Iyá-mesan-òrun
, seu Oríki, "mãe dos nove órun", Yásan.Cujo nome advém de algumas formas
prováveis: Oyamésàn - nove Oyas; usado como um dos nomes de Oyá. Ìyá omo mésàn,
mãe de nove crianças, Iansã , que da lenda da criação da roupa de Egúngún por
Oyá. Ìyámésàn "a mãe (transformada em) nove", que vem da história de Ifá, da
sua relação com Ogun. Observe-se que em todas as formas, está relacionada com
o número 9, indicativo principal do seu odú.
Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento
e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger.
Principal esposa de Xangô, impetuoso, guerreira e de forte personalidade,
também rainha dos espíritos dos mortos, sendo reverenciada no culto dos eguns.
Em yorubá, chama-se Odò Oya.
Suas contas são
vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta
africana, oriunda de lava vulcânica). Seus símbolos são: os chifres de búfalo,
um alfanje, adaga, eruesin[eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de
cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oya.
Gbale ou Igbale
(aquela que retorna à terra) se subdividem em:
Funán
Fure
Guere
Toningbe
Fakarebo
De
Min
Lario
Adagangbará
Essas Oya,
estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas
errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu , Ogun e Exú.
São pessoas
audaciosas, poderosas, astutas, e ciumentas, dedicadas ao companheiro, não
admitindo ser enganadas, fieis e leais, podendo mudar caso seja contrariadas
em seus projetos, são vistosas, e tem muito apetite sexual, são do momento,
estão sempre bem diante dos problemas, sabem viver na tempestade, são
irrequietas, tem muita energias e dinamismo.
Num processador
(pode ser num pilão) triture o feijão fradinho, deixe de molho por meia hora e
após descasque os feijões coloque o feijão no processador e vá adicionando a
cebola cortada em pedaços. Bata até formar uma massa firme. Despeje numa
tigela e bata a massa com uma colher de pau até formar bolhas, coloque sal a
gosto.
Numa frigideira
coloque o dendê e deixe esquentar bem, com a colher vá formando os bolinhos e
fritando até dourar. Coloque-os num alguidar.
Certa vez, Xangô foi visitar o irmão Ogum e
conheceu sua mulher Iansã. Os dois se apaixonaram e Iansã largou Ogum, indo
viver com Xangô. Tempos depois, com saudades, Iansã voltou para Ogum; então
Xangô chamou seu exército e atacou o reino do irmão. Enquanto lutavam, Ogum
mandou Iansã para o reino de Oxóssi. Quando Xangô, vencedor, foi buscá-la, ela
se casara com Oxóssi. Atacou-o, e Oxóssi mandou Iansã para o reino de Omulu. E
a história se repetiu, até que Iansã foi mulher de todos os Orixás. Mas no
final acabou voltando a viver com Xangô, e de sua união nasceram os gêmeos
Ibeji.
Iansã e Xangô sempre foram muito companheiros, mas Xangô, como rei, queria
sempre ser o mais poderoso de todos. Iansã não se conformava com isso, pois
ela é muito independente e não admite ser mandada por ninguém. Certa vez,
disseram a Xangô que, num reino vizinho, havia um sacerdote que conhecia uma
poção que, quando ingerida, dava o poder de lançar fogo pela boca. Como estava
envolvido numa luta, Xangô mandou Iansã buscar a poção para ele. Ao voltar,
ela começou a pensar que não era justo que só Xangô tivesse esse poder; então,
tomou um pouquinho da poção, para que o marido não percebesse. Assim, ela
ficou com o poder mágico mas, como tomou pouca poção, é dona apenas dos ventos
e dos raios fracos.