a economia, a diplomacia japonesa também se orientou.

O Japão foi admito à ONU em 1956, e em 1960 renova tratados com os EUA. No mesmo ano as reparações aos países vizinhos são todas pagas. Em 1964 as Olimpíadas de Tóquio representam uma nova esperança para o povo japonês; no ano seguinte são estabelecidas relações formais com a Coréia. As desgastadas relações diplomáticas com a China são normalizadas em 1972. A partir de 1975, o país passa a integrar as conferências anuais com os sete países mais industrializados do planeta.

Em 1973 a crise do óleo abala a economia japonesa, que sofre um afrouxamento na expansão econômica e uma crise monetária. O primeiro ministro Kakuei Tanaka declara então "estado de urgência" para combater a crise. A reação da economia, tão dependente do óleo, foi o fortalecimento das indústrias de alta tecnologia.

A recuperação diplomática e econômica do país foi bastante auxiliada pela dominação no parlamento do conservador Partido Liberal Democrático (PLD), que dura até hoje.
A partir do começo da década de 90 o Japão firma-se como a segunda maior potência econômica mundial, acumulando saldos gigantescos no comércio exterior, principalmente nas relações comerciais com os Estados Unidos.

(Material Pesquisado na Internet)

         

Home ] Acima ]

Envie mensagem a com perguntas ou comentários sobre este site da Web.
Copyright © 2003 Aliança Cultural Brasil Japão de Joinville
Última modificação: 30 dezembro, 2003