![]() Em: 11-FEV-1999 Nino corta com Portugal A Presidência da República da Guiné-Bissau suspendeu todas as actividades da cooperação técnico-militar portuguesa no país, sem que fossem divulgados os motivos que levaram à decisão ![]() Arquivo DN-Eduardo Tomé GUERRILHEIRO. Jurista Francisco Benante recorda anos de luta no PAIGC A Presidência da Repúblida da Guiné-Bissau suspendeu todas as actividades da cooperação técnico-militar portuguesa no país, revelou ontem uma fonte oficial em Bissau, citada pela Agência Lusa, sem no entanto precisar os motivos que levaram à tomada da decisão. Esta foi comunicada através de um ofício dirigido na terça-feira ao fim da tarde à Embaixada portuguesa em Bissau. O embaixador Francisco Henriques da Silva, que ontem regressou à capital guineense, escusou-se a fazer comentários sobre a decisão da Presidência da República da Guiné-Bissau. Henriques da Silva chegou a Bissau a bordo de um Hercules C-130 da Força Aérea Portuguesa, que descarregou no Aeroporto de Bissalanca dez toneladas de ajuda humanitária, constituída principalmente por medicamentos e material cirúrgico. Esta ajuda deveria ter sido distribuída em partes iguais pelos hospitais de Cachungo, situado numa área controlada pela Junta Militar, e Simão Mendes, em Bissau. Mas, até ao início da tarde, ainda não tinha comparecido no aeroporto o representante oficial solicitado pela Cooperação Portuguesa a fim de fazer a entrega do material destinado a Simão Mendes. O mesmo avião da Força Aérea saiu de Bissau por volta das 14 horas locais, com cerca de quatro dezenas de civis, na sua maioria portugueses, que decidiram abandonar a capital guineense face ao reacender dos combates entre o Governo do Presidente João Bernardo Vieira e os rebeldes de Ansumane Mané. Pelo menos duas das pessoas transportadas no avião apresentam ferimentos. Entretanto, os soldados estrangeiros que têm estado a apoiar o Governo do Presidente João Bernardo Vieira devem retirar até ao próximo dia 28, nos termos de um acordo alcançado na terça-feira pela comissão militar que integra elementos leais a Nino, da Junta Militar e da Ecomog, a força de interposição dos países da África ocidental. O acordo estipula que, até ao dia 14, deverão retirar 1200 militares do Senegal e da Guiné-Conacri, devendo os restantes 1800 aproximdamente partir até final do mês. "Logo após o primeiro sinal da retirada dos soldados estrangeiros", acrescentou uma fonte próxima da comissão militar, será dado início ao aquartelamento e recolha de armas entre os militares guineenses e criado um efectivo mínimo militar entre as forças rebeldes e as do Presidente Vieira. Em declarações à emissora Rádio Voz da Junta Militar, o porta-voz desta, comandante Zamora Induta, anunciou um acordo quanto à distribuição do contingente de 460 homens da Ecomog que já se encontram em Bisssau por sete pontos sensíveis da linha da frente que rodeia a cidade. A instalação da força da Ecomog vai passar pelo recuo das tropas da Junta Militar e de Nino em distâncias que variam entre 250 e 500 metros. O acordo foi recebido com satisfação na Guiné-Bissau, sendo interpretado como uma prova de boa vontade dos dois beligerantes em relação ao cumprimento do acordo de paz que assinaram em Abuja Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Geocities Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Terràvista ![]() ![]() ![]() |