COMENDO O SEU PRÓPRIO CÉREBRO


por Jonas Henrique




Não existe loucura. Existe uma realidade superficial não comum. Não estamos acostumados a sair da sala de estar de nossas psiques e visitar o porão ou o sotão de nossa própria inconsciencia.

Pessoas tem medo de andar pelo corredor de suas mentes e espiar através das portas já entreabertas, e mais medo ainda de destrancar as portas que parecem ser as mais assustadoramente atraentes. Nós sempre teremos as chaves de todas essas portas, guardadas em algum lugar, seja ele interno ou externo a nós.

Sempre que quisermos, podemos abrir qualquer porta, sempre tomando o cuidado de não se trancar lá dentro e perder a chave. Deve-se ser curioso, persistente, permeável mas cuidadoso, ter bom senso e coração. Qualquer atitude inpensada pode trazer resultados inesperados, bons ou ruins.

Bom e ruim! Há essa dualidade em tudo o que nos cerca, devemos estudar e analisar meticulosamente os dois lados, para assim decidirmos se prefirimos um ou outro. Nem tudo o que é triste é feio e nem tudo o que é alegre é belo. Os preconceitos são inevitáveis, mas temos que lidar com eles da melhor maneira possível. A primeira impressão é importante, porém nem sempre é a que fica.

É natural se aproximar mais facilmente do que é belo, mas isso muda dependendo da relação que cada um estabelece com esse belo, da interpretação de cada um, e principalmente da vivência e conhecimentos que cada um tem ( o que é bonito pra você pode não ser pra mim e vice-versa). Claro que existe bom e mau gosto. Uma "obra de arte" é uma "obra de arte", com todo o seu significado e objetivo profundamente interessante, e as vezes muito introspectivo. O que é lixo é lixo, mesmo que seja interessante. Para saber o que é um e o que é outro precisa-se conhecer ambas as coisas. Gosto se discute sim!!!. Mas, os seus você que decide, a partir do que você tem e conhece.

Nunca conheceremos tudo, quanto mais aprendemos mais burros ficamos, só não desista. O conhecimento alimenta as nossas almas e decora cada quarto por trás das portas que compõe o infinito corredor de nossas mentes.