Segunda-feira, levantar às 6h30 da manhã, pegar o jornal de Domingo, dar a última ‘olhadinha’ nos Classificados de Empregos, ver as possibilidades, traçar uma estratégia, pensar num caminho mais fácil e sair. Chegando nos respectivos locais...aquela imensa fila. Pois é, todos na mesma situação! Desempregados, desesperançosos ou desanimados, mas com um único objetivo: encontrar um bom emprego. Mas nem sempre as segundas-feiras estão bem humoradas, assim como a semana inteira e as portas se fecham, o que fazer?

Você já pensou em reunir um grupo de amigos e montar uma cooperativa? Não?!

Primeiramente, é bom saber que uma cooperativa não é uma agência de emprego ou trabalho, é uma empresa como qualquer outra sujeita as leis de mercado, tem que ter utilidade social, oferecer serviços de qualidade, com preços adequados e dentro dos prazos de conclusão negociados.

Sendo uma organização voluntária aberta a todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostos a aceitar as responsabilidades de ‘sócios’, pode fracassar em função de uma má definição de sua atividade econômica, de sua localização, do perfil de seus profissionais e da capacidade de seus profissionais e da incapacidade de seus administradores. O custo das cooperativas no Brasil confere menor carga tributária e trabalhista resultando uma economia comparada com as empresas mercantis, de 25 a 35% menores.

Conforme a lei n. ⁰ 5.764, de 16.12.71, para se constituir uma cooperativa no Brasil são necessárias 20 pessoas físicas e entre elas haver um interesse econômico comum, além de disposição em organizar o empreendimento próprio.

Existem, no Brasil, cerca de 239.099 cooperativas espalhadas por todas as regiões do país que desenvolvem atividades de acordo com os segmentos específicos como o agropecuário (fornecimento de insumos), de consumo, de crédito (financiamentos de projetos rurais e urbanos), educacional (pais e professores), especial (deficientes e menores de 18 anos ), habitacional (construção, manutenção e administração) mineração (pedras preciosas, metais e areias especiais), produção (bens de consumo), serviço e trabalho (de várias profissões).

No entanto, o Brasil ainda é iniciante neste segmento, temos poucos modelos de sucesso e baixo número de pessoas com conhecimentos técnicos em gestão, o que acarreta sérios problemas para formação, manutenção e desenvolvimento de cooperativas.

O Brasil possiu mais de 5.500 municípios e cerca de 69,1% não tem cooperativa. Sem contar que o tempo médio de existências de uma cooperativa é de 5 anos, somente 3% sobrevivem. 80 % das cooperativas estão na classe das micro e pequenas empresas.

As cooperativas eram utilizadas com segurança apenas nas modalidades de produção, crédito e consumo. Hoje, as cooperativas atuam com sucesso no campo de prestação de serviços, segmento de mercado que mais gera postos de trabalho. Os empresários buscam a terceirização como alternativa eficiente e eficaz para a melhoria da qualidade e agilização de serviços. Terceirização significa maior participação e, em troca, o cliente ganha um a empresa mais ágil, mais enxuta, mais especializada nos seus principais produtos, processos e serviços. A vantagem do novo sistema, comparando com as terceirizações usuais, é que a parceria

Com as cooperativas de trabalho e serviços possibilita a redução de custos na relação de emprego e os decorrentes encargos, tornando possível a flexibilização de mobilizar recursos humanos.