Um
novo amor
Neva
na Inglaterra e em uma casa não muito perto do centro da cidade, há um garoto
sentado em uma poltrona na frente da lareira. Ele relembra um dia de uma vida que
já passou.
Era
um dia como aquele, um dia que nevava muito, ele estava naquela mesma cadeira, e
chamou Kerberus e Yue para se despedir deles. Como era difícil fazer isso,
largar tudo que conquistou, tudo que conheceu, tudo que amou, deixar tudo para
trás. Mas não havia escolha. Morreu.
Deixou
tudo preparado, escolheu uma nova dona para as cartas, para os guardiões.
Agora
essas recordações estavam com esse garoto, mas ele não era Clow,
e nunca seria, só tinha suas lembranças, seus poderes. Mas mesmo assim,
ele se lembrava e gostava de se lembrar; eram boas recordações.
Eriol
estava se recordando e agora pensava nas cartas. Foram capturadas, e ele teve de
trazer alguns “acontecimentos estranhos”, para que Sakura, a nova dona das
cartas e dos guardiões transformasse as cartas, antes Clow, em Sakura.
Ela
conseguira, agora ele acabou seu trabalho. E nele conheceu muitas pessoas. Viu
um amor se desenvolver em Sakura e Shaoran.
Falando
em amor, sentia falta de uma garota de cabelos negros compridos e olhos violeta,
chamada Tomoyo. Gostara muito dessa garota, mas não pôde ficar com ela, teve
de voltar para a Inglaterra.
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E
só agora ele via como ela fazia falta. Só agora se arrependia por não ter
revelado seus sentimentos a ela antes.
Neva
também em Tomoeda e uma enorme mansão, há uma garota cercada de luxos, mas
infeliz.
Sua
amiga Sakura tinha ido para a casa de Shaoran, seu namorado, visitá-lo. Suas
outras amigas, Naoko, Chiharo e Rika, haviam viajado, sua mãe, para variar
estava trabalhando, ela estava naquele enorme casa, solitária.
Para
falar a verdade, sentia muito a falta de alguém, um garoto de cabelos e olhos
azuis meia-noite, pele bem clara e um lindo sorriso.
Só
agora que ele foi embora, ela percebia como fazia falta vê-lo todo dia, daquele
jeito que só ele podia ser, tão educado, gentil, doce..., enfim ele era
encantador. Só agora ela via como sentia falta daquele sorriso... tão
misterioso, aquele sorriso cheio de segredos.
Mas
agora já tinham se passado anos, e ele havia ido embora para a Inglaterra, e
pensava Tomoyo: “Ele nem deve se lembrar de mim, afinal, nunca demonstrou amor
por mim, só era gentil, como era como todas as garotas.”
E
hoje Tomoyo pensava exatamente isso, e cada vez que o fazia, lágrimas corriam
soltas em seu rosto. Por que não havia se declarado? Por que tinha que ser uma
covarde?
Mas
agora não adiantava chorar sobre o leite derramado, agora, ele nem devia se
lembrar dela, e tinha motivos, por que iria se lembrar? Era sempre “a menina
que filma a Sakura”, era como algumas pessoas a chamavam.
Sempre
ficava a sombra de Sakura, não que não gostasse da amiga, pelo contrário,
venerava Sakura, e por isso que ficava a sombra dela, deixava-a ficar com tudo.
E
Eriol, sempre tratava Sakura de um jeito especial. Sentia que perdia para Sakura
em relação a Eriol também, que em vez dela, amava Sakura.
De
súbito Tomoyo se levantou, e disse a si mesma:
--Pare
de desenterrar o passado Tomoyo, assim você só vai sofrer mais, você tem que
se concentrar na faculdade que vai começar, onde vai fazer sua faculdade.
Mas não agüentou, voltou a chorar. Não conseguia esquecer Eriol, por mais que tentasse
De
volta a Inglaterra, Eriol iria começar sua faculdade e procurava conhecer o
campus. Conhecia essa escola de sua fama mas nunca andara por lá, era muito
grande. Ela ficava perto de Londres, e era muito conhecida, vinha gente do
exterior para aquela escola.
Enquanto
Eriol fazia seu caminho sem rumo, totalmente distraído, ele tromba em alguém.
Como sempre, muito educado diz sem levantar a cabeça:
--Me
desculpe, eu não conheço ainda aqui direito e estava meio distraído...
E
se abaixa para ajudar a pessoa a pegar suas coisas, que caíram todas no
--Não,
me desculpe eu.Também ando muito distraída desde que cheguei à Inglaterra...
--Não
é daqui, senhorita?
--Não
vim do Japão para fazer a faculdade,... e talvez encontrar um amigo que veio há
algum tempo para cá.
--Aqui
está.
Diz
Eriol finalmente levantando o rosto e vendo a moça a sua frente. Primeiro não
reconhece, mas sabe que conhece-a de algum lugar, do Japão, de Tomoeda...
De
repente, Eriol descobre quem é, é Tomoyo. Mas, como está diferente, está
mais bonita, mas sempre com os cabelos tão negros e os olhos em um bonito tom
de violeta.
Ele
de repente fica muito vermelho.
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Tomoyo
também demora a reconhecê-lo, ele estava diferente, estava mais bonito, mas
continuava com os mesmos olhos e cabelos, cor azul meia-noite. E quando Eriol de
repente abre um sorriso ela tem certeza “É ele”, pensava Tomoyo, ao mesmo
tempo que retribui o sorriso e fica muito vermelha.
--Não
esperava encontrá-lo tão cedo Eriol.
--Nem
eu esperava encontrá-la aqui senhorita Daidouji.
--Pode
me chamar de Tomoyo, Eriol.
E
começam a conversar sobre diversas coisas até que...