A reciclagem de vidros e papéis

Rodrigo M. de Oliveira

Conta a lenda que o vidro foi descoberto ao acaso por navegadores fenícios (há cerca de 4 mil anos), quando, ao fazerem uma fogueira na areia da praia, a areia, o calcário das conchas e outros componentes em menores quantidades uniram-se devido ao calor, formando o vidro.

Ele não é degradável, e, como conseqüência, atrapalha a operação nas usinas de compostagem. Além disso, o material não é combustível (funde-se a 1200 graus) e não adianta jogá-los por aí em aterros, pois é um material biodegradável. A solução, então, é mesmo reciclá-lo. Mas, como isso é feito? É o que veremos a seguir.

O vidro bruto, recolhido por catadores, é colocado em tambores e submetidos a eletroímãs para que os metais sejam retirados do meio dos vidros. O material segue agora para uma lavagem, onde a água suja tem de ser tratada e recuperada para que não contamine os lençóis freáticos e se evite o desperdício.

Segue, então, para uma esteira onde os restos de plásticos, pedras e outras impurezas sejam retiradas. Estando limpo, é triturado e levado para uma peneira onde faz-se uma seleção por tamanhos de cacos e um último eletroímã retira algum metal que, ainda, não tenha sido eliminado. Só aí é que o material estará disponível para que as vidrarias os reutilize na construção de novas embalagens. A sucata restante, é utilizado na composição do asfalto, na produção de espuma e fibra de vidro, tintas reflexivas, etc.

O Papel:

Ë relativamente fácil de ser decomposto, caso seja triturado de forma adequada. Misturado-o a outros resíduos, torna-se fonte de nitrogênio para microorganismos e plantas. Em aterros sua decomposição é lenta, devido ao pouco contato com o ar e água.

No entanto, a sua reciclagem é necessária para que o corte de árvores seja reduzido e para que economize gastos com a energia.

Depois de separado do restante do lixo, o papel é vendido prensado para as fábricas de papel, lógico. Lá, ele é colocado dentro de um grande liqüidificador que o transforma numa pasta de celulose. Nesta mesma máquina; arames, plásticos, fibras são separados por meio de uma peneira no fundo do "canecão". Continuando o tratamento, a mistura passa por uma lavagem com água e soda para a retirada de tintas. E após um tratamento especial dado às fibras, a pasta é branqueada com compostos de cloro, seguindo para as máquinas de fazer papel. O papelão, cuja nomenclatura é incorreta, não passa por um processo de lavagem e nem o de branqueamento.

Esperamos, com isso, ter mostrado que reciclagem não é assunto somente de grandes cidades e passado para todos um pouco mais de conhecimento nessa área. A partir da reciclagem do lixo, todos saímos ganhando.

Fonte: CEMPRE Informa – Compromisso Empresarial para Reciclagem