ðHgeocities.com/Colosseum/Loge/6441/itanhaem.htmgeocities.com/Colosseum/Loge/6441/itanhaem.htm.delayedxYUÔJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈ@yñ05OKtext/html`yi05ÿÿÿÿb‰.HThu, 12 Mar 1998 00:23:17 GMT%Mozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, *YUÔJ05 Mountain Bike Itanhaem

Inicio da aventura
Foi uma aventura e tanto, não tínhamos idéia
do que iríamos encontrar e enfrentar. Saímos
da região Sul de São Paulo em direção a Serra
do Curucutu com destino para Itanhaem.
No nosso mapa havia uma indicação de que
se fossemos por esta região estaríamos
próximos de Itanhaem.
Durante o percurso inicial não tivemos
problemas. Ás 07:00 horas já estávamos
saindo. Tínhamos alguma coisa para
comer e Gatorade em pó para podermos
enfrentar um bom trecho de pedal. Levamos
o que pareceria ser o necessário para uma
viagem de pouco mais de 100 km.
uma parada depois de uns 30 Minutos.
Outra parada.
A estrada estava muito boa e o desempenho na
bike não podia ser melhor. Começamos a
escrever uma planilha do trecho em que iríamos
passar, justamente para colocar em alguma
publicação de ciclismo e para os nossos
amigos. Tínhamos um mapa que indicava o
caminho por toda a região Sul. Mostrava até
o trecho de serra onde estava a reserva.
O caminho é muito bonito e não tem nada a ver
com a parte Sul da periferia de Sampa. Tinha
cara de interior. Na chegada da reserva não
encontramos ninguém e que de certa maneira
foi um alívio, pois achávamos que poderiam
nos impedir de seguir viagem.
Curucutu
A entrada da reserva
A reserva faz parte da serra do mar e
realmente é uma região muito bonita.
Serve muito bem para quem gosta de
fazer passeios por estradas de terra sem
movimento e terminar em uma reserva que
pode oferecer o melhor da natureza.
O trecho até a reserva foi de uns 15 km em
média. Sem muito sobe e desce pesado.
Teve alguns lugares que tivemos dúvidas
quanto a direção a seguir, mas nada que
alguns moradores não pudessem ajudar.
Apesar que se pegássemos o caminho
errado, não seria um problema. Justamente
pela paisagem.
Vendo por dentro da entrada

Ainda dentro da reserva

Como podem ver não falo bobagem quanto a
beleza do lugar. Dentro da reserva, já na sede,
fomos informados pelo caseiro que não tinha
nenhum responsável no momento e que ele
estava para chegar.
Pedimos para continuar por um caminho que
nos levasse para a baixada e o "tiozinho" disse
que não tinha caminho e que a estrada acabava
ali. Poderíamos continuar por um caminho que
até pareceria nos levar para o começo da
descida, mas que na realidade não passava de
um mirante onde podíamos avistar o mar e
Itanhaem.
Ele disse ainda que se voltássemos um pouco,
haveria um caminho que nos levaria a uma
trilha que desceria a serra, mas nos disse
que passaríamos por uma reserva indígena e
que seria muito difícil a travessia de bike.
Teríamos de enfrentar rios largos e muitas
descidas, o que a pé já era difícil de enfrentar.
Em suma, fomos até o tal mirante e pudemos
ver o mar e as nuvens abaixo de nós. Nada de
Itanhaém pela reserva. Só a cara de frustração,
que nesta foto não dá pra esconder.
Desilusão
O começo do sofrimento
Mas como nem tudo é festa, voltamos e
acabamos na mesma estrada que esta na
primeira foto. Seguimos até Engenheiro
Marsilac e acompanhamos a linha do trem que
seria a segunda alternativa não muito viável
que enfrentaríamos. Estávamos conscientes que
teríamos de pedalar dentro da linha do trem,
por cima dos batentes e na nossa cabeça só o
tum, tum, tum, tum da suspensão em cada
pedaço de madeira.
Quando estávamos por chegar na última
estação de trem antes do começo da descida
encontramos um rapaz de bicicleta que nos
alertou que não deveríamos passar em frente
a estação, pois os guardas ferroviários
impediriam nossa passagem. Seria melhor
passarmos por trás, em um morro que tem
uma estrada bem escondida que dá o
caminho exato para o desvio. O único problema
foi o toró que caiu, esperamos e comemos até
que o tempo firmasse.
Uma parada para pensar

O que se enfrentava.

O desvio serviu, passamos a área da estação
e começamos a pior parte. Não era possível
pedalar por mais de 2 minutos pelo cascalho
por entre as duas linhas férreas. As pedras são
grandes e soltas tornando muito pesado a
pedalada. Você pode observar o ciclista entre
as linhas, mas este não é o melhor meio, tem de
entrar em uma das linhas, no meio, onde por
outro lado estão os batentes de madeira que
apesar de judiarem da suspensão e acabarem
com seu apoio no banco é a melhor e mais
rápida opção.
A chuva voltou, ficamos um tempo no primeiro
túnel. Dentro deles é úmido e escuro, havia
momentos que não se via o chão e ficávamos
com receio de onde enfiar o pé. Outra
curiosidade é que tem buracos na extensão
do túnel que servem como refúgio para as
pessoas no caso de vir uma composição.
Olha o primeiro túnel aí gente.
Super visual
Encontramos muita gente descendo com
barraca e mochila nas costas. Muitos ficavam
no meio da serra, onde acampavam junto as
pontes por causa dos rios. Não tenho idéia se
desceram toda a serra...
Em uma parte da descida tivemos que parar
por causa de uma composição gigantesca de
vagões. Tivemos receio que nossa aventura
acabasse logo a frente, pois ela havia parado
em uma espécie de estação, que aliás eram
várias, só que menores.
Uma das cachoeiras
Parada para apreciação
Cachoeiras e bicas d'água não faltaram e
sempre podíamos abastecer e fazer o
Gatorade que nos dava muito apoio na
hidratação. E falando-se de hidratação,
descemos o tempo todo com uma chuva
que não incomodava, o tempo estava
quente e refrescava. Detalhe, estávamos
no feriado de carnaval de 97.
Teve um trecho que foi gozado, o Cicero
continuou pedalando enquanto parei para
encher uma garrafinha de água. Demorei um
pouco e ouvi um apito bem forte de trem, mas
o som ainda assim não estava próximo.
Aquele apito era insistente e dava a impressão
de vir de outra área da serra, como se tivesse
uma segunda via férrea.
Comecei a pedalar e atravessei um túnel em
uma reta e fui rápido pois apesar de poder
enchergar um bom trecho após o túnel, eu não
Olha Cubatão aí atrás
De novo Cubatão
queria arriscar. A frente, após o túnel, tinha
mais reta e depois uma curva para a esquerda.
Minha visão era limitada até uma parte da
curva, pois via somente morro na esquerda e
morro na direita. O apito tinha ficado mais
baixo. Continuei, e... Putz! Bem na minha frente
a uns 50 metros estava aparecendo o trem,
subindo na maior velocidade, com farol aceso,
me cegando e apitando até ficar surdo. O pior é
que não sabia em que linha ele vinha, na direita
ou na esquerda. Enfim, fui para o meio e ele
passou freando e com o maquinista mexendo as
mãos e perguntando se tinha outros ciclistas.
Bom enfrentamos um pouco mais de trilhos,
as 18:00 estávamos saindo dos trilhos. Veja
só quanto tempo. Às 20:00 estávamos
chegando em Itanhaem pela Pedro Taxi. Foi
uma aventura que não iremos mais fazer, pois
o resultado não compensou para uma segunda
partida, mas valeu como experiência e como
teste de resistência. Meu conselho?
Não faça. Porque? Hum...
O último túnel.