Estrelas
Acima: Imagem enviada pelo satélite japonês "Yohkoh", destinado ao estudo dos raios-X e dos raios-Gamma emitidos pelo Sol. O satélite foi lançado de Kagoshima, no Japão, em 31 de agosto de 1991.
As estrelas formam-se a partir de nuvens de gases e "poeira" que, ao se contraírem lentamente, se aquecem e começam a irradiar calor. Quando o aquecimento atinge um grau bastante elevado, inicia-se a reação atômica no seu interior (Hidrogênio e Hélio), e a estrela torna-se estável, permanecendo assim a maior parte de sua vida.
Após consumir todo o hidrogênio, a estrela expande-se para uma estrela do tipo "Gigante Vermelha". Utilizando então somente o hélio como combustível, a gigante vermelha torna-se novamente instável e pode sofrer uma violenta explosão, tornando-se então uma "Supernova", isto é, uma estrela esbranquiçada, de pequeno volume e elevada densidade.
Embora pareçam todas iguais, há consideráveis diferenças entre elas, quanto à cor, ao brilho ou à idade, em função da sua massa inicial e da sua evolução.
Quanto à cor, são classificadas em:
Vermelhas - Temperatura superficial de cerca de 3.000 oC.
Laranjas - Temperatura superficial de cerca de 4.000 oC.
Amarelas - Temperatura superficial de cerca de 6.000 oC.
Brancas - Temperatura superficial de cerca de 11.000 oC.
Azuis - Temperatura superficial de cerca de 25.000 oC.
Quanto ao brilho as estrelas são classificadas segundo a escala de magnitude (ou grandeza). A olho nu podemos observar estrelas até de sexta magnitude e, com auxílio de telescópios, como o de Monte Palomar, na Califórnia, podemos observar estrelas até de 23a magnitude.
O Sol é uma estrela de cor amarelada e de 5a magnitude ou grandeza.
Conhecendo o Sol!
O Sol é o corpo celeste do sistema solar, contendo aproximadamente 98% da massa total do sistema. Cento e nove Terras seriam necessárias cobrir o disco do Sol, e em seu interior caberiam 1,3 milhões de Terras. A camada externa visível do Sol é chamada fotosfera, e tem uma temperatura de 6.000°C. Esta camada tem uma aparência turbulenta devido às erupções energéticas que lá ocorrem.
A energia solar é gerada no núcleo do Sol. Lá, a temperatura (15.000.000° C) e a pressão (340 bilhões de vezes a pressão atmosférica da Terra ao nível do mar) são tão intensas que ocorrem reações nucleares. Estas reações transformam quatro prótons ou núcleos de átomos de hidrogênio em uma partícula alfa, que é o núcleo de um átomo de hélio. A partícula alfa é aproximadamente 0,7 % menos massiva do que quatro prótons. A diferença em massa é expelida como energia e carregada até a superfície do Sol, através de um processo conhecido como convecção, sendo liberada em forma de luz e calor. A energia gerada no interior do Sol leva um milhão de anos para chegar à superfície. A cada segundo 700 milhões de toneladas de hidrogênio são convertidos em cinza de hélio. Durante este processo 5 milhões de toneladas de energia pura são liberados; portanto, com o passar do tempo, o Sol está se tornando mais leve.
A cromosfera está acima da fotosfera. A energia solar passa através desta região em seu caminho desde o centro do Sol. Manchas ("faculae") a explosões ("flares") se levantam da cromosfera. "Faculae" são nuvens brilhantes de hidrogênio que aparecem em regiões onde manchas solares logo se formarão. "Flares" são filamentos brilhantes de gás quente emergindo das regiões das manchas. Manchas solares são depressões escuras na fotosfera com uma temperatura típica de 4.000°C.
A coroa é a parte mais externa da atmosfera do Sol. É nesta região que as prominências aparecem. Prominências são imensas nuvens de gás aquecido e brilhante que explodem da alta cromosfera. A região exterior da coroa se estende ao espaço e inclui partículas viajando lentamente para longe do Sol. A coroa pode ser vista durante eclipses solares totais.
O Sol aparentemente está ativo há 4,6 bilhões de anos e tem combustível suficiente para continuar por aproximadamente mais cinco bilhões de anos. No fim de sua vida, o Sol começará a fundir o hélio em elementos mais pesados e se expandirá, finalmente crescendo tanto que engolirá a Terra. Após um bilhão de anos como uma gigante vermelha, ele rapidamente entrará em colapso tornando-se uma anã branca - o produto final de uma estrela como a nossa. Pode levar um trilhão de anos para ele se esfriar completamente.
Acima: As 12 imagens em raios - X, obtidas entre 1991 e 1995, com intervalos de 120 dias, mostra como a coroa solar muda durante o ciclo do Sol.
"Betelgeuse"
Chamada "Alpha Orionis", ou "Betelgeuse", é uma gigante vermelha, localizada na constelação de Orion, marcando o ombro do "caçador".
Betelgeuse é tão grande que caso fosse colocada no lugar do Sol, ou seja no centro do sistema solar, ocuparia até a órbita de Júpiter.
Acima: Imagem enviada pelo "Hubble", em 03/03/95. Foi a primeira imagem direta de uma estrela, exceto o Sol, feita pelo telescópio espacial.
Fundo:The
Milky Way Near the Southern Cross
Credit and Copyright: Greg Bock, Courtesy Southern Astronomical Society