Família Antonio Mantovani

 

 

Leonilda - Maria e " Nega "

foto acervo familiar

 

Quando Tudo Começou...

Em meados de 2002, comecei a pesquisar minha origem italiana. Queria conhecer a história de vida dos meus bisavós, mesmo dos que não tinham origem italiana.

Queria saber de suas origens, antepassados e descendentes.

Meus pais não sabiam sequer o nome de seus avós maternos ou paternos, pois não se falava sobre determinados assuntos perto de crianças.

Outros parentes mais próximos, que poderiam contar alguma coisa, muitas vezes misturam as informações, ou não se lembram mais, pois já têm idade avançada.

No começo, a minha pesquisa foi aleatória, pois não tinha idéia de como procurar e muito menos de onde buscar as informações.

Comecei a pesquisar no Memorial do Imigrante, pois sabia que minha avó materna era uma Mantovani. Mas eram tantos Mantovani, que fiquei perdida com as informações truncadas ou incompletas.

Resolvi solicitar aos cartórios das cidades de Monte Sião e de Socorro as certidões de casamento dos meus avós. Concomitantemente, fiquei sabendo, através de um historiador de Serra Negra, que em Monte Sião havia um historiador que já havia publicado vários livros sobre a imigração italiana na cidade e, dentre estes imigrantes, havia alguns Mantovani.

Resolvi ir à Monte Sião e procurar pelo Sr. Lola (apelido carinhoso do Sr. Lourenço Guireli), o qual me recebeu muito bem em sua casa e me mostrou as anotações de pesquisas que ele havia realizado em vários órgãos durante muitos anos.

Conversamos durante algumas horas. Ele conseguiu me mostrar quem era o meu bisavô entre tantos Mantovani que chegaram na cidade de Monte Sião.
Através dele, tive acesso a dados sobre os proclames de casamento do meu bisavô Antonio Mantovani, onde constava que ele já tinha sido casado na Itália, havia chegado no Brasil com um filho e constava também o nome de sua 1ª esposa italiana e de seus pais. Este dia foi de grande alegria.

O meu bisavô Antonio Mantovani, 45 anos, e seu filho italiano Domenico Mantovani, 16 anos, chegaram no Brasil a bordo do vapor Giulio Mazzino e desembarcaram no porto do rio de Janeiro em 03.01.1888. No dia 07.01.1888 embarcaram novamente no Vapor Cheribon com destino a hospedaria do Imigrantes, hoje o Memorial dos Imigrantes. Ainda falta localizar a entrada deles na Hospedaria da Ilha das flores ou na Hospedaria dos Pinheiros, onde permaneceram por cinco dias.

(FILIAÇÃO)
1º casamento na Itália
ANTONIO MANTOVANI : Domenico Mantovani e Maria Frenhani(Fregnani)
ISABELLA LOMBELLO
: Francesco Lombello e Giudita Finense
DOMENICO MANTOVANI (filho)

2º casamento em 1891, no Brasil
ANTONIO MANTOVANI: Domenico Mantovani e Maria Frenhani(Fregnani)
LÀZARA MARIA DE JESUS: José Pires de Godoy e Jacinta Maria de Jesus
FILHOS DESTE CASAMENTO:
ELISA (Izeta) MANTOVANI (filha)(minha avó materna)
LEONTINA (Leonilda) MANTOVANI(filha)
MARIA MANTOVANI (filha)
JOÃO MANTOVANI (filho)
JUDITE MANTOVANI (filha ????)

O 1º casamento de imigrante italiano realizado em Monte Sião foi o de meu bisavô Antonio Mantovani com Lazara Maria de Jesus.

Meu bisavô Antonio Mantovani era oleiro e construtor. Em 1892, ganhou uma licitação do Conselho Distrital de Monte Sião para executar, nesse ano, vários melhoramentos no novo cemitério da paróquia, existente até hoje, fechando-o com muros de tijolos e concluindo no interior do mesmo a Capela de São Miguel.

Em 1893, ganhou outra licitação para elaborar o projeto e a construção do Mercado Público para atender às necessidades da população, que crescia sensivelmente com a chegada dos imigrantes europeus e em razão também da farta produção agrícola. A edificação seria na Praça do Rosário. O projeto era de um amplo galpão e um curral. A construção do Mercado Público seria iniciada no mesmo ano e concluída em janeiro de 1894.

Meu bisavô Antonio, juntamente com mais dois imigrantes italianos, Antonio Andretta e Giuseppe Pennacchi, no ano de 1909, resolveram montar o primeiro teatro amador da cidade em um galpão de propriedade dos mesmos onde, uma vez ao mês, havia apresentações de comédias ou dramalhões. O sucesso era tanto entre o público que, em 1910, resolveram montar uma sala de projeção no mesmo local, adquirindo projetores para as sessões semanais de cinema mudo. O teatro e o cinema era uma novidade que alegrava os moradores.

Estas são algumas das atividades que meu bisavô realizou na cidade de Monte Sião e que muito orgulho gerou à família. Foi essa coragem e determinação a maior herança que eles poderiam ter nos deixado.

Com o intuito de resgatar a memória de meus antepassados fui levada a iniciar esta pesquisa, a fim de que este apanhado possa no futuro servir como base de conhecimento aos nossos descendentes.

Deixo aqui os meus agradecimentos a Léa Beraldo, que muito colaborou para que esse trabalho fosse realizado.


Vera Inglada
e-mail : vg_inglada@yahoo.com.br


 

 

 

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