FOTOLOG
DO MARCONI LAPADA - POSTAGENS E COMENTÁRIOS ORIGINAIS
NAIARA, A FILHA DE
DRÁCULA
(Postada originalmente em 22/01/2005)

Quem é NAIARA - Uma bonita
loira, sempre vestida com roupas curtinhas e decotadas, provocando os
homens para...beber-lhes o sangue. Lançada mais ou menos na mesma
época da também deliciosa Mirza, Naiara foi criação do mestre
desenhista Nico Rosso, escrita por Helena Fonseca, e publicada pela
Editora Taika. As poucas revistas que pude folhear, infelizmente, não
especificam o ano, mas, vendo as propagandas, imagina-se que tenha
sido entre 1967 e 1968.
Naiara é filha do Rei dos Vampiros, o Conde Drácula, mas os dois se
mostram sempre como inimigos mortais, um querendo ferrar o outro.
Apesar de muito feminina e provocante, Naiara tem atitudes bem
sádicas, especialmente para se livrar dos seus inimigos.
Um dos detalhes interessantes da personagem, é que a vampira loira não
gosta de morder pescoços. Sua maneira de se alimentar é bem
sofisticada: bebe sangue em taças, e fura os pescoços com facas,
estiletes e outras armas perfurantes. Ela também não se importa de
usar outras armas para matar: revólveres, explosivos, fogo, etc. Na
época de sua aparição, em plena repressão e censura da ditadura
militar implantada em 1964, Naiara tirava a roupa, provocava e
excitava os homens, mostrando os seios e transando, nas revistas. Nem
os índios escaparam de seu charme mortal: um tal Purú comeu o pão que
o diabo amassou nas mãos de Naiara. Numa das amostras neste blog,
Naiara cruza as pernas e se mostra, deixando os índios doidões.
Infelizmente, pelo que eu sei , e me corrija quem souber do contrário,
Naiara não mais apareceu nas revistas de terror brasileiras. Bem que a
Opera Graphica, que anda tentando resgatar o passado da HQ no Brasil,
e mesmo a HQ brasileira atual, poderia nos presentear com a
republicação desse raro material.
MAIS NAIARA NA PRÓXIMA POSTAGEM
Comentário (01):
Em 23/01/2005, às
15:06:38, Emir Ribeiro (fotolog)
disse:
Beleza, Lapadão. Se o blogger está falhando, melhor é buscar
alternativas. Eu abri um no terra, pois lá já tem gente do meio, como
o grande desenhista Seabra, a Michelle Ramos, o outro bom desenhista
Jackson, e outros. Se quiser aportar por lá, será bem vindo, pois
praticamente já estamos formando uma comunidade. A Naiara está
bonitona, e eu tenho impressão que conheço o cara que forneceu essa
capa para você... Abs.
Emir
MAIS
NAIARA
(Postada originalmente em 26/01/2005)

As capas de Naiara eram pintadas
também pelo mestre Nico Rosso, que fazia os desenhos em preto e branco
do interior da revista. A maneira mais comum de Naiara
hipnotizar suas vítimas era fazê-las olhar fixamente para seus olhos
amarelados e perguntar-lhes de que cor eram. De Nico Rosso, existe
disponível apenas o álbum O Lobisomem, em parceira com Gedeone
Malagola, criador do Raio Negro.
Coleção Opera Brasil Volume 4
Lobisomen - Um lobisomem diferente de todos os outros que alimentaram
o imaginário popular, através dos livros, filmes, programas de rádio,
quadrinhos e do próprio folclore. É o que mostra esse álbum escrito
por Gedeone Malagola e ilustrado por Nico Rosso.
Quem é NICO ROSSO - Outro grande mestre dos quadrinhos mundiais que
veio para o Brasil na segunda metade do século XX para consolidar uma
tradição tipicamente nacional: as histórias de terror. Italiano de
Turim, Nico Rosso nasceu em 1922 e veio para o Brasil aos 24 anos.
Apesar da pouca idade, deixou em seu país de origem um respeitável
currículo de formação profissional. Estudou e aprendeu a fazer
retratos com os pintores Giacomo Grosso e Giovani Reduzzi. No Brasil,
o artista amadureceu seu traço e especializou-se em arte-final com
pincel, qualidade que o tornou uma referência para todos os
desenhistas de sua época. Destacou-se também como um dos mestres do
erotismo nacional, mesmo sem ter feito uma única história de sexo.
Antigo professor de vestuário, desenhava lindas garotas em trajes
íntimos como nenhum outro artista brasileiro. Em 2002, a Opera
Graphica lançou o álbum Lobisomem, escrito por Gedeone Malagola e
desenhado por Rosso, que é um de seus trabalhos mais bonitos.
BIOGRAFIA DE NICO ROSSO NA PRÓXIMA POSTAGEM (E OUTRO DESENHO DUCA DA
NAIARA)
Comentários (10):
Em 28/01/2005, às 22:46:15, Emir Ribeiro (fotolog)
disse:
Alô, Lapadão. Beleza as reproduções das
capas de Naiara (já vi lá no seu blogue, mas como a coisa anda feia
para os blogueiros, o jeito é buscar alternativas). O Nico Rosso era
um grande artista, que infelizmente não está mais entre nós. A turma
mais nova nunca ouviu falar dele, e a divulgação da memória do nosso
quadrinho é essencial. Chega de falar e divulgar estrangeiros. Nossa
história é muito rica e deve ser preservada. Parabéns. Abs.Emir.
Em 26/01/2005, às
14:05:02,
LUIZ ALBERTO MACHADO
disse:
Valeu, rapaz, tá bom demais. Vou divulgar nas minhas páginas. Abração.
Luiz Alberto Machado.
NAIARA E BIOGRAFIA DE NICO ROSSO
(Postado originalmente em
29/01/2005)
Biografia de Nico Rosso - (1910-1981)
Nicola Rosso nasceu em Turim, na Itália, no dia 19 de julho de 1910.
Ainda pequeno, o desenho, sua verdadeira paixão, levou-o à Academia
Albertina de Turim. Tempo depois, estudou retrato com os mestres
Giácomo Grosso e Giovanni Reduzzi. Sua incansável busca pelo
aperfeiçoamento das técnicas de desenho levou-o a viajar pela França
por dois anos.
Trabalhando em todas as modalidades das artes gráficas, foi
considerado um destacado profissional em seu país. Lecionou Ilustração
e História do Traje na Escola de Artes Gráficas Bernard Semeriz.
Conheceu Tina Billi quando tocava bateria num baile, com quem se casou
aos vinte dias de setembro de 1937. Tiveram apenas dois filhos,
Gianluigi Rosso e Valeria Rosso. Tendo a guerra devorado quase que
totalmente seus bens, transferiu-se para o Brasil, chegando ao Porto
de Santos no dia 03 de outubro de 1947, contratado para dirigir o
Departamento de Artes da Editora Brasilgráfica. Sua família chegou
logo após, no dia 09 de abril de 1948.
Logo depois, iniciou sua carreira autônoma como ilustrador, capista e
quadrinista, colaborando com inúmeras editoras e trabalhando em quase
todos os gêneros de quadrinhos, como de histórias, infantil, humor,
terror, entre outros. Trabalhou também na Escola Panamericana de
Artes, sendo integrante do corpo docente fundador da instituição.
Como ilustrador infantil, destacamos seu trabalho em 1951, na Editora
Melhoramentos, com a produção de Leitura 1, da Série Braga, totalmente
ilustrada por Nico Rosso, obra esta que pode ser encontrada no acervo
do Projeto Memória da Cartillha.
Nico Rosso teve uma importante contribuição como ilustrador de
revistas de terror e humor. Ilustrou famosas revistas de terror, como
a Revista Terrir, Revista Estranho Mundo de Zé do Caixão, Revista
Contos de Terror e Targo, bem como trabalhos de humor como a
quadrinização de Chico Anísio na revista Era Xico um Astronauta?.
Sofreu sérios problemas de saúde no ano de 1976, decorrentes do
desabamento e da inundação de seu estúdio, causados por problemas de
infiltração de águas pluviais em terreno anexo de propriedade de uma
companhia energética. Este incidente acarretou a perda de quase todo
seu acervo bibliográfico, consumindo também exemplares de sua obra.
Em decorrência deste episódio, sofreu derrame cerebral e, depois,
infarto. Assim sendo, teve que abandonar o trabalho de quadrinista e
de professor, aposentando-se logo em seguida. Canhoto de nascença,
desenvolveu habilidades de ambidestrismo durante sua vida
profissional, fato este que, mais tarde, permitiu-lhe retomar o
desenho no pontilhismo.
Após três infartos, deu suas últimas pinceladas na véspera do dia 01
de outubro de 1981. Uma pena.
MIRZA, A MULHER-VAMPIRO
(Postado originalmente em 05/02/2005)
Mirza é linda, gostosona, mas
tem o mau hábito de morder pescoços. Mirza é uma sensual chupadora de
sangue. Uma vampira. Desde o final dos anos 60, quando foi criada,
Mirza disputa espaço nas bancas com a mais famosa Vampirella, criada
pelos americanos da editora Warren. O brasileiro sempre foi um
histórico complexado, que se sente diminuído e acha que é um perdedor
nato e que os estranjas são os tais e nós somos merda, e por isso,
quando viram Mirza e Vampirella nos jornaleiros, tascaram logo a
crítica burrificante que a brasileira era cópia da americana. Acontece
que a mulherona-vampiro brazuca não se parece em nada com a personagem
americana, exceto pelo fato de que também era linda, sensual e
considerada ousada para sua época. Mas se engana quem pensa que o
desenhista Eugênio Colonesse, criador da personagem se baseou na
sedutora Vampirella de James Warren para criar a vampira brazuca. As
datas não mentem jamais, e a verdade é que Mirza foi publicada pela
primeira vez em 1967. Diferente de sua concorrente americana, Mirza
não se parecia em nada com uma heroína. Pelo contrário, suas histórias
se baseavam em um estilo Drácula de saias e decote. A personagem sumiu
e voltou diversas vezes, com histórias inéditas ou republicações.
Comentários (1):
Em 25/06/2006, às
15:02:27,
Alex do santos
disse:
O vampiras Vampirella & Mirca simpaticos
animais perigosos de tido planeta terra pelo contrario suas abilidades
voladoras en nas noites .Qui opina homem morcego (Bat-man) en tudo
isso.......? qui novas abilidades en las lutas contra 2 inimigas
vampiro? Muito dificil para voce Batman Lanterna verde pode fazer uma
ajuda en las lutas... Azrael falso homem morcego jamais fue batman ja
ja ja .
MAIS MIRZA
(Postada
originalmente em 12/02/2005)

Quem é MIRZA - Mirela
Zamanova, é a sétima filha de um nobre polonês cuja família foi
amaldiçoada. Após um incidente com o namorado da irmã que queria comer
a gostosona a força, Mirela torna-se uma vampira e adota o nome Mirza.
Fingindo ser uma modelo profissional e auxiliada pelo corcunda
horroroso Brooks, Mirza visita as principais cidades do mundo - e
crava seus dentes nos cidadãos dos locais pelos quais passa.
Mirza apareceu também no álbum "A Última Missão", desenhada por Watson
Portela, e publicado pela Opera Graphica Editora.
Mirza foi criada por Eugênio Colonnese e Luís Meri em 1967 e
conquistou fãs de todas as idades, já que de quando em quando suas
revistas eram republicadas ou ganhavam novas edições. Neste final de
2002 os fãs podem encontrar duas publicações da vampira brasileira nas
bancas e lojas especializadas. A primeira é uma edição de luxo que
falei em cima, lançada pela coleção Opera Brasil, da Opera Graphic:
Mirza, a Vampira (Opera Brasil número 8, 52 páginas, formato 21x28 cm,
páginas internas em preto e branco, R$ 14,90). O álbum traz duas
histórias, uma com o estranho Morto do Pântano (não confundir com o
famoso Monstro do Pântano) e outra que faz até um curioso paralelo com
recentes mortes de políticos brasileiros. Os desenhos são do próprio
mestre Colonnese, pai da vampira, e o argumento é de Franco de Rosa.
BIOGRAFIA DE EUGÊNIO COLONNESSE na próxima
postagem.
Comentários (1):
Em 24/02/2005, às
07:14:54,
LUIZ ALBERTO MACHADO disse:
Bão demais tudo por aqui. Estou indicando
nas minhas páginas. Abração. Luiz Alberto Machado.
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