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Violência:   O ser humano em xeque

Estamos vivendo um período muito conturbado de nossa história. No olhar, imperam medo e insegurança. Reflexos de situações traumáticas de violência que passamos, ou assistimos.

Segundo o reitor da Universidade Olística da Paz, o francês Pierre Vayo, o problema é mais grave do que pensamos por que a violência é uma questão cultural. "Precisamos lutar por uma cultura da paz para que prevaleça o conceito da não-conceito", diz. "Falta um alcance maior das palavras de Gandhi, hoje vemos crianças que matam crianças, que matam professores. Vivemos a violência pela violência", diz.

Mahatma Gandhi foi um líder hindu que conseguiu expulsar os ingleses da ocupação que estavam promovendo na Índia, sem nem um tiro sequer, apenas com as palavras, convencendo os hindus a não trabalharem, nem pagarem os impostos aos ingleses. Ele comandou um maciço movimento em protesto contra a pobreza no campo, a cartelização das indústrias têxteis britânicas e o sistema de divisão da sociedade por castas. Gandhi foi assassinado por um fanático em 1948.

Vayo ainda afirmou que a grande mola propulsora da violência são as drogas. "A cocaína causa onipotência, o sujeito se acha capaz de tudo, e naquele momento, para ele, é capaz de tudo", afirma. Segundo ele, há um caminho para se diminuir a violência. "Primeiro, não responder à violência com violência, segundo, responder à violência com amor, pois quem é violento tem medo, e terceiro, confiar na palavra, na verdade dita com amor", ensin Vayo.

Um dado contrastante com a nossa realidade é que um milhão de pessoas assinaram o Acordo de Paz, proposto pela Universidade Olística, enquanto que apenas 10 mil franceses assinaram. "Por isso afirmo, sim, que o Brasil possui uma cultura da paz", afirma Vayo

Para o comandante Regional da Polícia Militar, Élzio Nagalli, o caminho para se colocar um basta na situação caótica de violência a qual estamos submetidos passa pela educação. "É preciso investir nas escolas, na educação. Enquanto permanecermos com a política educacional vigente, a situação vai se complicar ainda mais" , diz Nagalli.

Algumas pessoas defendem que o caminho para a paz, seria a implantação da pena de morte, pois os presídios funcionam como verdadeiras "universidades do crime", e as pessoas saem de lá piores do que entraram. O Secretrário Municipal de Segurança, Ruyrillo Pedro de Magalhães rebate essa tese, dizendo ser equivocada. "A questão é que a população deve agir mais ativamente, e não ser passivo diante dessa situação. O homem tem reações boas, ou más, e nossa baliza é a lei. A simples implantação da pena de morte não resolveria em nada e pode até piorar" , diz o Secretário.

"Infelizmente, achamos uma guerra muito natural. Guerras pela disputa de terras, que não são nossas, pois quando morremos, fica tudo aqui. Faz-se necessária uma ação profunda, individual e também coletiva para que tenhamos consciência de nosso dever para comigo e para o outro" , diz Pierre Vayo.

Giovana de Paula