Vênus

A imagem acima foi obtida pela nave Galileo.

Massa (Kg) 4,87 x 10 24
Diâmetro (Km) 12104
Período de Rotação (duração de um dia, em dias terrestres) 243
Período de Revolução (duração de um ano, em dias terrestres) 224,7
Temperatura  Média  na Superfície (oK) 726
Ponto mais alto na superfície Mt. Maxwell 
Componentes Atmosféricos 96% CO2, 3% N e 0,003%  de Vapor d'água

Os astrônomos referem-se a Vênus como o planeta irmão da Terra. São semelhantes em dimensão, massa, densidade e volume. Ambos foram formados mais ou menos ao mesmo tempo e condensados a partir da mesma nebulosa. Contudo, nos últimos anos os cientistas descobriram que as semelhanças terminam aqui. Vênus é muito diferente da Terra. Não tem oceanos e está envolto por uma atmosfera pesada composta principalmente por dióxido de carbono e quase sem vapor de água. As suas nuvens são compostas por gotas de ácido sulfúrico. Na superfície, a pressão atmosférica é 92 vezes a da Terra ao nível do mar.

A temperatura na superfície de Vênus, é de aproximadamente 482°C . Esta elevada temperatura deve-se principalmente a uma rápido efeito estufa, originado pela pesada atmosfera de dióxido de carbono. A luz do Sol passa pela atmosfera e aquece a superfície do planeta. O calor é irradiado mas fica aprisionado pela densa atmosfera que não permite a sua fuga para o espaço. Isto torna Vênus mais quente que Mercúrio.

Um dia Venusiano tem 243 dias Terrestres e é mais longo que o seu ano de 224,7 dias. Curiosamente, Vênus gira de leste para oeste. Para um observador em Vênus, o Sol nasceria a oeste e teria o seu ocaso a leste.

Até há pouco tempo, a densa cobertura de nuvens de Vênus impediu a observação da natureza geológica da sua superfície. O aperfeiçoamento dos rádio-telescópios e sistemas de radares de imagem orbitando o planeta tornaram possível ver a superfície através do patamar de nuvens. Quatro das mais bem sucedidas missões que revelaram a superfície Venusiana foram: a Missão Pioneer Vênus da NASA (1978), as missões Soviéticas Venera 15 e 16 (1983-1984), e a missão Magalhães de mapeamento por radar da NASA (1990-1994). À medida que estas sondas começaram a mapear o planeta, uma outra imagem de Vênus se revelou.

A superfície de Vênus é relativamente nova, geologicamente falando. Parece ter sido refeita completamente há 300 a 500 milhões de anos atrás. Os cientistas debatem o como e porquê deste acontecimento. A topografia Venusiana é composta de vastas planícies cobertas de correntes de lava e montanhas ou regiões montanhosas deformadas por atividade geológica. O  Monte Maxwell, em "Ishtar Terra" é o pico mais alto de Vênus. A região montanhosa de "Aphrodite Terra" estende-se por quase metade de todo o equador. As imagens da missão Magalhães das regiões montanhosas acima de 2,5 Km são habitualmente brilhantes, característica de um solo úmido. Contudo, água em estado líquido não existe à superfície e não é a responsável pelo brilho característico das regiões montanhosas. Uma teoria sugere que a matéria brilhante possa ser uma formação de compostos metálicos. Estudos feitos revelaram que o material poderia ser "Pirita".  Este é instável nas planícies mas poderia ser estável nas regiões montanhosas. 

Vênus está marcado por numerosas crateras de impacto distribuídas aleatoriamente pela superfície. Pequenas crateras com menos de 2 Km, são praticamente inexistentes graças à pesada atmosfera Venusiana. As exceções ocorrem quando grandes meteoritos se fraccionam pouco antes do impacto, criando aglomerados de crateras. Vulcões e formações vulcânicas são ainda mais numerosos. Pelo menos 85% da superfície de Vênus está coberta de rocha vulcânica. Gigantescas correntes de lava, que se estendem por centenas de Km, inundaram as zonas de baixo relevo criando vastas planícies. Mais de 100.000 pequenos vulcões preenchem a superfície juntamente com centenas de grandes vulcões. As correntes dos vulcões abriram longos e sinuosos canais que se prolongam por centenas de Km, tendo um deles aproximadamente 7.000 Km.

A parte ocidental de Eistla Regio é mostrada, nesta vista em três dimensões da superfície de Vênus. O observador está localizado 1310 Km a sudoeste de Gula Mons numa elevação de 780 metros. O observador estaria olhando para nordeste, com Gula Mons (um vulcão de 3 Km de altura) aparecendo no horizonte. A cratera Cunitz, é visível no centro da imagem ela tem 48,5 Km (30 milhas) de diâmetro e está a 215 Km da posição do observador. O radar de abertura sintética da Magalhães foi combinado com o radar altímetro para desenvolver o mapa tridimensional da superfície. Cores simuladas e um mapa de elevação digital desenvolvido pelo U.S. Geological Survey, são usados para aperfeiçoar estruturas em pequena escala. Os tons de cores simulados são baseadas nas imagens coloridas enviadas pelas sondas soviéticas Venera 13 e 14. A imagem foi produzida no JPL Multimission Image Processing Laboratory sendo uma "frame" de um vídeo lançado em 5 de março de 1991.

Div bar23.gif (3595 bytes)

Fundo: The Pleiades Star Cluster
            Picture Credit: Mount Wilson Observatory