Os números não mentem e as palavras são fortes. Os escândalos
pipocam por todos os lados. Nomes, fatos, obras superfaturadas, informações que voam na
velocidade da fibra óptica possível apenas no cyberespaço.
Governo capaz de comprar votos à favor da reeleição? Governo
que se omite em relação aos sem-terra? Omite-se sobre a seca no Nordeste? "Euricos
Mirandas"e "Luxemburgos" explodindo por aí? Que país é esse?
Buscar culpados basta? Não, não basta. O problema é cultural.
Lendo os jornais a impressão que se tem é que o brasileiro não presta e que possui a
corrupção arraigada na confluência de si, com os outros. Que país é esse?
Se o problema for cultural, mais complicado será para vermos a
vela brilhar para nos acharmos. Sendo este o problema de pós-modernidade, isentamo-nos
então de qualquer culpa, podemos assim ter fé nesse país, que é nosso.
Que país é esse? Onde governo passsa informação informação a
quem lhe convém, e o povo assiste inerte, embebido em seu próprio egoísmo. Que país é
esse, de um povo que não age? Que país é esse que faz leis já com válvulas de escape
para serem descumpridas? Se nos omitirmos não podemos opinar.
Cobrar é dever do povo. Exigir é daqueles que fazem por onde.
Precisamos deixar de levantar apenas quando interessa aos meios de comunicação, que nos
usam quando bem entendem.
Por isso questiono e exijo um resposta: Que país é esse?
Se pergunto é por que amo o nosso país, e a revolta é por vê-lo tão judiado,
achincalhado, espizinhado, sem ninguém se levantar e gritar contra toda essa situação.
Assistir impassível não é papel de quem acorda cedo, trabalha, luta e sofre. Acorde
povo brasileiro, pois o Brasil é você e você merece muito mais do que essa realidade.
Afinal, que país é esse?