FOTOLOG
DO MARCONI LAPADA - POSTAGENS E COMENTÁRIOS ORIGINAIS
SEDUTORAS DO
MARCO AURÉLIO LUCCHETTI
(Postada originalmente em 03/05/2005, com 47 acessos)

As sedutoras do Marco Lucchetti.
Na minha procura por mulheres nos quadrinhos, dei de cara com o livro
AS SEDUTORAS DOS QUADRINHOS, onde o escrito Marco Antonio Lucchetti
faz uma lista de 50 mulheres dos quadrinhos, como se fosse um catálogo
e roteiro bibliográfico.
Marco Aurélio Lucchetti. Coleção Opera Documento. Editora Opera
Graphica, 144 páginas. R$ 20,00.
É o autor quem conta a trajetória: Escrevi A Mulher nos Quadrinhos em
quatro volumes. Cada um dedicado a um tipo de personagem: o primeiro
sobre as pin-ups, o segundo sobre as heroínas, o terceiro sobre as
super-heroínas e o último sobre as personagens cômicas/infantis. Mas
não fiz. Fiz este sobre as personagens femininas mais sensuais.
Sabor de quero mais é o que não falta ao oportuno lançamento de As
Sedutoras dos Quadrinhos, da Opera Graphica. Como todos os projetos
alimentados pela tenacidade guerrilheira, As Sedutoras é anterior a
outra obra de pesquisa de Lucchetti, A Ficção Científica nos
Quadrinhos (edições GRD/SP-1991). Mas só foi possível ser publicada
pela força de outro lutador das HQs brazucas, o editor Franco de Rosa
(da saudosa Maciota/Press e aliado de Carlos Mann). O estudo é um
excelente roteiro para quem deseja aprofundar as buscas, já que a
bibliografia consultada é essencial e há sempre o cuidado em revelar
mês e/ou ano e onde foram publicadas as heroínas. Não há nenhum tipo
de análise conceitual de contexto ou em relação ao tempo histórico
quando foram criadas. Natural pensar que personagens mexeriam pelo
lado sensual antes do operacional contra o crime. No mundo machão dos
gibis prevalece a visão da mulher como acessório sensual, mas depois
começam a aparecer personagens que quebram o papel secundário das
heroínas com pernocas deliciosas e seus provocantes vestidinhos e
causa impacto na puritana, logo paranóica e hipócrita, sociedade
castradora . Cresce na onda das divas desbocadas e permissivas de
época, nascidas pelo clarão devasso do cinema, leia-se Hollywood.
Algumas chegam a ser censuradas. Logo teríamos as discretas e
elegantes, as apelativas, as sado-masôs, as à beira das porno-tiras,
as potentes no braço, as potentes na cama, as que só insinuavam e as
que partiam para o vamos ver sem mais nem menos.
As mulheres assumem papel principal e manipulam o onírico com ares
políticos inaugurados por Barbarella, em 1962, na revista francesa V
Magazin, pelo traço de Jean-Claude Forest e as bençãos e curvas de
Brigitte Bardot. Quem diria que entre os anarcos de Maio de 68, em
Paris, não rolavam entre os grafites políticos, e embriões de Les
Coléres du Mange Minutes (história de 1968). Ela abria nos anos 60 a
liberação do corpo como panfleto. Tipo eu nu falo mais que uma
passeata inteira.
Valentina, de Guido Crepax, é outro ícone dos 60 pelo manifesto
sombrio e onírico em investidas políticas. Posse e possessão. Nascida
como personagem secundária em 1965 ela assume o principal em 1967 pela
legendária revista italiana Linus. Marco no mundo para o chamado
quadrinhos-cabeça bem diferente do pow-bang-crash de ação obsessiva e
obsoleta dos norte-americanos. Crepax ainda emplacaria Anita e
Emmanuelle - esta, no cinema cairia na Boca do Lixo. Daí sucedem-se
variações com maior e menor brilho com a Europa na vanguarda. Onde o
corpo não é tabu, nem inimigo, comum na culpa dogmática da
pseudo-religião. Blanche Épiphanie de Lob e Pichard, Paulette de
Wolinski e Gullivera de Milo Manara são os destaques. Nos EUA, heróis
assexuados, reprimidos e repressores, sem tesão pelo excesso de poder
e dever pátrio escapam pela caretíssima comics Marvel no arzinho de
graça em Elektra e Red Sonja. De leve. Pior mesmo é achar sensualidade
nas frias linhas e volumes balofos da arte gelatina de computador na
atual Tomb Raider, do game para as telas sem passar pelo teste do
papel. Ali onde a arte da insinuação e desvelo do traço denotam muito
bem as diferenças entre o saboroso erotismo e o escracho pornográfico.
Tudo isso e mais nesse livro. Depois tem bio do autor.
Comentário (09):
Em 4/05/2005, às 09:29:40, Emir disse:
Lapadão, vim ver as novas. Conheço o livro do Marco Aurélio Lucchetti,
que aliás, não colocou a Velta nele porque queria fazer um livro só
para ela (e eu). Ele o escreveu e está esperando uma editora publicar.
Duas notícias interessantes sobre meus desenhos e Velta (já divulguei
na lista), passadas agora mesmo por dois amigos de São Paulo, capital.
Vejam os textos, na íntegra:
1) Roberto Guedes estará falando da Velta numa entrevista à Rádio
Joven Pan e noutra à MTV. A da TV deve ir ao ar nesta quinta-feira dia
05 de maio (ou na próxima, dia 12 de maio), às dez da noite, no
programa do João Gordo.
2)Vi faz poucos minutos um adesivo de um desenho seu em um carro . É
um dos desenhos daquele seu curso de desenho de quadrinhos eróticos
publicado pela Escala. Fiquei eufórico. O adesivo tem perto de um
metro e ocupa quase toda a "rabeira" do carro. Olhaí o seu traço
atingindo o povão.
Não sei se o cara fez com papel contact ou se já existe uma versão
pirata por aí. Não consegui alcançar o carro. Ele corria muito e foi
em outra direção. Mas vou ficar ligado.
Abs. a todos. Emir
Em 4/05/2005, às 09:47:59, edvanio pontes
disse: um verdadeiro deleite! eu conheço essa obra! muito boa e
bem abrajente! ótimo mesmo! abraço, Lapada!
Em 4/05/2005, às 12:40:54, henrique viudez
disse: é isso! nem precisa acrescentar mais nada, fica
bem claro (pra quem num sabia) q desenhar mulher sensual é com os
europeu, Enki Bilal, Serpieri... eita... provam q força fisica é pra
quem num tem cerebro, Mulher-Maravilha? Elektra? são tão provocantes
quanto a Barbie e os manequins de loja de roupas... Abraço!
Em 4/05/2005, às 16:22:32, Sandro Marcelo disse:
Aew, El Taradón, OPS!... Lapadón! Sempre atrás (no bom sentido,
embora saiba que você prefere o mau sentido mesmo, hehehehe) das
gostosas dos quadrinhos! Parabéns por mais esta matéria e obrigado por
ter me adicionado aos Favoritos, cara! Fiquei muito feliz, pois tenho
certeza de que seu fotolog é um dos mais visitados aqui da comunidade
fotoló! Abração, irmão e não esqueça de dar uma passada lá no meu flog
pra ver o Macanudo e o Sobrancelha!
Em 4/05/2005, às 16:25:31, paulo disse:
amigo,lapadon,posso publicar essa materia no meu blog ? valeu.
Em 4/05/2005, às 17:42:43, PJ,Everton,Danilo
disse: EI MACHO EU FIZ COISA NOVA VEM DÁ 1 SACADA....
Em 5/05/2005, às 01:03:28, Tati disse:
Olá El Lapadón! Como vai? Não conheço a obra, mas vejo que deve ser
uma boa dica sua!
Em 5/05/2005, às 07:14:31, paulo disse:
amigo,coloquei 3 matérias suas no meu blog. valeu
Em 5/05/2005, às 12:47:23, José Emilio disse:
Gosto de suas pesquisas, inclusive os textos sobre quadrinhos
são verdadeiramente muito bons. Fiz uma grande visita ao seu fotolog,
se você me permitir, colocarei o seu flog como favorito no meu fotolog.
Parabéns pelas colocações muito bem definidas de quadrinhos. Gosto
muito de quadrinhos, apesar da idade, está na veia, (obs: não velha).
- J.E. :)
A ÚLTIMA MISSÃO DOS HERÓIS-BR NOS ANOS 60
(Postada originalmente em 09/05/2005, com 43 acessos)
A última missão. Formato: 21 x
28 xm, 36 páginas, miolo p/b em papel off-set, capa cartonada, em
cores e plastificada, por R$ 16,90. Edição limitada e numerada de 1000
exemplares, autografada por Watson Portela. Distribuição: HQ Club, mas
pode ser encontrada pela net.
Comentários (10):
Em 9/05/2005, às
21:43:14, Rod disse: Lapadon esse encontro foi muito louco,
vale a pena correr atrás de Ultima Missão! E também do Paralelas com
os heróis do Watson! Mil fita meu truta! Já divulguei pra rapa o
concurso Mirza&Velta pro zine e já tá valendo, quem desenhar o melhor
encontro entre Mirza&Velta terá o desenho publicado na última capa do
fanzine Mirza&Velta! E essa semana tá rolando semana Thutharella
bombando em varios fotologs:
http://fotolog.terra.com.br/rod_121
(Emir Ribeiro),
http://fotolog.terra.com.br/joseilson
(Thutharella&Luz, Joseilson),
http://fotolog.terra.com.br/bono
(Samuel Bono),
http://fotolog.terra.com.br/sanmarcelo
(Evitah, a inimiga mortal da Thutharella, por Sandro Marcelo) e a
rumores de quem vem mais por aí, podem ficar ligados aí no fotolog do
Léo Duarte
http://fotolog.terra.com.br/quadrinhoscrepusculo . E no
http://fotolog.terra.com.br/rod1x2x1x um herói bem
brasileiro, o Super-Pelé. E aê CQB tá vindo pra revolucionar!!!
Abraços. Rod.
Em 10/05/2005, às 09:43:18, El Lapadón disse:
Valeu a visita, mano Rod, vamo que vamo fazer o portal da HQ
brasileira e arrebentar a boca do balão. Mirza e Velta já, tamo aí.
E quero aproveitar o comente para dizer aos MANÉS e SINCEROVSKYS que
andam por aí batendo um no outro pelos flogs ou qualquer cara que
venha postar acusações e agressões aqui contra quem quer que seja no
meu flog, que vou APAGAR os comentes na hora. Isso não ajuda a Hq
nacional de jeito nenhum, e só bota ela para baixo. Vamos debater, mas
sem cachorrada, certo ?? Tá falado. Fiz uma página nova sobre Velta
com as capas das revistas postadas no flog do Emirzão, visitem galera
http://geocities.yahoo.com.br/ababacados_pela_velta/entrevista.htm
El Lapadón
Em 10/05/2005, às 10:38:29, Sandro Marcelo
disse: FAla, Lapadón! Eu adquiri essa revista no ano passado.
Infelizmente eu não gostei nem dos desenhos e nem do roteiro, que
achei fraquíssimo e manjado. A Edição tem muito valor, na verdade, mas
tão somente por que apresenta personagens que alguns não puderam
conhecer como o X-Man, o Superargo e o Gato; infelizmente o Watson não
estava em sua melhor forma ao fazer este trabalho, tanto em desenho
quanto em roteiro; Conheço o trabalho do Watson desde que ele fazia as
Paralelas, é um artista extremamente talentoso e um desenhista de
primeira, que eu admiro muito mas que não fez um bom trabalho com esta
edição que, prometia muito mais e podia ser melhor trabalhada. Ainda
assim recomendo a todos que puderem adquirir "A Última Missão", que o
façam, pois como referência e conhecimento de personagens do quadrinho
nacional é um componente muito valioso. Abraços, e me desculpem o
comentário sincero.
Em 10/05/2005, às 11:02:05, alef disse:
Watson Portela é sensacional, o cara que não enrola, desenha de tudo,
e bem desenhado e com estilo!
Em 10/05/2005, às 14:11:05, Emolina disse:
Lapadon, coloquei o seu fotolog nos meus favoritos, pois voltei
com o fotolog, espero que você retribua e coloque o meu fotolog ai,
pois você ainda tem um espaço. Postei um desenho que fiz de um
personagem do Eugênio Colonesse, que é também uma brincadeira com o
nosso querido critico Sincerovsky, vai lá conferir.
Em 11/05/2005, às 11:59:09, Alef disse:
Você já foi devidamente favoritado, em reconhecimento ao seu trabalho.
Quanto a semana da Thuttarella, eu já estava a par, espero poder fazer
algo antes que a semana acabe, e como o meu fraco são as formas
femininas, posteriormente, Velta e Myrza entram na dança também, rs
Em 11/05/2005, às 12:38:14, Léo Duarte disse:
Fala Lapada! Recebi teu mail em pvt e vou respondê-lo
decentemente assim que folgar uns minutinhos aqui no serviço, beleza?
Sobre a Ultima Missão, eu tb adquiri, e foi pela net, de tudo fica o
valor histórico, foi muito bacana encontrar aqueles personagens que
nunca tinha lido, mas sempre ouvia falar. No quesito história
(argumento, roteiro) e arte eu admito que ficou muito abaixo da
qualidade que conhecemos do nosso querido Watson. Abs p/ galera.
Em 11/05/2005, às 14:21:56, Fabiano (o Limo)
disse: Pô, o Watson Portela estava meio sumido! Genial a dica,
valeu!
Em 11/05/2005, às 18:05:43, Samuel Bono disse:
Fala lapadón. Cara essa eu tenho, e sinceramente!? Não gostei
da arte do Watson Portela e das alterações que ele fez na roupa e nos
poderes dos personagens. Mesmo assim, em um Brasil que se poucas
publicações como esta. Temos que aplaudir e agradecer imensamente a
Opera Graphica, uma editora que respeito muito!!
Em 14/05/2005, às 21:25:45, Vagner Francisco
disse: Olá, Lapadón, tudo bem? Bom, só para explicar o "baixo
nível" do desenho do Portela. Numa entrevista, ele explicou que a
Editora encomendou a ele um roteiro-esboçado da história. Ele o fez
uns 6 anos antes da Hq ser lançada. E de repente ela apareceu toda
finalizada e de uma forma que ele mesmo não gostou. E em relação a ser
seus heróis preferidos, ele diz que é meia verdade. Ele gosta de TODOS
os heróis nacionais e não apenas aqueles. Só para esclarecer, eh,
eh. Abração.
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ARTE ERÓTICA DE P. HALL ESTEVE NA SEXYMAN
(Postada originalmente em
16/05/2005, 85 acessos)
Meu, é incrível como o Brasil não quer
ter memória dos seus quadrinhos. Para encontrar um lugar onde tenha
HQBR o cara tem de ralar muito, ter paciência de rocha. Depois que
encontrei a porrada de SEXYMAN num sebo, fui dar uma garibada pela
net. Inacreditável como uma revista que durou mais de 70 meses pouco é
falada, e olha que tinha os maiores desenhistas brasileiros . Somente
a CCQ Humor tem alguma coisa sobre Sexyman, e copiei o pedaço da
entrevista conduzida por Bruno Ciccio, com um dos artistas, o Paulo
Hall. Leiam a entrevista completa aqui
http://www.ccqhumor.com.br/entrevistas/paul%20hall.htm
Paulo Hall mora em São Paulo há mais de 40 anos, 20 dos quais passou
desenhando histórias em quadrinhos eróticas. Ele se considera um
quadrinhista erótico-romântico, qualidade essa que atraiu uma legião
de fãs e que lhe elevou ao nível dos melhores artistas nacionais do
mercado erótico. Apesar dos compromissos apertados, ele cedeu
gentilmente esta entrevista ao jornalista Bruno Ciccio na Praça da
República. Enquanto conversavam, Ciccio e Hall apreciavam as belas e
carnudas paulistanas passarem esbanjando graça e charme.
Bruno Ciccio - Quando você começou na arte erótica?
Paulo Hall - Foi na Noblet. Era uma editora erótica e não
pornográfica. É preciso diferenciar bem isso. O Fernando Abugli
editava na época uma revista chamada Sexyman. Estávamos na década de
80 e um novo mercado estava se abrindo.
BC - O que te levou a fazer desenhos eróticos?
PH - O mercado de trabalho. Às vezes a gente tem que se adaptar,
seguir o curso do rio e ir em frente. Tinham várias editoras
produzindo: A Sampa, a Grafipar, a Noblet. A procura estava sendo
grande. As revistas vendiam bem nas bancas. Não sobrava nenhuma. Uma
beleza! Eu tive muita sorte que gostaram dos meus desenhos e eu também
gostava de desenhar mulheres em ação.
BC - Depois da década de 80 o que você produziu?
PH - Catecismos. Produzi desenhos eróticos mais quentes, quase pornôs,
para a Editora Louzeiro. Fiz bastante coisa caprichada e com prazer.
No meio da década de 90 saiu um trabalho meu na revista Brasil, em
papel couchê, coisa boa, muito fina. Eram histórias que me demorei
mais. Colori com ecoline. Gostei muito dessa fase.
BC - É o que está faltando no quadrinho erótico de hoje?
PH - Gosto de fazer quadrinho erótico bem feito, esmerado, e que tenha
uma boa história. Recebo bons roteiros do Osvaldo Talo e do Homero
Romero e me solto na elaboração da narrativa gráfica. Como sou um
desenhista erótico-romântico, não gosto de desenhar histórias em que
os personagens já entram trepando. Hoje as HQs estão mais ou menos
assim. Mas é preciso ter um começo, meio e fim e a história deve se
desenvolver nesse espaço, com clima, romance, enfim... com tesão.
Gosto de desenhar as figuras dando o máximo de graça e personalidade a
elas.
BC - Dos quadrinhistas brasileiros quem você admira?
PH - Mozart Couto, Sebastião Zéfiro, Silva, Padrell, Barroso... puxa,
são tantos, não lembro o nome de todos, mas são artistas muito bons,
com estilo e uma produção de quadrinhos eróticos de qualidade.
BC - Qual o conselho para quem quer desenhar HQ erótica?
PH - Estudar anatomia! Se não dominar a anatomia, tchau! Tem que
treinar bastante mesmo. Precisa saber aonde vai um seio, um braço, uma
coxa e equilibrar tudo isso com graça. A figura feminina é mais leve,
redonda, cheia de segredos, e a masculina é mais tosca, dura! É
fundamental saber anatomia. Ela é a base do desenho erótico! Pode até
copiar outros autores, mas não só copiar por copiar, é preciso
analisar as formas, interpretar, estudar os claros e escuros, o
movimento, a posição da figura, os ângulos. Com o tempo e a prática,
vem o estilo próprio. Então, se o desenhista já estiver bom na
anatomia e não souber fazer roteiros, ele deve procurar alguém que
escreva.De posse do texto, ele deve atuar como um diretor de cinema,
criando angulações diferentes, dando graça e estilo aos
personagens.(Entrevista feita em 2002).
Comentários (10):
Em 16/05/2005, às 11:00:44, José Emilio
disse: Você é a pessoa. A pessoa certa para encontrar
assuntos de H.Q., continue assim pois os admiradores também continuam.
Enriquece o nosso conhecimento de H.Q. J.E. :)
Em 16/05/2005, às 12:36:24, Alef disse: A
cada dia que visito este fotolog, fico mais grato ao seu idealizador,
e peço a todos os que visitam que o divulguem, onde mais teríamos
tanta informação de qualidade sobre tantos artistas nacionais que já
fizeram sucesso em banca! Eu mesmo não conhecia metade dos que me
foram apresentados aqui, e estou achando enriquecedor como artista e
admirador poder pesquisar e conhecer um pouco mais destes mestres!
Em 16/05/2005, às 18:52:03, Erick disse:
Aí fera, beleza? O P. Hall é o Colonnese... o cara manda bem de
qualquer forma... pensei que a SexyMann tinha durado mais de 7 anos...
pô eu tenho uma pá deles. Infelizmente os últimos números era
ridículos, só sexo sem sentido e arte pobre, eu curtia quando tinha
Zalla, Seabra, e outros feras! O Emir me fala sempre de vc.. é bom
bater esse papo. Abraços
Em 16/05/2005, às 20:26:23, paulo disse:
lapadon,excelente materia ! sempre leio e pego aqui
matérias para por no meu blog,pois seu fotolog é jornalismo cultural
de ótima qualidade. continue,amigo !
Em 16/05/2005, às 20:38:38, Emir disse:
Erick, também pensei da mesma forma quando li as Sexyman com o "P.
Hall". Identifiquei logo que era o estilo Colonnesse. Mas aí está uma
entrevista do Paulo Hall (a quem eu não conhecia) no CCQ Humor. Não
teria sentido ele ser entrevistado se fazendo passar por outro
desenhista. Agora, eu não entendi a jogada. Seria um discípulo do
Colonnese ? Ou o mesmo tem vergonha de ter desenhado erótico ?
Abs. Emir.
Em 16/05/2005, às 21:23:18, allan goldman disse:
poxa, fantástico. aonde consigo achar algum material do
cara? só pela imagem acima, ja deu pra sacar que o cara é mestre. e
como sou fã de quadrinhos eróticos, fiquei curioso para conhecer mais
trabalhos do cara.
Em 17/05/2005, às 15:07:48, Rod disse:
Ficou aí a duvida no ar, mas eu acho que P. Hall e Colonesse são a
mesma pessoa! Vamos descobrir isso aí pessoal e decifrar mais esse
mistério do quadrinho nacional! P.S. mais um mistério: alguém
por aí já viu uma revista do Capitão Gralha? Vejam quem ele é em
http://fotolog.terra.com.br/rod1_2_1 e lógico que ele é
brasileiro!
Em 19/05/2005, às 07:50:58, Fabiano (o Limo)
disse: Bati o olho e imaginei que se tratava do Eugenio
Colonese, outro mestre das hqs.
Em 28/05/2005, às 23:16:11, ANGELO AGOSTINI
disse: P. HALL É O PSEUDONIMO DO EUGÊNIO COLONNESE!
Em 17/06/2005, às 02:05:44, Anselmo disse:
Meu pai possuia uma coleção dessa revista. Pena que a
roubaram, porque as histórias, os desenhos são fantasticos!
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SEXYMAN BEM BRASIL Nº 50
(Postada originalmente em 14/05/2005, com 258 acessos)
Aê galera, valeu as visitas.
Brigadão mesmo. É incrível o que a gente pode encontrar nos sebos.
Achei muitas revistas SEXYMAN, e comprei todas. Umas tavam bem
judiadas, mas valeu . Mesmo com o nome agringalhado a revista é
brasileiríssima com os melhores autores como Rodval Mathias, Mozart
Couto assinando como Garyan, Eugênio Colonesse, Rodolfo Zalla, e
outros mestres. O tema erta sexo, mas meio que bem comportado, pois
não se mostra pinto e nem coisas muito sacanas. Cada nº tinha uma
história diferente, de camioneiros, de bandidos, de mulheres nervosas,
sapatas, e muito mais. A editora era Noblet, o ano é que não deu para
saber porque não tinha escrito em lugar nenhum. Parece que a revista
durou muito tempo, pois tem números até 70,74, pena que não achei a
coleção toda. Mas vou postar aqui algumas capas, fiquem ligados.
El Lapadón
Comentários (10):
Em 14/05/2005, às 10:05:21, edvanio pontes
disse: caralho! q capa linda, cara! tem um ar noir!
cheira a velho mais é um cheiro gostodo de história! porra! aqui eu
num encontro uma coisa dessa, mah! q ódio na alma! kkk - falow!
Em 14/05/2005, às 14:52:26, megamano disse:
A hq nacional tem muito em comum com o cinema brazuca. A
pornochanchada foi um modo de muitos tecnicos e profissionais
sobreviverem à crise do cinema , assim como a hq erótica era a
oprtunidade , sempre difícil, do artista nacional ocupar as bancas.
Peguei muitas coletâneas de hq erótica onde o erotismo era mais pra
alegrar o editor e atrair leitores, mas cujas as histórias eram de
terror, policial e até drama, deixavando a sacanagem em segundo plano
e produzidas por nomes como os mestres citados no post. Hoje a
proliferação da sacanagem na net, videocassetes e dvds esgotou o
filão, q só subsiste associado ao subproduto da invasão dos quadrinhos
orientais, conhecido como hentai.
Em 14/05/2005, às 14:59:08, José Emilio disse:
Uma bela capa, traços muito bem definido, traz sensualidade. Bom,
muito bom, os desenhistas brasileiros, aliás são os melhores. - J.E.
:)
Em 14/05/2005, às 17:30:47, Alef disse:
Realmente essa forma de história durante muito tempo deu demanda de
trabalho a muitos artistas nacionais, mas não acho que seja um filão
esgotado, talvez não tenha o mesmo sucesso de antes, mas com certeza
há de haver um espaço pra propostas editoriais de qualidade no gênero.
Em 14/05/2005, às 18:17:40, Emir disse:
Alô, Lapadão. Eu tenho esta revista. Aliás, tenho a coleção completa.
Vc fez uma boa aquisição no sebo. É como disse o "Megamano" acima: são
HQs de sexo, mas na verdade, o sentido central varia entre vários
gêneros: policial, ficção, terror, drama e etc. Quando vc ler todas,
vai ver como são boas.
Abs. Emir.
Em 14/05/2005, às 23:50:54, Rod disse: Eu
não chego a ter a coleção completa como o Emir mas tenho alguns
exemplares. A maioria das hqs dessa revista são brasileiras, porém
algumas contém hqs de origem italiana. Entre os destaques nacionais
estão hqs eróticas de Seabra, inclusive algumas com heróis incluindo o
Vingador Mascarado, sua amante Stryke e o grupo caça-vampiros os
Invencíveis.
Em 15/05/2005, às 11:45:56, EL LAPADÓN de página
nova no ar disse: Acabei de abri, galera. Me
inspirei com o desenho da Michelle no flog do Emirzão e mandei ver.
Visitem.
http://geocities.yahoo.com.br/ababacados_pela_velta/Michelle
El Lapadón
Em 15/05/2005, às 12:23:57, El Lapadón de novo
disse: Meu, só fui ler agora, mas antes tarde do que
nunca, recado do mestre Wilson Vieira........ Você que adora os
quadrinhos nacionais como eu e tenta de todos as maneiras divulgá-lo
também aí vai uma notícia boa para todos nós...veja em:
http://www.fnnetwork.it -
em vídeo a primeira divulgação ao vivo de um produto nacional na
televisão Italiana...NÃO É DE GRITARMOS AOS QUATRO CANTOS DO MUNDO DE
ALEGRIA???? VEja e divulgue por favor...o QUADRINHO NACIONAL AVANÇA A
PASSOS LARGOS PARA O SEU RECONHECIMENTO MUNDIAL ...um grande abraço e
obrigado por ter me dado aquela força...Wilson...
Em 16/05/2005, às 00:58:12, JJ Marreiro disse:
Vou comentar pouco poque tô de queixo caído... Olha a
qualidade da arte dessa capa!!!! Impressionante, Lapadon....Que
achado!!!
Em 30/07/2005, às 15:50:29, adriano lorentz
disse: visete as bancas , a sexyman esta no número 201.
continua até hoje.
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(15/12/2005 23:31:27) Anselmo disse: Cara, imagine que eu tive
a coleção completa, ou melhor o meu pai (hehehehe). Lembro de alguns
personagens como o caminhoneiro Russo, a ninfeta gaúcha chamada Gina,
além da história que rola nesta edição " Carga Pesada". Pena que
roubaram o meu sítio e levaram toda a coleção. Legal a sua iniciativa
de resgatar esta revista e que bom vc achar os exemplares. Eu não tive
a mesma sorte. Um abraço.
TRÊS ANOS SEM FLÁVIO COLIN
(Postada
originalmente em 19/05/2005, com 59 acessos)

E aê, galera: P. Hall é ou
não o Colonnese ? Será que ninguém soluciona esse mistério ?
Estava vendo coisas pela net e vi que já faz 3 anos que o mestre
Flávio Colin nos deixou.
Para os quadrinhistas brasileiros e seus fãs, o nome de Colin está
marcado como de um artista que soube traduzir em seu desenho o chamado
"estilo brasileiro". Seu traço está dentre os mais pessoais de todos,
assimilando o "espírito" da xilogravura e a narrativa dos cordéis
nordestinos, mesmo não os tendo usado como referência. Seu estilo
inconfundível tornou-o um dos mais importantes quadrinhistas do País.
A capa ao lado é de MAPINGUARI E OUTRAS HISTÓRIAS (formato 21 x 28 cm,
48 páginas,) com 5 histórias de Flavio Colin, três delas inéditas.
Além de uma entrevista inédita (realizada há 10 anos por Luiz Antônio
Sampaio para a revista Mestres do Terror) e um texto revelando que o
autor desenhou uma edição da revista em quadrinhos Carga Pesada, que
jamais foi lançada.
A história que dá título ao álbum, mostra claramente a ironia e acidez
de Colin contra a estupidez humana e seu ímpeto de destruição dos
recursos naturais. Um empresário estrangeiro tem a brilhante idéia de
criar um imenso shopping center em plena selva amazônica. Ele só não
contava que a selva é protegida por um animal lendário, conhecido
pelos índios como Mapinguari.
Na segunda aventura, Zartan, sérios acidentes estão acontecendo numa
madeireira, que contrata trabalhadores malaios ilegais. Os acidentes
são atribuídos a um Curupira. Os donos da empresa acabam acreditando e
contratam um super-herói importado dos Estados Unidos para combater a
criatura. Esta história é uma sátira ao imperialismo norte-americano
sobre a cultura nacional, até mesmo no nome do herói (as sílabas de
Tarzan invertidas), um soldado estilo Rambo.
O Gogó de Sola tem também um animal lendário que protege as selvas,
mas que, dessa vez, vira assunto de três caçadores que agem como
traficantes de animais em extinção. A mensagem dessa história é clara:
quem maltrata a natureza pode pagar um preço alto. E um dos caçadores
sente isso na pele.
As outras duas histórias são Maldição no Pampa e Pedro Valente (com
roteiros de José Augusto e Samuel Knevitz, respectivamente), da fase
de quadrinhos de terror de Flavio Colin, publicadas na revista
Calafrio.
Ambientadas nas planícies gaúchas, também exploram o imaginário
popular. Longe de serem histórias de terror de estilo universal,
representam um horror tipicamente brasileiro, que se desenvolveu ao
longo dos séculos pelo interior do Brasil.
O álbum foi lançado na livraria Comix Book Shop, no dia 13 de agosto
de 2003, exatamente um ano após a morte de Colin, aos 72 anos, vítima
de problemas pulmonares. Mas fica na nossa memória, como um dos mais
importantes autores brasileiros dos quadrinhos, não deixando que o
público leitor esqueça sua importância para a história das HQs
nacionais.
Este álbum é o segundo da Opera Graphica dedicado a Colin. Antes já
havia sido lançado O Filho do Urso e Outras Histórias.
QUEM ERA COLIN - Começou como funcionário da Rio Gráfica Editora, no
final dos anos 50, com a série Ciência em Quadrinhos. E logo estava
adaptando para os quadrinhos as aventuras de O Anjo, importante
seriado radiofônico da época. No início da década seguinte,
participou do movimento de nacionalização dos quadrinhos, com o
personagem Sepé Tiarajú. E dezenas de aventuras de terror que ficaram
antológicas, como sua obra-prima O Morro dos Enforcados. Neste mesmo
período criou para as tiras de jornais as aventuras de Vizunga
(republicada durante algum tempo pelo
www.universohq.com ), uma obra
ímpar, jamais igualada.
BIO COMPLETA DE COLIN na próxima.
Comentários (9):
Em 19/05/2005, às 13:11:38, José Emilio disse:
Boa matéria, parabéns. J.E. :)
Em 19/05/2005, às 13:30:18, edvanio pontes
disse: ótimo resgate! Flávio SEMPRE vai estar presente
numa HQ nacional! o cara era um tremendo gladiador e seu legado é
enorme! ótimo, Lapadon! perfeito! abraço!
Em 19/05/2005, às 13:55:19, Emolina disse:
O Colin conseguiu chegar em um traço muito pessoal,
dificilmente se encontra algum artista com o traço semelhante ao dele
ao contrario do que se vê nos HQs de Heróis americanos, onde boa parte
dos artistas tem o traço semelhante. Quem tem um estilo bem
diferenciado se destaca do demais. O Colin era Colin e não clone. Boa
matéria.
Em 19/05/2005, às 13:55:52, Samuel Bono disse:
Olá Lapadón. Eu sou um grande fã do trabalho e da pessoa que
foi o Colin. Eu o conheci pessoalmente e o cara era muito rápido no
pincel, figura muito, mas muito simpática. Há pouco tempo, no fotolog
da Michelle, eu fiz uma caricatura dele, quem quiser dar uma olhada, é
só acessar:
http://fotolog.terra.com.br/zinebrasil:48 . E este álbum é
maravilhoso, e eu dou o maior valor para a editora Opera graphica que
é uma gota no oceano, divulgando o trabalho deste e de mais artistas
nacionais.
Em 19/05/2005, às 16:21:16, Sandro Marcelo
disse: Rapaiz, o que eu já procurei essa edição por aqui
é brincadeira, viu? Grande falta nos faz mestre Colin! Parabéns por
mais essa divulgação dos bambas do nosso país, Lapadón! E obrigado
pelo comentário e visita no fotolog! Abraços e sucesso!
Em 19/05/2005, às 16:31:18, Alef disse: Agora
me deu Nostalgia, me lembro dos livros de 3º Série que eu usava que eu
adorava os desenhos, anos depois, já adolescente conheci o trabalho do
Colín e revirei meus armários pra encontrar, pimba, era ele, estilo
incofundível!
Em 19/05/2005, às 17:58:04, Rod disse: Valeu
pela dica, vou procurar esse álbum! Colin merecia ter publicado suas
obras-completas!
Em 19/05/2005, às 23:50:34, JJ Marreiro disse:
Colin devia ser estudado nas escolas, para as crianças
desenvolverem gosto pela leitura e aprenderem mais sobre o Brasil, sua
cultura e sobre a sua natureza, nosso bem maior. Mesmo que a gente não
tenha ursos polares:) temos uma fauna muito rica:)
Em 13/08/2005, às 15:53:59, drico disse: volto
a escrever .Tenho o n 200 da sexyman para vender.comprei em maio de
2005 numa banca. A editora noblet continua a publicar essa revista que
este mês tem o n 203 nas bancas.
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