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Mitologia Grega
Dos símbolos à razão

Símbolos que dão margem à interpretação. A Mitologia Grega jamais deixou de exercer um fascínio muito grande sobre a humanidade. Quem não conhece a lenda sobre a "Caixa de Pandora"? Na verdade, não era bem uma caixa, na Milotogia, era uma jarra.

Essa história dá margens a muitas interpretações. Pode significar que a curiosidade, não é o melhor dos atributos humanos. Ou então, devemos pensar antes de tomarmos qualquer atitude, pois esta, pode ter conseqüências perigosas... E a lenda sobre Fênix, o pássaro que ressurge das cinzas? Uma das explicações para essa lenda, é que mesmo na maior das dificuldades, o ser humano consegue dar a volta por cima e obter sucesso. Ou pode significar uma apologia à liberdade, por que Fênix é um pássaro.

Para o psicólogo Mauro Naves, especialista em Mitologia Grega, esse fascínio que a Mitologia exerce sobre o ser humano até hoje vem das obras literárias que registram toda essa magia, recheada de simbologia. "O mito está presente entre nós. A esperança é um mito. Ainda temos esse fascínio sobre a Mitologia Grega por que as obras gregas foram muito bem cuidadas, e esse registro é que dignifica a obra", explica Naves.

Ele explica a importância da Mitologia nos dias atuais, influenciando o ser humano em suas atividades. " O mito está presente no dia-a-dia do ser humano. Para se ter uma idéia, a Ciência não existiria sem os mitos.", diz.

Dentro da religião, A religião grega teve uma influência tão duradoura, ampla e incisiva, que vigorou da pré-história ao século IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos cultos cristãos e nas tradições locais. " O homem tem necessidade de celebrações, utilizando o corpo como altar", diz Naves.

A religião grega influenciou todo o Mediterrâneo e áreas adjacentes durante mais de um milênio. Os gregos antigos adotavam o politeísmo antropomórfico, ou seja, vários deuses, todos com formas e atributos humanos. A religião possuí um caráter muito diversificado acolhendo entre seus fiéis desde os que alimentavam poucas esperanças em uma vida paradisíaca além túmulo, como os heróis de Homero, até os que, como Platão, acreditavam no julgamento após a morte, quando os justos seriam separados dos ímpios. Abarcava assim entre seus fiéis desde a ingênua piedade dos camponeses até as requintadas especulações dos filósofos, e tanto comportava os excessos orgiásticos do culto de Dioniso como a rigorosa ascese dos que buscavam a purificação.

"O mais importante dentro da mitologia grega, são os modelos. O herói, aquele que enfrenta os monstros com o auxílio dos deuses, para ampliar os horizontes de possibilidades humanas de superação dos limites", diz Mauro Naves. Segundo ele, os heróis não morrem em circunstância comuns. "Os heróis não morrem em cima de uma cama. Ele morrem lutando, em combate, e sempre na busca de superar seus limites", explica .

O início da filosofia grega, no século VI a.C., trouxe uma reflexão sobre as crenças e mitos do povo grego. Alguns pensadores, como Heráclito, os sofistas e Aristófanes, encontraram na mitologia motivo de ironia e zombaria. Outros, como Platão e Aristóteles, prescindiram dos deuses do Olimpo para desenvolverem uma idéia filosoficamente depurada sobre a divindade. Enquanto isso, o culto público, a religião oficial, alcançava seu momento mais glorioso, em que teve como símbolo o Pártenon ateniense, mandado construir por Péricles.

A religiosidade popular evidenciava-se nos festejos tradicionais, em geral de origem camponesa, ainda que remoçada com novos nomes. Os camponeses cultuavam Pã, deus dos rebanhos, cuja flauta mágica os pastores tentavam imitar; as ninfas, que protegiam suas casas; e as nereidas, divindades marinhas.

Dentro da Mitologia Grega, há uma explicação sobre o homossexualismo. No livro "O Banquete de Platão", de Aristófanes, ele retrata uma sociedade muito altiva e vaidosa. Os seres humanos eram duplos. Duas faces, quatro pernas, dois braços, etc. Os deuses, vendo esse quadro social de vaidades e desejos, revoltam –se e ameaçam: "Se vocês não se conscientizarem da sua condição de seres humanos, e não desenvolverem dentro de si a humildade, eu os separarei" Dito e feito.

Os deuses começaram a separar as figuras humanas ao meio. Os seres humanos procuram constantemente a sua outra metade. Se for homem, e a sua outra metade também for homem, ele, então, procurará a sua outra metade. O mesmo ocorrendo com as mulheres.

Giovana de Paula