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Economia

        Competição entre terceiros

Hoje, a tendência do mercado externo é o aumento da produtividade de suas empresas, mas o artifício para conquistar tal objetivo tem sido a demissão de funcionários. Os níveis de desemprego em todo o globo é alarmante, tirando os Estados Unidos, o resto do mundo passa por uma fase complicada. No Brasil, o desemprego bateu todos os recordes causando stress e insegurança na população. Quem perdeu o emprego não sabe quando vai conseguir outro e quem está emprego não dorme temendo perdê-lo.

"A decisão do Governo de conter a oferta de moeda em circulação com o objetivo de diminuir a demanda de mercado e preços visando conquistar uma moeda interna forte e equilibrada. Só que exageraram na dose porque conteram demais a oferta da moeda em circulação causando demissões e diminuindo a produção", explica o economista Ricardo Brunhara.

A internacionalização dos mercados surge o mercado sem barreiras alfandegárias aumentando a concorrência entre as empresas. Esta concorrência do mercado gera a queda de consumo que, consequentemente, desestimula as indústrias a investir no mercado produtivo. Mas será que o país pode crescer internamente mesmo com um mercado tão competitivo?

A terceirização dos setores chamados atividades-meio da empresa – aqueles setores dentro da empresa que costumam causar prejuízos - pode ser uma das alternativas. Transferir para um terceiro toda e qualquer atividade que não esteja ligada ao ‘cérebro’ da empresa.

"Com a terceirização podemos fazer uma ponte entre o capital estatal e o privado. Um pode alavancar o outro, talvez esteja aí a solução para o crescimento do país", afirma Brunhara.

A maior polêmica da terceirização é que ela seria a causadora do desemprego, porém a realidade mostra o contrário. Segundo os economistas, a terceirização é geradora de emprego e em larga escala.

A empresa de transporte urbano VISCA (Viação Santa Catarina LTDA terceirizou o setor de limpeza predial e dos ônibus. Antes de terceirizar, a empresa possuia 50% de funcionários. Ao terceirizar criou o dobro de vagas.

A Riocell (Produto de Papel e Celulose) situada em Guaíba – RS enfrentava o inchaço no quadro de funcionários. Jardinagem, transporte de funcionários, limpeza, restaurante e corte de madeira estava centrada nas mãos da administração da empresa. Atualmente, a Riocell conta com mais de 2 mil funcionários e cerca de 600 postos de trabalho foram extintos, sem que verificasse desemprego em Guaíba. Pelo contrário, cerca de mil pessoas, incluindo antigos funcionários abriram novas empresas na região, engajando-se direta ou indiretamente no processo de terceirização.

"Não nos preocupamos com atividades de apoio, como restaurante, jardinagem, vigilância e limpeza. Todos esses setores foram entregues à outras empresas, consideradas parceiras da Riocell. Queremos fazer bem a nossa especialidade, que é a celulose", diz o diretor-superintendente da Riocell, o engenheiro Aldo Sani.

No hipermercado Enxuto foram terceirizados os setores de segurança, portaria, limpeza e depósito. A administração afirma que a terceiraização foi implantada para evitar problemas com falta de funcionários, licença-médica ou gestante, além de conquistar mais produtividade. O Enxuto conseguiu uma porcentagem de queda nos custos de produção de 25% a 35%.

O benefício da terceirização, de acordo com o economista Ricardo Brunhara, é que nesta relação de parceria pode nascer um novo produto para concorrer de igual para igual com os importados.

 Regiões que mais terceirizam:

São Paulo 50%
Santa Catarina 8%
Ceará 7%
Santo André 7%
Campinas 6%
Guarulhos 5%

Os setores que mais terceirizam no país

Restaurante 55%
Limpeza 55%
Transporte de Produtos 46%
Segurança 36%
Manutenção Predial 32%
Transporte de Funcionários 23%
Jurídico 18% São Carlos 3%
Projetos Civis 14% Ribeirão Preto 3%
Recepção 11%
Comunicação Social 7% 

FONTE: Gerônimo Souto Leiria (advogado)

Patrícia Santos