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Órgão

 

       Instrumento musical de sopro, composto de tubos variáveis em número e altura, acionados por teclados manuais ou sistema de pedais.

       Instrumento da música religiosa por excelência, o órgão se caracteriza pela grandeza sonora e pela imensa variedade de timbres. Surgido supostamente no Egito, antes da era cristã, encontrou sua mais brilhante expressão no século XVIII, na obra de Johann Sebastian Bach.

       Órgão é um instrumento musical de sopro, muitas vezes de grandes proporções, composto de tubos variáveis em número e altura, que o organista faz soar acionando um ou mais teclados manuais e um sistema de pedais, a pedaleira. A partir de suas formas mais primitivas, em que o movimento de ar nos tubos se regulava por pressão de água, o órgão se aperfeiçoou até receber a instalação de geradores elétricos para compressão do ar. Na atualidade, o instrumento consta de um console fixo ou móvel e de um corpo sonoro onde se encontram os tubos e os someiros, caixas de madeira para as quais o ar é enviado sob pressão. A função dos someiros é sustentar os tubos e abrigar em seu interior uma aparelhagem destinada a direcionar o ar para eles.

       A cada tubo corresponde uma só nota, mas eles se agrupam em séries, chamadas registros ou jogos. Em um mesmo registro, os tubos produzem sons idênticos quanto ao timbre, porém de alturas diferentes, tanto mais graves quanto maior for o comprimento do tubo. A altura do tubo que produz o som mais grave determina a classificação, na escala sonora, do registro a que ele pertence. Os tubos que formam um registro ficam juntos, de modo que todo o grupo possa ser controlado pelo organista.

       Há três classes de jogos ou registros, que diferem entre si quanto ao timbre: os jogos de fundo, também chamados flautados ou de boca; os de mistura e os de palheta. Cada jogo é uma unidade e existem órgãos de vinte, trinta, quarenta ou até mais de cem jogos. No console, fora do corpo sonoro do instrumento, encontram-se os teclados manuais, a pedaleira, os puxadores ou botões e outros acessórios usados para obter uma imensa variedade de recursos sonoros. Modernamente, a maioria dos órgãos tem cinco teclados manuais, denominados grande órgão, recitativo, positivo, solo e eco ou bombarda. Cada um deles possui um ou mais someiros independentes e funciona como instrumento autônomo, com timbre e utilidade específicos.

       Por cima do último teclado, peças de marfim permitem, quando acionadas, a interação entre os manuais e a pedaleira, ou entre um manual e outro. Dessa forma, o organista substitui pela diferença dos timbres a dinâmica expressiva, impossível para o instrumento. Por baixo de cada teclado há pistões que não controlam os registros individuais desse teclado, mas grupos de registros. O organista movimenta esses pistões com o polegar e pode cancelar, sem mexer nos puxadores, qualquer combinação de registros que tenha escolhido.

       Os puxadores ou botões, de cada lado dos manuais, são a única parte visível do complexo mecanismo dos jogos ou registros e, por essa razão, são impropriamente chamados também de registros. Cada um deles aciona a válvula que, dentro do someiro, fecha ou abre a entrada de ar no respectivo tubo. Na face externa de cada puxador estão escritos o nome do registro e sua altura em pés: bordão 16 pés, clarinete 8 pés etc.

       Compositores e intérpretes. Entre os compositores mais notáveis que se utilizaram do órgão como meio expressivo devem ser citados Andrea Gabrieli, Antonio de Cabezón, Jan Pieterszoon Sweelinck, Samuel Scheidt, Dietrich Buxtehude, Johann Sebastian Bach -- o maior compositor para órgão de todos os tempos --, Johann Pachelbel, Johann Kuhnau, Girolamo Frescobaldi, Franz Liszt, Johannes Brahms, César Franck, Paul Hindemith e Olivier Messiaen, este o primeiro compositor a escrever para órgão no estilo da música moderna.

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