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OS
MAIORES JOGADORES DO SÉCULO
Apagam-se
as luzes do século XX, ou melhor, extingüem-se elas, na verdade, no
final do ano 2000. Para todos os efeitos, porém, é mais elegante
considerarmos 1999 como que encerrando os cem anos no qual o futebol
surgiu e veio rapidamente dominar o cenário esportivo internacional. Este
esporte, nascido no alvorecer dos 1900s, revelou jogadores de grande
brilho e que levaram multidões aos estádios. Diante
disso, nada mais oportuno que apontarmos os super-craques do século e
falarmos, mesmo que brevemente, sobre cada um deles. Não nos restringimos
aos 10 maiores. Seria uma camisa de força a nos limitar uma livre escolha.
Não tentamos, também, classificá-los por ordem de grandeza. Seria uma
tarefa quase impossível. Tivemos que enxugar esta lista ao máximo, caso
contrário a relação seria infindável. Procuramos ser imparciais,
evitamos patriotadas, mas, como em qualquer lista deste tipo, os
brasileiros predominam. Não há como fugir do fato de que sempre fomos um
enorme celeiro de jogadores. Após a mais rigorosa triagem, apontamos
enfim, segundo nossa opinião, os 16 super-craques deste século.
Maier (1944 - )
Sepp Maier, excepcional goleiro, considerado um
dos três melhores de todos os tempos (junto com o inglês Gordon Banks e
o russo Yashin, o “Aranha Negra”). Maier era apelidado de
“O Anjo” ou de “O
Gato” por sua fantástica calma, agilidade e reflexos. Encerrou
prematuramente sua carreira em 1979, após sofrer sério acidente de automóvel.
Jogou apenas pelo Bayern Munich, de 1965 a 1979. Foi quatro vezes campeão
alemão (69, 72, 73 e 74), quatro vezes campeão da Copa da Alemanha (66,
67, 69 e 71), campeão da Copa dos Campeões da Europa (74, 75 e 76), da
Recopa (67), do Mundial Interclubes (76), da Eurocopa (72) e Mundial (74).
Jogou também nas Copas de 66 (vice-campeão) e 70 (terceiro colocado).
Participou de 95 partidas pela Seleção, tendo estreado aos 22 anos, e de
476 jogos por seu time, o Bayern Munich. Maier era famoso por seu eterno
bom humor, mas, em momentos críticos, “transformava-se
de anjo em demônio”, asseguravam todos seus companheiros de equipe.
Beckenbauer
(1945 - ) Franz Beckenbauer, o “Kaiser” (“Imperador”), líder nato, o mais elegante defensor
de sua época, cabeça erguida e largas passadas em campo. Em 1970, na
semi-final da Copa contra a Itália, ficou gravada em nossas mentes sua
imagem jogando com um braço na tipóia devido a uma luxação na clavícula,
recusando-se a deixar a partida. Foi o maior líbero da história, com
talento para também armar jogadas de ataque, ir à frente e comandar seus
companheiros nos jogos. Anos depois, chegou a ser o técnico da Alemanha,
chegando à final em 1986 e tornando-se campeão mundial em 1990. Jogou
pelo Bayern Munich (já era titular aos 19 anos), pelo Cosmos (USA) ao
lado de Pelé, e pelo Hamburgo (Alemanha). Foi cinco vezes campeão alemão
(69, 72, 73 e 74, Bayern, e em 82 pelo Hamburgo), quatro vezes campeão da
Copa da Alemanha (66, 67, 69 e 71), três vezes campeão da Copa dos Campeões
da Europa (74, 75 e 76), da Recopa (67), campeão do Mundial Interclubes
(76, Bayern), campeão norte-americano (77, 78 e 80, Cosmos), campeão da
Eurocopa (72) e campeão mundial (74). Jogou 103 partidas pela Seleção,
marcando 14 gols. Participou das Copas de 1966 (vice-campeão), 1970 (3o
lugar) e 1974 (campeão). Ao erguer a taça ganha no Mundial de 74,
levantou-a com um sorriso: “acho que o futebol não gosta que os seus eleitos comemorem com lágrimas
uma vitória. Eu prefiro sorrir”. Di
Stéfano (1926 - )
Alfredo Di Stéfano, centro-avante e grande goleador. Era dono de uma
refinada técnica, rapidez e era, também, um cérebro no meio de campo,
para onde constantemente recuava para armar o ataque e defender. Muitos o
consideram o melhor jogador de todos os tempos, depois de Pelé. É o 3o
maior artilheiro da história, com seus 893 gols. Foi chamado de “La
Saeta Rubia” (“A Flecha Dourada”), por sua incrível rapidez.
Jogou pelo Real Madrid (penta-campeão europeu de 56 a 60, onde assinalou
454 gols) e pelo Espanyol, nos argentinos River Plate (anos 40), Los
Cardales e Huracán e nos
Mllionarios da Colômbia. Foi eleito o melhor jogador da Europa em 1957 e
59. Não jogou Copas do Mundo. Títulos: campeão argentino (45 e 47,
River), colombiano (49, 51, 52 e 53), espanhol (54, 55, 57, 58 e 61 a 64);
Copa do Rei (62); Copa dos Campeões da Europa (56 a 60); Mundial
Interclubes (60, Real Madrid) e Sul- Americano (47, pela Argentina). Atuou
8 vezes pela seleção argentina (6 gols), 4 pela colombiana e 31 vezes
pela espanhola (23 gols). Maradona
(1960 - )
Diego Armando Maradona, “El
Pibe de Oro” (“O Garoto de Ouro”), um dos maiores jogadores de
todos os tempos, disputa com seu compatriota Di Stéfano o título de 2o
maior jogador da história,
depois de Pelé. Começou nos Argentinos Juniors, passou pelo Boca
Juniors, até que em 1982 foi jogar no Barcelona, depois no Nápoli, onde
viveu seu auge como jogador. Ainda atuou no Sevilla da Espanha. Voltou à
Argentina onde jogou pelo Newell’s Old Boys e, novamente, pelo Boca. Foi
campeão argentino (81, Boca), da Copa do Rei (83, Barcelona), campeão
italiano (87 e 90), da Copa da Itália (87), da UEFA (89, Napoli) e
Mundial (86, Argentina). Convocado para a Copa de 1978 por Menotti, acabou
cortado da lista final por ser, segundo o técnico, “muito
garoto; precisa amadurecer”. Disputou 4 Copas do Mundo (de 82 em
diante). Jogou 91 vezes pela seleção argentina, assinalando 34 gols. Foi
suspenso durante a Copa de 1994 por ter usado uma droga proibida (a
efedrina), tendo sido suspenso por um ano. Após este triste episódio,
Maradona nunca mais voltou a ser o mesmo, sempre se envolvendo com drogas
pesadas. Sua carreira foi por água abaixo. Ficou para a história por sua
notável habilidade com a bola, além de ser um grande armador e
finalizador. Foi campeão mundial em 1986 pela Argentina. Domingos
da Guia (1912 - )
Zagueiro
central, dono de incomparável domínio de bola, foi o primeiro defensor
realmente técnico do Brasil. Saia com a bola limpa e dominada, servindo
milimetricamente seus companheiros com passes perfeitos. Este refinado
estilo de jogo passou a ser conhecido como “domingada”. Foi
cognominado de “El Divino”
pelos uruguaios. Jogou pelo Bangú, Nacional do Uruguai, Vasco, Boca
Juniores da Argentina, Flamengo e Corinthians. Foi campeão uruguaio de
1933 (Nacional), argentino em 35 (Boca Juniors), carioca em 34 (Vasco),
39, 42 e 43 (Flamengo). Atuou pela seleção brasileira 30 vezes, tendo
estreado na mesma aos 18 anos. Na Copa de 38 foi eleito o melhor zagueiro
da competição. Nilton
Santos (1925 - )
A “Enciclopédia do Futebol”,
lateral-esquerdo e depois quarto-zagueiro. Tinha uma técnica brilhante e
uma extraordinária visão de jogo. Foi um dos primeiros laterais a
ultrapassar o meio-campo em apoio ao ataque, um prenúncio dos alas
modernos. O grande zagueiro foi 4 vezes campeão carioca (Botafogo), entre
outros títulos. Jogou 84 partidas (74 oficiais) pela seleção e atuou
nas Copas de 50 (como reserva), 54, 58 e 62, sagrando-se, pois, bi-campeão
mundial. Atuou toda sua carreira de 18 anos (de 48 a 64) em um único
clube, o Botafogo. Títulos: bicampeão mundial (58 e 62), carioca (48,
57, 61 e 62), Dele disse o jogador argentino Nestor Rossi: “ele
joga em pé, pleno de classe, como convém aos deuses da bola”. Rivelino
(1946 - )
Roberto Rivellino, armador de
grande categoria, emérito driblador (um dos inventores do drible chamado
“elástico”), excepcional
cobrador de faltas. Tinha um estilo nervoso, com dribles curtos e passes
perfeitos. Jogou pelo Corinthians (1964 a 1974), pelo Fluminense, a partir
de 1974, além de atuar pelo Helal, da Arábia Saudita. Jogou 122 vezes
pela seleção brasileira, um verdadeiro recorde, marcando 43 gols. Foi
campeão do Rio-S.Paulo (66), campeão carioca 2 vezes (75 e 76,
Fluminense), campeão da Copa do Rei (79), campeão árabe (80 e 81),
campeão do Torneio Independência do Brasil em 72, do Torneio Bi-Centenário
da Independência dos Estados Unidos em 76 e campeão mundial em 70.
Participou de 3 Copas (70, 74 e 78). Rivelino era conhecido em São Paulo
como o “Garoto do Parque”,
por começado a jogar muito cedo e ter atuado bastante tempo pelo time do
Parque São Jorge, o Corinthians. No México, foi chamado de “Patada
Atômica” pelos torcedores locais, devido ao seu chute fortíssimo
de canhota. Garrincha
(1933 – 1983)
Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha.
Ponta-direita de extrema habilidade e dono de um drible desconcertante.
Disputou 50 partidas pela seleção brasileira, fazendo 13 gols. Só
perdeu uma: foi seu último jogo oficial pelo Brasil (contra a Hungria em
66, 1x3). Seus marcadores eram indistintamente chamados de “Joões”, tal a facilidade com que os ultrapassava com seus fantásticos
dribles. Era conhecido por vários apelidos, como “A
Alegria do Povo”, “Mané”,
“O Anjo das Pernas Tortas”, etc. Sempre foi, além de muito leal,
bastante ingênuo e puro de coração. Garrincha foi freqüentemente
acusado de preferir o drible ao gol, mas era ávido por vitórias. Jogou
pelo Botafogo, Corinthians, Flamengo e Olaria. Garrincha foi 3 vezes campeão
carioca, em 57, 61 e 62 (Botafogo) e 2 vezes campeão do Torneio Rio-S.Paulo
(62 e 64, Botafogo). Jogou as Copas de 58, 62 e 66, sendo bi-campeão
mundial. Relembremos, algumas opiniões sobre ele: “De
que planeta veio Garrincha?” (Jornal El Mercúrio, do Chile, após a
Copa de 62). “Para os dribles de
Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio”
(Armando Nogueira). Pelé
(1940 - )
Edson Arantes do Nascimento, Pelé,
é claro. Deste, há o que falar? Não há quem não o conheça no mundo
inteiro. Ponta de lança, o melhor jogador de todos os tempos. “O Atleta do Século”, “O
Rei do Futebol”, tudo o que se disser é pouco para quem o viu jogar.
Foi o criador involuntário do “cabeça de área”, ao exigir a marcação
simultânea de vários jogadores para tentar conter suas investidas pelo
ataque. Dele disse o sóbrio The
Sunday Times, da Inglaterra: “Como
se soletra Pelé? Assim: G-O-D (D-E-U-S)”. Ou então o sueco Parling,
seu marcador na final de 58: “Após
o 5o gol, eu só queria aplaudi-lo”. Ou ainda, Burnigchi,
zagueiro italiano que o marcou na final da Copa de 70: “Eu
pensei que ele era feito de carne e osso como eu, mas vejo que me enganei”.
E para finalizar, o que disse a Pelé o astro Robert Redford, ao
desembarcar lado a lado com ele no aeroporto em New York, ao ver que todos
só pediam autógrafos ao craque: “Cara,
como você é popular!”. Para sermos breves, diremos apenas que Pelé
ganhou 60 taças em sua carreira, das quais citaremos as principais: campeâo
paulista em 58, 60 a 62, 64, 65, 67 a 69 a 73 (Santos); Taça Libertadores
(62 e 63); Mundial Interclubes (62 e 63, Santos) e Mundial (58, 62 e 70).
Jogou 115 partidas (92 oficiais) pela seleção, marcando 97 gols (77
oficiais). Em toda sua carreira fez nada menos que 1.279 gols (1.284,
segundo outras fontes). Platini
(1955 - )
Michel Platini, ídolo do futebol francês, um meia de grande técnica
e um líder em campo. Era baixo e franzino, desvantagem essa que
compensava com sua rapidez e
com uma notável colocação. Aos 21 anos deu-se sua estréia jogando pela
seleção francesa. Foi um notável goleador. Recebeu 3 vezes consecutivas
o prêmio de Bola de Ouro de melhor jogador europeu, um feito jamais
igualado por qualquer outro craque. Foi eleito o melhor jogador da Copa da
Espanha, tendo assinalado 9 gols em 5 jogos. Infelizmente, não chegou a
ser campeão mundial de futebol. Após abandonar a carreira, tornou-se técnico
da seleção francesa de 88 a 92, sendo, após, o presidente do Comitê
Organizador da Copa de 98. Atuou pelo Nancy e pelo Saint Étienne da França
e pelo Juventus da Itália. Títulos: campeão da Copa da França (78,
Nancy), campeão francês (81, Saint Étienne), campeão italiano (84 e
86), Copa da Itália (83), Recopa (84), Copa dos Campeões (85), Mundial
Interclubes (85, Juventus) e Eurocopa (84, França). Platini participou de
71 partidas pela seleção francesa, tendo assinalado 41 gols. Dizem que
após sua despedida do futebol, o gramado do Parc
de Princes teve as laterais diminuidas em um metro, pois “não
haveria mais ninguém na França capaz de aproveitar esse espaço para lançamentos.” Cruyff
(1947 - )
Johan Cruyff, meio-campista e atacante, grande líder, armador de
jogadas, um talento excepcional. Tinha uma velocidade incomparável e uma
visão de jogo fora do comum. Considerado um dos melhores jogadores
europeus de todas as épocas, ganhou três vezes a Bola de Ouro da Europa
(71, 73 e 74). Cruyff jogou 82 partidas pela seleção de seu país,
assinalando 33 gols (nas 48 partidas oficiais). Atuou pelo Ajax,
Barcelona, Los Angeles Aztecs e Washington Diplomats (USA), Levante (Espanha),
Ajax, de novo, e Feyernoord. Foi
vice-campeão na Copa de 74, sete vezes campeão holandês (66, 67, 68,
70, 72, 73 e 83), campeão da Copa da Holanda (67, 68, 70, 72, 73 e 83),
Copa dos Campeões (71 a 73), Supercopa Européia (72 e 73, Ajax), campeão
holandês (84, Feyernoord), campeão espanhol (74) e Copa do Rei (78,
Barcelona). Em toda sua carreira, Cruyff fez 425 gols em 752 jogos. Tinha,
curiosamente, a superstição de jogar usando sempre a camisa no 14,
porque com essa idade havia conquistado seu primeiro título. Kubala
(1927 - )
Laszlo Kubala, meia-armador de extrema elegância em campo, inteligente,
habilidoso e um grande artilheiro. Foi um dos melhores jogadores do mundo
na década de 50, grande ás do Barcelona. Atuou por 3 seleções
nacionais: Hungria (sua terra natal), Tchecoslováquia e Espanha. Jogou
pelo Ganz e Ferencvaros (Hungria), SK Slovan Bratislava (Tchecoslováquia),
pelo Barcelona (onde fez 249 gols em 329 partidas) e Espanyol (Espanha), e
pelo Zürich (Suíça). Títulos: campeão húngaro (49, Ferencvaros),
campeão espanhol (52, 53, 59 e 60); Copa do Rei (51, 52, 53, 57, 59 e
63); Copa da UEFA (58 e 60, Barcelona). Atuou 3 vezes pela seleção húngara,
6 pela seleção da Tchecoslováquia e 19 pela seleção espanhola. Não
disputou Copas do Mundo. Em 1999 foi eleito pelos torcedores do Barcelona
como o maior ídolo da história do clube, à frente de Cruyff, Maradona e
Ronaldinho. Puskas
(1927 - )
Bobby
Moore (1941 – 1993)
Centro-médio e líbero, de físico
forte, duro na marcação e firme na cobertura à zaga. Diziam, na época,
que Moore entrava em campo de “fraque e cartola”, tal a elegância de
seu futebol. Pelé o considera um de seus melhores marcadores em todos os
tempos. Jogou 108 vezes pela seleção (em 90 jogos foi o capitão),
atuando em três mundiais (62, 66 e 70). Atuou pelo West Ham (onde estreou
aos 17 anos), Herning (Dinamarca), pelo San Antonio Thunder e Seattle
Sounders (EUA). Campeão da Liga Inglesa (64), da Recopa (65, West Ham) e
Mundial (66). Sua liderança e influência moral foram fundamentais na
grande conquista da Copa do Mundo de 1966. Está entre os maiores
defensores da história do futebol em todos os tempos. Meazza
(1910 – 1979)
Giuseppe Meazza, centro-avante e meia-direita, atacante eminentemente técnico,
uma legenda no futebol de seu país. Era baixo, mas tinha uma grande
impulsão. Uma de suas características era avançar com a bola dominada,
parar diante do goleiro e, na saída deste, calmamente driblá-lo para
marcar o gol. Foi o jogador símbolo do bi-campeonato mundial ganho pela
Itália. Seu nome foi dado ao Estádio
San Siro em Milão. Jogou pela Internazionale, Milan, Juventus, Varese
e Atalanta. Foi campeão italiano de 30 e 38; campeão da Copa da Itália
em 39 e Mundial em 34 e 38. Atuou 53 vezes pela seleção, com 33 gols
assinalados. É considerado o maior jogador italiano de todos os tempos.
Era carinhosamente chamado de “Pepino”
pelos torcedores italianos. Yashin
(1929 – 1990)
Lev Yashin, famoso e lendário goleiro russo,
chamado de “Aranha Negra” por seu uniforme negro e seus longos braços.
Notável por ser um dos primeiros goleiros a não limitar sua atuação à
pequena área. Saia muito bem do gol, cortando cruzamentos e roubando
bolas dos pés de atacantes adversários. Foi o primeiro goleiro a receber
o prêmio Bola de Ouro como melhor jogador da Europa (1963). Defendeu sua
seleção por mais de 10 anos. Jogou toda sua carreira por um único clube,
o Dínamo de Moscou, onde atuou de 1951 a 1970. Estreou pela seleção da
antiga União Soviética em 1954. Ganhou as Olimpíadas de 56, a Copa da
União Soviética (53, 67 e 70), a Eurocopa de 1960 (U.Soviética) e os
campeonatos soviéticos de 54, 55, 57, 59 e 63. Somente foi consagrado o
melhor goleiro do mundo na Copa de 58, aos 29 anos, pois os times de sua pátria
poucas partidas disputavam até então com equipes estrangeiras. Foi
eleito, também, o melhor goleiro das Copas de 58, 62 e 66, da Eurocopa de
60 e 64 e das Olimpíadas de 56, 60 e 64. Jogou 78 partidas pela seleção.
Terminou sua carreira em 1971, aos 42 anos. Até hoje é considerado o
maior goleiro de todos os tempos. *
* *
* Citemos,
ainda (ver quadro abaixo), os brasileiros Friedenreich,
Leônidas da Silva, Romário,
Jairzinho e Zico; o
argentino Labruna; o grande
zagueiro chileno Elias Figueroa;
o atacante português Eusébio;
o artilheiro alemão Gerd Müller,
o meia Fritz Walter, o
centro-avante Uwe Seeler e Paul Breiner, combativo zagueiro-esquerdo e meio-campista; o
refinado atacante austríaco Mathias
Sindelar; o goleiro italiano Dino
Zoff, o craque Silvio Piola e
o líbero Baresi; o excepcional
goleador húngaro Sandor Kocsis;
os franceses Fontaine e Raymond
Kopa e os ingleses Gordon Banks,
goleiro, Stanley Matthews,
legendário ponta-direita e o ídolo e
atacante Bobby Charlton, entre
tantos outros que mereceriam aqui figurar.
O futebol tem uma enorme dívida de gratidão
com cada um deles. Foram verdadeiros e inesquecíveis gênios da bola.
Foram eles que fizeram do futebol o esporte das multidões. André Luiz Medeiros
Dezembro de 1999 E-Mails para a coluna:
alspm@unisys.com.br
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