Naquele dia, 8 de abril de 1994, Seattle - junto com o mundo parou. Kurt Cobain morre, mas fica para a história, deixando o exemplo do que era o rock para ser seguido, por que o rock naquele dia havia morrido, mas se Kurt o ressuscitou uma vez, por que não ressuscitar novamente? Junto com Kurt Donald Cobain, morre o Nirvana, um dos grupos mais importantes dos anos 90.
Para seus fãs, Kurt Cobain deixou álbuns ótimos. Mais importante que a música, no entanto, foi sua atitude em relação ao estrelato e á máquina da indústria. Cobain acabou com a mística de que o artista é um ser superior, que não pode se misturar com seu público. Ele queria exatamente o oposto. Cobain queria ser como seu público: queria usar as mesmas roupas, ouvir os mesmos discos, queria se misturar na multidão. Seu maior desejo era ser diferente dos astros que dominavam as paradas pré-Nirvana, aqueles que ele tanto detestava, e conseguiu.

A MORTE DO MITO.

 

        Quando a edição do jornal Los Angeles Times de Quarta-feira, 6 de abril, chegou às bancas, noticiário que o Nirvana estava fora da edição 94 da turnê Lolapallooza – uma excursão com tudo para figurar entre as três maiores atrações do próximo verão americano, e enfatizando os rumores que a banda teria acabado, provavelmente Kurt Cobain já estava morto.
        O corpo foi encontrado às 8h30 da manhã de Sexta-feira, 8 de abril, por um eletricista que foi consertar o sistema de alarme na casa do músico, em Seattle. Inicialmente, ele pensou tratar-se de um "manequim jogado no chão". Cobain estava com o revólver calibre 38 ainda sobre o peito, apontando para o queixo e um bilhete suicida sob um vaso derrubado. Conforme os médicos legistas, a morte de Kurt, com um tiro na cabeça, teria ocorrido de 24 a 48 horas antes da descoberta.
        A verdade é que nos bastidores, fora dos olhos do público e da maior parte da imprensa, o caso andava muito sério. Apesar de repetidas insinuações e de tentativas de suicídio anteriores, ninguém foi capaz de conter o ímpeto auto-destrutivo do músico.
Lida hoje, sua entrevista à revista Rolling Stone no final do ano passado e publicada em janeiro de 94 – chamada "O sucesso não é um saco" – é morbidamente profética. Kurt dá a entender que o Nirvana havia chegado ao fim da linha. E que seu destino era incerto. Mas, acima de tudo, mostrava-se perdido e desiludido com a fama e o sucesso.
        Se por um lado Nevermind inaugurou uma revolução estética e mercadológica no rock – algo equivalente ao movimento punk – por outro Cobain se sentia frustado. Ele estava prisioneiro da canção-destaque (Smells like teen spirit) e de toda badalação em torno do grunge rock de Seattle, decorrente do sucesso daquela música e da transformação de Kurt Cobain em ícone da música pop.
        "Fomos incapazes de mostrar o lado mais suave, mais dinâmico da banda", disse Kurt na entrevista. "O som pesado de guitarra é o que a garotada quer ouvir. Gostamos de tocar(as coisas antigas), mas até quando eu serei capaz de gritar até arrebentar os pulmões toda noite, durante um ano inteiro de turnê?" Num trecho mais sombrio, Kurt admitiu que, nos últimos cinco anos, havia desejado a morte "todos os dias", por causa de dores estomacais. "Muitas vezes cheguei bem perto".
        No dia 3 de março, em Roma, Kurt Cobain mergulhou em vinte horas de coma depois de ter misturado champanhe e comprimidos de Roypnol. Apesar da versão oficial ter sido a de que Cobain estaria tomando o remédio para combater problemas estomacais e sua gripe, é sabido que a droga geralmente é usada para tratar pessoas com ansiedade e insônia.
Outro incidente, entretanto, este ainda mais apavorante, foi revelado somente após sua morte. Por duas vezes a polícia de Seattle havia sido contactada pela família do músico, diante de suas ameaças suicidas. A última foi no dia 18 de março – treze dias depois dele ter emergido do coma, quando ele se trancou num quarto de sua casa com quatro armas diferentes, prometendo se matar – e de lá só saiu depois da interferência da polícia.

Garagem onde o corpo foi encontrado, Kurt está a esquerda
Corpo de Kurt

A carta de suicídio

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To Boddah

       "Speaking from the tongue of an experienced simpleton who obviously would rather be an emasculated, infantile complain-e. This note should be pretty easy to understand.
All the warnings from the punk rock 101 courses over the years, since my first introduction to the, shall we say, ethics involved with independence and the embracement of your community has proven to be very true. I haven't felt the excitement of listening to as well as creating music along with reading and writing for too many years now. I feel guilty beyond words about these things.
        For example when we're backstage and the lights go out and the manic roar of the crowd begins, it doesn't affect me the way in which it did for Freddy Mercury, who seemed to love, relish in the love and adoration from the crowd which is something I totally admire and envy. The fact is, I can't fool you, any one of you. It simply isn't fair to you or me. The worst crime I can think of would be to rip people off by faking it and pretending as if I'm having 100% fun.
       Sometimes I feel as if I should have a punch-in time clock before I walk out on stage. I've tried everything within my power to appreciate it (and I do, God, believe me I do, but it's not enough). I appreciate the fact that I and we have affected and entertained a lot of people. I must be one of those narcissists who only appreciate things when they're gone. I'm too sensitive. I need to be slightly numb in order to regain the enthusiasm I once had as a child.
        On our last three tours, I've had a much better appreciation for all the people I've known personally and as fans of our music, but I still can't get over the frustration, the guilt and empathy I have for everyone. There's good in all us and I think I simply love people too much, so much that it makes me feel too fucking sad. The sad little, sensitive, unappreciative, Pisces, Jesus man. Why don't you just enjoy it? I don't know!
        I have a goddess of a wife who sweats ambition and empathy and a daughter who reminds me too much of what I used to be, full of love and joy, kissing every person she meets because everyone is good and will do her no harm. And that terrifies me to the point to where I can barely function. I can't stand the thought of Frances becoming the miserable, self-destructive, death rocker that I've become.
        I have it good, very good, and I'm grateful, but since the age of seven, I've become hateful towards all humans in general. Only because it seems so easy for people to get along and have empathy. Only because I love and feel sorry for people too much I guess.
Thank you all from the pit of my burning, nauseous stomach for your letters and concern during the past years. I'm too much of an erratic, moody, baby! I don't have the passion anymore, and so remember, it's better to burn out than to fade away.

Peace, Love, Empathy.

> Kurt Cobain
Frances and Courtney, I'll be at your altar.
Please keep going Courtney, for Frances.
For her life, which will be so much happier without me.

I LOVE YOU, I LOVE YOU!"

Tradução

Para Boddah(Amigo imaginário que Kurt tinha quando era pequeno)

        "Falando da língua de um simplório experiente que obviamente preferiria ser um eliminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender.
        Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde a minha primeira introdução a, digamos assim, éticas envolvendo independência a aceitação de sua comunidade provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não tenho sentido a excitação de ouvir ou fazer música, bem como ao ler e escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras.
        Por exemplo quando estou atrás do palco e as luzes apagam e o ruído maníaco da multidão começa, não me afeta do jeito que afetava Freddy Merucury que costumava amar, se deliciar com a adoração da multidão que é algo que eu totalmente admiro e invejo. O fato é que eu não posso fazer você de tolo, nenhum de vocês, posso enganar. Simplesmente não é justo a você ou para mim. O pior crime do que eu posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo como se eu estivesse me divertindo 100%.
        Às vezes eu acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Eu tentei tudo dentro de meu alcance para gostar disso(e eu gosto, Deus, acredite em mim eu gosto, mas não foi o suficiente). Eu aprecio o fato de que eu e nós atingimos e divertimos muitas pessoas. Eu devo ser um desses narcisistas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança.
        Nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que eu tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei!
       Eu tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia, e uma filha que me recordam muito do que eu era, cheio de amor e alegria, beijando toda pessoa que ela encontra porque todo o mundo é bom e não a fará nenhum dano. E isso me apavora ao ponto de eu mal conseguir funcionar. Eu não posso ficar com a idéia de Frances se tornar o triste, o autodestrutivo e mórbido roqueiro que eu virei. Eu tive muito, muito mesmo, e eu sou grato por isso, mas desde os sete anos , passei a ter ódio de todos os todos os humanos em geral. Apenas por que eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho.
Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos.

Paz, Amor, Empatia.

> Kurt Cobain

Frances e Courtney, eu estarei em seu altar.
Por favor vá em frente Courtney, por Frances.
Por sua vida, que vai ser mais feliz sem mim.

EU TE AMO, EU TE AMO!"

Clique  para ver a foto da carta de suicídio

O possível assassinato

 

Já faz um bom tempo que o mundo da música perdeu Kurt Cobain. Em uma tarde no mês de abril de 1994. Kurt levou uma espingarda até sua boca e disparou. Morria o homem que havia mudado a música mundial.
Mas, teria Kurt realmente se matado? Logo após sua morte, muitas teorias apareceram, levantado a hipótese de um assassinato. E o pior: a esposa de Kurt, a problemática Courtney Love, seria a mandante do crime.
Acompanhe algumas evidências apontadas pelos defensores dessa teoria de assassinato e tire suas próprias conclusões. Todo o que está listado abaixo são fatos, nada de boatos:



Evidências:

Segundo os maiores especialistas em caligrafia nos EUA, a nota de suicídio teve frases incluídas. Sem elas, seria uma nota de despedida – talvez do próprio Nirvana, que Kurt pretendia desmanchar.
Em seu corpo foi encontrada uma dose de heroína três vezes maior que um viciado normal suportaria. Kurt teria caído inconsciente em segundos, sem poder se matar.
O médico-legista que registrou a morte como suicídio é amigo de juventude de Courtney
Não há digitais na arma, nos cartuchos, na caneta e na nota de suicídio. Desde quando os mortos apagam as próprias digitais?
O cartão de crédito de Kurt foi usado duas vezes em quantias relativamente altas depois de sua morte.
Um sujeito que afirma ter sido contratado por Courtney para matar o marido por 50 mil dólares foi encontrado morto, atropelado por um trem!
Kurt teve uma overdose em Roma, pouco antes de morrer. Courtney se referiu ao fato como um acidente. Depois da morte do marido, ela disse que essa overdose foi uma tentativa de suicídio. Se realmente foi, por que ela não fez nada para impedi-lo de tentar novamente?
Depois do episódio da overdose de Roma, os executivos da gravadora Geffen ficaram desesperados! Kurt valia milhões e eles não podiam perdê-lo.
A arma que matou Kurt foi comprada pelo seu melhor amigo, Dylan Carlson. Ele jamais daria a Kurt se achasse que ele se suicidaria.
Quando Kurt saiu de sua reabilitação para drogados, ligou para sua avó e marcou uma pescaria. A avó de Kurt diz que ele parecia muito feliz.
Dylan disse que Kurt estava fazendo uma série de planos ao sair da reabilitação.
Kurt amava muito sua filha Frances para deixa-la sozinha. Costumava dizer que segura-la era a melhor droga do mundo.
Uma pessoa que visitou Kurt no centro de reabilitação disse que esperava encontrá-lo deprimido, mas se surpreendeu com a alegria e disposição de Kurt.
Kurt estava se divorciando de Courtney. Ele inclusive havia feito um novo testamento, mas não havia assinado ainda. Segundo amigos, ele teria excluído Courtney desse novo testamento. A polícia se recusa a revelar o que ele contém.
Quando Kurt anunciou que o Nirvana não iria participar do festival de Lollapalooza, Courtney ficou furiosa. A banda ganharia milhões, e ela não se conformava que Kurt estava desistindo do dinheiro.
Durante uma entrevista em 1998, Dave Grohl admitiu que o Nirvana estava se separando na época da morte de Kurt.
No dia 4 de abril, um analista financeiro de Michigan diz ter se encontrado com Kurt. Durante a conversa, ele afirma ter perguntado se Kurt já fôra ameaçado de alguma forma. O músico respondeu positivamente e disse temer por sua vida.
Quando o corpo de Kurt foi encontrado, a polícia automaticamente disse que era suicídio. Apenas algumas polaroids foram tiradas no local, e um outro filme batido jamais foi revelado.
O sangue tinha 1,52ml de morfina por litro, mais do que o dobro do suportável mesmo para um viciado em heroína, que pode ter adquirido uma certa resistência a droga. Segundo médicos, uma dose 70 vezes menor mataria um não usuário de drogas. Mesmo se Kurt sobreviveu a tal overdose, ele jamais teria condições de guardar a seringa, desenrolar a manga de sua camisa, carregar a arma e disparar.
Uma semana antes de Kurt morrer, Courtney ligou para o lugar onde El Duce trabalhava e disse que precisava dele para algo que haviam combinado. O músico estava em turnê com sua banda e, segundo a pessoa que atendeu Courtney, ela ficou furiosa com a notícia.

Estes fatos, Courtney não conseguiu explicar, agora junte os fatos e pense: Será que realmente Kurt suicidou?
Temos a idéia tão forte de suicídio dele em nossas mentes, é como se fossemos alienados a acreditar que Kurt suicidou e esquecemos de olhar as evidências, até policia agiu assim. Mas isto será um interpetuoso mistério, por que Kurt de certo modo sempre tentou tal ato... deixamos os fatos para você tirar sua própria conclusão.