Sensibilidade

(Fase - I)

           Sons, cores e aromas combinam-se no processo de interação de meu estado de consciência. Na busca da harmonização do bem-estar e do equilíbrio de meu corpo, assomo notas musicais, nuanças meio sutis e cheiros para associar à cromoterapia e promover meu crescimento, minha paz, encontrar meu nirvana.

        Sempre serei incompreendido, mais ainda neste texto, onde dou a impressão de tê-lo escrito em extrema crise de delírio. Entretanto, a energia reconfortante que me cerca, por ser inexcedível, precisa ser compreendida? Não! Necessita ser sentida, mas para isso há que se possuir sensibilidade suficiente para ouvir, ver e sentir sons, cores e aromas celestiais.

        Dizem que sou louco, talvez decrépito, incapaz de resoluções sensatas pelo que ouço, enxergo e sinto na plenitude do irreal; acusam-me de ser senil pelo fato de responder às perguntas que me são feitas pelas rosas e animais silvestres existentes em meu jardim. Sim, acho que de fato sou louco porque não compreendo o desamor, a falta de caridade, as discrepâncias sociais, a prática do nepotismo, o ser descortês  com as mulheres, idosos, crianças, com o ser humano enfim; não aceito o orgulho, a ira, o vilipêndio gracioso, o apego à matéria infame, a prática desmedida da violência e o desrespeito aos direitos individuais do ser humano. Sim! Por não compreender tudo isso, sou insano ou me comporto como tal.

Wilson M. Pereira

(Continua na Fase II)

Fase lI

Final

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