GRUPO LITERÁRIO A ILHA:
27 ANOS DE LITERATURA
O Grupo Literário A ILHA comemorou as suas Bodas de Prata em 2005.
Hoje, são vinte e sete anos de atividades em prol da poesia e da literatura
catarinense e brasileira - por que não dizer? - pois nosso campo de atuação
não se restringe apenas ao nosso estado.
E comemorar todo esse tempo de atividade é importante, é dividir
o reconhecimento vindo de meios literários de todos os cantos e leitores
de diversos pontos do país e também do exterior. Inúmeros
escritores, de vários estados e de outros países, passaram pelas
páginas do nosso suplemento literário e não só visitaram
como também colaboraram, com seu trabalho, no portal Prosa, Poesia &
Cia, mantido pelo grupo desde os anos 90 na Internet, levando para o mundo todo
a literatura catarinense e brasileira. Sem eles, sem os escritores e os leitores,
nosso trabalho não teria razão de ser e por isso agradecemos a
todos o que construímos juntos até aqui.
E comemoramos as nossas Bodas de Prata, como não poderia deixar de ser,
com a publicação especial de aniversário do Suplemento
Literário, que trouxe, na edição de junho de 2005, em suas
páginas centrais, a história do Grupo A ILHA, um apanhado do que
se fez até então.
Foram publicadas, naquela edição especial, algumas matérias
das tantas publicadas até aquela data, que abordam temas ou acontecimentos
que marcaram, de alguma maneira, o grupo ou a literatura como um todo.
Estivemos comemorando, também, na Feira de Rua do Livro de Florianópolis
de 2005, em maio, na Feira do Livro de Itajaí, em julho, e na Feira do
Livro de Florianópolis, em setembro, com o lançamento da edição
especial de aniversário do Suplemento Literário A ILHA e também
com livros publicados pelas Edições A ILHA. Além disso,
o Projeto Poesia na Rua estampou poema de Luiz Delfino, o maior lírico
da poesia catarinense, em out-doors pelo estado.
PEQUENA HISTÓRIA DA TRAJETÓRIA DO GRUPO LIT. A ILHA
Em junho de 1980 o jornal "A ILHA", de São Francisco do
Sul, publicava a primeira edição do seu Suplemento Literário.
Devido ao recebimento de textos dos leitores - contos, poemas, crônicas
- o jornal decidiu pelo suplemento, já que não havia espaço
disponível. Nascia, assim, o Grupo Literário A ILHA.
O jornal acabou, mas o Suplemento Literário A ILHA existe até
hoje, VINTE e SETE ANOS depois, com o mesmo propósito de dar espaço
aos escritores que queiram lutar pela popularização e valorização
da literatura. O Grupo desenvolveu suas atividades em São Francisco por
dois anos e em 1982 transferiu sua sede para Joinville, onde participou da vida
cultural do norte e nordeste de Santa Catarina até fins de 1999. No ano
de 2000, fincou raízes em Florianópolis, voltando a justificar
o nome que havia adotado em outra ilha, São Francisco do Sul.
QUASE DUAS DÉCADAS DE ATIVIDADES EM JOINVILLE
A poesia é necessária? Essa pergunta já foi feita muitas
vezes, e a resposta pode ser diferente, dependendo de quem responde. Eu responderia
que ela é, sim, necessária, porque ela faz parte da vida da gente,
ela pode ter um papel importante dentro da comunidade, ela pode ser moradora
expressiva e atuante de uma cidade.
Senão vejamos: por quase vinte anos, "os poetas da praça"
do Grupo Literário A ILHA participaram da vida cultural do norte catarinense,
levando a poesia para a rua, para a praça, para a escola, para o shopping,
para o banco, para os bares, para os palcos, para todos os lugares. Dizer que
participaram talvez seja dizer pouco, pois eles se tornaram tradição
e referência poéticas, eles eram parte e, às vezes, o todo
da cultura de uma cidade como Joinville, onde tiveram sua sede por dezenove
anos.
O grupo foi presença marcante na Feira de Arte de Joinville, parte intrínseca
daquele evento, mês após mês, com o Varal da Poesia e o Recital
de Poemas, além de levar estes mesmos trabalhos, com regularidade, também
às feiras de arte de Jaraguá do Sul e São Bento do Sul,
e com menor freqüência a outras cidades do estado.
O Varal da Poesia especial, com dezenas de poemas sobre dança e dançarinos,
foi durante quase duas décadas, um evento paralelo integrado ao Festival
de Dança de Joinville. Na praça e depois em out-doors, com o Projeto
Poesia na Rua, o Grupo Literário A ILHA espalhava poesia pela cidade.
Além do Varal da Poesia e do Recital, o grupo realizava outros projetos,
como Sanfona Poética e Poesia Carimbada.
Outro evento tradicional do qual o Varal da Poesia já era parte integrante
é a Festa das Flores de Joinville. Um varal especial, com cerca de meia
centena de poemas sobre flores e sobre Joinville ocupava um stand na grande
festa, por anos a fio, cantando a beleza e o perfume de todas as flores, sob
o ponto de vista de vários poetas da praça.
A divulgação mais eficiente do trabalho do Grupo Literário
A ILHA e a ligação da palavra poesia com o nome da cidade adveio
da visitação do varal da poesia por visitantes de vários
pontos do país, que vinham para o Festival de Dança e para a Festa
das Flores. E a cidade passou a ser também a Cidade da Poesia.
Além disso, com o apoio de comunicadores do rádio, nos anos oitenta
e noventa, os poetas do Grupo A ILHA colocaram a poesia no ar, em programas
como Show das Dez e Fim de Noite. E mais, os poetas da praça levaram
a poesia também aos jornais e à televisão, em colunas assinadas
por integrantes do grupo e em programas no canal local, quando de encontros
e lançamentos de livros, popularizando um gênero até então
maldito, pois não vendia livros.
Hoje, infelizmente, os espaços para a poesia inexistem no rádio,
na televisão e até nos jornais. Os poetas da praça, no
entanto, continuam batalhando para manter alguns dos espaços que conquistaram,
como a sua revista, o Suplemento Literário A ILHA, que como o grupo,
completa vinte e sete anos de existência ultrapassando a barreira das
cem edições, como o Varal da Poesia, que evoluiu para o Projeto
Poesia no Shopping, e lançando mão do espaço democrático
que é a Internet, com um portal literário, PROSA, POESIA &
CIA, em http://geocities.yahoo.com.br/prosapoesiaecia e, ainda, a publicação
de livros, através das Edições A ILHA.
GRANDES EVENTOS AO LONGO DA CAMINHADA
O Grupo Literário A ILHA realizou grandes eventos literários
nos anos oitenta e noventa, em São Francisco do Sul e em Joinville. Como
exemplos, temos a comemoração do Dia do Escritor Francisquense,
em novembro de 81, que reuniu autores de São Francisco, de Joinville
e de Florianópolis numa noite de autógrafos. Na oportunidade,
foi instalada, também, a delegacia da Associação Catarinense
de Escritores na Babitonga.
Em Joinville, no mês de outubro de 91, o grupo promoveu a Noite dos Escritores
Catarinenses. Participaram da coletiva de autógrafos os escritores Enéas
Athanázio, de Balneário Camboriú, Urda Alice Klueger, de
Blumenau, Abel B. Pereira, de Florianópolis, entre outros.
Inúmeros lançamentos de livros foram promovidos por A ILHA em
Joinville, São Francisco do Sul, Jaraguá, Itajaí, Corupá,
Guaramirim, Brusque, Blumenau, Rio, Cuba e Estados Unidos, nestes vinte e sete
anos, além dos eventos acima mencionados. Aconteceram noites de autógrafos
de integrantes do grupo e de convidados, de livros publicados pelas Edições
A ILHA ou não.
Edições A ILHA é nome da "editora" dentro do
grupo. Editora que existe desde a criação do grupo, ainda que
sem recursos financeiros. Dezenas de livros já foram publicados por ela
que é, na verdade, uma das principais atividades dos poetas e escritores
que compõe o grupo. A revista Suplemento Literário A ILHA e a
publicação de livros e opúsculos constituem os maiores
espaços desta que é a entidade do gênero mais perene e mais
representativa da literatura de Santa Catarina.
O custo das edições ou é pago pelo autor da obra ou, se
ele conseguir, com apoio de entidades comerciais, industriais ou culturais.
A prática de se conseguir os recursos para se pagar a publicação
de um livro com pequenas colaborações da indústria, do
comércio ou da "cultura oficial" já funcionou em tempos
idos, não tanto a última. Hoje em dia é muito mais difícil,
se não impossível de se conseguir.
CHEGANDO ATÉ O LEITOR
Para colocar a poesia nos olhos e nos ouvidos do leitor, talvez mais exatamente
nos seus corações, o Grupo A ILHA usou, além do Varal da
Poesia, dos folhetos - as famosas sanfonas poéticas, dos livros e dos
recitais, novas alternativas, recursos pioneiros como o Projeto Poesia na Rua
- poemas ou trechos deles em out-doors, espalhados pelas ruas, misturando-se
ou destacando-se entre os outros painéis de propaganda; como o Projeto
Poesia no Shopping, um varal da poesia atualizado, nos corredores e nas praças
dos shopping centers, no caminho do leitor, não mais os cartazes pendurados
nos fios, mas banners colocados em biombos ou painéis.
Alternativas, ainda, como o Projeto Poesia na Escola, lançando mão
da tecnologia da informática, ao elaborar apresentações
em power-point reunindo a poesia de vários autores para que as escolas
possam usá-las em sala de aula. Ou como o Projeto Poesia Carimbada, aderindo
ao simples uso do carimbo para imprimir poemas em qualquer suporte, em qualquer
superfície, a qualquer hora. Ou como o Projeto Som da Poesia, que facilita
e pereniza a distribuição da poesia declamada, gravada em CD.
O Portal do grupo, PROSA, POESIA & CIA, desde o início dos anos 90
no ar, democratizou ainda mais os espaços oferecidos, pois os leitores
e os escritores de qualquer parte do mundo poderiam acessá-lo e participar,
não só lendo as diversas seções, mas também
colaborando com seus textos.
Os projetos existentes vão se adequando às mudanças que
o progresso traz e novos projetos vão sendo colocados em prática
para a divulgação da poesia, pois ela precisa chegar até
os leitores sensíveis e românticos, que graças a Deus existem
nas nossas cidades.
O mais recente deles, é a publicação da coleção
Poesia Viva, em comemoração à centésima edição
do Suplemento Literário A ILHA, composta de doze volumes de poemas de
poetas integrantes do grupo que não tinham, ainda, livro solo de poesia,
apesar de terem publicado parte de sua obra em revistas, jornais, antologias
e na Internet.
A ILHA E AS FEIRAS DE LIVRO
O advento das feiras do livro, com número crescente a cada ano por
todo o estado (e pelo Brasil, também), fez com que um projeto como o
Recital de Poemas, por exemplo, fosse repensado para vestir nova roupagem. O
projeto ganhou mobilidade em uma das últimas feiras do livro de Florianópolis:
os poetas da praça, além de autografar seus livros nas próximas
feiras, aproveitarão o espaço e a concentração de
público interessado em literatura, para declamar poesia pelos corredores.
A idéia amadureceu a partir dos contadores de histórias e tocadores
de instrumentos musicais, que vimos no meio do público na feira de rua
e na feira no shopping, oferecendo historias infantis e música aos visitantes.
E assim, estaremos nos aproximando ainda mais dos leitores, mostrando-lhes que
a poesia existe e que ela não é leitura de meia dúzia de
intelectuais. Sempre defendemos que precisamos colocar a poesia nos ouvidos,
nos olhos e no coração do leitor, seja com o varal, com os out-doors,
com declamação, com as publicações, o que for.
O GRUPO A ILHA COMO AGENTE TRANSFORMADOR
O Grupo Literário A ILHA, nos seus vinte e sete anos de existência,
mudou a maneira que o público tinha de olhar a poesia. E de olhar o poeta,
também. Quando se falava de literatura, há duas ou três
décadas, pensava-se em romance. Poesia era literatura de outros tempos.
A ILHA mudou essa visão. Levando o Varal da Poesia a todos os lugares,
fazendo recitais nos lugares onde era levado o varal, e mais, no rádio,
na televisão, até em bares, conseguindo espaços em jornais,
grandes ou não, para falar de literatura, publicar poemas e divulgar
a cultura, conseguiu-se aproximar a poesia do grande público. Colunas
literárias e culturais assinadas por este articulista em jornais como
Diário Catarinense(DC Norte), A Notícia, Jornal de Santa Catarina,
e em vários outros pelo estado e pelo país, fizeram com que a
poesia e a literatura chegasse até o leitor. A Internet, nos anos 90,
diminuiu distâncias, levou o nosso trabalho direto para dentro da casa
do leitor, em qualquer parte do mundo.
Um fato importante, um trabalho relevante, que marcou o grupo, foi o de tirar
a poesia do seu suporte tradicional, o livro, para levá-la à rua,
literalmente, nos anos oitenta, o que fez com que as pessoas esbarrassem com
o poema. E dar de cara com a poesia na rua, na praça, na loja, no banco,
nas festas populares, na escola, no bar, fez com que as pessoas a conhecessem,
pois muitos, até então, só tinham ouvido falar dela. Os
poetas da praça levaram a poesia a todos esses lugares e o Recital de
Poemas também.
Quem nunca tinha tido qualquer aproximação com a poesia, quem
nem sequer tinha ouvido falar dela, de repente, ouvindo um poeta recitá-la,
ao passar pela praça, ou tendo a sua atenção despertada
pelos cartazes com letras grandes, cores e ilustrações, pendurados
ao vento, estampando poesia, descobria que gostava dela. Ou não. Mas
cada um que gostava era um novo leitor que nascia, que não ia ler só
os novos poetas da praça, mas também os grandes autores, os mestres
da poesia. O que significa que os livros de poesia passaram a vender mais, então.
Tanto na praça, como na livraria. Não só os livros de poetas
locais, como dos grandes nomes da poesia, como Quintana, Coralina, Pessoa, etc.
As coisas mudaram efetivamente nas livrarias, pois quando se queria comprar
um livro de um grande poeta brasileiro ou português, nos anos oitenta
ou antes deles, era preciso encomendá-lo. Com o advento do Varal da Poesia
e do Recital de Poemas, levados a diversos lugares, até ao rádio
e à televisão, a poesia tornou-se bem mais conhecida e apreciada
por um número maior de leitores, sendo possível encontrar livros
do gênero nas livrarias. A venda de livros, pelo menos nas regiões
de penetração do Grupo Literário A ILHA, já não
se resumia a romances, a alguns clássicos da literatura e aos didáticos.
E, como já dissemos, com tudo isso mudou também a maneira de se
olhar para os poetas. Não raro, eles tinham receio de dizer que eram
poetas. Hoje, depois que A ILHA levou a poesia para a rua, tanto a poesia escrita
em cartazes, folhetos, livros como a declamada nos recitais, os poetas são
vistos como escritores, como artistas da palavra que são.
A ILHA: A PERENIDADE DA PALAVRA
Por Luiz Carlos Amorim
Um grupo de pessoas que escrevia e não tinha como escoar
a sua produção, não tinha meios de chegar até o
leitor juntou-se, em 1980, no norte de Santa Catarina - poderia ser em outro
ponto qualquer do Brasil - para preencher uma lacuna que havia na cultura da
região. Não existia, na época, um grupo que reunisse os
escritores e poetas para discutir e trocar experiências, que estudassem
e descobrissem novas formas de divulgação da sua obra e da literatura
como um todo. Já existira outrora, e era premente que voltasse a existir.
Esse grupo, fundado em junho de 1980, é o Grupo Literário A ILHA,
que começou em São Francisco do Sul, com pouco mais de meia dúzia
de escritores, com atividades como a reunião de trabalho, para mostrar
e discutir os próprios trabalhos, apreciar e comentar textos de autores
consagrados; como a publicação da revista Suplemento Literário
A ILHA, que constituiu-se no primeiro espaço conquistado para publicação
da sua obra; como o Varal da Poesia, que foi o meio mais rápido de colocar
o leitor em contato com a poesia deles: levar a poesia para a praça,
para a rua.
A partir de 82, o grupo transferiu sua sede para Joinville, integrando dezenas
de escritores, principalmente poetas, daquela cidade e região. Lá
as atividades se ampliaram e, além da revista, das reuniões, que
passaram a se chamar Oficinas Literárias, e do Varal da Poesia, o grupo
passou a fazer incursões pelas escolas, fazendo palestras, fazendo o
Recital de Poemas e agregando os novos poetas que surgiam. Livros e antologias
foram publicados, eventos literários, como lançamentos de livros,
encontros de escritores, concursos, festivais literários a céu
aberto e incursões em festas tradicionais da cidade, como a Festa das
Flores e o Festival de Dança, foram realizados.
Com o passar dos anos, a tecnologia das mídias para se veicular a obra
literária foi evoluindo e novas alternativas foram surgindo. A edição
de livros e revistas foi facilitada, podendo ser feita dentro do próprio
grupo, surgindo então as Edições A ILHA; a impressão
de pequenas tiragens foi possibilitada graças ao advento das impressoras
domésticas; a exibição dos poemas em cartazes já
era possível com tipos de imprensa, melhorando em muito a apresentação
e o prazer de ler (antes, os poemas do Varal eram escritos a mão, com
pincel atômico). O Varal da Poesia transformou-se em Projeto Poesia no
Shopping, ocupando um espaço com grande fluxo de público, sem
deixar de freqüentar os antigos espaços conquistados, como as festas,
escolas, lojas, bancos, praças e feiras. Uma maneira de desencarecer
o feitio do livro foi lançada, com o Projeto Pacote de Poesia: ao invés
do livro tradicional, o grupo adotou como capa um envelope ou pacote de pão,
e dentro iam as páginas interiores, em folhas soltas. O Projeto Sanfona
Literária foi criado para a publicação de pequeno volume
de poemas: folders com seis, sete, dez poemas, dependendo do tamanho, distribuídos
gratuitamente para os freqüentadores do Varal da Poesia do Projeto Poesia
no Shopping. Na mesma linha desse projeto, foi criado o Projeto Poesia Carimbada:
ao invés dos folders, a poesia impressa em qualquer superfície,
impressa no suporte que o leitor preferisse: numa folha qualquer, no caderno,
na folha em branco do livro, etc. Com resultados muito abrangentes, o Projeto
Poesia na Escola usou a informática que cada vez mais foi invadindo o
dia-a-dia de todos nós, inclusive dos estudantes: trata-se de apresentações
em Power Point, para serem usadas em sala de aula, nas disciplinas de Literatura
ou Língua Portuguesa. E um projeto pioneiro que já foi copiado
em vários pontos do país é o Projeto Poesia na Rua: poemas
ou trechos de poemas em out-doors, pelas ruas das cidades, possibilitando a
todas as pessoas a sua leitura.
O Grupo A ILHA, no decorrer de sua existência, usou de várias mídias
para divulgar a sua obra: o papel impresso, o rádio, a televisão,
o recital ao vivo, o meio digital. É claro que não poderia deixar
de utilizar a Internet, a grande rede, esse veículo que faz com cheguemos
a qualquer lugar do mundo. E o portal do grupo, PROSA, POESIA & CIA , hospedado
em http://geocities.yahoo.com.br/prosapoesiaecia, é um dos veículos
mais importantes, fazendo o trabalho realizado chegar a milhares de leitores
a cada mês. Lá está a revista Suplemento Literário
A ILHA, a seção Literarte, coluna literária com informação
e novidades, além de crônicas, contos e poesia atualizados mensalmente,
e outras tantas seções como Literatura Para o Vestibular, Mestres
da Poesia, Autores catarinenses, Literatura infantil, Artigos sobre literatura,
Feira de Contos, as antologias "Todos os Poetas" e "O Tema do
Poema"com centenas de poemas e aumentando, Livros on-line, Entrevistas
com Escritores, Crônica da Semana, etc.
O alcance do grupo ampliou-se a nível nacional, com a participação
de escritores de todo o Estado e de outros estados da federação.
O intercâmbio fez muito bem ao grupo, que teve participação,
inclusive, em publicações internacionais.
Mais recentemente, no ano de 2.000 o grupo, que começou numa ilha, voltou
a instalar sua sede em outra ilha, desta vez em Florianópolis. E aqui
comemora as suas Bodas de Prata.
O projetos mais recentes são "Poesia em CD", com poemas declamados
por comunicadores do rádio catarinense e "Poesia Trilíngüe",
livro publicado na Feira de Rua do Livro com os poemas em português e
também vertidos para o inglês e o espanhol.
São vinte e cinco anos de atividades. Sem nenhuma vinculação
com a cultura oficial, nem patrocinadores. Apenas com a energia e a determinação
dos integrantes do grupo. E serão mais outros tantos, que o Grupo Literário
A ILHA é o mais perene da história da literatura catarinense.
PROJETOS EM AÇÃO
O
Grupo Literário A ILHA, coordenado por Luiz Carlos Amorim, vem desenvolvendo,
há vinte e cinco anos, vários projetos no sentido de abrir e manter
novos espaços para a poesia e para a literatura, no intuito de popularizá-la
e incutir o gosto pela leitura.
Primeiro foram colocados em prática, logo no inicio do grupo, o Projeto
Varal da Poesia e a revista Suplemento Literário. O primeiro consistia
em exibir em praças, feiras, escolas e festas os poemas escritos em cartolinas
que ficavam pendurados em uma corda, presos por grampos e transformou-se, ao
longo do tempo, no Projeto POESIA NO SHOPPING. Ao invés de mostrar os
poemas pendurados em varais, o novo projeto passou a exibir os poemas, ainda
impressos em cartolina, em painéis, dobráveis ou com pés,
ou ainda em paredes. O novo projeto invadiu os shoppings de Joinville, Florianópolis,
São José, Balneário Camboriu, Blumenau, Jaraguá
do Sul, além de outros locais, como bancos, supermercados, lojas, grandes
eventos, como o Festival de Dança e a Festa das Flores de Joinville,
a Feira do Livro de Florianópolis, etc.
O SUPLEMENTO LITERÁRIO
O segundo projeto é a revista do grupo, o Suplemento Literário A ILHA já na edição número 93, lançada em junhode 2005, quando do vigésimo quinto aniversário do grupo. Esta revista existe desde a criação do grupo, com periodicidade trimestral, e publica os trabalhos dos escritores integrantes do grupo e convidados, de todo o Brasil e até exterior. Além da versão on-line, neste site, a revista continua sendo publicada impressa em papel. O custo da impressão é coberto pela aquisição, de cada autor que publica em uma determinada edição, de dez exemplares para repasse em sua região. É um sistema cooperativo que tem funcionado, embora nem sempre cubra o valor correspondente e tem colaborado para que a publicação não seja interrompida.
EDIÇÕES A ILHA
O Projeto EDIÇOES A ILHA é, na prática, uma editora dentro do grupo, que publica a revista Suplemento Literário, as antologias coletivas, como "A Nova Poesia do Norte Catarinense", ""Um Toque de Poesia", "Poesia Viva", "Poetas da Praça", etc, além de livros solo de poesia e prosa e além de co-edições, como a publicação da versão em inglês do livro de poemas "A Cor do Sol", de Luiz Carlos Amorim - 'The Color of The Sun", nos Estados Unidos, em parceria com IWA - International Writers & Artists Association, de Ohio e de "Uma Questão de Amor" - poemas, pela Editora Lunardelli, de Florianópolis. A publicação das antologias, assim como da revista do grupo é conseguida com a participação de cada autor que publica o seu trabalho, através da compra de exemplares. É um sistema de cooperativa, já citado acima quando falamos do Suplemento Literário. O Grupo A ILHA não tem vínculo nenhum com a chamada "cultura oficial", o que significa que não tem ajuda de nenhum órgão ou instituição. Todo o trabalho desenvolvido é realizado às custasdos próprios integrantes.
OUTROS PROJETOS
O
Projeto Sanfona Poética publica folders de 6 páginas, com poemas
de apenas um poeta ou de vários deles, como "Todas as Crianças", "É Natal",
"Emoção Bailarina", "A Poesia de Cruz e Sousa",
etc., que são distribuídos gratuitamente junto ao Projeto Poesia
no Shopping. O Projeto Pacote de Poesia publica antologias mudando o
suporte tradicional, o livro, colocando as folhas (ou páginas) soltas, dentro
de um envelope ou de um saco de papel, que fica sendo a capa. Já saiu "Poesia
do Mar" e "Poetas da Cidade". Está no prelo "Joinville, Cidade do Rio Cachoeira".
O Projeto Poesia Carimbada também foi uma inovação,
pois o visitante do Varal da Poesia podia escolher o poema que queria imprimir
e podia escolher onde imprimir. Há também novos projetos, como
POESIA NA ESCOLA, apresentações de poesia feitas no programa
Power Point e distribuídas por disquet
e
ou e-mail, para serem usadas nas salas de aula em disciplinas como Português
e Literatura. Isto não só divulga a poesia de gente da terra,
como supre as escolas de primeiro e segundo graus com material para estudo da
literatura regional, tão relegada a segundo plano. Coisa que o Grupo
Literário A ILHA tem conseguido mudar, com o advento das palestras e
incursões do Varal da Poesia do Projeto Poesia no Shopping e dos Recitais
de Poemas em várias escolas. Há, ainda, o novo Projeto O SOM
DA POESIA, que se constitui na gravação de declamação
de poesia em CD, por comunicadores do rádio catarinense que apresentam
poesia em seus programas. O primeiro está sendo produzido e deverá
ser lançado no vigésimo primeiro aniversário do grupo,
em junho de 2001. O lançamento acontecerá na Feira do Livro de
Florianópolis, junto com o livro infantil "Flecha Dourada",
da terceira edição de "Meu Pé de Jacatirão"
e da edição trilíngüe de "A Cor do Sol"
- em português, espanhol e inglês.
LIVROS MAIS RECENTES DAS EDIÇÕES
A ILHA
Os livros mais recentes publicados pelas Edições A ILHA foram lançados na Feira Livro de 2004 e 2005. Em 2004 foram alvo de lançamento os livros "Nação Poesia" - poemas; "Livro de Natal" - crônicas, poemas e contos e "Emoção não tem Idioma", poemas em Inglês, Espanhol e Português, de Luiz Carlos Amorim. Em 2005 foi lançada o terceiro livrode crônicas, "Saudades de Quintana" e "A Luz dos Seus Olhos" antologia de contos, também de Amorim.
PROJETO POESIA NA RUA
Outro Projeto inédito foi o POESIA NA RUA, lançado há 5 anos e que consiste em publicar um poema ou trecho dele um out-doors, distribuídos por todas as grandes cidades de SC. É a poesia na rua, ao alcance de todos, de graça. É o projeto mais caro, mas mais atinge o objetivo do grupo A ILHA, de popularizar a poesia. Várias edições já foram colocadas nas ruas, mas a que mais deu resultados foi a que mostrou três out-dors com dois trechos de poemas de Cruz e Sousa e uma com um poema sobre Cruz e Sousa, de Luiz Carlos Amorim. O projeto, pioneiro, já foi copiado em São Paulo, por outro grande grupo.
Endereço para contatos: prosapoesiaecia@yahoo.com.br