Nada de “firula”
“O apartamento de Guilherme tem poucos detalhes, mas todos são muito expressivos. Tudo está ali por um motivo, são objetos definidores da personalidade dele. Ele é um engenheiro voltado para o design e tecnologia, por isso no apartamento preza por facilidades para o dia-a-dia. É um apartamento completamente computadorizado, sem nenhuma ‘firula’, como fotos ou flores. Na cozinha, você encontra todos os utensílios mais modernos do mercado”, conta.

Até mesmo os objetos de decoração da casa do engenheiro têm relação com sua profissão, como as maquetes de helicópteros que enfeitam sua mesa de trabalho. Para a confecção das peças, José Arthur contou com a colaboração de um funcionário da TV Globo, o supervisor administrativo Guilherme da Silva.

Helicópteros em miniatura
“Começamos a pesquisar e descobrimos o Guilherme, que trabalha no Projac na área de Recursos Humanos. Ele encarou o grande desafio e fez peças maravilhosas. As maquetes foram criadas a partir de projetos futuristas que encontramos na Internet, não tínhamos tamanho nem proporção. Ele teve que fazer essa adaptação de 2D para 3D, dar corpo e alma a uma foto”, revela o produtor de arte.

Guilherme da Silva, que já havia criado peças para outras novelas da Globo, comemora a oportunidade concedida pela equipe de José Artur.

Com exclusividade para o site, a atriz conta que se vestir de homem é bem mais complicado que se arrumar como mulher: “Demora mais por causa da barba e bigode, tem que ter uma perfeição para ficar bem crível, mas a roupa é igual, porque roupa de homem é a coisa mais simples que já vi. Coloca um sapato, uma meia e uma cuequinha. O que demora mais um pouco é a caracterização, que é mais elaborada. Até porque a Helena é uma mulher muito simples, a maquiagem dela é quase zero, o cabelo liso é normal e a roupa é como costumo usar, como a gente é na vida. Roupa normal do dia-a-dia”, explica.

Encontro animado
“Por intermédio de um amigo, encontrei com a Edna Todapura, a Loira Sinistra e a Edilma. Pena que a Índia Potira não pôde ir. E foi ótimo! A gente conversou muito e eu gostei muito delas. Elas eram mulheres que entravam na nossa casa pela televisão e eram muito diferentes, supersedutoras, ousadas para a época. Eu adorava! Inclusive elas me disseram que chacretes por três dias, como a Ivete, eram algo muito comum”, conta a atriz.

Zezé revela ainda que o próprio visual da personagem teve inspiração em Edna, uma das chacretes. “Ela usava muito jeans, camiseta, bem parecida com a Ivete”, observa.

Parte desses cenários foi construída na cidade cenográfica da novela, localizada dentro da Central Globo de Produção. O espaço conta com quatro mil metros quadrados e 26 prédios. É lá que estão localizados o salão Belezoca, o posto de gasolina de Eduardo e as casas de Ivete, Joana e Meu Bem. “Passar para o telespectador a atmosfera típica da vida no centro da cidade vai além de fazer uma cópia formal dos prédios”, explica Alexandre Gomes.

Para a criação dos escritórios da Singular Helicópteros, Alexandre e José Arthur também ouviram profissionais de engenharia e, na cena da queda do helicóptero Carcará, militares da Marinha e da Aeronáutica foram convidados para recriar uma cena de resgate que transmitisse veracidade.

A modernidade dos lofts
O mesmo tom de sofisticação e modernidade presente nos escritórios deveria ser levado para os apartamentos de Guilherme e Norma, funcionários da empresa. “Buscamos a preocupação com a modernidade, com lofts minimalistas e interessantes. Tudo norteado pelo visual, para estimular o espectador. Podemos até ver algumas cores pontualmente, mas é algo bem discreto. Trabalhamos em cima do monocromático”, conta José Arthur. 

Tudo cor-de-rosa
Um dos cenários mais divertidos de ser elaborado foi o salão Belezoca, propriedade da ex-chacrete Ivete. Para mostrar o apego que a cabeleireira tem a seu passado, a equipe de produção de arte cobriu as paredes do cenário com fotos que simulam Zezé Polessa como assistente de palco de Chacrinha. “Na Saúde o salão é rosa e lilás, o que acabou gerando uma mistura extremamente interessante. Procuramos manter paletas de cores nos cenários”, explica o produtor de arte.

Na cidade cenográfica, José Arthur e sua equipe optaram por toques neorealistas. “A cidade cenográfica você jura que é real. A feirinha não é bonitinha, mas é ‘muvucada’, as barracas são detonadas, não é combinadinha. Virou uma cena neorealista”, define.

Qual a linguagem adotada pela direção da novela?
Procuro imprimir às cenas a mesma linguagem dinâmica e moderna do texto de Andrea Maltarolli. Os diálogos são bem-humorados, mas não deixam de ter emoção.

Quem o ajuda em seus planos mirabolantes é a namorada Sheila. Carol Castro, intérprete da professora de dança, revela que a dupla vai arrancar gargalhadas do público. “A Sheila é quem dá as idéias para o José Henrique, até meio sem querer. Com certeza eles terão muitas tramóias, vão aprontar bastante”, promete a atriz.

“Acho que é um momento muito especial. Senti um misto de alegria e sensação de missão cumprida... É ótimo poder estar nessa festa, ao lado de pessoas que trabalham com a gente das seis da manhã até a noite!”, exultou Regiane. A atriz fez questão de cumprimentar todos da equipe, mas avisou: “Ainda temos trabalho pela frente!”.

Edson Celulari chegou ao lado da esposa, Cláudia Raia, e comemorou a alegria da estréia junto dos colegas de elenco. Christiane Torloni, que fez aniversário no mesmo dia em que foi exibido o primeiro capítulo, recebia cumprimentos e presentes dos amigos.

A visão dos novatos
Estreante em novelas, Rafael Cardoso estava contente com o resultado de seu trabalho na telinha: “Estava com um friozinho na barriga antes de começar, mas adorei o primeiro capítulo. Acho que isso só confirma o sucesso que a novela vai fazer!”, contou o ator.

Bruno Mazzeo, que se tornou famoso com o sitcom Cilada, também faz seu primeiro papel em uma novela. “Achei o primeiro capítulo superágil, moderno. Conseguiu despertar a curiosidade do espectador!”, observou Bruno.

Para viver a personagem, Regiane conta que visitou consultórios dermatológicos e acompanhou a relação paciente-médico. “É fascinante! O mundo da medicina é um mundo que eu já admirava, mas agora, tão de perto, estou admirando mais ainda!”, declara a atriz.

Regiane revela ainda que, além da paixão por Guilherme (Edson Celulari), Joana ainda vai viver uma relação de gato e rato com Renato, seu chefe. “Ela tem vontade de esganá-lo!”, brinca Regiane.