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Desemprego: O esporte como solução

O Brasil é um país que possui muitos contrastes. É capaz de pagar
R$300,00 mensais para alguém que tenha acabado de sair da Universidade, e é capaz de pagar R$ 300 mil para um jogador de
futebol. Analistas afirmam que se um jogador ganha esse salário, é
porque, no mínimo, ele retorna o dobro ao clube, com sua imagem.

Afirmam que está sendo feita justiça. Aí vem a pergunta. Será que alguém, que não tenha cursado uma Universidade, conseguiria ganhar esse salário, antes dos 30 anos? Romário, ganharia esse salário, se não fosse jogador de futebol?

O esporte pode proporcionar a alguém sem o qualquer nível escolar uma vida digna de mega-empresários. E eles acabam sendo. Mega-empresários da imagem.

Mas será que o esporte é um meio para se fugir da miséria?

"As pessoas procuram o esporte em primeiro lugar, por questões de saúde, em segundo, para aprender algum esporte, e em terceiro, não chegam a 5% o número de pessoas que procuram o esporte para competição desde o início da aprendizagem", é o que afirma o técnico da seleção campineira de natação, Paulo Russo.

O esporte, não somente pode fazer bem ao bolso, mas também ao espírito. "O esporte faz bem à mente, é um meio para que as pessoas se conscientizem do valor que têm na sociedade", diz Waldomiro Souza, atleta da Gadecamp, Grupo de Amigos Deficientes Esportistas de Campinas, que pratica basquete sobre rodas.

Muitos são os exemplos de pessoas que sairam da miséria, e hoje são atletas internacionais, renomados, e que há muito pouco tempo, viviam na miséria.

O esporte tem se tornado um meio para catapultar pessoas de uma miséria à qual estavam condenados. Dificilmente, um Ronaldinho, que não possui nível superior, ganharia milésimos do que ganha, caso não fosse atleta. São raros os casos de atletas que se empenham a exercitar também a musculatura acima das pernas. Exemplos são Gustavo Borges, Fernando Sherer, Sócrates, entre outros que tiveram a consciência da importância do estudo.

Outro exemplo de alguém que não se acomodou em sua condição de estrela foi Magic Paula. Para ela, a culpa dessa situação, não é só dos atletas. "O Governo tem sido omisso não só na formação de atletas, mas de cidadãos. Ele está errando pelo descaso com que trata o trabalho da formação de novos talentos, e muito mais do que isso, na formação de nossos cidadãos", afirma Paula.

Para o técnico da seleção brasileira de Patins in line, Felipe Passarini, ser atleta no Brasil, também não é tarefa fácil. "Os atletas brasileiros podem se considerar heróis pelas dificuldades que enfrentam", afirma. "No começo, tudo é muito complicado. Até você ser alguém no esporte, leva tempo", reitera Passarini.

Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, o esporte é, indiscutivelmente, uma boa saída para quem tem talento, mas não tem oportunidade de crescer na vida. "O esporte me tirou do caminho das drogas e me deu uma profissão", afirma Gabriela Letícia, de 13 anos, atleta mirim da Funilense de Atletismo.

Com a prática do esporte, a rotina de vida muda completamente. Anteriormente, brincadeiras, rua, encrencas. Com o esporte a coisa muda de figura. "O tempo ficou curto. Tivemos que aprender a nos organizar entre treinos e a escola, senão complica", afirma Cleber Júnior, também da Funilense.

Giovana de Paula