Em: 14-ABR-1999
Mané ilibado de acusações
O dirigente da Junta Militar não teve envolvimento no tráfico de armas
Arquivo DN-Eduardo Tomé
ILIBADO. Acusações a Mané levaram militares a pegar em armas O relatório da comissão parlamentar guineense sobre o tráfico de armas iliba o brigadeiro Ansumane Mané de qualquer irregularidade.
O documento, divulgado no Parlamento guineense, iliba Mané e propõe a revisão do seu processo de suspensão do cargo de chefe de Estado-Maior das Forças Armadas. O documento propõe a revisão do processo porque no inquérito efectuado pela comissão parlamentar de inquérito "ninguém acusou directa ou indirectamente Ansumane Mané de envolvimento no tráfico de armas".
Ansumane Mané foi suspenso de funções pelo Presidente Nino Vieira em 1 de Fevereiro de 1998, suspensão que se tornou demissão efectiva a 6 do mesmo mês, por alegada negligência na segurança das instalações militares e ainda por possível envolvimento no tráfico de armas.
Nas conclusões do relatório, que analisa seis casos ligados ao tráfico de armas e três denúncias sobre a mesma matéria, a comissão parlamentar acrescenta que o tráfico de armas "se realiza a coberto e com o conluio de algumas entidades", referenciadas no documento, e que o Presidente da República tinha "conhecimento da existência" do tráfico de armas, através de informações que lhe foram prestadas, responsabilizando-o por não ter desenvolvido "quaisquer diligências no sentido de pôr termo à situação".
Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt
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