![]() Em: 18-FEV-1999 Paz em Bissau mais próxima Sob os auspícios do Presidente togolês, Nino Vieira e Ansumane Mané deram as mãos em Lomé. Prometeram para sábado a posse do Governo de Unidade Nacional, dirigido por Francisco Fadul ![]() DN-Eduardo Tomé ACORDO. Ansumane Mané disposto a não voltar a recorrer às armas Nino Vieira, Presidente da Guiné-Bissau, e o chefe da Junta Militar rebelde, brigadeiro Ansumane Mané, comprometeram-se ontem a "não mais recorrer às armas", após um encontro com o Presidente togolês, o general Eyadema, em Lomé. Chegados às nove horas (de Lisboa) à residência presidencial, os três homens só deixaram o local pouco antes das 17 horas. A embaixadora da Suécia em Bissau participou igualmente nestas conversações. Segundo o comunicado final, as conversações decorreram num clima de "fraternidade e compreensão mútua". Para o general Gnassingbé Eyadema, presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), os dois beligerantes "assumiram o firme compromisso de nunca mais recorrerem às armas". O brigadeiro Mané, antigo chefe do Estado-Maior guineense, lançou uma rebelião contra o regime do Presidente Nino Vieira, em 6 de Junho de 1998. O encontro, que até à data de partida para a capital togolesa dos dois beligerantes da Guiné-Bissau foi mantido no maior segredo, tinha por objectivo principal a análise da actual situação do processo de paz na Guiné-Bissau, que tem deparado com grandes entraves que o colocam em risco. O brigadeiro Ansumane Mané partira para o capital do Togo, na segunda-feira, acompanhado pelo ministro da Defesa do futuro Governo de Unidade Nacional, o jurista Francisco Benante, pelo representante da Junta Militar, Lamine Sanhá, e pela encarregada de negócios da Suécia, Ulla Andren. A Lusa soube junto da delegação da Junta Mlitar que o brigadeiro Ansumane Mané transmitiu a sua preocupação ao Presidente Eyadema pelo facto de o Senegal não ter cumprido o estabelecido no acordo sobre a retirada das tropas estrangeiras do país, que estipulava a saída de dois batalhões senegaleses até ao passado dia 14. A mesma fonte afirmou que o facto de não se ter concretizado a retirada daquelas tropas não irá, para já, colocar em risco a tomada de posse do Governo de Unidade Nacional, dirigido por Francsco Fadul, prevista já para este sábado, como disse Francisco Benante. Entretanto, o comissário europeu João de Deus Pinheiro afirmou, em Braga, que a União Europeia "está disposta a fazer um esforço financeiro adicional" para ajudar à recuperação da economia da Guiné-Bissau. "Logo que as duas partes em conflito cheguem a um acordo e a paz regresse ao país, a Comissão Europeia vai estudar um pacote de ajudas financeiras, com vista à recuperação das infra-estruturas." Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Geocities Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Terràvista ![]() ![]() ![]() |