(...) Na
companhia de amigos como Mário de Sá-carneiro, Almada Negreiros e
Santa-Rita Pintor, Fernando Pessoa ficará para sempre associado às novas
correntes modernistas como o Paùlismo, o Interseccionismo e o
Sensacionismo.
A sua influência na literatura portuguesa deste século é indissociável
da reunião do grupo na criação da revista Orpheu, na qual desenvolvem e
expressam, de uma forma que causou escândalo mas também inúmeras
adesões, as tendências modernistas literárias. Ao longo da sua vida,
desde a revista A Águia, passando pela criação de Orpheu, Fernando
Pessoa exerce a sua actividade literária através de
inúmeras publicações. Destacamos a colaboração com a revista Portugal
Futurista, de Almada Negreiros, em 1917, com a Contemporânea, de José
Pacheco, a direcção e fundação da revista Athena em 1924, num género já
distante de Orpheu, a colaboração, e desde 1927, com a Presença. De
destacar ainda, num outro âmbito, a direcção, em parceria com o cunhado,
da Revista de Comércio e Contabilidade, no ano de 1926, onde Fernando
Pessoa publica artigos sobre temas socioeconómicos.
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