Em muitos momentos as novas tecnologias serão elementos muito
importantes para a construção do conhecimento, ao acesso
a informação, à aprendizagem de forma mais dinâmica,
etc. Mas não podemos nos tornar “escravos” dessas novidades, esquecendo-se
por completo de outros recursos mais simples, porém eficazes e importantes
para o ensino, ainda mais quando esses recursos tecnológicos não
estiverem tão acessíveis.
Aquele que pretende mesmo ser um professor, deve estar sempre observando
o espaço escolar, os seus alunos, a sociedade, etc.; se valer da
sensibilidade complementada de uma boa bagagem de informações
sobre o par educação-tecnologia e sobretudo ter autonomia
e discernimento para saber o momento certo de usar ou deixar de usar determinado
recurso tecnológico.
Numa página construída pelo aluno, por exemplo, ele fará
uma seleção de tudo aquilo que achar útil e interessante
para divulgar na sua página, isso acontece no caderno em que o aluno
normalmente costuma grifar palavras importantes, colocar setas, lembretes,
anexar figuras, decide se compensa ou não ter determinada informação
em seu caderno, etc. Isso também acontece na forma como ele organiza
seus e-mails e documentos em pastas e etc. Ou seja, acredita-se que as
novas tecnologias, em especial a Internet, poderão contribuir para
o aprendizado respeitando a individualidade do aluno da mesma forma em
que o caderno contribui e respeita, mas por ser algo novo, as novas tecnologias
poderão despertar a atenção do aluno com mais facilidade
e entusiasmo. Mas não é por que é possível
fazer com que as novas tecnologias cumpram várias funções
do caderno que devemos liquidá-lo da escola, da sala de aula, das
mãos dos alunos; e nem por isso devemos incentivá-los a abadoná-lo;
eles devem ser incentivados a conhecerem e a aprenderem os
recursos tecnológicos para assim poderem fazer suas escolhas. Pois
os alunos devem ter o direito de escolher a melhor forma de construir sua
aprendizagem; isso é respeitar a individualidade.
E vale lembrar que o caderno e o livro didático e paradidático
vem perdendo seu espaço para as novas tecnologias, um bom exemplo
disso são as escolas que trabalham com kits multimídia, onde
os conteúdos a serem ensinados estão dispostos em cd-roons
de maneira que as figuras possam se mover em três dimensões,
emitir sons, etc. Não poderíamos nos esquecer de citar também
os softwares indicados para o ensino que podem substituir o livro. Ainda
poderíamos citar como substituto deste tipo de livro, a nossa poderosa
Internet e em particular os sites de busca, é um "paraíso"!
- e além de tudo a quantidade dde informação
é muito grande e atualizada, mas é com isso que se
deve tomar cuidado, pois navegando no meio de tantas informações
pode-se acabar morrendo afogado.
As novas tecnologias podem sim substituir o livro, mas para isso
ser feito sem risco para a aprendizagem é imprescindível
a atuação de um professor bem informado e consciente da melhores
formas de utilização das novas tecnologias. Portanto as novas
tecnologias são muito mais atraentes para complementar o ensino
que os livros, pois com elas onde se trabalhar com alguns sentidos que
não são possíveis de serem trabalhados com os livros.
E com isso os livros didáticos estão com os dias contados.
Mas ainda é importante insistir quanto a necessidade de termos cautela
ao nos desligarmos completamente deste recurso, uma vez que nem todas
as classes de alunos tem acesso aos recursos necessários para isso.