Sobre a ausência de Tande e Giovane...
A substituição é um projeto a longo prazo. É preciso ter paciência. A decisão do Tande e do Giovane de deixar a seleção foi surpresa para mim. Eu havia conversado com eles e ambos me disseram que estavam felizes em continuar a defender o Brasil. Soube da decisão pelos jornais. Prejudicou o nosso trabalho mas já estamos treinando substitutos a altura.
Sobre a possibilidade de concorrer a presidência do Flamengo...
No momento, não posso abrir do meu emprego como técnico de vôlei. Mas, se tivesse condições econômicas, gostaria de me candidatar à presidência do Flamengo. É um dos meus maiores sonhos.
Sobre as novas regras...
Normalmente, as mudanças acontecem de quatro em quatro anos, mas temos muitas regras novas sendo testadas este ano. Essas inovações serão testadas inclusive em grandes competições, como a Liga Mundial. Isso cria uma certa confusão na cabeça dos torcedores já que nem todos os torneios têm as mesmas regras. Mas é a melhor maneira de testar essas mudanças.
Com o limite de 25 minutos para cada set, menos o último, as partidas terão uma duração menor. Ficará mais fácil transmitir os jogos em horário nobre, o que contribuirá para divulgar ainda mais o esporte. Sets mais curtos também beneficiarão os jogadores, que sofrerão menos desgaste físico. Entre as desvantagens, estão a descaracterização do esporte, que nunca teve limite de tempo, e a dificuldade de recuperação da equipe. Quem estiver perdendo por 12 a 8, por exemplo, dificilmente vai conseguir virar o placar.
Sobre a indicação para técnico da seleção...
Depois de 22 anos como técnico de vôlei, fui indicado para um cargo administrativo: supervisor técnico da seleção feminina. Achei que o caminho natural seria seguir a carreira de dirigente.
Sobre a altura dos brasileiros...
A média de altura da seleção aumentou nos últimos anos mas ainda precisamos de jogadores maiores. Muitos dos nossos jogadores mais talentosos ainda são baixinhos. Precisamos treinar muito os mais altos.
Sobre a renovação para Sidney...
Fui obrigado a mudar o time porque vários jogadores pediram dispensa ou deixaram de jogar profissionalmente. Mas a renovação necessária já foi feita. A base da equipe atual deve ser a mesma da seleção que disputará a próxima Olimpíada.
Sobre as dificuldades para o mundial...
A falta de experiência dos atletas em grandes competições. Para piorar, passamos por um momento de transição em que perdemos vários talentos. Não sei se Marcelo Negrão terá condições físicas para jogar no ano que vem, por exemplo. Se tiver, posso até convocá-lo.