Em: 22-MAI-1999
Peças do processo
ILEGAL. O abate de material bélico da Guiné-Bissau, fora de uso e para posterior venda como sucata, começou a ultrapassar os limites do mapa previamente estabelecido. Ou seja: material em quantidade indeterminada supostamente abatida começou a abastecer o tráfico ilegal. A operação de abate deveria ter sido efectuada na presença do representante do Ministério das Finanças. A comissão parlamentar recomendou um inquérito específico sobre esta matéria.
REDE. A comissão parlamentar constatou existir uma rede de tráfico de armas e munições envolvendo elementos já detidos, havendo "dúvidas sobre se a operação da qual resultou a detenção dos implicados não teria sido montada expressamente com o intuito de reduzir o problema do tráfico de armas a este caso".
TORTURA. A comissão parlamentar constatou a existência de práticas de espancamento e tortura dos detidos, pela (anterior) comissão de inquérito conjunta dos Ministérios do Interior e da Defesa, pelo que considera sem qualquer efeito todos os meios de prova obtidos no decurso do referido inquérito.
MINISTRO. Contra Samba Lamine Mané (ministro da Defesa de Nino), a comissão aponta "o seu possível envolvimento" no tráfico de armas.
EXTORSÃO. A comissão, além de estranhar que alguns militares referenciados como implicados no tráfico não tenham sido detidos, concluiu ter havido prática de extorsão de dinheiro aos detidos por parte de agentes da polícia.
Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt
Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Geocities
Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Terràvista
