ACROITA_____________________BORNITA
ACROITA
Variedade de turmalina incolor.
ACTINOLITA
É um anfibólio verde. Dureza = 5 à 5,5; Densidade =
2,8 à 3,3. Insomorfa com a tremolita, contendo, porém, até 12 ou 13% de óxido ferroso,
22% de magnésio e 14% de cal. O seu nome deriva de duas palavras gregas que significam
"raio" e "pedra", devido à sua estrurtura radiada.
Principais Variedades: Crocidolita,
em fibras flexíveis, de uma bela cor azul índigo. Glaucofone, também fibrosa ou
lamelar, de cor azul e fortemente policroica. É um silicato de ferro e magnésio,
combinado com silicato de sódio e alumínio.
Usos: A variedade fibrosa é
usada, para substituição do asbesto. No Brasil tem sido encontrada no estado de Minas
Gerais.
ADULÁRIA
A adulária é uma variedade de ortoclasita,
feldspato-potássico-aluminoso de fórmula KAISi3 O8. É uma ortoclasita límpida, em
cristais hialinos ou parcialmente impregnados de clorita, de brilho vítreo muito
pronunciado. Dureza = 6; Peso Específico= 2,55; Índice de Refração = 1,53;
Cristalização = monoclínica. A massa, na maior parte das vezes, translúcida e,
freqüentemente, com leve nuança pardacenta; de outras vezes, mostra-se turva, leitosa.
As adulárias com matizes suaves têm a denominação de Pedra-de-Lua. A maior parte das
adulárias destinadas ao comérico mundial, provinha, outrora, das formações do sudoeste
do Sri Lanka. Hoje têm sido, entretanto, comercializadas boas adulárias procedentes de
várias partes das Índias. No Brazil não tem sido encontradas em condições de serem
aproveitadas como pedras preciosas.
AFRISITA ou SCHORL
Variedade de turmalina, variedade ferrífera (sem
lítio).
Ver também : Turmalina.
ÁGATA
Variedade da calcedônia formada de zonas concêntricas
de coloração variada. Pode-se dizer que àgata é uma calcedânia multicolorida, de
brilho ceroso ou litóide.
Suas Principais Variedades são: Àgata
zonada ou em fortificação, àgata dendrítica ou arborescente, ônix, semodiz e àgata
musgosa. A àgata depois de cortada, é muito usada para fabricação de jóias e objetos
de ornamentação. As àgatas são encontradas em certas zonas basálticas nos leitos dos
rios e nos solos derivados daquelas rochas.
Características como Gemas: A
àgata é uma variedade da calcedônia, óxido de silício, SiO2, com tendência para o
Jaspe. Dureza = 7; Peso Específico = 2,65. Quartzo de acabamento fibroso, cristalino,
grão fino. O que mais se destaca na àgata é a disposição de camadas em faixas que
ocorrem, em regra, de parelha com a superfície dos geodos arredondados e ovais. Uma
formação especial é a chamada SARDÊNIA ou SARDÊNICA (Sarda) que, além das faixas
geralmente curvas da àgata, tem camadas planas que são explicadas por sedimentação
diferenciada. Outra paresentação da calcedônia em camadas planas de cores claras e
escuras, na maioria das vezes branca e negra, bastante aderentes, era conhecida pelos
cinzeladores da antigüidade pelo nome de Sardônix e muito usada na confecção de
camafeus. As àgatas sem essas faixas são conhecidas pelos lapidários sob o nome de
massita. As àgatas podem ser coloridas artificialmente. Elas existem espalhadas por toda
parte onde ocorrem rochas amigdalóides. No Brasil, pode-se considerar o estado do Rio
Grande do Sul como o maior depositário de àgatas provenientes da decomposição das
rochas (encaixantes), augito-porfiritos, basaltos e outras. As regiões de maiores
ocorrências são: Livramento, Passo Fundo, Quaraim, Santa Maria, S. Borja, S. Gabriel,
Soledade e Uruguaiana. Entretanto, existem ocorrências em quase todos os estados do
Brasil, principalmente em Goiás, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais.
Gêneses das Àgatas: Para
explicar a gênese da àgata existem várias teorias tais como as de Vo Freyberg,
B.Nacken, Heinz e Link, Noggereth, Wild e outros. Freyberg, estudou a geologia de diversos
Estados do Brasil, supõe que por ocasião em que se deu o derrame das lavas basálticas,
no meio das quais posteriormente se formaram as àgatas, as lavas recobriram sedimentos
argilosos úmidos, lagos, brejos e outros mananciais de água e, provocaram a formação
de massas e gases que subiram verticalmente através da lava fluída formando bolsas ou
vesículas gasosas esparsas no seu interior. Essas camadas ocas receberam, posteriormente,
infiltrações de soluções silicosas, oriundas de decomposição dos feldspatos da
própria lava, que coagulam em torno das paredes das cavidades indo obturar paulatinamente
os espaços vazios. As estruturas em faixas listadas são devidas à deposição
intermitente de camadas sucessivas de sílica da solução altamente silicosa. A vidência
dos fatos pesa a favor da hipótese de que a solução mãe penetra na cavidade por
osmose; a solução que se encontra no interior da cavidade, após se dar a precipitação
de sílica, torna-se menos densa e é substituída por solução externa mais densa, que
passa através das camadas já existentes de àgata. Daí, pois, a disposição rítmica
das listas ou faixas das àgatas. As camadas sucessivas podem diferir muito em peso
específico, dureza, cor e transparência, além da espessura e textura. Essas camadas se
depositaram seguindo irregularidades do contorno das paredes da cavidade, formando, por
isso os mais variados, bizarros e maravilhosos desenhos. Na maoria das vezes, os blocos de
àgata não são totalmente maciços, têm a parte central interior oca e circundada por
cristais desenvolvidos e coloridos. tal é o caso dos geodos de ametista.
Histórico: A àgata foi um
dos primeiros materiais gemológicos conhecidos pelo homem. Parece terem sido os
Sumérios, os mais antigos habitantes da Mesopotânia, os primeiros povos a usar a àgata
e outros tipos de calcedânia para matriz de estampagem de solos, artigos de joalheria e
outros objetos. Segundo Max Bauer, foram encontrados objetos de àgata, datando de cerca
de 5.000 anos A.C. Também entre a civilização Egípcia o uso da àgata foi bastante
difundido, sendo o material oriundo da região ao norte de Assuan. A àgata foi largamente
empregada nos tempos de Renascimento, especialmente na Itália e França. Na atualidade,
as jazidas mais importantes da Terra encontram-se no sul do Brasil e no norte do Uruguai.
São extraídas conjuntamente com a ametista, calcedônia, citrino e cornalina. As cores
das àgatas são predominantemente cinzentas e as bandas quase não reconhecidas; têm se
de tingi-las para que adquiram sua cor encantadora. As àgatas são muito apreciadas como
pedras banhadas para a glíptica.
Produção e Consumo: O Brasil
é um dos maiores produtores de àgatas do mundo e grande responsável pelo abastecimento
dessa matéria-prima nos maiores centros de lapidação.
ÁGATA-MUSGOSA
Características como Gemas: A
àgata musgosa é uma variedade criptocristalina da sílica. As àgatas, são enchimentos
de calcedônia nas amígdalas das rochas amigdalóides, pórfiros e metáfiros. De modo
geral, a denominação da àgata abrange as calcedônias que apresentam veios, debuxos,
etc...e conforme os desenhos apresentados recebem várias denominações, tais como
àgata-musgosa, àgata-em-fortificação, àgata-em-ruínas, àgata-escamosa,
àgata-arborizada, àgata-de-olho e outras. Dentre as denominações, a mais generalizada
é a empregada comercialmente para todas as apresentações da espécie. A àgata musgosa
encontrada no comércio provém principalmente das Índias. Algumas espécimes procedem,
porém, das jazidas antigas de Idar, na Alemanha. São raras as espécimes procedentes do
Brasil.
ÁGUA MARINHA
É a pedra preciosa mas característica do Brasil;
alguns exemplares tem grande valor pela pureza e intensidade da cor. Como seu nome indica,
a água marinha tem coloração azul, dureza elevada = 7,5 à 8; Peso Específico = 2,6 à
2,8; Índice de Refração médio = 1,6. Seu valor é em função principalmente da
tonalidade e intensidade da cor azul. A tonalidade esverdeada deprecia a água marinha e
conduz à classificação entre os berilos que têm a mesma composição química e as
mesmas propriedades mineralógicas. Um pagmatito em Quixeramobim, Ceará, tem fornecido
águas marinhas, geralmente, claras. A produção de água marinha na Bahia provém de
Itambé e Macarani, em Minas Gerais, de Salinas, Araçuai, Pedra Azul, Capelina, Ferros,
Sabinópolis, etc. A água marinha é uma variedade do berilo, como pode acontecer com a
Esmeralda, a qual tem a mesma fórmula química, a Morganita, etc., que se destinguem por
seus pigmentos corantes. Vestígios de ferro dão a coloração azulada e esverdeada e
vestígios de cromo dão a cor verde da Esmeralda. As águas marinhas mais aprecidas são
de coloração azul, bastante estável em temperatura até 750oC. Sofrendo aquecimento
mais forte, a estrutura da pedra é destruída juntamente com a cor; esta oscila entre
azul-celeste-intenso, azul-claro, sendo por vezes também, saturada de um leve tom
violeta. Encontram-se também fragmentos de tamanhos regulares de águas marinhas bastante
claras, quase incolores, confundindo-se às vezes, com as turmalinas, também incolores.
As pedras denominadas MELGACHES (do Madagascar), têm um matiz azul-ferrete, apenas
algumas vezes. Do ponto de vista comercial as pedras de cor intemediária, são as de
maior importância. Nisso, competem entre si, as produções de Minas Gerais, no Brasil, e
de Madagascar, embora o Brasil forneça maiores quantidades, principalmente de pedras
roladas aluvionais, muitas vezes de grandes dimensões e, em geral, procedentes do
Distrito de Marambaia, Minas Gerais.
Ver também: Berilo.
ALABASTRO
Variedade de gipsita finamente granulada ou maciça,
usada, quando pura e translúcida, para fins ornamentais. No Egito e na Argélia, nome
dado a uma variedade da calcita estalagmítica, em belas faixas.
ALBITA-ANORTITA
Cristalografia: Triclínica
pinacoidal. Os cristais são tubulares paralelamente a /010/, algumas vezes, alongados
paralelamente ao eixo b do cristal. Com frequência, os cristais são geminados de acordo
com as várias leis que governam os geminadosdo ortoclásio, isto é, as de Carlsbad,
Baveno e Menebach. Além disto, são quase sempre geminadossegundo uma ou ambas as leis
conhecidas por leisda albita e do periclínio. O plano de geminação da lei da albita é
/010/. O ângulo entre o plano basal e este plano de geminação é de 94o,
aproximadamente. A geminação da albita é comumente polissintética, dando origem a
lamedas delgadas. Em consequência, um plano basal ou a clivagem basal deste cristal será
cruzado por sulcos ou estriações paralelas. Muitas vezes, estas estriações são tão
finas que se tornam invisíveis à vista desarmada, mas em algumas espécimes são
grossas, podendo ser vistas com facilidade. A presença das linhas de estriação sobre a
clivagem basal é uma das melhores provas de que ele pertence a série plagioclásio. Na
lei do periclínio, o eixo de geminação é o eixo cristalográfico b, e, quando disto
resultam geminados polissintéticos, as estriações consequentes são vistas no
pinacóide lateral. Os cristais distintos são raros. Usualmente, em massas geminadas,
suscetíveis de clivagem, como grãos irregulares nas rochas ígneas.
Propriedades Físicas:
Clivagem /001/, perfeita e boa, paralelamente /010/. Clivagem má em direção paralela a
/110/ e /110/. Incolor, branca, cinzenta; com menor frequência, esverdeada, amarelada,
vermelho da carne. Algumas espécimes possuem cores características. Brilho vítreo e
nacarado. Tranparente e translúcido. Vê-se com frequência um belo jogo de cores, em
especial na labradorita e na andesina.
Composição: Silicatos de
alumínio, sódio e cálcio. Uma série completa de solução sólida estende-se na
albita, NaALSi3O8, até a anortita, CaAL2Si2O8 . O potássio pode estar presente, em grau
considerável, à medida que se caminha para a extremidade albita da série.
Ensaio: Situa-se entre os
números 4 e 4,5 na escala de fusibilidade. Funde-se produzindo um vidro incolor. A albita
é insolúvel no àcido clorídrico que, no entanto, decompõe a anortita. Entre esses
extremos, os membros intermediários são tanto mais solúveis quanto maior a quantidade
de cálcio. Os membros ricos em sódio mostram a chama intensa deste elemento.
Aspectos Diagnósticos: Os
feldspatos plagioclásios podem distinguir-se dos outros feldspatos descobrindo-se a
presença sobre a clivagem basal, das estriações causadas pela geminação da albita.
Sua colocação acurada na série somente é possível mediante ensaios óticos ou
análises químicas quantitativas, mas podem ser diferenciados uns dos outros pela
densidade relativa.
Ocorrência: Os feldspatos
plagioclásios, como minerais formadores da rocha, estão mais completamente distribuídos
e são mais abundantes que os feldspatos potássicos. São encontrados nas rochas ígneas,
metmórficas e sedimentares. Usualmente encontram-se juntos nos granitos, sienitos,
riólitos e tanquitos.
Albitização: Transformação
que sofre o ortósio ao passar a albita, Na albitização as moléculas de potássio do
feldspato são substituída uma a uma por sódio. A classificação das rochas ígneas
baseia-se amplamente na espécie e na qualidade de feldspato presente.
Nome: O nome albita deriva do
latim "albus" significando branco, em alusão à sua cor.
Ver também: Oligoclásio,
Andesina, Labradorita, Rytownita, Anortita.
ALEXANDRITA
Variedade verde-esmeralda de crisoberilo. a cor é
devido o cromo e ao ferro. Em luz artificial, usualmente mostra-se com cor vermelha. Pode
exibir "chatoyance", usada como gema. Homenagem a Alexandre II, Czar da Rússia,
por ter sido descoberta no dia do seu aniversário.
Ver também: Crisoberilo.
ALLANITA
Cristalografia: Monoclínica,
prismática. O hábito dos cristais é, muitas vezes, semelhante ao do epídoto. Comumente
maciça e em grãos embutidos.
Propriedades Físicas: Dureza
= 5,5 à 6; Densidade = 3,5 à 4,2. Brilho submetálico ao do piche e resinoso. Cor:
castanho ao preto do piche. Subtranslúcida, transparente em bordas delgadas.Levemente
radioativa.
Composição: Um silicato de
composição variável: ( Ce, Ca, Y)2 (Al, Fe+3 )3 (SiO4)3 (OH).
Ensaio: Corresponde na escala
de fusibilidade a uma posição intermediária entre os númenros 2 e 3, fundindo-se com
intumescência e dando origem a um vidro preto, magnético. Não sendo previamente
calcinada, forma nos ácidos uma gelatina.
Aspectos Diagnósticos:
Caracterizada por sua cor preta, brilho de piche e associação com as rochas graníticas.
Ocorrência: A allanita ocorre
como um constituinte acessório de menor importância, em muitas rochas ígneas, como o
granito, sienito, diorito e pegmatitos. Frequentemente, associada com o epídoto. Tem sido
observada no calcário, como mineral de contato. Encontrada em algumas massas magnéticas.
Nome: Em homenagem a Thomas
Allan, o primeiro a observar o mineral.
ALMANDINA
Granada preciosa em parte, granada comum, parcialmente.
O ferro férrico pode substituir o alumínio e o magnésio ao ferro ferroso. A granada
preciosa é transparente, com um colorido vermelho intenso muito belo; a comum é
translúcida, colorida em vermelho-acastanhado.
Composição: Fe+2Al2 (SiO4)3.
Densidade relativa = 4,25
Ver também: Granada.
ALUMINA
Mineral abundante na superfície da crosta terrestre e
encontrado em estado cristalino mais ou menos puro - corídon, ou em outros óxidos como
os rubis, safiras, etc. O rubi e a safira, por exemplo, são óxidos de alumínio, cujas
cores são devidas à introdução em porcentagens de óxido de cromo e óxido de titânio
e ferro, respectivamente para o rubi e a safira. As argilas tanto caulínicas como
leteríticas são constituídas por silicatos aluminosos hidratados. O minério alumínio
é extraído principalmente da bauxita - óxido hidratado de alumínio.
ALUNITA
Cristolografia: Hexagonal - R;
Ditrigonal-piramidal. Os cristais são usualmente uma combinação de pirâmides trigonais
positiva e negativa, assemelhando-se a romboedro, com ângulos quase cúbicos ( 90o50').
Podem ser tabulares, paralelamente a /0001/. Comumente, maciça ou disseminada.
Propriedades Físicas: Clivagem
imperfeita. Dureza = 4; Densidade = 2,6 à 2,8. Cor: branca, cinzenta ou avermelhada.
Tranparente a translúcido.
Composição: Sulfato básico
de potássio e alumínio. O óxido pode substituir parcialmente o potássio, dando a
natro-alunita.
Ensaio: Não é fusível
diante do maçarico, produzindo a chama do potássio. Aquecida com solução de nitrato de
cobalto adquire coloração azul. No tubo fechado dá água ácida. Solúvel no ácido
sulfúrico.
Aspectos Diagnósticos: A
alunita é usualmente maciça, sendo difícil distinguí-la nesta forma, pela inspeção
de rochas como calcáreos e o dolomito, e de outros mineirais maciços como anidrita e a
magnesita granular.
Ocorrência: A alunita
forma-se usualmente pela ação de soluções de ácido sulfúrico sobre rochas ricas em
feldspato potássico e, em alguns lugares, formaram-se assim, grandes massas. Encontrada
em menores quantidades em torno das fumarolas vulcânicas.
Uso: Emprega-se alunita na
produção do alume.
Nome: Da palavra latina
significando alume.
Espécies Semelhantes: A
jarosita KFe3 +3 (SO4)2 (HO)6, o análogo de ferro de alunita, é uma mineral secundário
encontado como crostas ou revestimentos sobre os minérios ferruginosos.
ALVAROLITA
Mineral da família dos Tantalatos. O mineral estudado
é um tantalato de manganês com as propriedades físicas e químicas bem definidas,
constituindo, um novo mineral.
Propriedades Físicas: Densidade
= 7,27, Dureza = 6,5; Cor: pardo-avermelhado; Brilho: vítreo-adamantino; Pó:
pardo-claro; Traço: amarelo-pálido; Fratura: concoidal; Clivagem: segundo o prisma.
AMAZONITA
A amazonita é uma variedade da espécie feldspato -
microclínico de fórmula química KAlSi3O8. É um feldspato potássico, triclínico.
Dureza: 6; Peso Específico = 2,55. É chamada também Pedra-das-Amazonas. As amazonitas
contêm um pouco de cobre e dai a sua cor frequentemente semelhante à da Esmeralda,
Turquesa e Jade. Opaca, mas, de vez em quando, translúcida em alguns pontos, a amazonita,
às vezes, é esbranquiçada, entremeada de feldspato incolor, apresentando, na maior
parte, nuanças amareladas. As amazonitas têm clivagem fácil e raramente podem ser
aproveitadas pelo lapidário na confecção de objetos de maior vulto. Prestam-se apenas
para a fabricação de pequenos artigos ornamentais. No Brasil, encontra-se a amazonita,
além de ocorrências esparsas, principalmente em Santana dos Ferros, São Domingos do
Prata, Consceição do Serro e São Miguel de Piracicaba, no estado de Minas Gerais.
Ver também: Feldspato.
AMBLIGONITA
A ambligonita é um mineral raro, encontrado no
pegmatito granítico com o espodumênio, a turmalina, a lepidolita e a apatita. Seu nome
provem de duas palavras gregas significando obtuso e ângulo, em alusão ao ângulo entre
as clivagens.
Cristalografia: Triclínica,
pinacoidal. Usualmente, em grandes massas grossas, suscetíveis de clivagem. Os cristais
são raros, quase equidimensionais e, comumente mal formados, quando grandes.
Propriedades Físicas: Clivagem
/110/ perfeita, /110/ boa. Dureza = 6; Densidade = 3 à 3,1; Brilho: vítreo, nacarado
sobre a superfície de clivagem /100/. Cor: Branca a verde ou azul, pálidas.
Translúcido.
Composição: Fluofosfato de
l'tio e alumínio.
Ensaio: Corresponde ao número
2 na escala de fusibilidade, fundindo-se com intumescência e dando uma chama vermelha
(lítio). Insolúvel nos ácidos. Depois da fusão com o carbonato de sódio e a
dissolução no ácido nítrico, a solução misturada a outra de molibdato de amônio, em
excesso, dá precipitado amarelo.
Aspectos Diagnósticos: Os
fragmentos da clivagem podem ser confundidos com o feldspato, mas são fusíveis com muito
maior facilidade e produzem uma chama vermelha.
Uso: Uma fonte de lítio.
Ocorrência: Nos estados de
São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Minas Gerais.
Aplicações: A ambligonita,
sendo mineral do lítio, tem expressiva importância nas operações de fusão nuclear
(bombas atômicas e de hidrogênio), fabricação de ligas com outros materiais mais
resistentes a elevadas temperaturas para emprego em partes de foguetes espaciais e
aeronaves a jato. É usado tamb;em na indústria de vidros e cerâmicas; para a produção
de graxas e lubrificantes minerais; no acondicionamento de ar; produtos químicos e
farmacêuticos, catalizador no preparo de borracha sintética.
AMETISTA
Mineral de cor roxa, constituindo uma variedade de
quartzo hialino, cuja coloração foi durante muito tempo atribuída ao óxido de
manganês. No Brasil são encontrados belíssimos cristais, em grupo ou drusas, bem
transparentes e com diversos matizes de cor violeta.
Ocorrências no Brasil: Bahia,
Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Seu valor
é em função da intensidade da coloração e da regularidade da pedra, pois algumas
vezes apresentam zonas claras e escuras, que as desvalorizam. As variedades claras têm
valor pouco superior ao custo de lapidação. A ametista aquecida a 250oC sofre uma
alteração de cor passando a tons avermelhados.
Cristalização: Hexagonal
simetria trigonal-holoaxe. Dureza = 7; Peso Específico = 2,65; Índice de Refração =
1,55;
Pleocroismo = 1.
Composição Química:
Fórmula SiO2; Si = 46,7; O = 53,3. Para o comércio mundial as pedras brasileiras têm
importância maior que as de Madagascar. As primeiras paresentam nuanças puramente roxas,
ao passo que as últimas tendem muito para um roxo-avermelhado, pouco apreciado.
AMETISTA ORIENTAL
Designação comercial do corídon de cor púrpura,
usado como gema.
AMIANTO ou ASBESTO ANFIBÓLIO
Quimicamente é um silicato de magnésio hidratado. Pode
também ser um silicato de cálcio ou de ferro. Do ponto de vista econômico, o amianto é
um mineral incombustível, sendo utilizado na fabricação dse roupas de proteção contra
o fogo, para filtrar ácidos, misturado com cimento emprega-se na fabricação de chapas
onduladas e telhas. A palavra amianto, em grego, significa - sem mancha - e asbesto
significa - inextinguível. No Brasil existem todas as variedades nos seguintes estados:
Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte, etc. Amianto ou Asbesto é o
nome usado para desiganar vários silicatos magnesianos possuidores de uma clivagem
especial que os torna mais facilmente separáveis em fibras. Por sua estrutura fibrosa
são inconfundíveis com outros minerais. O valor do amianto resulta da propriedade de ser
uma fibra incombustível e isolante de calor em temperaturas moderadas. Todas as
variedades de amianto são silicatos, a maior parte silicatos hidratado (crisotila), que
encerra 12 à 14% de água combinada. Uma das variedades, a crocidolita ou cape blue, não
é magnesiana.
Principais Variedades do Amianto: Crisotila
- É uma variedade de serpentina, composta essencialmente de silicato de magnésio
hidratado, é o mais apreciado por se apresentar com fibras sedosas, flexíveis de alta
resistência à tração e facilmente tecíveis. Crocidolita - É um silicato
anidro de sódio e ferro, apresentando-se em fibras menos resistentes ao calor que a
crisotila, tendo maior resistividade alétrica e de menores possibilidades têxteis que a
crisotila. É chamado "asbesto cape blue" produzido principalmente na União
Sul-Africana. Antofilita - É um silicato ferromagnesiano anidro com fibras
quebradiças, usado prncipalmente para a filtação, pois oferece boa resistência ao
ataque ods ácidos fortes. Amosita - É um silicato ferromagnesiano de mais alto
teor em ferro que a antofilita, de fibras de mais alta resistência à tração e maior
comprimento que as de crisotila. Com relação a resistência ao calor comporta-se melhor
que a crocidolita, entretanto as fibras representam menor capacidade têxtil. Tremolita
- É um silicato de cálcio e magnésio, em fibras de pequena resistência à tração e
não adaptáveis à tecelagem pela pequena resistência à tração e não adaptáveis à
tecelagem pela pequena flexibilidade, tendo contudo boa resistência aos ácidos. É uma
variedade de anfibólio monoclínico, sem alumina. Actinolita - É um silicato de
cálcio, ferro e magnésio, com aplicações industriais menos valiosas que a crisotila.
Aplicações: As fibras mais
longas e macias formadas de crisotila são as mais valiosas e empregadas na produção de
tecidos incombustíveis e isolantes, ao passo que as fibras curtas e quebradiças têm
pouca aplicação. Um grande uso é o preparo de materiais para isolamento elétrico e
para isso o asbesto deve ser isento de óxido de ferro magnético que às vezes o
impurifica. Os tipos de asbestos anfibólicos (tremolita) são mais empregados para
filtrações e enchimentos de espaços para isolamento térmico e acústico. A
fabricação de grande número de peças como gaxetas, discos para embreagem, etc.. A
maior tonelagem usada, entretanto, é nos materiais de cimento-amianto, como de água,
telhas e placas lisas ou carrugadas. As telhas de asfaltos - amianto e o papelão de
amianto são também materiais muito usados. Dentre os mais empregados materiais para o
isolamento térmico de tubulações e caldeiras, está a mistura amianto-magnésia, com
85% de magnésia, fabricada principalmente por J.M.Corp. Um recente uso de asbesto é na
produção de tintas isolantes, onde ele é utilizado sob a forna de fibras curtas, na
tinta e aplicado sob a forma de spray em pistolas. O amianto vem sendo usado com fibras de
vidro, lã de rocha e em diversos produtos comerciais destiandos ao isolamento do calor.
No Brasil são conhecidas inúmeras ocorrências de amianto, a maior parte da variedade
tremolita, em depósitos de pequenas possibilidades econâmicas. O amianto crisotila é
encontrado parcimoniosamente e vem sendo explorado na Bahia a até alguns anos, em Minas
Gerais, em pequena escala, A indústria de artefatos de cimento amianto muito desenvolvida
entre nós, tem mostrado grande interesse pela expansão da produção nacional de amianto
e tem promovido pesquisas visando descobrir novas fontes de abastecimento que possam
libertá-la do ônus da importação dessa matéria-prima. As jazidas de amianto são
produtos de alteração de rochas ultrabásicas do tipo peridotito. Os amiantos do tipo
anfibólio são formados em várias rochas basálticas, ou ainda em dolomitos e
talcoxistos.
Principais Ocorrências Brasileiras:
Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais. A produção nacional do amianto não atende ao
consumo; a maior parte do amianto consumido é importado do Canadá a da Africa do Sul.
Nossas jazidas da variedade crisotila são pequenas e a produção insufieciente para o
consumo atual.
ANALCIMA ou ANALCITA
Cristalografia: Isométrica;
hexaoctaédrica. Usualmente em trapezoedros. Conhecem-se, também cubos com trincaduras
trapezoédricas. Usualmente em cristais, também granular maciça.
Propriedades Físicas: Dureza
= 5 à 5,5; Densidade = 2,27; Brilho: vítreo; Incolor ou branca; Transparente a
translúcido.
Composição: Silicato
hidratado de alumínio e sódio.
Ensaio: Situa-se entre os
números 3 e 4 da escala de fusibilidade. Aquecida torna-se branca leitosa e depois passa
para um vidro claro. Dá, à chama, cor amarela (sódio). Produz água no tubo fechado.
Aspectos Diagnósticos:
Reconhecida, usualmente, pelos seus cristais copletos e seu brilho vítreo. Os cristais
assemelham-se à granada e à leucita no que diz respeito à forma. Destingue-se da
granada pela dureza inferior e por produzir água no tubo fechado; da leucita, pela fusão
mais fácil, presença de água e ocorrência.
Ocorrência: A analcima é
comumente um mineral secundário, formado pela ação de águas quentes circulantes e, por
esse motivo, encontra-se depositada em cavidades de rochas ígneas, especialmente as
vulcânicas. Encontra-se associada com a calcita, várias zeólitas e minerais
relacionados. Também como constituinte original de rochas ígneas.
Nome: Deriva da palavra grega
significando "fraco" em relação à sua propriedade elétrica fraca quando
aquecida ou esfregada.
Espécies Semelhantes: a
"laumontita"é monoclínica e a "thonsonita"é uma zeólita
ortorrômbica associada com outras zeólitas, mas muito mais rara.
ANAPAITA
Fosfato hidratado de cálcio e ferro que ocorre em
cristais tabulares, formando crostas sobre a limonita. De Anapa, Mar Negro - U.R.S.S.;
onde ocorre.
Ver: Tamanita
ANATÁSIO ou OCTAEDRITA
É um óxido de titânio octaédrico. Tetragonal.
Densidade = 3,8 à 3,95; Dureza = 5,5 à 6. É um mineral acessório das rochas
metamórficas, dos gnaisses, micaxistos, etc. Seu nome deriva da palavra grega que
significa "alongamento" porque os cristais se apresentam em octaedros agudos.
Acompanha os óxidos de titânio, rutila e bruquita. No Brasil, constitui um importante
satélite do diamante, nas chapadas diamantinas de Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e
Goiás.
ANDESINA
Ocorrência: Encontrada
raramente, exceto como grãos de rochas ígneas. O nome provém da Cordilheira dos Andes,
onde é o principal feldspato nas lavas de andesito.
ANDRADITA
O alumínio pode substituir o ferro férrico; o ferro
ferroso, o manganês e o magnésio podem substituir o cálcio. Cor = vários matizes de
amarelo, pardo e preto. A granada demantóide é uma variedade de verde, com brilho
reluzente, usada como gema. A denominação andradita foi dada em homenagem ao
mineralogista brasileiro, José Bonifácio de Andrada e Silva.
Composição: Ca3Fe2+3.
Densidade: 3,75.
Ver também: Granada
ANFIBÓLIO
Silicato anidro no qual a alumina não pode aparecer,
mas onde existe sempre o óxido de ferro ( FeO), de cálcio ( CaO) e de magnésio (MgO).
Família de minerais que se aproxima do piroxênio, cujo traço mais notório é a
percentagem de cálcio em relação ao magnésio. Na família dos anfibólios dá-se o
inverso, isto é, maior percentagem de magnésio, em relação à cal.
Família: Os minerais mais
comuns da famíla dos anfibólios caracterizam-se nos sistemas ortorrômbico e
monoclínico. Os mais raros, nos sistemas triclínico, mas as estruturas cristalinas das
diferentes espécies são estritamente semelhantes. Quimicamente, formam um grupo paralelo
à família dos piroxênios. Os anfibólios e piroxênios assemelham-se muito entre si e
distinguem-se pela clivagem. O ângulo de clivagem /110/ dos anfibólios é de 56o e 124o
aproximadamente, ao passo que o ângulo de clivagem pior dos piroxênios é em torno de
87o e 93o.
ANGLESITA
Cristalografia: Ortorrômbica,
bipiramidal. Frequentemente, em cristais com hábito semelhante, muitas vezes, ao da
barita, mas muito mais variado. Os cristais podem ser prismáticos paralelamente a
qualquer um dos eixos do cristal e, com frequência, mostram muitas formas, com um
desenvolvimento complexo. Também maciça, granular e compacta. Frequentemente terrosa, em
camadas concêntricas que podem conter um núcleo de galenas inalterado.
Propriedades Físicas:
Clivagem /001/ boa, /210/ imperfeita. Fratura concóide. Dureza = 3; Densidade = 6,2 à
6,4 (extraordinariamente elevada). Brilho adamantino quando pura e cristalina; opaco
quando terrosa. Incolor, branca, cinzenta, matizes pálidos de amarelo. Pode ser colorida
em cinza-escuro por impurezas. Transparente a translúcido.
Composição: Sulfato de
Chumbo, PbSO4
Ensaio: Situa-se a meio
caminho entre os números 1 e 2, na escala de fusibilidade. Sobre o carvão vegetal, em
mistura com o carbonato de sódio, reduz-se a um glóbulo de chumbo, com aureóla amarela
`a branca de óxido de chumbo; o resíduo, quando umedecido, produz mancha escura de
sulfato de prata sobre a superfície limpa da prata.
Aspectos Diagnósticos:
Reconhecida por sua densidade relativa elevada, seu brilho adamantino, e com frequência,
por sua associação com a galena. Distingue-se da cerusita por não apresentar
efervescência com o ácido nítrico.
Ocorrência: A anglesita é um
mineral de chumbo supérgeno, comum. Forma-se pela oxidação da galena, seja ditetamente
em sulfato, caso em que as camadas concêntricas de anglesita rodeiam um núcleo de
galena, seja por uma solução intermediária e recristalização subsequente. Encontrada
nas porções superiores, oxidadas dos veios de chumbo, associada com a galena, cerusita,
esfalerita, smithsonita, hemimorfita e óxidos de ferro. As localidades notáveis por sua
ocorrência são: Sardenha, Escócia, Tunísia, Tasmânia.
Nome: Denominada por ter sido
encontrada originariamente na Ilha de Anglessey.
Ocorrências Brasileiras:
Bahia, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina.
ANIDRITA
Cristalografia: Ortorrômbica;
bipiramidal. Os cristais são raros, quando observados, são tabulares, espessos, também
prismáticos, paralelamente ao eixo "b". Usualmente maciça, ou em massas
cristalinas, assemelhando-se a um mineral isométrico, com clivagem cúbica. Também
fibrosa, granular e maciça.
Propriedades Físicas: A
clivagem nítida, paralelamente aos três pinacóides /100/, /010/, /001/, produz blocos
retangulares. Dureza = 3 à 3,5; Densidade = 2,89 à 2,98. Brilho vítreo a nacarado sobre
a superfície de clivagem, incolor à azulada ou violeta. Também pode ser branca ou
tingida em rosa, castanho ou vermelho.
Composição: Sulfato de
cálcio anidro, CaSO4.
Ensaio: Corresponde ao número
3 na escala de fusibilidade. Depois de calcinado dá reação alcalina com o papel de
ensaio umedecido. Umedecida com ácido clorídrico e calcinada, dá chama
vermelha-alaranjada ( cálcio). Quando fundida com a mistura redutora, produz um resíduo
que, quando umedecida com água, escurece a prata.
Aspectos Diagnósticos: A
anidrita caracteriza-se por suas três clivagens em ângulos retos. Distingue-se da
calcita por sua densidade relativa mais elevada e do gipso, por sua dureza. Algumas
variedades maciças são muito difícies de reconhecer, devendo ser feita a reação do
radial sulfato.
Ocorrência: Encontrada em
algumas cavidades amigdalóides do basalto. As localidades onde ocorre de maneira notável
são: Polânia, Prússia, Baviera, Suíça e E.U.A.
Nome: A palavra anidrita
provém do grego, significando sem água.
ANORTITA
Feldspato plagioclásio calcossódico, cuja fórmula é
a seguinte: CaAl2Si2O8. Cristaliza-se no sistema triclínico, porém não é comum
aparecer completamente cristalizado. Tem uma densidade de 2,75 e uma dureza de 6,5. Este
mineral aparece frequentemente nas rochas básicas e é atacável pelo ácido clrídrico.
Ocorrência: Mais rara que o
plagioclásio, mais sódico. Encontrada nas rochas ricas em minerais escuros, nas drusas
dos blocos de lavas e nos calcários granulares dos depósitos metamórficos de contato.
Uso: Usam-se menos os
feldspatos plagioclásios do que os feldspatos potássicos. A albita, ou espato sódico,
como é chamado comercialmente, emprega-se em cerâmica de maneira semelhante ao
ortoclásio. A labradita, que exibe um jogo de cores, é polida e usada como pedra de
ornamentação.
Nome: O nome plagioclásio
deriva do grego significando oblíquo, em alusão ao ângulo oblíquo entre as clivagens.
ANTIMÔNIO
Esse metal tem coloração branca, dureza um pouco maior
que a do cobre, peso específico 6,7, baixo ponto de fusão 430o e quebradiço.
Principais Minerais Minérios:
As fontes principais de antimônio são os minerais minérios conhecidos com os nomes de
estibinita ou antimonita e ricos de cobre, chumbo e prata, e nesse caso podem ser
aproveitados como sub-produto daqueles minérios. Existe ainda alguns sulfo-antimonetos
que podem servir como fontes secundárias de antimônio.
Aplicação: O antimoneto tem
grande aplicação na fabricação de ligas com outros metais, com propriedades de
anti-fricção. É muito utilizado na indústria de baterias e acumuladores, na
vulcanização de borrachas, na indústria de fogos artificiais, na medicina e na
fabricação de pigmentos para vidros. A liga antimônio-chumbo, com 10 à 12% de
antimônio, contendo estanho é usada para tipos de imprensão. As ligas de
anti-fricção, também constituídas de chumbo-estanho-antimônio, são muito empregadas
na fabricação de mancais.
Ocorrências Brasileiras:
Minerais minérios de antimônio ocorrem associados à pirita aurífera em Minas Gerais, e
em alguns vieiros plumbíferos em São Paulo. No Brasil, depósitos de antimônio
conhecidos são ainda insignificantes para justificar sua extração em escala comercial.
Não há ainda produção desse metal em nosso país.
História: A estibinita ou
sulfato de antimônio foi, durante muito tempo, empregado pelas mulheres orientais como
remédio e, como artigo de toucador, para escurecer as sombrancelhas. A origem do nome
antimônio é incerta. Sugeriu-se que provén de anti (contra) e moine ( do francês,
monge), porém nada justifica esta sugestão. A palavra foi referida também do grego
(anthemonion), o que se relaciona com o aspecto de pétalas, apresentado pelos cristais do
mineral, tal como se encontra na natureza. A preparação do elemento e as propriedades
conhecidas e imaginadas do antimônio, foram descritas nas obras atribuídas a Basil
Valentine.
Estado Natural: O antimônio
existe livre em pequenas quantidades em Bornéu e em alguns outros lugares. Encontra-se
quase sempre acompanhado por um pouco de arsênio. O antimônio, combinado com enxofre
formando o minério estibinita ou antimônio cinzento; e como a blenda de antimônio ou
antimônio vermelho. Também existe combinado com enxofre e com os metais.
ANTINONITA
O mesmo que Estibinita.
ANTLERITA
Cristalografia: Ortorrômbico,
bipiramidal. Cristais prismáticos, delgados, estriados verticalmente, aciculares. Pode
ser tabular. Também em agregados paralelos, reniforme, maciça.
Propriedades Físicas:
Clivagem /010/ perfeita. Dureza = 3 à 3,5; Densidade = 3,9; Brilho vítreo; Cor:
verde-esmeralda e verde escuro; Traço verde pálido; Transparente a translúcido.
Composição: Sulfato básico
de cobre Cu3 (SO4) (OH)4.
Ensaio: Situa-se entre os
números 3 e 4 da escala de fusibilidade. Produz um glóbulo de cobre quando fundida com
carbonato de sódio sobre o carvão vegetal. Uma solução de ácido clorídrico com
cloreto de bário dá um precipitado branco de sulfato de bário. No tubo fechado, produz
água e, em uma temperatura elevada, ácido sulfúrico.
Aspectos Diagnósticos: A
antlerita caracteriza-se por sua cor verde, clivagem /010/. Não apresenta efervescência
no ácido clorídrico, podendo distinguir-se, assim, da malaquita. Pela inspeção é
impossível distinguir a antlerita da atacamita ou da brochantita. Uma reação positiva
do cloro indicará a atacamita, devendo-se fazer uso, no entanto, das propriedades óticas
para distinguir a antlerita da brochantita.
Ocorrência: Encontra-se a
antlerita nas porções oxidadas dos veios de cobre, especialmente, nas regiões áridas.
A antlerita pode formar-se diretamente, como mineral secundário, sobre a calcocita, ou o
cobre pode se dissolver e se depositar ulteriormente como antlerita, preenchendo as fendas
dos filões.
Uso: Minério de cobre.
Nome: Provém da mina Antler,
situada no estado de Arizona, tendo sido descrita ali, originariamente.
Espécies Semelhantes: A
brochantita é semelhante em todas as suas propriedades à antlerita, mas, embora mais
disseminada, não é abundante em parte alguma.
ANTOFILITA
Pertence ao grupo dos anfibólios ortorrômbicos. É um
metassilicato de magnésio e ferro. No Brasil, apresenta-se em peqiuenos cristais radiados
ou em filamentos sedosos, cor parda, no meio dos itabiritos de Tripuí, perto de Ouro
Preto, Minas Gerais.
Cristalografia: Ortorrômbica,
correspondente ao grupo ortorrômbico dos piroxênios: enstatita-hiperstênio. Raramente
em cristais nítidos. Comumente lamelar ou fibrosa.
Propriedades Físicas:
Clivagem /110/ perfeita. Dureza = 5,5 à 6; Densidade = 2,85 à 3,2; Cor: cinza a vários
matizes de verde e do castanho. Brilho vítreo. Translúcido.
Composição: Silicato de
Magnésio e ferro. A gedrita é uma variedade rica em alumínio.
Ensaio: Corresponde ao número
5 da escala de fusibilidade. Ao fundir-se, produz um esmalte negro, magnético. Insolúvel
nos ácidos. produz água no tubo fechado.
Aspectos Diagnósticos: Caracterizada
por sua cor parda do cravo-da-Índia, mas a não ser em cristais, torna-se imposível
distingui-la dos outros anfibólios sem ensaios óticos.
Ocorrência: É um mineral
comparativamente raro, ocorrendo nos xistos cristalinos. Pensa-se que tenha derivado do
metamorfismo da clivina. Ocorre na Noruega, em muitas localidades no sul da Groenlândia e
nos E.U.A.
Uso: A amosita, uma antofilita
rica em ferro, ocorre em fibras longas e flexíveis, sendo usada como asbesto. Faz-se sua
mineração na África do Sul com essa finalidade.
Nome: Do Latim
"anthophyllum" significando cravo-da-Índia, em alusão à cor parda.
Espécies Semelhantes: A
"cummingtonita" um anfibólio monoclínico, tem a mesma composição da
antofilita, sendo relativamente mais rica em ferro.
Ver: Anfibólio.
APATITA
Cristalografia: Hexagonal;
bipiramidal. Comumente, em cristais de hábito prismático longo; alguns prismáticos
curtos tabulares. Terminados, usualmente, por pirâmide de primeira ordem nítida e,
frequentemente, por um plano basal. Alguns cristais mostram as faces de uma bipirâmide
hexagonal que revela a simetria verdadeira. Também em massas, entre maciças, granulares
e compactas. Clivagem: má. Dureza = 5; Densidade = 3,15 à 3,2; Brilho vítreo
subresinoso. Cor, usualmente, matizes do verde ou do castanho; também azul, violeta,
incolor. Transparente a translúcido.
Coposição: Fluofosfato de
cálcio, Ca5 (PO4)3F. O nome de colofana foi dado aos tipos de apatita maciça,
criptocristalina, que constituem o grosso da rocha fosfatada e dos ossos fósseis. Os
estudos com o raio X mostram que a colofana é essencialmente apatita, não fazendo jus a
uma designação como uma espécie independente. Em sua aparência física, a colofana é
usualmente densa e maciça, com uma estrutura em colofôrmica. É impura e contém
pequenas quantidades de carbonato de cálcio.
Ensaio: Funde-se dificilmente,
situando-se próximo ao número 5,5 na escala de fusibilidade. Solúvel nos ácidos.
Quando se junta, a uma solução diluída de ácido nítrico, uma solução de molibdato
de amônio, em grande excesso, produz-se um precipitado amarelo de fosfomolibdato de
amônio.
Aspectos Diagnósticos: Reconhecida,
ordinariamente, por seus cristais, sua cor e sua dureza. Distingue-se do berilo pelas
terminações de seus cristais em forma de pirâmide nítida, e por ser menos dura que a
lâmina de um canivete.
Ocorrência: A apatita está
amplamente disseminada como um constituinte acessório em todas as classes de rochas
ígneas, sedimentares e metamórficas. Encontra-se, também, no pegmatito e em outros
veios, provavelmente de origem hidroternal. Encontrada nas massas de magnetita
titanífera. A apatita ocorre em grandes quantidades ao longo da costa meridional da
Noruega. O maior depósito de apatita do mundo está localizado na Península de Kola, na
Rússia. Encontra-se ali sob a forma de uma grande lente entre dois tipos de rocha
alcalinas. A apatita apresenta-se em agregados granulares, associada intimamente com a
nefilina e a titanita. A apatita muito bem cristalizada ocorre em várias localidades do
Tirol, Suíça, Espanha e E.U.A. A variedade colofana é uma constituinte importante da
rocha fosforito ou rocha fosfatada. O osso é fosfato de cálcio e grandes massas de
fosforita derivaram da acumulação de restos de animais, assim como da precipitação
química ocorrida na água do mar. Encontra-se depósitos comerciais de fosforita no norte
da França, na Bélgica, na Espanha e , especialmente no norte da África, na Tunísia,
Argélia, Marrocos e E.U.A.
No Brasil: Maranhão, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Fernando de Noronha, Bahia e São Paulo. A
principal ocorrência é a de Araxá, Minas Gerais, onde a apatita aparece como produto de
alteração da rocha originária.
Uso: A apatita cristalizada
foi usada amplamente como fertilizante, mas hoje somente são de importância os
depósitos da Península de Kola. Os depósitos de fosforita suprem a maioria do fósforo
empregado como adubo. O fosfato de cálcio é tratado com ácido sulfúrico e convertido
em superfosfato, para torná-lo mais solúvel nos ácidos diluídos existentes no solo. As
variedades transparentes da apatita, de cor bonita, usam-se ocasionalmente como gemas. O
mineral é demasiadamente mole, contudo, para permitir seu emprego amplo para esta
finalidade.
Nome: Provem da palavra grega
iludir, dado que as variedades da apatita, empregadas como gema, eram confundidas com
outros minerais. A apatita, com sua resistência ao intemperismo e pequena solubilidade,
não se presta para uso direto como fertilizante.
APOFLITA
Cristalografia: Tetragonal;
bipiramidal-ditetragonal. Usualmente em cristais que mostram uma combinação de /010/,
/111/ e /001/. Observam-se, ocasionalmente, pequenas faces de um prisma ditetragonal. Os
cristais podem assemelhar-se a uma combinação isométrica do cubo e do octaedro, mas
mostram ser tetragonais pela diferença do brilho entre as faces do prisma e do
pinacóide.
Propriedades Físicas:
Clivagem /001/, perfeita. Dureza = 4,5; Densidade = 2,3 à 2,4. Brilho nacarado, das
outras faces, vítreo. Usualmente incolor, branca ou cinzenta, pode exibir matizes
pálidos do verde, amarelo e rosa. Transparente a translúcido.
Composição: Um fluossilicato
de potássio e cálcio hidratado, KCa4Si8O20 (F,OH).8H2O
Ensaio: Corresponde ao número
2 na escala de fusibilidade. Ao fundir, incha, formando um esmalte branco, vesicular. Cora
à chama em violeta pálida ( potássio). Produz muita água em tubo fechado. O ácido
clorídrico a decompõe com separação da sílica, mas sem fromação de uma gelatina. A
solução dá precipitado escasso com a amônia, mas nem sempre. Produz, no entanto,
precipitado branco abundante com o oxalato de amônio oi com o carbonato de amônio (
cálcio).
Aspectos Diagnósticos:
Reconhecida usualmente por seus cristais, sua cor, seu brilho e pela clivagem basal.
Ocorrência: A apofilita
ocorre comumente como mineral secundário, revestindo cavidades no basalto e nas rochas
afins. Associada com várias zeólitas, calcita, datolita e pectolita. Encontra-se em
bonitos cristais na Checoslováquia, Alpes Seiser, Trentino, México e E.U.A.
Nome: Provem de duas palavras
gregas significando "de" e "uma folha", por causa de sua tendência de
esfoliar quando calcinada.
ARAGONITA
Cristalografia: Ortorrômbica:
bipiramidal. São comuns três hábitos de cristalização. (1) Bipiramidal acicular,
tabular; (2) Geminados; (3) Pseudohexagonais. Clivagem imperfeita. Brilho vítreo.
Incolor, branca, amarela pálida e colorida variadamente. Transparente a translúcido.
Dureza = 3,5; Densidade = 2,95 ( mais dura e de densidade mais elevada do que a calcita).
Composição: Carbonato de
cálcio, CaCo3, polimorfa com a calcita. Aquecendo-se no ar, a aragonita começa a
transformar-se em calcita, a 400oC. Em coontato com a água ou com soluções contendo
CaCo3 dissolvido, a transformação pode ocorrer na temperatura ambiente.
Ensaio: Infusível, Decrepita.
Depois de calcinação intensa, seu pó produz reação alcalina com o papel de ensaio
umedecido. Os fragmentos do mineral desagregam-se sob a forma de pó (mudança para
calcita), quando aquecidos ao rubro no tubo fechado. As experiências têm demonstrado que
as águas contendo cálcio em solução carbonatada, depositam aragonita, quando quente, e
calcita quando frias.
Aspectos Diagnósticos:
Distingue-se da calcita por sua densidade relativa mais elevada e pela ausência de
clivagem romboédrica. os fragmentos do mineral de clivagem da calcita colunar são
terminados por uma clivagem em cruz que não se apresenta na aragonita.
Ocorrência: A aragonita é
menos estável do que a calcita e muito menos comum. Forma-se dentro de uma faixa estreita
de condições físico-químicas, representada por temperatura baixa, perto dos depósitos
superficiais. Geralmente é encontrada em veios minerais, ou ligada a camadas de gesso ou
a depósitos de minérios de ferro, tomando então o nome de flor de ferro. No Brasil,
encontra-se a aragonita nas drusas dos minérios auríferos das minas de Morro Vermelho e
da Passagem; e em veios nos micaxistos de Antônio Pereira e arredores de Ouro Preto,
Minas Gerais. No estado do Rio Grande do Sul ocorre na cidade de Caxias. Havendo vastas e
abundantes jazidas de calcita no Brasil é, no entanto, muito raro o aparecimento de
aragonita e sempre pequenas quantidades.
Nome: Provém de Aragon, na
Espanha, onde os geminados pseudo-hexagonais foram reconhecidos pela primeira vez.
ARGENTITA
Cristalografia: Isométrica,
hexaoctaédrica acima de 180°; ortorrômbica na temperatura ambiente. Cristais,
paramorfos da forma de alta temperatura; comumente apresentam o cubo, o octaedro, e
frequentemente estãp dispostos em grupos ramificados ou reticulados. Comumente maciça,
ou como um revestimento. A acanita é o Ag2S, ortorrômbico, existente na temperatura
ambiente.
Propriedades Físicas: Dureza
= 2 à 2,5; Densidade = 7,3. Muito séctil; pode ser cortado com um canivete como o
chumbo. Brilho metálico. Cor e traço: Cinzento do chumbo, escuro. Traço brilhante.
Opaco. Brilhante em superfície recente, mas que se torna preto opaco, ao ser exposto ao
ar, em consequência da formação de sulfeto terroso.
Composição: Sulfeto de
Prata: Ag2S.
Ensaio: Situa-se entre os
números 1 e 2 da escala de fusibilidade, fundindo-se com intumescência. Quando fundida
sobre o carvão vegetal, na chama oxidante, desprende odor de anidrido sulfuroso e produz
um glóbulo de prata metálica.
Aspectos Diagnósticos: Pode
ser distinguida por sua cor, sectibilidade e densidade relativa elevada.
Ocorrência: É importante
mineral de prata primário, encontrado em veios, associado com a prata nativa, pratas
vermelhas, polibasita, estefanita, galena e esfalerita.
Uso: Um importante minério de
prata.
Nome: Procede do latim
"Argentum" significando prata.
Ver também: Prata.
___________________________________B___________________________________
BADDELEYITA ou BADELEÍTA
Óxido de zircônio, cuja fórmula é
ZrO2 e que Eugênio Hussak havia denominado de Brasilita. Este minério aparece geralmente
com zirconita, constituindo um mineral de zircônio de grande valor comercial. É um
mineral pouco espalhado e pouco abundante, encontrando-se principalmente na Índia e no
Brasil. A produção brasileira de zircônio é quase toda devido à badeleíta localizada
principalmente no planalto de Caldas.
Ver também: Zircônio.
BARITINA ou BARITA
Deriva de uma palavra grega que
significa pesada. È um sulfato de bário, contendo às vezes cálcio e estrôncio.
Densidade = 3,48 à 4,72; Dureza = 3 à 3,5. Na natureza acompanha quase sempre alguns
veios metalíferos ou forma filões e mesmo grandes massas nos calcários.
È empregada, no estado de hidróxido
de bário, na refinação do açúcar; também no preparo dos sais de barita e da tinta
branca; e para aumentar o peso das fábricas de papel e tecido.
Cristalografia: Ortorrômbica;
bipiramidal. Os cristais são usualmente tabulares, paralelamente à base. Muitas vezes
configurados em losangos, por causa da presença de um prisma vertical. Clivagem perfeita.
Dureza =3,5; Densidade = 4,5. Incolor, branca com matizes claros de azul, amarelo e
vermelho
Composição: Sulfato de Bario, BaSO4.
Ensaio: Corresponde ao número 4 na
escala de fusibilidade, produzindo a chama verde-amarelada do bário. Depois de calcinada
dá reação alcalina com o papel de ensaio umedecido. Fundida com a mistura redutora,
produz resíduo que, quando umedecido, dá origem a uma mancha escura de sulfeto de prata
sobre a superfície limpa da prata.
Ocorrência: A barita é um mineral
comum, de distribuição ampla. Associada especialmente com minérios de prata, chumbo,
cobre, cobalto, manganês e antimônio.
O Brasil ocupa a posição de,
principal detentor de reservas de barita, correspondendo a 30% do total mundial. Este
potencial encontra-se praticamente no complexo calcalino-carbonatítico de Araxá, Minas
Gerais. Vários depósitos e ocorrências de barita são conhecidos nos estados da Bahia,
Paraná, São Paulo, Goiás, Ceará, Paraíba. Rio Grande do Norte, Pará, Minas Gerais e
Piauí.
Apesar de Minas Gerais deter as
maiores reservas, a produção de barita provém quase em 70% do estado da Bahia
As exportações brasileiras têm se
constituído da barita britada, enquanto as importações têm sido de barita moída
(sulfato de bário natural), utilizado na indústria farmacêutica
Uso: Mais de 80% da barita produzida
empregam-se na perfuração de poços de petróleo e de gás. A barita é utilizada na
produção de substâncias químicas, na fabricação de cosméticos; como pigmento de
tintas e nas refeições baritadas na radiologia médica.
BAUXITA
Hidrato de alumínio de coloração
clara, ou levemente alaranjada, ou ainda avermelhada em função da percentagem de óxido
de ferro que por acaso possua. A bauxita é um laterito branco, cuja formação é
resultante da alteração de rochas que contém grande quantidade de feldspatos
feldspatóides.
Para a formação da bauxita é
necessário existir certas condições de ordem topográfica, climática e mesmo
botânica. A topografia deve ser plana ou pelo menos pouco acidentada, a vegetação de
preferência herbácea e o clima com estações alternadas.
Cristolografia: É uma mistura.
Pisolítica, em concreções granulares arredondadas; maciça; terrosa; semelhante à
argila.
Propriedades Físicas: Dureza = 1,3;
Densidade = 2,2 à 2,55. Brilho opaco a terroso. Cor: branca, cinza, amarela e vermelha.
Translúcido.
Composição: Uma mistura de óxidos
de alumínio hidratado de composição indefinida. Algumas bauxitas têm composição que
se aproxima da gibbsita, mas em sua maioria são uma mistura contendo ferro, usualmente.
Como resultado disso, a bauxita, não tem sido considerada como uma espécie de mineral e,
em uma classificação rígida, o nome bauxita deveria ser usado somente como nome de uma
rocha (bauxito). Os constituintes principais do bauxito são: a gibbsita, a bohemita e o
diápor, qualquer deles podendo ser o dominante. Cliachita é o nome proposto para o
constituinte amorfo e de granulação muito fina do bauxito.
Ensaio: Infusível, insolúvel. Assume
a cor azul quando é umedecida com o nitrato de cobalto e posteriormente aquecida
(alumínio). Produz água no tubo fechado.
Ocorrência: O bauxito origina-se
através de processo supérgeno; forma-se, comumente, sob condições climáticas
sub-tropicais, por intemperismo, de calcários contendo argila. Origina-se, aparentemente,
como um precipitado coloidal. Ocorre, por vezes, in situ, como um derivado
direto da rocha original, ou pode ter sido transportada e depositada em uma formação
sedimentar. Nos trópicos, encontram-se nos solos residuais, depósitos conhecidos como
lateritos, consistindo, em larga escala, em hidróxido de alumínio e óxidos férricos.
Estes variam amplamente em
composição e pureza, mas podem tornar-se valiosos como fontes de alumínio e ferro.
Uso: 85% do bauxito produzido é
consumido como minério de alumínio. Este metal, dada sua baixa densidade e grande
resistência, tem sido adaptado para muitos usos. Em certa escala, o alumínio está
substituindo o cobre nas linhas de trasmissão elétrica. Forma ligas com o cobre,
magnésio, zinco, níquel, silício, estanho e prata.
O segundo grande uso do bauxito é a
manufatura de Al2 O3 usada como abrasivo. Usa-se por igual, a alumina sintética como
principal constituinte da porcelana refratária.
Nome: Deriva-se de uma ocorrência em
Baux, França.
Jazidas: As principais jazidas
encontram-se nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rio de
Janeiro, Pará e a jazida de Carajás.
BENITOÍTA
A benitoíta é um silicato de bário
e titânio de fórmula química baTiSi3O9. Cristaliza-se no sistema trigonal. Dureza =
6,25 à 6,5; Peso Específico = 3,65; Ìndice de Refração = 1,80 à 1,97; no
dicroscópio azul e quase branco. Possui um brilho extraordinário em virtude da
refração da luz de 1,80. Tem sido encontrado na Califórnia, em San benitoíta. Não
encontramos referências sobre a existência de Benitoítas no Brasil, mesmo nos estudos
de lâminas petrográficas.
BERILO
Silicato duplo de alumínio e
glucínio com brilho vítreo. O berilo, quando transparente e limpo de incrustrações,
constitui pedras coradas preciosas e semi-preciosas, conhecidas pelos joalheiros como:
berilo, esmeralda, água marinha, morganita, heliodora, etc.
Atualmente o berilo se acha incluído
na categoria dos minerais estratégicos devido à sua aplicação na construção de
bombas e pilhas atômicas, onde funciona como fonte de produção de nêutrons, elementos
enigmáticos que constituem o núcleo dos átomos. O berilo é importante para o raio X
por causa da sua grande permeabilidade a esses raios. È também usado em ligas com o
cobre, devido a sua grande resistência a fadiga, e com o aço, quando se realiza a
construção de ferramentas próprias para o trabalho mecânico em ambiente carregado de
substâncias ou emanações inflamáveis.
Cristalografia: Hexagonal;
biriramidal-dihexagonal. Hábito fortemente prismático. Frequentemente, estriado e
entalhado verticalmente. O berilo de césio, achatado, com freqüência, segundo (001). As
formas presentes, usualmente, consistem somente em (1010) e base (0001). As formas
dihexagonais são raras. Cristal, frequentemente, de tamanho considerável com faces
corrídas.
Propriedades Físicas: Dureza = 7,5 à
8; Densidade = 2,75 à 2,8. Clivagem (0001) imperfeita. Cor: comumente, verde-azulado ou
amarelo-claro; pode Sr. verde esmeralda intensa, amarelo ouro, rósea, branca ou incolor.
Transparente a translúcido. Frequentemente, os cristais maiores, mais grossos, mostram
uma aparência mosqueada devido à alternância de manchas claras, transparentes, com
porções obscuras. A cor serve de base para os diversos nomes de variedades do berilo:
água marinha, morganita e esmeralda.
Composição: Silicato de alumínio e
berilio, Be3AL2Si6O18. Frequentemente, estão presentes pequenas quantidades dos àlcalis,
consistindo muitas vezes, parcialmente, em césio.
Ensaio: Situa-se entre os números 5 e
5,5 na escala de fusibilidade. Funde-se formando um esmalte. Calcinado intensamente,
produz um pouco de água. Insolúvel nos ácidos.
Aspectos Diagnósticos: Reconhecido,
usualmente, por sua forma cristalina hexagonal e pela cor. Distingue-se da apatita por sua
dureza maior.
Ocorrência: O berilo, embora contenha
o elemento raro, o berílio, é relativamente comum e amplamente distribuído. Ocorre,
usualmente, em rochas graníticas, tanto em drusas como em mixaxistos e associado com
minérios de estanhos. As esmeraldas, tendo a qualidade de gema, ocorrem em um calcário
betuminoso escuro, em muso, na Colômbia, provindo dessa localidade a maior parte das
esmeraldas do mundo. Também encontram-se esmeraldas na Sibéria (ocorrem em um micaxisto
associados com a variedade verde do espodumênio, a hiddenita).
As àguas marinhas são encontradas na
Brasil, na Sibéria e também em madagascar (de cor mais clara, com qualidade de gema),
nos E.U.A. também têm sido encontradas gemas de berilo e berilo dourado. O berilo corado
em rosa tem sido encontrado na Califórnia, associado com uma turmalina rósea e com o
espodumênio rosa, a kunsita. Uma ocorrência em Madagascar tem fornecido pedras coradas
em rosa.
Uso: O berilo é empregado como gema
de várias cores. O berilo é também uma fonte importante do berílio, um metal leve,
semelhante ao alumínio em muitas de suas propriedades.
Nome: O nome berilo é de origem
antiga, derivado da palavra grega que era aplicada para designar as gemasverdes.
Espécies Semelhantes: O euclásio e a
gadolinita são silicatos de berílio raros.
Reservas Brasileiras: As brasileiras
que colocam nosso país na posição de maior exportador mundial, estão associados aos
pegmatitos e se distribuem pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Ceará, Alagoas e Espírito Santo, sendo que a maior reserva oficial nacional se
localiza em Minas Gerais na Província Pegmatítica Oriental> Outros municípios
também apresentam reservas de berilo que são trabalhados por garimpeiros em busca de
espécies gemológicas, sendo o berilo extraído secundariamente ou mesmo colocado no
bota-fora, junto com feldspato e culim.
BINDEIMITA ou BLEINIÉRE
É um antimoniato hidratado de chumbo.
Amorfa. Densidade = 4,6 à 4,76; Dureza = 4.
No Brasil, foi encontrada no estado de
Minas Gerais, no morro do Bule.
Apresenta-se num pó amarelo servindo
de induto à blenda, sulfureto de zinco.
BIOTITA
Ver: Mica-Biotita.
BISMUTINTA
Cristalografia: Ortorrômbica;
bipiramidal. Em cristais aciculares, estriados. Usualmente maciça, com textura foliada ou
fibrosa.
Propriedades Físicas: Clivagem
perfeita (010). Dureza = 2; Densidade = 6,78. Brilho metálico; Cor e traço: cinza
chumbo. Opaca.
Composição: Trissulfeto de bismuto.
Muitas vezes, associada ao antimônio, chumbo, cobre e ferro.
Ensaio: Calcinada no tubo aberto, ou
sobre o carvão vegetal, produz auréola de cor vermelha característica. Misturada com
fluxo de iodeto e aquecida sobre o carvão vegetal dá auréola vermelha característica.
Aspectos Diagnósticos: Assemelha-se
à estibnita; reconhecida pela reação do bismuto.
Ocorrência: È um mineral raro que
ocorre frequentemente em veios, mostrando relações definidas para com as rochas ígneas.
Encontrado na Inglaterra, Alemanha, Suécia, Checoslováquia e no México. Na Bolívia,
ocorrem depósitos importantes, associados com minérios de estanho e tungstênio.
Nos E.U.A. em várias localidades.
Uso: Um minério de bismuto.
BISMUTITA
È um carbono de bismuto
Ver também: Bismuto.
BITYTA
È um mesosilicato complexo de lítio
e berílio
Um mineral relativamente raro. No
Brasil, foi detectado, através de testes microquímicos e análise ótica, em amostras do
pegmatito Volta Grande, Minas Gerais.
A fórmula geral do mineral é: CaLiAL2
(AlBeSi2) O10(OH)2.
BLENDA
Ver: Esfarelita.
BLOODSTONE
Variedade de calcedônia ou jaspe,
verde, com pintas vermelhas. Usada como gema.
Ver: Heliotrópio, Orne, Jaspe e
Xilólitos.
BORACITA
Cristalografia: Ortorrômbica;
piramidal nas temperaturas ordinárias, mas os cristais mostram formas isométricas,
hexatetraédricas. O cubo, o tetraedro e o dodecaedro estão presentes usualmente em
combinações. Quando a boracita é aquecida a 26°C, a estrutura se converte em
isométrica,como exigido pela forma cristalina. Os cristais estão, usualmente, isolados e
disseminados em outros
minerais. Também maciça.
Propriedades Físicas: Dureza = 7;
Densidade = 2,9 à 3. Brilho vítreo. Cor: incolor, branca, cinzenta, verde. Transparente
a translúcido.
Composição: Mg3B7O13Cl.
Ensaio: Corresponde ao número 2 da
escala de fusibilidade, com chama verde (boro). Solúvel no ácido clorídrico. O papel de
cúrcuma, umedecido com uma solução do mineral, e depois seco a 100°C, torna-se
castanho-avermelhado (boro).
Aspectos Diagnósticos: caracteriza-se
a boracita por sua elevada dureza, cristais isométricos e ensaio para o boro
Ocorrência: Associada com camadas de
halita, anidrita e gripso, como um dos produtos formados pela evaporação de massas de
água salgada. Encontra-se em Stassfurt e outras localidades da Alemanha. Nos E.U.A., foi
observada nos resíduos insolúveis dos poços de sal da Lusiânia.
Nome: A denominação boracita foi
dada, aludindo-se à sua composição.
BÓRAX
Cristalografia: Monoclínico;
prismático. Também como material como material celular maciço ou incrustações.
Propriedades Físicas: Clivagem
perfeita (100). Dureza = 2 à 2,5; Densidade = 1,7. Brilho vítreo.Cor: incolor ou branca.
Translúcido. Sabor alcalino-adocicado. Os cristais claros sofrem eflorescência e
tornam-se brancos com a formação de tincalconita.
Composição: Borato de sódio
hidratado, Na2B4O7. 10H2O.
Ensaio: Na escala de fusibilidade vai
do número 1 ao meio caminho entre os números 1 e 2. Fundindo com fluxo de boro dá a
chama verde brilhante. Prontamente solúvel na água. O papel de cúrcuma, umedecido com
uma solução diluída do mineral em ácido clorídrico, torna-se castanho-avermelhado,
quando seco a 100°C. Muita água no tubo fechado.
Aspectos Diagnósticos: caracterizado
por seus cristais e pelos ensaios para o boro.
Ocorrência: È o mais espalhado dos
minerais boratados. Forma-se como um depósito pela evaporação dos lagos salgados, e
como uma aflorescência sobre a superfície do chão nas regiões áridas. Os depósitos
do Tibet têm fornecido grandes quantidades de bórax, exportado para a Europa em seu
estado bruto, sob o nome de tincal. Este foi o primeiro bórax a alcançar a civilização
ocidental. Obtido das salmouras e fontes quentes do norte da Itália. Ocorre também em
alguns estados dos E.U.A.. O bórax está associado com outros minerais depositados de
maneira semelhante, tais como o ulexita, hanksita, halita, gipso, colemanita e vários
outros boratos raros.
Uso: O bórax é usado para lavagem e
limpeza; como antisséptico e preservativo na medicina;como um solvente de óxidos
metálicos nas soldas e ligas e, como um fluxo, em várias operações de fusão e de
laboratório. O boro elementar empresta-se como desoxidante e em liga com metais não
ferrosos; nos retificadores e válvulas de controle; e como absorvente de neutros na
blindagem de reatores atômicos. Usa-se o boro combustíveis dos foguetes e como aditivo
nos combustíveis de motores. O carbeto de cobre, mais duro que o coríndon, emprega-se
como abrasivo.
Nome: O nome bórax procede do nome
árabe correspondente a esta substância.
BORNITA
Cristalografia: Isométrica;
hexaoctaédrica. Raramente em cristais do decaédricos e octoédricos. Usualmente maciça.
Propriedade Físicas: dureza = 3;
densidade = 5,06 à 5,08. Brilho metálico. cor: bronze pardacento em superfície recente.
Exposta ao ar, embaça-se rapidamente, adquirido cores púrpuras e azuis variados,
chegando finalmente quase ao preto. Traço: preto-acinzentado
Composição: sulfeto de ferro e
cobre, Cu5FeS4. Vesículas microscópicas, misturadas de outros minerais fazem com que a
composição do que parece ser bornita varie consideravelmente, mas as análises do
material puro concordam com a fórmula anteriormente citada.
Ensaio: Situa-se a meio caminho, entre
os números 2 e 3 da escala de fusibilidade. Desprende odor de anidrido sulfuroso sobre o
carvão vegetal. No tubo fechado, produz muito pouco enxofre. na chama redutora, torna-se
magnética. Se, depois de calcinada se umedece com ácido clorídrico e aquece, produz
chama azul-celeste.
Aspectos Diagnósticos: Distingue-se a
bornita por sua cor bronza característica em fratura recente e, por adquirir cor
púrpura, quando embaçada.
Alteração: A bornita altera-se
prontamente, dando calcocita e covellita.
Ocorrência: A bornita é um minério
de cobre que ocorre amplamente; usualmente, associada com outros minerais de cobre, em
depósitos hipógenos. Encontra-se com muito menos freqüência como mineral supérgeno,
formado na zona enriquecida, superior dos filões de cobre, pela ação das soluções
descendentes contendo cobre sobre a calcopirita. Disseminada nas rochas basálticas, nos
depósitos metamórficos de contato, nos depósitos de substituição e nos pegmatitos. A
bornita ocorre com freqüência em misturas íntimas com a calcopirita a clacocita.
Quantitativamente o minério de cobre não é tão importante quanto a calcopirita e a
calcocita.
Encontram-se cristais de bornita
associadas com cristais de calcocita na Inglaterra, Chile, Peru, Bolívia, México e
E.U.A.
Nome: Bornita provém do nome de um
mineralogista alemão, Von Born.
Topo
================================================================= |