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Em: 10-MAI-1999

Actos de pilhagem e assaltos preocupam a Junta Militar

Governo francês condenou o golpe de Estado

Os assaltos e pilhagens em Bissau estão a constituir uma preocupação para a Junta Militar, que fez aos responsáveis por aqueles actos a advertência de que serão "severamente punidos" se continuarem.

No sábado à noite, um comunicado divulgado na Rádio Voz da Junta Militar pelo comandante operacional das forças da Junta Militar, tenente-coronel Veríssimo Seabra, dizia que haverá castigos severos para os que continuarem a assaltar casas e a proceder a pilhagens. E ontem foi a vez de o director-geral da Segurança, através da mesma rádio, repetir a advertência àqueles que continuarem com os actos de pilhagem, seja a organismos públicos seja a casas particulares.

Aquilo que foi considerado como uma manifestação de "euforia da vitória" não será agora tolerado e os seu autores serão "severamente punidos", disse, acrescentando que está a ter "com razão repercussões negativas a nível internacional".

A população assaltou e pilhou, além do Palácio Presidencial e de organismos públicos, a missão diplomática da União Europeia, a embaixada do Senegal e o Centro Cultural Francês.

Em Paris, entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou o golpe de Estado na Guiné-Bissau, afirmando que ele viola não só a ordem institucional como os acordos assinados em Abuja pelo então presidente Vieira e pelo brigadeiro Ansumane Mané.

Na opinião de França, "estes acordos assegurariam as condições para uma saída pacífica da crise, no respeito pela ordem constitucional existente". Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros "apela ao restabelecimento da paz e das instituições democráticas" na Guiné-Bissau.

Por outro lado, a França "deplora vivamente" que, durante os combates travados na capital guineense nos últimos dias, "as instalações da sua embaixada tenham sido destruídas e que os funcionários franceses colocados em Bissau tenham sido agredidos", prossegue o texto.

O Governo francês ainda agradece ao Governo português o refúgio e protecção que os seus funcionários encontraram na embaixada de Portugal em Bissau e o seu transporte para a cidade da Praia, em Cabo Verde, por um avião militar português.

Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt

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