Erinlè teria
tido, com Oxum Yéyépondá, um filho chamado Lógunède, cujo culto se faz ainda,
mas raramente em Ilexá. No Brasil tem numerosos adeptos. Tem por
particularidade viver seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os
outros seis meses, sob as águas de rio, comendo peixe. Seria também
alternadamente nestes períodos, masculino e feminino respectivamente, razão
pela qual, seus filhos alteram períodos distintos durante o ano, ou até mesmo
durante o dia , de alteração de humor, gosto, vontade, sendo mais distinto,
longos períodos (duram mais ou menos seis meses cada), em que adota, de uma
forma mais preponderante (nunca totalmente, apenas prevalece mais uma sobre a
outra), ora as características de seu pai oxóssi, com espírito aventureiro (no
sentido de viagens), desligado com padrões, roupas e cuidado específico com
seu corpo; em outro aspecto, assume, da mesma forma já explicada, as
características da sua mãe Oxum, sendo dócil, meigo, afável, carente, amoroso,
sensível, brioso e trabalhador determinado. Valendo tanto para homens ou
mulheres que tenham esse orixá. Sua cor é o azul turquesa com amarelo ouro.
Geralmente são
pessoas bonitas, e de trato fácil, orgulhosos de sua beleza, eternos jovens e
mulherengos, calmos e educados, ciumentos, individualistas, pão duro,
narcisistas, o que é seu é seu, muito vaidosos, gostam de demonstrar
grandezas, quando ver coisas caras ou baratas, compram sempre as mais caras.
Coloque o feijão fradinho
para cozinhar com cebola e azeite de oliva. Em outra panela cozinhe o milho.
Depois do feijão fradinho cozido amasse-o bem até formar uma pasta. Em uma
travessa coloque o omolokum (massa do feijão fradinho) de maneira que ocupe a
metade da travessa e na outra metade coloque o milho cozido, regue com oliva e
enfeite o omolokum com os quatro ovos cortados em quatro, e o milho enfeite
com côco cortado em tirinhas.
Logunedé era filho de Osun e Osóssi. Sem
poder viver no palácio de Osun, foi criado por Oiá na beira do rio. Osóssi seu
pai, era demasiado rude e não conseguia conviver com o filho, sumindo por
longo tempo em suas caçadas. Logun, afeiçoado pela mãe, vez por outra ia ao
palácio de Sango, onde Osun vivia. Logun vestia-se de mulher, pois Sango era
ciumento e não permitia a entrada de homens em sua morada. Assim, Logun
passava dias e dias vestido de mulher mas na companhia de sua mãe e das outras
rainhas.
Um dia houve uma grande festa no orun à qual
todos os orisás compareceram com seus melhores trajes. Logunedé, que vivia na
beira do rio a caçar e pescar não possuía trajes belos. Foi então que
vestiu-se com as roupas que Osun lhe dera para disfarçar-se e com elas foi à
grande recepção. Ao chegar, todos ficaram admirados com a beleza de Logunedé,
e perguntavam: "Quem é esta formosura tão parecida com Osun?". Ifá, muito
curioso, chegou perto do rapaz e levantou o filá que cobria seu rosto.
Logunedé ficou desesperado e saiu da festa correndo, com medo que todos
descobrissem sua farsa. Entrou na floresta correndo e foi avistado por Osóssi
que o seguiu, sem reconhecê-lo, encantado com sua beleza. Logunedé, de tanto
correr fugindo à perseguição do caçador, caiu cansado. Osóssi então atirou-se
sobre ele e possuiu-o ali mesmo.
Sem Título 2
Estava Òsóssì o rei da caça a caminhar por um
lindo bosque em companhia de sua amada esposa Òsún, dona da beleza da riqueza
e portadora dos segredos da maternidade. Quando de seu passeio, foi avistado
por Òsún um lindo menino que estava a beira do caminho a chorar,
encontrando-se perdido, Òsún de pronto agrado, acolheu e amparou o garoto,
onde surgiu nesse exato momento uma grande identificação, entre ele, Òsún e
Òsóssì.
Durante muitos anos Òsún e Òsóssì, cuidaram e
protegeram-lhe, sendo que, Òsún procurou durante todo esse tempo a mãe do
menino, porém sem sucesso, resolveu tê-lo como próprio filho. O tempo foi
passando e Òsóssì, vestiu o menino com roupas de caça e ornamentou-o com pele
de animais, proveniente de suas caçadas. Ensinou a arte da caça, de como
manejar e empunhar o arco e a flecha, ensinou os princípios da confraternidade
para com as pessoas e o dom do plantio e da colheita, ensinou a ser audaz e a
ter paciência, a arte e a leveza, a astúcia e a destreza, provenientes de um
verdadeiro caçador. Òsún por sua fez, ensinou ao garoto o dom da beleza, o dom
da elegância e da vaidade, ensinou a arte da feitiçaria, o poder da sedução, a
viver e sobreviver sobre o mundo das águas doces, ensinou seus segredos e
mistérios.
Foi batizado por sua mãe e por seu pai de
Lógúnedé, o príncipe das matas e o caçador sobre as águas. Viveu durante anos
sobre a proteção de pai e mãe, tornando-se um só, aprendendo a ser homem,
justo e bondoso, herdando a riqueza de Òsún e a fartura de Òsóssì, adquirindo
princípios de um e princípios de outro, tornando-se herdeiro até nos dias de
hoje de tudo que seu pai Òsóssì carrega e sua mãe Òsún leva.