A: anarqlat@majordomo.ucv.edu.ve
Cc:
Cs:
De: MENDEZ=N%BASICA%UCV=INGENIERIA@fiucv.ing.ucv.ve
Asunto: Resolucoes do Encontro (A)
Fecha: viernes, 2 de mayo de 1997 19:41:46 EDT
Anexo:
Certificar: N
Remitido por:
----------------------------------------------------------------------------
ANARQUISMO ORGANIZADO (Resolucoes do Encontro Latino-Americano)
(LIBER(A)..., Informativo do CELIP, # 70, p. 2, mar/1997, Rio de Janeiro)
O Encontro Anarquista Latino-Americano aconteceu no mes de setembro de
1996, na cidade de Montevideu, fazendo parte das comemoracoes pelos 40 anos
da Federacao Anarquista Uruguaia (FAU).
*Linhas politicas minimas para a organizacao
Na America Latina, sentimos a necessidade de buscar referencias
organizadas. O primeiro passo seria formar uma estrutura organica, de acordo
com o espaco e o contexto de cada lugar. Esta estrutura, composta por
militantes anarquistas, tracaria um projeto politico (objetivo e finalidade)
de longo prazo e marcaria, desde seu inicio, etapas minimas de trabalho a
curto prazo.
Isto significaria definir uma metodologia de trabalho adequada a cada
circunstancia, orientada por ideias-guia e ferramentas conceituais adequadas.
Tudo isso sendo utilizado para gerar um processo de ruptura que iria ganhando
maior espaco na medida em que fosse se concretizando. Para isso, e vital ser
realizado um trabalho de insercao que indique os passos concretos para cada
momento.
Esta estrutura deve ter capacidade para a formacao politica dos
militantes, impulsionar um funcionamento interno efetivo e a insercao social.
Em termos genericos, e assim que compreendemos que deve ser o funcionamento e
a organizacao de um grupo anarquista, composto por militantes comprometidos
com um projeto de ruptura e sua metodologia de trabalho.
*Concepcoes basicas
A organizacao politica anarquista nao e um fim, mas um meio para gerar um
processo revolucionario. Compreendemos que os meios, em grande medida,
determinam os fins, e devem estar de acordo com os objetivos proposto. A
partir dai, os militantes nao devem ter linhas difusas, incoerentes e
contraditorias.
Isto nao significa desprezo por outras correntes anarquistas, mas que na
organizacao anarquista por nos concebida deva existir um certo grau de
homogeneidade, que compreende algumas concepcoes basicas, de dentro para
fora:
- Uma base de acordo que funcione e seja respeitada por todos os militantes.
Esta existe para manter e desenvolver a estrutura orgarnica e avancar o
projeto politico da organizacao.
- Um forte sentimento de identificacao e compromisso com os oprimidos junto
aos quais lutamos.
- Compreensao da situacao da America Latina, suas particularidades; a forma
de agir de um anarquismo adequado as questoes particulares de cada pais e de
cada regiao.
*Ferramentas militantes
Nossa linha anarquista tem um conjunto de ferramentas coerentes, que
devemos adequar a uma pratica e utiliza-las de acordo com a situacao. Um
projeto politico definido facilita o alcance dos objetivos mas, apenas o
projeto nao e garantia para alcancar nenhum objetivo.
O contato com as necessidades do povo e a realidade local e o que nos
pemitira consegir dar respostas adequadas a cada problema.
E necessario aprofundar os conceitos em contato direto com a realidade.
Entendemos que uma organizacao anarquista aprofunda os conceitos realizando
uma constante discussao e formulacao politica, confrontando e colocando-a em
pratica todos os dias.
E urgente tornar verdadeiras ferramentas militantes os conceitos-guia de:
- Acao Direta;
- Insercao Social;
- Liberdade;
- Autogestao;
- Participacao;
- Politica de aliancas e correlacao de forcas;
- Luta dos oprimidos e
- Um Federalismo que funcione como dinamizador de um processo revolucionario
para conquistar uma sociedade socialista e libertaria.
*Insercao social
Acreditamos que a insercao social da organizacao anarquista e um passo
basico e fundamental para todo projeto politico. Quando falamos de insercao,
falamos de um trabalho regular e metodico, cuio objetivo e impulsionar as
lutas populares dentro de um contexto concreto. Existem casos onde e
necessario estabelecer aliancas com militantes de base ou com outras
organizacoes revolucionarias.
Cabe a cada grupo ou organizacao definir sua(s) frente(s) de insercao, de
acordo com suas possibilidades, caracteristicas do pais ou regiao onde atua
e, tambem, a conjuntura. Reafirmamos nossa vontade de tornar realidade tudo o
que foi discutido e a intencao de seguir juntos na busca da construcao de um
anarquismo organizado para o Continente.
Assinam esta declaracao os seguintes grupos/organizacoes anarquistas,
presentes ao Encontro:
- Federacao Anarquista Uruguaia (FAU), Uruguai
- Grupo Anarquista de Rosario, Argentina
- Coletivo Coiotes Raivosos, Chile
- Federacao Anarquista Gaucha (FAG)/Construcao Anarquista Brasileira,
Brasil
- Expressao Libertaria, Brasil
- Coletivo Relute, Brasil
NOTA: Resumido pelo Coletivo Editorial do CELIP (Circulo de Estudos
Libertarios Ideal Peres). Maiores informacoes, escrever para a FAU:
Magallanes 1764; 11800 Montevideo; Uruguay.
Mensaje Distribuido por el Servidor de Correo de la UCV
               (
geocities.com/capitolhill/senate)                   (
geocities.com/capitolhill)