![]() Em: 04-FEV-1999 Portugal poderá enviar grupo interforças Os refugiados transportados pelo "Cofra", entre os quais alguns portugueses, já estão em Bubaque ![]() Arquivo DN-Eduardo Tomé VÍTIMAS. A população civil passa a maior parte do tempo em abrigos Portugal poderá enviar para a Guiné-Bissau um grupo interforças para "exercícios", a estacionar numa área não especificada, indicou ontem uma "fonte oficial em Lisboa", não identificada, citada pela Agência Lusa. Dessa força deverão fazer parte um avião de reconhecimento P3-Orion, dois Aviocar enviados de Lisboa e o avião de ligação São Tomé-Príncipe, dois navios e um número não especificado de tropas terrestres, acrescentou a mesma fonte. Desconhece-se a data da partida. Mais de duas centenas de cidadãos portugueses encontram-se ainda em Bissau, além de uma comunidade estrangeira não contabilizada oficialmente. Um grupo de militares portugueses, da Cooperação Técnica, estava ontem confinado às instalações desta, junto ao Hotel 24 de Setembro, rodeados por tropas das duas partes envolvidas neste conflito. Entretanto, os 260 refugiados da guerra em Bissau que eram transportados pelo navio Cofra encontravam-se já ontem em Bubaque, a principal ilha do arquipélago dos Bijagós. Os refugiados do Cofra incluem um número indeterminado de portugueses, 95 crianças e 43 idosos e transportavam "muita bagagem" consigo, na previsão de dificuldades alimentares. O navio, de bandeira guineense, chegou a estar encalhado algumas horas nos bancos de areia dos Bijagós, tendo o capitão Ramos Camali rebentado o disco da embraiagem ao tentar safar o navio. O Cofra tinha ido a Bissau para carregar quatro mil toneladas de caju, mas a operação acabou por se gorar ao optar o capitão por fazer entrar a bordo pessoas fugidas à guerra. Espera agora que chegue a peça sobresselente, para regressar à capital. "As pessoas estão preocupadas com a família que deixaram em Bissau e querem que vá recolhê-la. É uma missão humanitária, afinal", disse. No porto de Bissau encontravam-se na terça-feira cerca de duas mil pessoas, esperando um qualquer navio que as transportasse para fora da cidade. Enquanto o Cofra estava encalhado, os seus passageiros viram passar quatro grandes canoas apinhadas, levando umas duas centenas de pessoas. De canoa saíram terça-feira de Bissau, também com destino a Bubaque, um dos delegados da Cruz Vermelha Internacional e o representante da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, esperando naquela ilha a chegada de uma tonelada de ajuda médica enviada de Bissau. A Cruz Vermelha lançou um apelo aos beligerantes para que respeitem o direito internacional humanitário e distingam os civis dos combatentes. Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Geocities Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Terràvista ![]() ![]() ![]() |