Pérfides era muito estranho. Um cara metódico, religioso, que falava sozinho com frequência e frequentava cinemas pornôs no centro da cidade. Vira e mexe era encontrado na rua com algum hematoma no pescoço decorrente da escuridão que se instalava dentro das salas de projeção. Nunca admitiu sua queda por rapazes bem apessoados, mas ao mesmo tempo fugia das mulheres como o diabo foge da cruz e não explicava os motivos para tanto estranhamento.
Depois de algumas desilusões profissionais como assessor de balconista de padaria, Pérfides fez um financiamento e adquiriu uma barraquinha de churros na Praça da Sé. A primeira providência tomada para pesonalizar o local foi pendurar um rádio de pilha tocando Maurício Manieri o dia todo. Pérfides era romântico e queria mostrar isso à clientela. Vez ou outra tocava alguma do repertório de Zezé di Camargo e Luciano, que conhecera a partir dos comerciais das Lojas Marabráz. As vendas sempre aumentavam quando os bezerrinhos entoavam "Pão de Mel", um clássico:
Ai, ai, ai, ai, ai, esse amor é bão demais... Ai, ai, ai, ai, ai, esse amor marcou demais...
Foi entre um churro e outro que o rapaz conheceu Romualdo - office-boy de botequim e pitboy nas horas vagas. Sua diversão nos finais de semana era cuspir no vidro dos carros que passavam em sua rua. Aproveitava a auto-estima elevada depois de algumas escarradas e levava Georgio, seu pitbull, para dar voltinhas no quarteirão. Sequer imaginava que sua rotina mudaria tanto depois que uma paixão avassaladora atingisse seu coraçãozinho.
Depois de dois meses de namoro, Pérfides e Romualdo estavam morando sob o mesmo teto. Não era bem um teto, mas fazia as vezes de um. Bem ou mal, o pequeno cafofo da rua Direita alugado às custas de muitos churros era um verdadeiro ninho de amor. O casal intercalava tórridos entrelaçamentos físicos com programas da Monique Evans devidamente gravados em vídeo. Pipoca e creme de baunilha eram itens sempre presentes na geladeira erotizada que financiaram nas Casas Bahia. Ui, que delícia.
Moral da história: se você faz parte de várias minorias, não desista. O amor existe para todos.
P.S.: Georgio virou salame ou mortadela, ninguém sabe ao certo.
Pérfides era muito estranho. Um cara metódico, religioso, que falava sozinho com frequência e frequentava cinemas pornôs no centro da cidade. Vira e mexe era encontrado na rua com algum hematoma no pescoço decorrente da escuridão que se instalava dentro das salas de projeção. Nunca admitiu sua queda por rapazes bem apessoados, mas ao mesmo tempo fugia das mulheres como o diabo foge da cruz e não explicava os motivos para tanto estranhamento.
Depois de algumas desilusões profissionais como assessor de balconista de padaria, Pérfides fez um financiamento e adquiriu uma barraquinha de churros na Praça da Sé. A primeira providência tomada para pesonalizar o local foi pendurar um rádio de pilha tocando Maurício Manieri o dia todo. Pérfides era romântico e queria mostrar isso à clientela. Vez ou outra tocava alguma do repertório de Zezé di Camargo e Luciano, que conhecera a partir dos comerciais das Lojas Marabráz. As vendas sempre aumentavam quando os bezerrinhos entoavam "Pão de Mel", um clássico:
Ai, ai, ai, ai, ai, esse amor é bão demais... Ai, ai, ai, ai, ai, esse amor marcou demais...
Foi entre um churro e outro que o rapaz conheceu Romualdo - office-boy de botequim e pitboy nas horas vagas. Sua diversão nos finais de semana era cuspir no vidro dos carros que passavam em sua rua. Aproveitava a auto-estima elevada depois de algumas escarradas e levava Georgio, seu pitbull, para dar voltinhas no quarteirão. Sequer imaginava que sua rotina mudaria tanto depois que uma paixão avassaladora atingisse seu coraçãozinho.
Depois de dois meses de namoro, Pérfides e Romualdo estavam morando sob o mesmo teto. Não era bem um teto, mas fazia as vezes de um. Bem ou mal, o pequeno cafofo da rua Direita alugado às custas de muitos churros era um verdadeiro ninho de amor. O casal intercalava tórridos entrelaçamentos físicos com programas da Monique Evans devidamente gravados em vídeo. Pipoca e creme de baunilha eram itens sempre presentes na geladeira erotizada que financiaram nas Casas Bahia. Ui, que delícia.
Moral da história: se você faz parte de várias minorias, não desista. O amor existe para todos.
P.S.: Georgio virou salame ou mortadela, ninguém sabe ao certo.
Ouvindo incansavelmente Amnesiac, do Radiohead. Tenho a mania de voltar às minhas aquisições passadas para curtir mais um pouco aquilo que mudou meus dias.
Ueba, crianças! Aí estão os vencedores da semana na coluna da DIREITA (pronto, agora eu acertei). Vamos tomar toda a catuaba, o vinho chapinha e as garrafas de vodka que chegaram até as minhas mãos.
É assim que eu gosto: leitor bom é leitor fraudulento. E tenho dito.
Ué, que coisa estranha... Dois posts malucos saíram onde não deveriam. E eu sei que falei coluna da esquerda ao invés de coluna da direita, mas confesso que sou meio imbecilóide em relação a direções. Enfim, o Blogger está ficando doido e eu também.
Se os comments se perderem depois disso, peço desculpas aos bêbados que opinaram.
Como é possível notar, a coluna da esquerda ainda não foi alterada porque o Blogger alega uma leve indisposição para mudar o template neste exato momento.
Crianças, continuem na expectativa. E a temporada de fraudes está aberta, sim. Aceito garrafas lacradas de tequila ouro em troca das tão desejadas indicações. ...
O meu arrependimento público foi comentado lá, pra vc e pra mim mesma. E apesar da conotação de pedido de desculpas, acho que não é assim que deve ser.
Erros não merecem desculpas. Merecem apenas serem superados com atitudes dignas para tanto.
Um single bar foi inaugurado aqui perto de casa na semana passada. Mas é um single bar tão single, mas tão single que até agora a única pessoa que eu vi lá dentro foi o garçom.
Ainda hoje trocarei os cinco blogs/sites da semana.
Se você mandou milhares de cartas pedindo para entrar na listinha das cinco mais, aguarde o resultado. Você pode ser um dos ganhadores, amiguinho!
Além de ter a honra de permanecer por uma semana neste nada humilde blog, distribuirei pacotes de pipoca de canjica aos vencedores. Um oferecimento especial do guaraná Simba.
Caracas, como eu ando falando de cinema ultimamente! Vou parar com isso. Falarei apenas sobre sexo, drogas e rock'n roll daqui pra frente.
Inclusive, falarei sobre uma história que mescla os três assuntos de uma só vez: o show da Tiazinha no Orbital. Existe coisa mais rock'n roll no mundo do que um show da Tiazinha? Será que existe droga maior? E a apelação bundalizada, conta como sexo?
Blargh! Pensando bem, talvez eu volte a falar sobre cinema.
Não rolou post de domingo. Eu sei que havia prometido, mas não consegui escrever absolutamente nada por aqui.
Aí vão os comentários que definiram a minha lista publicada no dia 03 com os cinco melhores filmes de 2001
1º) Por que Lavoura Arcaica encabeça a minha lista com os melhores de 2001? Já falei sobre isso em posts passados, mas vamos lá novamente: é um filme extremamente intenso, passional, denso nas falas e tem cenas suficientemente emocinantes para que você não sinta a bunda quadrada durante as três horas de poltrona. Fantástico, marcante e imperdível.
2º) Infelizmente não assisti Amores Brutos. Fiquei muito arrependida por ter bobeado e deixado passar, até porque muita gente disse que é sensacional. Não vai entrar na listinha por motivo óbvio.
3º) Bem-Vindos não entrou na galeria porque eu considero a fita sueca apenas ok. É divertimento bacana mas não passa muito disso. Amigas de Colégio, de 99 e mesma direção, tem um enredo muito mais sensível e bacana.
4º) O lugar que seria de Bem-Vindos foi merecidamente cedido ao belga Fama Para Todos. Comédia bacana e ácida ao mesmo tempo, é uma daquelas fitas que fazem com que você dê belas gargalhadas mesmo nas cenas que mostram a deturpação e o marketing sujo que existe por trás da indústria fonográfica.
5º) Snatch tem sabor de reprise? Tem, mas nem por isso deixa de ser genial. O rítmo impresso pela direção do Guy Ritchie é um show à parte: tomadas alucinantes, cenas acontecendo ao contrário e atores muito bem escolhidos. Não há como tirar da lista.
6º) Nove Rainhas seria a trama do ano se Amnésia não existisse. Ambos fogem dos clichês a que o cinema nos habituou e surpreendem a cada cena. São filmes dignos de se guardar uma cópia em casa.
7º) Amores Possíveis e Bicho de Sete Cabeças são dois brasileiros que recebem a minha menção honrosa, mas não merecem figurar entre os cinco melhores do ano. Se a lista comportasse dez nomes, possivelmente ambos entrariam.
8º) Inagaki, não assisti Cinzas no Paraíso e nem Amor à Flor da Pele - apesar de muita insistência da minha professora de cinema, acabei perdendo a temporada. De qualquer forma, seguirei suas dicas. ;-)
Esqueci de algum comentário? O assunto não está encerrado e ainda pode ser discutido.
Preciso comentar um a um os filmes que estão presentes no post sobre os melhores de 2001. Preciso também falar sobre a opinião dos meninos (Julio César, Nishi e Inagaki) que deixaram comentários registrados à respeito daquela listinha.
Histórias Proibidas - mais um roteiro bem construído por um norte-americano que faz questão de exibir todas as fraquezas da classe média do seu próprio país. Como é um filme menos comercial que o sucesso Beleza Americana, Histórias Proibidas expõe seus personagens com uma força muito maior, deixando as fragilidades sociais à mostra sem qualquer tipo de máscara.
Não sei dizer se gostei, mas fiquei chocada com algumas atitudes cruas que podem partir de um ser humano. De qualquer forma, é um programa bastante interessante para quem se interessa pelas características emocionais da sociedade moderna.
:: quem, eu?
- quase 22 anos
- quase louca
- quase escritora
- quase designer
- quase atriz de trash movies
:: obcecada por:
- Van Gogh, Munch e Magritte
- Man Ray
- Robert Gober
- Tattoo & Piercing
- Pessoas interessantes
:: procurando:
- um caminho
- outro emprego
- sexo barato e aventuras :P
- dinheiro fácil e limpo
Sim,
desisti daquela história de príncipes encantados. Os
sapos são mais divertidos.
ICQ 14328918
5
blogs (b) & sites (s) da semana
(b) O
Descrente porque é interessante e bem-humorado
(b) FirePlace porque eu sobrevivi
(b) Puragoiaba porque Trio Los Angeles rules
(b) Texto Forte
porque a Lady surta alucinadamente
(s) Design.inf porque é discutível