:::   PÁGINA INICIAL   :::   INSTRUMENTOS MUSICAIS   :::   TECLADO   :::   CORDAS   :::   MADEIRAS   :::   METAIS   :::   PERCUSSÃO   :::   TRADUÇÃO DOS INSTRUMENTOS   :::   CONTATOS   :::   LINKS  :::

 

Flauta

 

       Instrumento de sopro, de madeira ou metal, com estrutura tubular, que produz som pela vibração de uma coluna de ar soprada na embocadura. Os principais tipos são doce e transversa.

       Conta a lenda grega que, como último recurso para fugir à perseguição do deus Pã, que a amava, a ninfa Siringe transformou-se num junco plantado às margens de um rio. Ao ouvir o som dos juncos agitados pelo vento, Pã cortou alguns deles, colou-os com cera e construiu sua flauta.

       Instrumento tubular de sopro, de madeira ou metal, a flauta produz som pela vibração de uma coluna de ar soprada na embocadura. Há dois tipos principais de flauta: transversa e doce. A flauta transversa, soprano da família das madeiras na música de câmara e na orquestra, constitui-se de um tubo cilíndrico de 67cm de comprimento e 19mm de diâmetro. O som se produz quando o ar se choca obliquamente contra a borda da embocadura talhada na cabeça. No corpo do tubo há 13 furos, ou orifícios tonais, e a maior parte das chaves, anéis ou teclas que os controlam. Sua função é aumentar ou diminuir o comprimento da coluna de ar no interior do tubo. A flauta transversa apresenta modelos com tons variados (em dó, em fá, em sol). As flautas modernas vão geralmente do dó3 ao dó6, mas há as que atingem o si2 e o mi6 se o tubo for alongado. O flautim, ou piccolo, de timbre muito mais agudo, é o modelo reduzido da transversa.

       Na flauta doce, também chamada flauta de ponta, o som se produz por sopro numa embocadura de canal muito estreito que o conduz a uma abertura talhada em bisel, na espessura do tubo. Geralmente é feita de madeira dura e tem oito orifícios. A extensão normal das flautas doces é de duas oitavas e mais duas ou quatro notas, de acordo com a qualidade do instrumento.

       O uso da flauta doce difundiu-se na Europa a partir do século XI. Seu auge foi entre os séculos XVI e XVIII, quando começou a decair em virtude do aparecimento de instrumentos de sopro com melhor afinação e maior extensão. A intensidade de som da flauta doce, ao contrário da transversa, não pode ser controlada pelo executante, o que resulta em emissão regular e constante, mas de pouca variedade dinâmica.

       A flauta de Pã, ou siringe, sempre teve caráter mais pastoril que artístico. Não se conhece música composta para o instrumento, embora Mozart a tenha empregado para caracterizar a figura cômica e popularesca de Papageno, em Die Zauberflöte (1791; A flauta mágica).

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

 

 WebDesigner Vitor Murata