![]() Em: 10-DEZ-1999 Ialá denuncia "manipulações" Protesto militar de quarta-feira foi "uma manobra do PAIGC" com o objectivo de "tentar interromper o processo democrático", diz Kumba Ialá, que apelou aos militares para se manterem nos quartéis ![]() Lusa-Manuel Moura AVISO. Militares na política? Dispam a farda, diz Kumba Ialá O vencedor da primeira volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, Kumba Ialá, disse ontem que o protesto militar de quarta-feira foi uma "manobra" do PAIGC com o objectivo de "interromper o processo democrático em curso no país". Kumba Ialá, que disputa a segunda volta das presidenciais com o candidato do PAIGC, Malam Bacai Sanhá, considerou que este último "se confrontou com uma debilidade muito forte". "Daí que os seus adeptos pensem interromper o processo eleitoral devolvendo o poder aos militares, o que seria muito perigoso para a democracia", disse Kumba Ialá, insistindo que "não estamos dispostos a aceitar qualquer tipo de manobra perturbadora das eleições, tendente a levar a cabo a interrupção do processo democrático no país". O também líder do Partido da Renovação Social (PRS), vencedor das eleições legislativas de 28 de Novembro, que decorreram em simultâneo com as presidenciais, apelou ainda "aos militares para se manterem nos seus quartéis, para não aceitarem ser instigados por quem quer que seja". "Qualquer militar que queira fazer política que dispa a farda e se integre na formação política que lhe convém", observou Ialá. "O povo sabe que o PAIGC _ terceiro lugar nas legislativas, segundo os resultados provisórios divulgados _ é hoje um partido acabado, não tem condições políticas nem morais para dirigir o povo e os seus adeptos apostam na corrupção das mentes e na distribuição de dinheiro de proveniência duvidosa", disse Ialá. Relacionando a alegada "proveniência duvidosa" do dinheiro da campanha de Sanhá com o facto de este ser de etnia beafada, de confissão muçulmana, Ialá garantiu que não aceitará que o "país seja conduzido para um rumo que não seja o laicismo do Estado", mas afirma: "Respeito todas as religiões, mas não aceito que nenhuma religião se sobreponha como religião de Estado." Jornal Diário de Notícias: E-mail: dnot@mail.telepac.pt Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Geocities Guiné-Bissau, o Conflito no «site» Terràvista ![]() ![]() ![]() |