Ref.:    Esclarecimentos ao jornalista José Paulo de Andrade – Rádio Bandeirantes (2ª Parte);

Para:   Radio e Televisão Bandeirantes

            A/C jornalista José Paulo de Andrade

            Rua Radiantes nº 13

Cópias para: Assessorias de imprensa e comunidade em geral

Não basta ser jornalista, tem de saber informar corretamente.

Prezado Senhor,

Jornalista José Paulo de Andrade

          Tendo em vista seus comentários sobre nossa Carta Aberta nº COE08001 de 13/08/2001, apresentamos o que se segue:

1.     Será que um jornalista formado há 30 anos estaria automaticamente qualificado a exercer a função na Bandeirantes? Ou será que lhe seria exigida a comprovação de sua atualização profissional? Lembre-se que muitos jornalistas ingressaram na profissão simplesmente porque “datilografavam a uma velocidade de 130 toques por minuto”. Há 30 anos, não existia fibra ótica, vídeo-tape, micro computador, internet, etc...

2.     O mesmo se aplica a um bacharel do Direito: Será que tal profissional poderia se sustentar única e exclusivamente no Código Civil (1916) ou no Código Penal (1940)? Certamente que não. Qualquer estudante de Direito sabe que a capacitação é contínua, pois tanto a legislação quanto a jurisprudência são atualizadas diariamente.

3.     Por que seria diferente com as professoras? Será que as novas tecnologias da comunicação não exigem uma capacitação continuada das professoras? Há 30 anos, a professora era a única fonte de informação para o aluno, situação essa que permitia que se “professasse um conhecimento (professar=confessar)”. Atualmente, o aluno tem várias fontes de informação, fato este que lhe permite contestar as informações “confessadas” pelas professoras. Esta nova situação exige uma formação de Educadora, pois o “conhecimento está por ser construído....Não existem fórmulas (nem fôrmas) mágicas”.

4.     O COEP não tem pré-conceito contra professoras. Prova disso é o apoio que damos tanto ao Fórum Municipal de Educação (Coordenado pela Profa. Ana Maria Pereira dos Santos – tel: 3977-9399) quanto para o Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ( Coordenado pela Profa. Isis Souza Longo – tel.: 011-6671-5983          e-mail: isislongo@ig.com.br). Destacamos que a proposta do COEP é justamente chamar à responsabilidade as professoras para que exerçam o seu papel fundamental de Educadoras.

5.     Em relação aos campos de concentração da febem paulista, informamos que o Grupo de Trabalho Pelo Fechamento da Febem/SP (http://www.oocities.org/fecharfebem ) defende a municipalização do atendimento ao adolescente acusado da prática de ato infracional (cf. Diretriz do Estatuto da Criança e do Adolescente). O Sr. sabia que mais da metade dos adolescentes internados não são da Capital? O Grupo Fechar Febem promoveu uma votação para acabar com a hipocrisia e “mudar o nome da febem”, sendo escolhido TORTURABEM – A Universidade Paulista do Crime. Nossa homepage teve mais de 10 mil visitas e recebeu mais de 1400 votos.

6.     Quanto ao nosso Histórico, informamos que apenas relacionamos atividades até o ano de 2000 por absoluta falta de espaço na “folha”. Neste ano de 2001, estamos desenvolvendo várias atividades:

a.     Apoio e divulgação da Eleição dos 34 Conselhos Tutelares de S. Paulo;

b.     Criação do Fórum de Defesa dos Direitos Humanos e Sociais de Penha de França;

c.     Participação no Fórum de Desenvolvimento da Zona Leste;

d.     Apoio ao Fórum Municipal de Educação (incluindo o gerenciamento do site: www.oocities.org/fme_sp );

e.     Apoio ao Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

f.       Divulgação das Campanhas: SOS Aluno; Professor Nota Zero, Professor Nota Dez; Educador do Ano;

g.     Preparação da Conferência Estadual dos direitos Humanos (a ser realizada na Assembléia Legislativa);

h.     Denúncia da Escola Municipal Theodomiro Dias junto à Comissão Interamericana de direitos Humanos por conta dos maus-tratos praticados contra os alunos;

i.        Subsídios ao Ministério Público no Inquérito civil que apura Desvios de Verbas da Educação na cidade de São Paulo;

j.        Preparação da Denúncia contra a ilegalidade do CASA – Centro de Apoio Social e Atendimento do Município de S. Paulo;

k.      Denúncia contra composição, posse e funcionamento ilegais do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da Cidade de S. Paulo;

l.        Representação contra a campanha ilegal da “doação de 1% do imposto devido para o Fumcad”. Esta campanha custou R$ 2 milhões, mas arrecadou apenas R$ 500 mil para o Fundo Municipal da Criança.

m.   2ª Campanha Vagas Para Todos: Promoção de Ações Judiciais para a garantia de vagas escolares.

Finalizando, destacamos que a nossa dificuldade de comunicação de nossas atividades deve-se ao fato de não dispormos de recursos para a compra de espaço publicitário na mídia. Não temos milhares de associados que contribuem compulsoriamente (a exemplo de várias corporações). O COEP somente conta com o apoio da mídia democrática para a divulgação crítica da real situação do Sistema Educacional no Brasil.

Sendo só o que se apresenta no momento, colocamo-nos a sua disposição para maiores esclarecimentos.

 (a) Coordenação: Mauro A. Silva – Grêmio SER Sudeste – 5 Anos de Defesa Contra Abusos do Poder Público