O BEIJO DE BRUNO GAGLIASSO

Junior e Zeca conversavam apenas como
bons amigos, mas sentiam algo bem mais
forte. Talvez devido ao calor do dia, Júnior
tirou a camisa, e Zeca acabou fazendo o mesmo. Ficaram um de frente para o outro, apenas se olhando e se admirando. Júnior não sabia o que fazer ou dizer.

"Me olha por inteiro, Júnior", disse Zeca, "Não tenha medo, vá em frente". Júnior respondeu: "É muito bom ter você aqui comigo.". Zeca colocou a mão contra o peito, e disse: "Eu quero ter você aqui,
colado em mim. Sem medo. Vem, gostoso.
Só quero ter prazer contigo".

"É bom tocar em você, mas ainda sinto medo de tudo isso. O medo do que vão pensar e falar de nós. Mas meu amor só aumenta a cada dia...", disse Júnior, acariciando o ombro de Zeca. Júnior sentiu algo forte, um prazer apenas em tocar o ser amado. E sentia o desejo aumentar.

"Olhe para o espelho, Zeca. O que vê?",
perguntou Júnior. Zeca respondeu: "Vejo
dois homens que se amam muito, e que
não precisam se preocupar com o que os
outros pensam", respondeu. Júnior então
concluiu: "Vejo o mesmo. E vejo também
um homem que finalmente pode ser feliz."

"Nada poderá me impedir de te amar o
tanto quanto eu amo. E quero dar a você
todo o prazer que o nosso amor merece
para ser celebrado da maneira como é:
intenso e verdadeiro.", disse Júnior,
com as mãos sobre o ombro de Zeca.
O amor transbordava por seus olhos.

Zeca virou seu rosto na direção do rosto de
Júnior, e logo começaram as carícias.
Zeca passou as mãos pelo tórax de Júnior,
e depois deitou-as sobre os ombros dele,
fazendo com que Júnior experimentasse
um prazer muito grande, o mesmo prazer
que antes não se permitia sentir.

Zeca começou a beijar o rosto de Júnior e falar em seu ouvido palavras tranqüilas, para que se sentisse mais à vontade. Júnior então se entregou ao prazer de amar e ser amado.	Júnior começou a beijar os ombros de Zeca, e logo estava beijando também as costas do amado. Em seguida deslizou suas mãos pelo corpo musculoso do peão.


Júnior parou um pouco com os beijos, e ficou olhando para os ombros másculos de Zeca. O peão não se contentou, e disse: "Quero mais. Eu adoro isso, e quero sentir você". Júnior perdeu um pouco da inibição e voltou a acariciá-lo.	Acariciou a cintura e o abdômen de Zeca. O peão por sua vez resolveu colocar os braços para trás e começou a acariciar as nádegas de Júnior. Depois de pòr as mãos na cintura de Zeca, o jovem estilista despiu lentamente as calças do peão.

Os dois ficaram somente de cuecas, foram sentar-se sobre a cama de Júnior, e então começaram a conversar um pouco sobre o que estavam sentindo um pelo outro. Para Júnior aquilo tudo era como um sonho, de tão maravilhoso que parecia.

A conversa parou um pouco e ambos
voltaram a trocar olhares, se admiraram
como se o tempo tivesse parado. Júnior
sabia muito bem o que sentia e o que queria. Mas ficou meio envergonhado.
Se enrolou nos lençóis e retirou a cueca.

"Você não tem o que esconder, Júnior.", falou o peão, "Tudo o que você tem é bom e gostoso, porque você é perfeito." Júnior ficou ainda mais sem jeito, parou um pouco, mas depois se deixou levar pelo desejo, e acariciou as costas de Zeca.

Zeca levantou o lençol que cobria a ambos, e puderam se olhar por inteiros. Júnior ficou um pouco sem graça, mas logo se soltou. Se olharam e se acariciaram mais e mais.	Zeca se cobriu de novo, e passaram a brincar com as cobertas. Júnior acariciava as costas do peão, simulando uma sessão de massagem. Sentia o corpo de Zeca pulsando de tanto desejo.

Zeca pediu para parar um pouco, pois queria prolongar aqueles momentos. Júnior gostou muito da idéia. Ficaram então conversando como se nada tivesse acontecido, sem falar sobre nada que lembrasse sexo. Mas Júnior não conseguia se concentrar na conversa, e não tirava os olhos dos músculos enrijecidos de seu amante.	Percebendo a dificuldade de Júnior em se controlar, Zeca fez de tudo para distraí-lo. Contou piadas, fez palhaçadas, trouxe um walkman para a cama, e até contou histórias de terror. Júnior ria mesmo sem achar muita graça de tudo aquilo, era um riso de alegria incontida, pois ele tinha encontrado realmente um parceiro muito agradável.

Zeca queria recomeçar a "brincadeira". Com uma piscadela do olho esquerdo, chamou Júnior para o "ataque". O estilista atendeu, acariciando os braços fortes do peão, e juntando seu corpo com o dele.
As cobertas agora estavam atrapalhando.

Num impulso, Júnior puxou com força as cobertas, ao mesmo tempo em que Zeca ia se aproximando do rosto do amante. Zeca parecia totalmente dominado pelo desejo. Atendendo aos seus apelos, Júnior beijou aquele corpo viril.

Sem nada que os afastasse, fizeram uma última pausa, a fim de prolongar e celebrar ainda mais aqueles momentos mágicos. Júnior prometeu então a Zeca que o faria o homem mais feliz do mundo, mas o peão concluiu que este já era fato consumado.